Em Pequim, atletismo tem pior desempenho em Mundial em dez anos


Só Fabiana Murer e Marcha Atlética tiveram bons resultados

Por Demetrio Vecchioli

Para Fabiana Murer, o Mundial de Pequim foi melhor do que o de Moscou, há dois anos, porque na China ela foi ao pódio e na Rússia, não. Mas, para o atletismo brasileiro como um todo, apesar da medalha de prata no salto com vara, a participação no Ninho do Pássaro foi a pior em 10 anos.

Afinal, Murer foi exceção numa delegação em que a regra foi ficar na metade de baixo da classificação nas fases eliminatórias, longe das finais, e com marcas piores do que as obtidas no Troféu Brasil, por exemplo. Muitos foram melhor no Campeonato Paulista do que no Mundial.

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E isso se refletiu diretamente no número de finais obtidas pelo Brasil. Foram apenas três, com Fabiana Murer, Augusto Dutra (também no salto com vara) e Keila Costa (salto triplo). Enquanto a primeira ganhou medalha de prata, os demais não repetiram as melhores marcas da temporada e acabaram eliminados de forma precoce.

Fabiana Murer é um dos principais nomes do atletismo brasileiro Foto: Andy Wong/AP
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O critério que aponta que o Brasil teve seu pior Mundial em 10 anos é o número de classificações entre os oito primeiros. A Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF) utiliza tal critério, que ela chama de quadro de classificações, dando oito pontos para o primeiro lugar, sete para o segundo e um para o oitavo.

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Nesse quadro, o Brasil foi só o 24º colocado, com 13 pontos. Pontuou com Fabiana Murer (sete pela prata no salto com vara), Caio Bonfim e Erica Sena (ambos ganharam três pontos por terem ficado em sexto na marcha atlética de 20km).

Com apenas três classificações entre os oito primeiros, a delegação brasileira igualou a frágil campanha de Helsinque, em 2005, quando não ganhou nenhuma medalha e somou apenas oito pontos. Na Finlândia, também pontuou em três provas.

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Em Mascou, há dois anos, o Brasil fez boa campanha, pontuando em sete provas, ainda que não tenha conquistado nenhuma medalha - foram dois quintos, dois sextos e dois sétimos lugares, além de um oitavo. A sensação era de que a delegação havia ganhado em consistência, para que em Pequim fosse dado um passo até a medalha.

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Na China, além dos finalistas, o Brasil só teve bons resultados com João Vitor Oliveira (18º nos 110m com barreiras, com recorde pessoal e índice olímpico) e Rosângela Santos (12ª nos 100m e 13ª nos 200m). Nos 400m rasos, Henderson Estefani e Hugo Balduíno fizeram suas melhores marcas da temporada, mas ficaram na fase eliminatória.

Nos revezamentos, o Brasil não conseguiu nenhuma classificação para a final, menos de quatro meses depois de obter feito contrário no Mundial de Revezamentos das Bahamas, quando classificou seus quatro times para a Olimpíada.

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Mundial de Atletismo de Pequim

1 | 16

Ouro na última prova do Mundial salva campanha dos Estados Unidos

Foto: Ng Han Guan/AP
2 | 16

Bolt lidera Jamaica em ouro no revezamento 4x100m

Foto: Diego Azubel/EFE
3 | 16

Aries Meritt

Foto: Wang Zhao/AFP
4 | 16

Érica de Sena fica em 6º na marcha atlética de 20km no Mundial

Foto: Wang Zhao/AFP
5 | 16

Bolt solta 'boato' de que Gatlin pagou para cinegrafista atropelá-lo

Foto: Rolex Data Pena/EFE
6 | 16

Bolt ganha ouro nos 200 metros e volta a bater Gatlin em Pequim

Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters
7 | 16

Bolt é o mais rápido nos 200 metros no Mundial de Atletismo

Foto: Franck Fife/AFP
8 | 16

Fabiana Murer

Foto: Andy Wong/AP
9 | 16

Usain Bolt

Foto: Franck Robichon/EFE
10 | 16

Rosângela Santos

Foto: Mark Schiefelbein/AP
11 | 16

Quênia domina Mundial de Atletismo e ganha nos 400m com barreiras

Foto: Olivier Morin/AFP
12 | 16

Brasileira é a última na final do salto triplo

Foto: Lavandeira Jr/ EFE
13 | 16

Bolt quase fica fora da final dos 100m

Foto: Lee Jin Man/ AP
14 | 16

Mo Farah é bicampeão nos 10.000m

Foto: Wong Maye E/ AP
15 | 16

Usain Bolt é semifinalista nos 100m

Foto: Greg Baker/ AFP
16 | 16

Bingtian Su faz festa da torcida local

Foto: David Gray/ Reuters

Para Fabiana Murer, o Mundial de Pequim foi melhor do que o de Moscou, há dois anos, porque na China ela foi ao pódio e na Rússia, não. Mas, para o atletismo brasileiro como um todo, apesar da medalha de prata no salto com vara, a participação no Ninho do Pássaro foi a pior em 10 anos.

