Olimpíadas 2024: Valdileia Martins vive drama em Paris com morte do pai, vaga na final e lesão


Atleta do salto em altura igualou o recorde brasileiro, passou por tratamento intensivo após entorse no tornozelo, mas não conseguiu competir na decisão

Por Marcos Antomil
Atualização:

PARIS - Aos 34 anos, Valdileia Martins tem seu maior desafio na carreira de atleta. Competindo no salto em altura no Stade de France, em Saint-Denis, obteve a classificação para a final dos Jogos de Paris - sua primeira competição olímpica - igualando o recorde brasileiro ao passar pelo sarrafo a 1,92m, mas sofreu uma lesão que provocou uma corrida contra o tempo para que ela participe da decisão neste domingo. No momento em que se preparava para o salto, Valdileia sentiu dores e desistiu da competição.

“Colocamos como meta ser finalista olímpica e quebrar o recorde brasileiro. E eu igualei. Quando tentei 1,95 m, coloquei um pouco mais de força do que deveria e acabei torcendo o meu pé. Mas eu estou contente com o resultado, é o que eu imaginava, foi tudo como planejado. Eu treinei para sair na Olimpíada. Acho que foi um feito muito grande”, disse Valdileia.

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Valdileia Martins recebe atendimento após sofrer entorse durante salto no Stade de France, em Saint-Denis. Foto: Bernat Armangue/AP

Assim que a prova foi encerrada e a classificação confirmada para a final, as equipes médica e fisioterápica que dão suporte aos brasileiros que competem no atletismo iniciaram os procedimentos para recuperação de Valdileia. Ela sofreu uma entorse no médio pé esquerdo, apresentou dor no local e edema moderado. Essa lesão prejudica a corrida que antecede o salto e também o movimento de saltar, que são fundamentais nessa modalidade.

De acordo com apuração da reportagem do Estadão, de sexta-feira, data da lesão, para sábado, Valdileia apresentou boa evolução e permaneceu em tratamento intensivo.

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Valdileia Martins igualou o recorde brasileiro do salto em altura, que persiste desde 1989 e pertence a Orlane Maria dos Santos. Foto: Ben Stansall/AFP

Na última segunda-feira, Valdileia foi abalada por outra notícia. A atleta foi informada por familiares da morte do pai, Israel Martins, aos 74 anos, vítima de um ataque cardíaco. Ele foi um dos principais incentivadores da filha no esporte, a ajudou a improvisar materiais para simular uma prova de salto em altura em sua casa, em um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), em Querência do Norte-PR.

“O MST lamenta o falecimento de Israel Martins, de 74 anos, camponês do assentamento Pontal do Tigre e pai da atleta Valdileia Martins, que compete nos Jogos Olímpicos de Paris. Israel foi um incentivador da prática esportiva e da luta pela terra. Solidariedade à família”, escreveu o grupo em publicação no X.

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Valdileia não pôde acompanhar o velório do pai presencialmente e decidiu permanecer nos treinamentos para as provas do salto em altura dos Jogos de Paris. Tendo o pai como grande apoiador, a atleta optou por persistir em um sonho que também era dele.

PARIS - Aos 34 anos, Valdileia Martins tem seu maior desafio na carreira de atleta. Competindo no salto em altura no Stade de France, em Saint-Denis, obteve a classificação para a final dos Jogos de Paris - sua primeira competição olímpica - igualando o recorde brasileiro ao passar pelo sarrafo a 1,92m, mas sofreu uma lesão que provocou uma corrida contra o tempo para que ela participe da decisão neste domingo. No momento em que se preparava para o salto, Valdileia sentiu dores e desistiu da competição.

“Colocamos como meta ser finalista olímpica e quebrar o recorde brasileiro. E eu igualei. Quando tentei 1,95 m, coloquei um pouco mais de força do que deveria e acabei torcendo o meu pé. Mas eu estou contente com o resultado, é o que eu imaginava, foi tudo como planejado. Eu treinei para sair na Olimpíada. Acho que foi um feito muito grande”, disse Valdileia.

Valdileia Martins recebe atendimento após sofrer entorse durante salto no Stade de France, em Saint-Denis. Foto: Bernat Armangue/AP

Assim que a prova foi encerrada e a classificação confirmada para a final, as equipes médica e fisioterápica que dão suporte aos brasileiros que competem no atletismo iniciaram os procedimentos para recuperação de Valdileia. Ela sofreu uma entorse no médio pé esquerdo, apresentou dor no local e edema moderado. Essa lesão prejudica a corrida que antecede o salto e também o movimento de saltar, que são fundamentais nessa modalidade.

