Judô altera regras; ‘mergulho’ que eliminou Rafaela Silva nas Olimpíadas volta a valer


Entre outras mudanças, Federação Internacional de Judô também fez retornar o yuko, pontuação menor que foi retirada após o ciclo olímpico do Rio

Por Ingrid Gonzaga

Logo após o fim do Grand Slam de Tóquio, última grande competição do calendário anual do judô, a Federação Internacional de Judô (FIJ), órgão responsável por regulamentar o esporte, anunciou na última sexta-feira (13) alterações nas regras da modalidade. Entre elas, está a volta do chamado “mergulho de cabeça”, movimento que desclassificou Rafaela Silva nos Jogos Olímpicos deste ano.

As mudanças surgem depois de uma série de reclamações sobre as normas da arte marcial, sobretudo durante as competições em Paris. Para atletas e espectadores, o estatuto vigente do judô incentivava que esportistas buscassem ganhar as lutas por meio de punições, os shidos, em vez de tentar pontuar com golpes e imobilizações.

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Rafaela Silva foi desclassificada na disputa do bronze contra a japonesa Haruka Funakubo. Foto: Alexandre Loureiro/COB

Na tentativa de dar mais dinamismo aos combates, a FIJ fez voltar aos tatames o yuko, uma pontuação menor do que o waza-ari e o ippon válidos atualmente. A Federação determinou que o ponto será conquistado com cinco segundos de imobilização, mas não deixou claro no texto se a marcação para projeções será feita como antigamente. Retirado em 2017, após os Jogos do Rio, o yuko costumava ser marcado quando um judoca arremessava o seu oponente de lado.

A entidade também autorizou o retorno do “mergulho de cabeça”. Esse tipo de estratégia faz com que o judoca apoie sua cabeça no chão para projetar o adversário ou se defender de quedas e, por conta do alto risco de lesões cervicais, era proibido e penalizado com desclassificação até então. Foi esse movimento que acabou desclassificando a brasileira Rafaela Silva na luta pelo bronze nos Jogos de Paris. A proibição continua para eventos de cadetes (atletas menores de 18 anos).

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O regulamento permite ainda o retorno do seoi-nage invertido, mais conhecido como “seoi coreano”. A proibição dessa variação do golpe seoi-nage foi determinada no último ciclo olímpico e gerava reclamações entre judocas. A Federação alegava preocupações com a falta de segurança do ataque. A projeção permanece proibida para as categorias de cadetes.

As catadas de perna continuam ilegais. No entanto, agora, o judoca pode segurar no “casaco” do seu oponente até o nível da parte superior da coxa, abaixo da faixa, desde que não atrapalhe a luta com isso. Antes, segurar em qualquer parte do kimono adversário abaixo da faixa era punido.

Também na busca por combates mais dinâmicos, a Federação estabeleceu um tempo limite para que um atleta comece a atacar. A partir do momento em que estabelece uma pegada no kimono de seu oponente, um judoca tem até 30 segundos para realizar uma entrada de golpe efetiva. As regras informam ainda que “ações positivas no ne-waza (luta no solo) serão levadas em consideração”.

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O novo regulamento passará a valer a partir do Grand Slam de Paris, que será disputado entre os dias 1 e 2 de fevereiro do ano que vem. As regras serão revisadas após a realização do Mundial na Hungria, que acontecerá entre os dias 13 e 20 de junho de 2025.

Logo após o fim do Grand Slam de Tóquio, última grande competição do calendário anual do judô, a Federação Internacional de Judô (FIJ), órgão responsável por regulamentar o esporte, anunciou na última sexta-feira (13) alterações nas regras da modalidade. Entre elas, está a volta do chamado “mergulho de cabeça”, movimento que desclassificou Rafaela Silva nos Jogos Olímpicos deste ano.

As mudanças surgem depois de uma série de reclamações sobre as normas da arte marcial, sobretudo durante as competições em Paris. Para atletas e espectadores, o estatuto vigente do judô incentivava que esportistas buscassem ganhar as lutas por meio de punições, os shidos, em vez de tentar pontuar com golpes e imobilizações.

Rafaela Silva foi desclassificada na disputa do bronze contra a japonesa Haruka Funakubo. Foto: Alexandre Loureiro/COB

Na tentativa de dar mais dinamismo aos combates, a FIJ fez voltar aos tatames o yuko, uma pontuação menor do que o waza-ari e o ippon válidos atualmente. A Federação determinou que o ponto será conquistado com cinco segundos de imobilização, mas não deixou claro no texto se a marcação para projeções será feita como antigamente. Retirado em 2017, após os Jogos do Rio, o yuko costumava ser marcado quando um judoca arremessava o seu oponente de lado.