Afinal, Murer foi exceção numa delegação em que a regra foi ficar na metade de baixo da classificação nas fases eliminatórias, longe das finais, e com marcas piores do que as obtidas no Troféu Brasil, por exemplo. Muitos foram melhor no Campeonato Paulista do que no Mundial.

E isso se refletiu diretamente no número de finais obtidas pelo Brasil. Foram apenas três, com Fabiana Murer, Augusto Dutra (também no salto com vara) e Keila Costa (salto triplo). Enquanto a primeira ganhou medalha de prata, os demais não repetiram as melhores marcas da temporada e acabaram eliminados de forma precoce.

Fabiana Murer é um dos principais nomes do atletismo brasileiro Foto: Andy Wong/AP

O critério que aponta que o Brasil teve seu pior Mundial em 10 anos é o número de classificações entre os oito primeiros. A Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF) utiliza tal critério, que ela chama de quadro de classificações, dando oito pontos para o primeiro lugar, sete para o segundo e um para o oitavo.

Nesse quadro, o Brasil foi só o 24º colocado, com 13 pontos. Pontuou com Fabiana Murer (sete pela prata no salto com vara), Caio Bonfim e Erica Sena (ambos ganharam três pontos por terem ficado em sexto na marcha atlética de 20km).

Com apenas três classificações entre os oito primeiros, a delegação brasileira igualou a frágil campanha de Helsinque, em 2005, quando não ganhou nenhuma medalha e somou apenas oito pontos. Na Finlândia, também pontuou em três provas.

Em Mascou, há dois anos, o Brasil fez boa campanha, pontuando em sete provas, ainda que não tenha conquistado nenhuma medalha - foram dois quintos, dois sextos e dois sétimos lugares, além de um oitavo. A sensação era de que a delegação havia ganhado em consistência, para que em Pequim fosse dado um passo até a medalha.

Na China, além dos finalistas, o Brasil só teve bons resultados com João Vitor Oliveira (18º nos 110m com barreiras, com recorde pessoal e índice olímpico) e Rosângela Santos (12ª nos 100m e 13ª nos 200m). Nos 400m rasos, Henderson Estefani e Hugo Balduíno fizeram suas melhores marcas da temporada, mas ficaram na fase eliminatória.

Nos revezamentos, o Brasil não conseguiu nenhuma classificação para a final, menos de quatro meses depois de obter feito contrário no Mundial de Revezamentos das Bahamas, quando classificou seus quatro times para a Olimpíada.

Mundial de Atletismo de Pequim

1 | 16

Ouro na última prova do Mundial salva campanha dos Estados Unidos

Foto: Ng Han Guan/AP
2 | 16

Bolt lidera Jamaica em ouro no revezamento 4x100m

Foto: Diego Azubel/EFE
3 | 16

Aries Meritt

Foto: Wang Zhao/AFP
4 | 16

Érica de Sena fica em 6º na marcha atlética de 20km no Mundial

Foto: Wang Zhao/AFP
5 | 16

Bolt solta 'boato' de que Gatlin pagou para cinegrafista atropelá-lo

Foto: Rolex Data Pena/EFE
6 | 16

Bolt ganha ouro nos 200 metros e volta a bater Gatlin em Pequim

Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters
7 | 16

Bolt é o mais rápido nos 200 metros no Mundial de Atletismo

Foto: Franck Fife/AFP
8 | 16

Fabiana Murer

Foto: Andy Wong/AP
9 | 16

Usain Bolt

Foto: Franck Robichon/EFE
10 | 16

Rosângela Santos

Foto: Mark Schiefelbein/AP
11 | 16

Quênia domina Mundial de Atletismo e ganha nos 400m com barreiras

Foto: Olivier Morin/AFP
12 | 16

Brasileira é a última na final do salto triplo

Foto: Lavandeira Jr/ EFE
13 | 16

Bolt quase fica fora da final dos 100m

Foto: Lee Jin Man/ AP
14 | 16

Mo Farah é bicampeão nos 10.000m

Foto: Wong Maye E/ AP
15 | 16

Usain Bolt é semifinalista nos 100m

Foto: Greg Baker/ AFP
16 | 16

Bingtian Su faz festa da torcida local

Foto: David Gray/ Reuters

Para Fabiana Murer, o Mundial de Pequim foi melhor do que o de Moscou, há dois anos, porque na China ela foi ao pódio e na Rússia, não. Mas, para o atletismo brasileiro como um todo, apesar da medalha de prata no salto com vara, a participação no Ninho do Pássaro foi a pior em 10 anos.