De acordo com apuração da reportagem do Estadão, de sexta-feira, data da lesão, para sábado, Valdileia apresentou boa evolução e permaneceu em tratamento intensivo.

Valdileia Martins igualou o recorde brasileiro do salto em altura, que persiste desde 1989 e pertence a Orlane Maria dos Santos. Foto: Ben Stansall/AFP

Na última segunda-feira, Valdileia foi abalada por outra notícia. A atleta foi informada por familiares da morte do pai, Israel Martins, aos 74 anos, vítima de um ataque cardíaco. Ele foi um dos principais incentivadores da filha no esporte, a ajudou a improvisar materiais para simular uma prova de salto em altura em sua casa, em um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), em Querência do Norte-PR.

“O MST lamenta o falecimento de Israel Martins, de 74 anos, camponês do assentamento Pontal do Tigre e pai da atleta Valdileia Martins, que compete nos Jogos Olímpicos de Paris. Israel foi um incentivador da prática esportiva e da luta pela terra. Solidariedade à família”, escreveu o grupo em publicação no X.

Valdileia não pôde acompanhar o velório do pai presencialmente e decidiu permanecer nos treinamentos para as provas do salto em altura dos Jogos de Paris. Tendo o pai como grande apoiador, a atleta optou por persistir em um sonho que também era dele.

PARIS - Aos 34 anos, Valdileia Martins tem seu maior desafio na carreira de atleta. Competindo no salto em altura no Stade de France, em Saint-Denis, obteve a classificação para a final dos Jogos de Paris - sua primeira competição olímpica - igualando o recorde brasileiro ao passar pelo sarrafo a 1,92m, mas sofreu uma lesão que provocou uma corrida contra o tempo para que ela participe da decisão neste domingo. No momento em que se preparava para o salto, Valdileia sentiu dores e desistiu da competição.

“Colocamos como meta ser finalista olímpica e quebrar o recorde brasileiro. E eu igualei. Quando tentei 1,95 m, coloquei um pouco mais de força do que deveria e acabei torcendo o meu pé. Mas eu estou contente com o resultado, é o que eu imaginava, foi tudo como planejado. Eu treinei para sair na Olimpíada. Acho que foi um feito muito grande”, disse Valdileia.

Valdileia Martins recebe atendimento após sofrer entorse durante salto no Stade de France, em Saint-Denis. Foto: Bernat Armangue/AP

Assim que a prova foi encerrada e a classificação confirmada para a final, as equipes médica e fisioterápica que dão suporte aos brasileiros que competem no atletismo iniciaram os procedimentos para recuperação de Valdileia. Ela sofreu uma entorse no médio pé esquerdo, apresentou dor no local e edema moderado. Essa lesão prejudica a corrida que antecede o salto e também o movimento de saltar, que são fundamentais nessa modalidade.

De acordo com apuração da reportagem do Estadão, de sexta-feira, data da lesão, para sábado, Valdileia apresentou boa evolução e permaneceu em tratamento intensivo.

Valdileia Martins igualou o recorde brasileiro do salto em altura, que persiste desde 1989 e pertence a Orlane Maria dos Santos. Foto: Ben Stansall/AFP

Na última segunda-feira, Valdileia foi abalada por outra notícia. A atleta foi informada por familiares da morte do pai, Israel Martins, aos 74 anos, vítima de um ataque cardíaco. Ele foi um dos principais incentivadores da filha no esporte, a ajudou a improvisar materiais para simular uma prova de salto em altura em sua casa, em um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), em Querência do Norte-PR.

“O MST lamenta o falecimento de Israel Martins, de 74 anos, camponês do assentamento Pontal do Tigre e pai da atleta Valdileia Martins, que compete nos Jogos Olímpicos de Paris. Israel foi um incentivador da prática esportiva e da luta pela terra. Solidariedade à família”, escreveu o grupo em publicação no X.

Valdileia não pôde acompanhar o velório do pai presencialmente e decidiu permanecer nos treinamentos para as provas do salto em altura dos Jogos de Paris. Tendo o pai como grande apoiador, a atleta optou por persistir em um sonho que também era dele.

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