Mike Tyson aposta no recente mercado da cannabis em Nova York para ampliar seu ‘império da maconha’


Ex-boxeador quer aproveitar momento florescente de seu Estado natal para expandir negócios

Por Leonardo Catto

Mike Tyson é considerado um dos maiores boxeadores peso pesado da história. O ídolo das lutas agora mira um novo negócio e ataca de empresário num outro tipo de pancada. Aos 57 anos, ele é mais uma das celebridades que apostam no mercado da cannabis no estado de Nova York, que, embora tenha legalizado o uso recreativo da maconha em 2021, só passou a conceder licenças para venda a partir do final de 2022.

O movimento de Tyson é uma onda que ganha força com a crescente legalização da maconha nos Estados Unidos. Recentemente, ele lançou a linha Tyson 2.0, com produtos baseados em uma seleção de “flores fumáveis”. Alguns exemplos de nomes de itens que compõem a linha são Tiger Mintz e Knockout OG.

Segundo o jornal The New York Times, em um evento que contou com a presença do ex-boxeador, foram vendidos mais de US$ 40 mil em produtos relacionados. Há ainda uma goma de mascar no formato da orelha de Evander Holyfield que Tyson literalmente mordeu em uma luta em 1997.

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Mike Tyson quer aproveitar abertura recente do mercado da cannabis em Nova York. Foto: Divulgação/Instagram @miketyson

Entretanto, nem todos os famosos que entraram neste mercado tiveram sucesso. Embora as celebridades tenham destaque, há marcas que têm mais relevância e estão acostumadas a faturar milhões de dólares. Ainda conforme o NYT, apenas nove das 30 marcas mais vendidas na Califórnia são de celebridades ou associadas a elas.

É o caso da linha Tyson 2.0. O Estado da costa oeste americana é o maior mercado de maconha do país. Outros exemplos de marcas ligadas a famosos são a Houseplant, do ator Seth Rogen, e a Mirayo, do músico Carlos Santana. Isso pode ser explicado porque o consumidor nem sempre vai querer o produto apenas conforme a celebridade que está estampada na embalagem.

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O analista da Headset, empresa de dados especializada em cannabis, Mitchell Laferla, ouvido pelo NYT, explica que mercados mais recentes, como o da cidade de Nova York, são movidos pelo preço acessível. Assim, o que é procurado é um melhor custo-benefício da erva: maior potência pelo preço mais baixo. As marcas de famosos não seguem a mesma linha de qualidade, mas todas regulam em um preço relativamente caro. Na Califórnia, o custo médio de um saco de flores de 3,5 gramas é de US$ 23,14, enquanto o Tyson 2.0 é vendido por US$ 28,44.

Laferla explica que, ainda assim, Mike Tyson tem sucesso pela abordagem mais personalizada, utilizando a interação do boxeador com clientes. “Seu nome pode fazer alguém experimentar uma vez, mas sua marca e a qualidade do seu produto são o que fará as pessoas voltarem”, disse ao jornal americano.

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Tyson faz sucesso em mercado que vai além de estampar rostos em embalagens

A maconha legalizada é vendida em lojas especializadas nos EUA. Uma delas é a Strain Stars, cujo presidente em Long Island é Yuvraj Singh. Ele disse ao NYT que, no primeiro dia de lançamento, foram vendidos US$ 30 mil em produtos da Tyson 2.0, fazendo a linha chegar entre as cinco mais vendidas pela Strain Stars.

Já na Conbud, outra loja especializada, o coproprietário e diretor executivo Coss Marte afirmou que a linha Tyson 2.0 foi responsável por US$ 10 mil em vendas em uma hora. Ele contou ao jornal americano que isso equivale ao faturamento de um dia inteiro.

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Tyson quer solidificar um legado como pioneiro no mercado canábico nos Estados Unidos. “Isso é mais importante para mim que ganhar dinheiro”, disse. A imagem que ele tem é de uma história de superação de quem nasceu em meio à pobreza e ascendeu socialmente com o talento no esporte. Foram 50 vitórias em lutas profissionais, a maioria por nocaute. Ainda assim, a reputação do astro dos ringues é controversa.