Afinal, Murer foi exceção numa delegação em que a regra foi ficar na metade de baixo da classificação nas fases eliminatórias, longe das finais, e com marcas piores do que as obtidas no Troféu Brasil, por exemplo. Muitos foram melhor no Campeonato Paulista do que no Mundial.

E isso se refletiu diretamente no número de finais obtidas pelo Brasil. Foram apenas três, com Fabiana Murer, Augusto Dutra (também no salto com vara) e Keila Costa (salto triplo). Enquanto a primeira ganhou medalha de prata, os demais não repetiram as melhores marcas da temporada e acabaram eliminados de forma precoce.

Fabiana Murer é um dos principais nomes do atletismo brasileiro Foto: Andy Wong/AP

O critério que aponta que o Brasil teve seu pior Mundial em 10 anos é o número de classificações entre os oito primeiros. A Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF) utiliza tal critério, que ela chama de quadro de classificações, dando oito pontos para o primeiro lugar, sete para o segundo e um para o oitavo.

Nesse quadro, o Brasil foi só o 24º colocado, com 13 pontos. Pontuou com Fabiana Murer (sete pela prata no salto com vara), Caio Bonfim e Erica Sena (ambos ganharam três pontos por terem ficado em sexto na marcha atlética de 20km).

Com apenas três classificações entre os oito primeiros, a delegação brasileira igualou a frágil campanha de Helsinque, em 2005, quando não ganhou nenhuma medalha e somou apenas oito pontos. Na Finlândia, também pontuou em três provas.

Em Mascou, há dois anos, o Brasil fez boa campanha, pontuando em sete provas, ainda que não tenha conquistado nenhuma medalha - foram dois quintos, dois sextos e dois sétimos lugares, além de um oitavo. A sensação era de que a delegação havia ganhado em consistência, para que em Pequim fosse dado um passo até a medalha.

Na China, além dos finalistas, o Brasil só teve bons resultados com João Vitor Oliveira (18º nos 110m com barreiras, com recorde pessoal e índice olímpico) e Rosângela Santos (12ª nos 100m e 13ª nos 200m). Nos 400m rasos, Henderson Estefani e Hugo Balduíno fizeram suas melhores marcas da temporada, mas ficaram na fase eliminatória.

Nos revezamentos, o Brasil não conseguiu nenhuma classificação para a final, menos de quatro meses depois de obter feito contrário no Mundial de Revezamentos das Bahamas, quando classificou seus quatro times para a Olimpíada.

Mundial de Atletismo de Pequim

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Ouro na última prova do Mundial salva campanha dos Estados Unidos

Foto: Ng Han Guan/AP
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Bolt lidera Jamaica em ouro no revezamento 4x100m

Foto: Diego Azubel/EFE
3 | 16

Aries Meritt

Foto: Wang Zhao/AFP
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Érica de Sena fica em 6º na marcha atlética de 20km no Mundial

Foto: Wang Zhao/AFP
5 | 16

Bolt solta 'boato' de que Gatlin pagou para cinegrafista atropelá-lo

Foto: Rolex Data Pena/EFE
6 | 16

Bolt ganha ouro nos 200 metros e volta a bater Gatlin em Pequim

Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters
7 | 16

Bolt é o mais rápido nos 200 metros no Mundial de Atletismo

Foto: Franck Fife/AFP
8 | 16

Fabiana Murer

Foto: Andy Wong/AP
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Usain Bolt

Foto: Franck Robichon/EFE
10 | 16

Rosângela Santos

Foto: Mark Schiefelbein/AP
11 | 16

Quênia domina Mundial de Atletismo e ganha nos 400m com barreiras

Foto: Olivier Morin/AFP
12 | 16

Brasileira é a última na final do salto triplo

Foto: Lavandeira Jr/ EFE
13 | 16

Bolt quase fica fora da final dos 100m

Foto: Lee Jin Man/ AP
14 | 16

Mo Farah é bicampeão nos 10.000m

Foto: Wong Maye E/ AP
15 | 16

Usain Bolt é semifinalista nos 100m

Foto: Greg Baker/ AFP
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Bingtian Su faz festa da torcida local

Foto: David Gray/ Reuters

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