A entidade também autorizou o retorno do “mergulho de cabeça”. Esse tipo de estratégia faz com que o judoca apoie sua cabeça no chão para projetar o adversário ou se defender de quedas e, por conta do alto risco de lesões cervicais, era proibido e penalizado com desclassificação até então. Foi esse movimento que acabou desclassificando a brasileira Rafaela Silva na luta pelo bronze nos Jogos de Paris. A proibição continua para eventos de cadetes (atletas menores de 18 anos).

O regulamento permite ainda o retorno do seoi-nage invertido, mais conhecido como “seoi coreano”. A proibição dessa variação do golpe seoi-nage foi determinada no último ciclo olímpico e gerava reclamações entre judocas. A Federação alegava preocupações com a falta de segurança do ataque. A projeção permanece proibida para as categorias de cadetes.

As catadas de perna continuam ilegais. No entanto, agora, o judoca pode segurar no “casaco” do seu oponente até o nível da parte superior da coxa, abaixo da faixa, desde que não atrapalhe a luta com isso. Antes, segurar em qualquer parte do kimono adversário abaixo da faixa era punido.

Também na busca por combates mais dinâmicos, a Federação estabeleceu um tempo limite para que um atleta comece a atacar. A partir do momento em que estabelece uma pegada no kimono de seu oponente, um judoca tem até 30 segundos para realizar uma entrada de golpe efetiva. As regras informam ainda que “ações positivas no ne-waza (luta no solo) serão levadas em consideração”.

O novo regulamento passará a valer a partir do Grand Slam de Paris, que será disputado entre os dias 1 e 2 de fevereiro do ano que vem. As regras serão revisadas após a realização do Mundial na Hungria, que acontecerá entre os dias 13 e 20 de junho de 2025.

Logo após o fim do Grand Slam de Tóquio, última grande competição do calendário anual do judô, a Federação Internacional de Judô (FIJ), órgão responsável por regulamentar o esporte, anunciou na última sexta-feira (13) alterações nas regras da modalidade. Entre elas, está a volta do chamado “mergulho de cabeça”, movimento que desclassificou Rafaela Silva nos Jogos Olímpicos deste ano.

As mudanças surgem depois de uma série de reclamações sobre as normas da arte marcial, sobretudo durante as competições em Paris. Para atletas e espectadores, o estatuto vigente do judô incentivava que esportistas buscassem ganhar as lutas por meio de punições, os shidos, em vez de tentar pontuar com golpes e imobilizações.

Rafaela Silva foi desclassificada na disputa do bronze contra a japonesa Haruka Funakubo. Foto: Alexandre Loureiro/COB

Na tentativa de dar mais dinamismo aos combates, a FIJ fez voltar aos tatames o yuko, uma pontuação menor do que o waza-ari e o ippon válidos atualmente. A Federação determinou que o ponto será conquistado com cinco segundos de imobilização, mas não deixou claro no texto se a marcação para projeções será feita como antigamente. Retirado em 2017, após os Jogos do Rio, o yuko costumava ser marcado quando um judoca arremessava o seu oponente de lado.

A entidade também autorizou o retorno do “mergulho de cabeça”. Esse tipo de estratégia faz com que o judoca apoie sua cabeça no chão para projetar o adversário ou se defender de quedas e, por conta do alto risco de lesões cervicais, era proibido e penalizado com desclassificação até então. Foi esse movimento que acabou desclassificando a brasileira Rafaela Silva na luta pelo bronze nos Jogos de Paris. A proibição continua para eventos de cadetes (atletas menores de 18 anos).

O regulamento permite ainda o retorno do seoi-nage invertido, mais conhecido como “seoi coreano”. A proibição dessa variação do golpe seoi-nage foi determinada no último ciclo olímpico e gerava reclamações entre judocas. A Federação alegava preocupações com a falta de segurança do ataque. A projeção permanece proibida para as categorias de cadetes.

As catadas de perna continuam ilegais. No entanto, agora, o judoca pode segurar no “casaco” do seu oponente até o nível da parte superior da coxa, abaixo da faixa, desde que não atrapalhe a luta com isso. Antes, segurar em qualquer parte do kimono adversário abaixo da faixa era punido.

Também na busca por combates mais dinâmicos, a Federação estabeleceu um tempo limite para que um atleta comece a atacar. A partir do momento em que estabelece uma pegada no kimono de seu oponente, um judoca tem até 30 segundos para realizar uma entrada de golpe efetiva. As regras informam ainda que “ações positivas no ne-waza (luta no solo) serão levadas em consideração”.

O novo regulamento passará a valer a partir do Grand Slam de Paris, que será disputado entre os dias 1 e 2 de fevereiro do ano que vem. As regras serão revisadas após a realização do Mundial na Hungria, que acontecerá entre os dias 13 e 20 de junho de 2025.

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