Por exemplo, a prisão de três anos por assédio sexual entre 1992 e 1995 e o vício em cocaína, o qual admitiu em 2014, estremecem a imagem de ídolo esportivo. Ainda assim, ele mistura a história pessoal para falar do negócio. Segundo conta, foi a maconha que o ajudou a superar a outra droga.

O desejo de Tyson em ir além de apenas ganhar dinheiro vai ao encontro do que defende a diretora executiva da House of Puff, marca de acessórios artísticos, Kristina Lopez. Para ela, a força das celebridades está em defender a legalização e a normalização do consumo da maconha em casos benéficos. Esse movimento tem exemplo em Fred Brathwait, conhecido pelo nome artístico Fab 5 Freddy. Ele foi ativo na arte urbana nas décadas de 1970 e 1980, além de ter sido apresentador em um programa de hip-hop da MTV.

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Agora, Fred é coproprietário e diretor executivo da B Noble, marca de produtos canábicos. O nome homenageia Bernard Noble, um americano negro que virou símbolo da luta pela legalização depois de ser setenciado a 13 anos de prisão na Louisana por ser preso com o equivalente a dois cigarros.

A B Noble é associada com a Curaleaf, a maior empresa de cannabis dos Estados Unidos. Dos lucros da B Noble, 10% é destinado a organizações que atendem pessoas em ressocialização após prisão. Segundo a empresa, já foram doados US$ 400 mil.

Mike Tyson é considerado um dos maiores boxeadores peso pesado da história. O ídolo das lutas agora mira um novo negócio e ataca de empresário num outro tipo de pancada. Aos 57 anos, ele é mais uma das celebridades que apostam no mercado da cannabis no estado de Nova York, que, embora tenha legalizado o uso recreativo da maconha em 2021, só passou a conceder licenças para venda a partir do final de 2022.

O movimento de Tyson é uma onda que ganha força com a crescente legalização da maconha nos Estados Unidos. Recentemente, ele lançou a linha Tyson 2.0, com produtos baseados em uma seleção de “flores fumáveis”. Alguns exemplos de nomes de itens que compõem a linha são Tiger Mintz e Knockout OG.

Segundo o jornal The New York Times, em um evento que contou com a presença do ex-boxeador, foram vendidos mais de US$ 40 mil em produtos relacionados. Há ainda uma goma de mascar no formato da orelha de Evander Holyfield que Tyson literalmente mordeu em uma luta em 1997.

Mike Tyson quer aproveitar abertura recente do mercado da cannabis em Nova York. Foto: Divulgação/Instagram @miketyson

Entretanto, nem todos os famosos que entraram neste mercado tiveram sucesso. Embora as celebridades tenham destaque, há marcas que têm mais relevância e estão acostumadas a faturar milhões de dólares. Ainda conforme o NYT, apenas nove das 30 marcas mais vendidas na Califórnia são de celebridades ou associadas a elas.

É o caso da linha Tyson 2.0. O Estado da costa oeste americana é o maior mercado de maconha do país. Outros exemplos de marcas ligadas a famosos são a Houseplant, do ator Seth Rogen, e a Mirayo, do músico Carlos Santana. Isso pode ser explicado porque o consumidor nem sempre vai querer o produto apenas conforme a celebridade que está estampada na embalagem.

O analista da Headset, empresa de dados especializada em cannabis, Mitchell Laferla, ouvido pelo NYT, explica que mercados mais recentes, como o da cidade de Nova York, são movidos pelo preço acessível. Assim, o que é procurado é um melhor custo-benefício da erva: maior potência pelo preço mais baixo. As marcas de famosos não seguem a mesma linha de qualidade, mas todas regulam em um preço relativamente caro. Na Califórnia, o custo médio de um saco de flores de 3,5 gramas é de US$ 23,14, enquanto o Tyson 2.0 é vendido por US$ 28,44.

Laferla explica que, ainda assim, Mike Tyson tem sucesso pela abordagem mais personalizada, utilizando a interação do boxeador com clientes. “Seu nome pode fazer alguém experimentar uma vez, mas sua marca e a qualidade do seu produto são o que fará as pessoas voltarem”, disse ao jornal americano.

Tyson faz sucesso em mercado que vai além de estampar rostos em embalagens

A maconha legalizada é vendida em lojas especializadas nos EUA. Uma delas é a Strain Stars, cujo presidente em Long Island é Yuvraj Singh. Ele disse ao NYT que, no primeiro dia de lançamento, foram vendidos US$ 30 mil em produtos da Tyson 2.0, fazendo a linha chegar entre as cinco mais vendidas pela Strain Stars.

Já na Conbud, outra loja especializada, o coproprietário e diretor executivo Coss Marte afirmou que a linha Tyson 2.0 foi responsável por US$ 10 mil em vendas em uma hora. Ele contou ao jornal americano que isso equivale ao faturamento de um dia inteiro.

Tyson quer solidificar um legado como pioneiro no mercado canábico nos Estados Unidos. “Isso é mais importante para mim que ganhar dinheiro”, disse. A imagem que ele tem é de uma história de superação de quem nasceu em meio à pobreza e ascendeu socialmente com o talento no esporte. Foram 50 vitórias em lutas profissionais, a maioria por nocaute. Ainda assim, a reputação do astro dos ringues é controversa.

Por exemplo, a prisão de três anos por assédio sexual entre 1992 e 1995 e o vício em cocaína, o qual admitiu em 2014, estremecem a imagem de ídolo esportivo. Ainda assim, ele mistura a história pessoal para falar do negócio. Segundo conta, foi a maconha que o ajudou a superar a outra droga.

O desejo de Tyson em ir além de apenas ganhar dinheiro vai ao encontro do que defende a diretora executiva da House of Puff, marca de acessórios artísticos, Kristina Lopez. Para ela, a força das celebridades está em defender a legalização e a normalização do consumo da maconha em casos benéficos. Esse movimento tem exemplo em Fred Brathwait, conhecido pelo nome artístico Fab 5 Freddy. Ele foi ativo na arte urbana nas décadas de 1970 e 1980, além de ter sido apresentador em um programa de hip-hop da MTV.

Agora, Fred é coproprietário e diretor executivo da B Noble, marca de produtos canábicos. O nome homenageia Bernard Noble, um americano negro que virou símbolo da luta pela legalização depois de ser setenciado a 13 anos de prisão na Louisana por ser preso com o equivalente a dois cigarros.

A B Noble é associada com a Curaleaf, a maior empresa de cannabis dos Estados Unidos. Dos lucros da B Noble, 10% é destinado a organizações que atendem pessoas em ressocialização após prisão. Segundo a empresa, já foram doados US$ 400 mil.

Mike Tyson é considerado um dos maiores boxeadores peso pesado da história. O ídolo das lutas agora mira um novo negócio e ataca de empresário num outro tipo de pancada. Aos 57 anos, ele é mais uma das celebridades que apostam no mercado da cannabis no estado de Nova York, que, embora tenha legalizado o uso recreativo da maconha em 2021, só passou a conceder licenças para venda a partir do final de 2022.

O movimento de Tyson é uma onda que ganha força com a crescente legalização da maconha nos Estados Unidos. Recentemente, ele lançou a linha Tyson 2.0, com produtos baseados em uma seleção de “flores fumáveis”. Alguns exemplos de nomes de itens que compõem a linha são Tiger Mintz e Knockout OG.

Segundo o jornal The New York Times, em um evento que contou com a presença do ex-boxeador, foram vendidos mais de US$ 40 mil em produtos relacionados. Há ainda uma goma de mascar no formato da orelha de Evander Holyfield que Tyson literalmente mordeu em uma luta em 1997.

Mike Tyson quer aproveitar abertura recente do mercado da cannabis em Nova York. Foto: Divulgação/Instagram @miketyson

Entretanto, nem todos os famosos que entraram neste mercado tiveram sucesso. Embora as celebridades tenham destaque, há marcas que têm mais relevância e estão acostumadas a faturar milhões de dólares. Ainda conforme o NYT, apenas nove das 30 marcas mais vendidas na Califórnia são de celebridades ou associadas a elas.

É o caso da linha Tyson 2.0. O Estado da costa oeste americana é o maior mercado de maconha do país. Outros exemplos de marcas ligadas a famosos são a Houseplant, do ator Seth Rogen, e a Mirayo, do músico Carlos Santana. Isso pode ser explicado porque o consumidor nem sempre vai querer o produto apenas conforme a celebridade que está estampada na embalagem.

O analista da Headset, empresa de dados especializada em cannabis, Mitchell Laferla, ouvido pelo NYT, explica que mercados mais recentes, como o da cidade de Nova York, são movidos pelo preço acessível. Assim, o que é procurado é um melhor custo-benefício da erva: maior potência pelo preço mais baixo. As marcas de famosos não seguem a mesma linha de qualidade, mas todas regulam em um preço relativamente caro. Na Califórnia, o custo médio de um saco de flores de 3,5 gramas é de US$ 23,14, enquanto o Tyson 2.0 é vendido por US$ 28,44.

Laferla explica que, ainda assim, Mike Tyson tem sucesso pela abordagem mais personalizada, utilizando a interação do boxeador com clientes. “Seu nome pode fazer alguém experimentar uma vez, mas sua marca e a qualidade do seu produto são o que fará as pessoas voltarem”, disse ao jornal americano.

Tyson faz sucesso em mercado que vai além de estampar rostos em embalagens

A maconha legalizada é vendida em lojas especializadas nos EUA. Uma delas é a Strain Stars, cujo presidente em Long Island é Yuvraj Singh. Ele disse ao NYT que, no primeiro dia de lançamento, foram vendidos US$ 30 mil em produtos da Tyson 2.0, fazendo a linha chegar entre as cinco mais vendidas pela Strain Stars.

Já na Conbud, outra loja especializada, o coproprietário e diretor executivo Coss Marte afirmou que a linha Tyson 2.0 foi responsável por US$ 10 mil em vendas em uma hora. Ele contou ao jornal americano que isso equivale ao faturamento de um dia inteiro.

Tyson quer solidificar um legado como pioneiro no mercado canábico nos Estados Unidos. “Isso é mais importante para mim que ganhar dinheiro”, disse. A imagem que ele tem é de uma história de superação de quem nasceu em meio à pobreza e ascendeu socialmente com o talento no esporte. Foram 50 vitórias em lutas profissionais, a maioria por nocaute. Ainda assim, a reputação do astro dos ringues é controversa.

Por exemplo, a prisão de três anos por assédio sexual entre 1992 e 1995 e o vício em cocaína, o qual admitiu em 2014, estremecem a imagem de ídolo esportivo. Ainda assim, ele mistura a história pessoal para falar do negócio. Segundo conta, foi a maconha que o ajudou a superar a outra droga.

O desejo de Tyson em ir além de apenas ganhar dinheiro vai ao encontro do que defende a diretora executiva da House of Puff, marca de acessórios artísticos, Kristina Lopez. Para ela, a força das celebridades está em defender a legalização e a normalização do consumo da maconha em casos benéficos. Esse movimento tem exemplo em Fred Brathwait, conhecido pelo nome artístico Fab 5 Freddy. Ele foi ativo na arte urbana nas décadas de 1970 e 1980, além de ter sido apresentador em um programa de hip-hop da MTV.

Agora, Fred é coproprietário e diretor executivo da B Noble, marca de produtos canábicos. O nome homenageia Bernard Noble, um americano negro que virou símbolo da luta pela legalização depois de ser setenciado a 13 anos de prisão na Louisana por ser preso com o equivalente a dois cigarros.

A B Noble é associada com a Curaleaf, a maior empresa de cannabis dos Estados Unidos. Dos lucros da B Noble, 10% é destinado a organizações que atendem pessoas em ressocialização após prisão. Segundo a empresa, já foram doados US$ 400 mil.

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