Olimpíada: mulheres dominam Time Brasil rumo a recorde de medalhas; veja favoritas


Até aqui, 100 vagas da delegação brasileira são ocupadas por mulheres; melhor marca foi alcançada em Tóquio, com nove pódios

Por Marcos Antomil
Atualização:

Nos Jogos de Tóquio, a delegação brasileira registrou a maior participação feminina na conquista de medalhas na história olímpica. Das 21 medalhas brasileiras, nove pertencem a mulheres, o que representa 42,8%. Em Paris-2024, esses números tendem a aumentar, uma vez que das 162 vagas confirmadas para a disputa até aqui, 100 são para mulheres e 47 para os homens. Além disso, o País ainda tem 15 vagas sem gênero entre o hipismo e natação. Em ambos os casos, mais mulheres aparecerão na lista e aumentarão ainda mais esses números.

Nos Jogos Olímpicos de 1996, foram conquistadas as primeiras medalhas por mulheres brasileiras. No vôlei de praia, Jacqueline Silva e Sandra Pires ficaram com o ouro, enquanto Adriana Samuel e Mônica Rodrigues ganharam a prata. As equipes de basquete - liderada por Hortência e Paula - e de vôlei - de Ana Moser, Virna e Fernanda Venturini - faturaram a prata e o bronze, respectivamente, naquela mesma edição dos Jogos. Esses quatro pódios representaram 26,7% das medalhas brasileiras em Atlanta.

Rebeca Andrade foi a sensação brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021. Foto: Miriam Jeske/ COB
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Em Tóquio, o Brasil foi ouro com Rebeca Andrade (ginástica artística), Martine Grael e Kahena Kunze (vela) e Ana Marcela Cunha (maratona aquática). Rayssa Leal (skate), Bia Ferreira (boxe), vôlei feminino e novamente Rebeca conquistaram pratas, enquanto Mayra Aguiar (judô), Luisa Stefani e Laura Pigossi (tênis) foram medalhistas de bronze.

A melhor marca feminina até então pertencia a Pequim-2008, quando as mulheres faturaram sete de 17 medalhas (41,1%). Depois disso, as brasileiras nunca mais deixaram de subir ao pódio nas edições posteriores. Em Sydney-2000, foram quatro de 12 medalhas (33,3%); em Atenas-2004, duas de 10 (20%); em Londres-2012, seis de 17 (35,2%), e na Rio-2016, cinco de 19 (26,3%).

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“É inegável a importância e a contribuição das mulheres para toda a nossa sociedade. No esporte, não é diferente. No Comitê Olímpico do Brasil (COB), temos a missão de proporcionar cada vez mais espaço e ferramentas para que novos talentos possam surgir e também para que as atuais estrelas possam seguir brilhando”, afirmou o presidente da entidade, Paulo Wanderley.

A estimativa até o início da próxima Olimpíada é que os números na capital francesa se aproximem aos da edição de Tóquio-2020, quando o Brasil levou 302 atletas. Na ocasião, no país asiático, as mulheres quebraram o recorde de participação em uma única edição, compondo 48,8% da delegação verde-amarela. No momento, a delegação brasileira rumo à capital francesa tem participação feminina de 61,7%.

Rayssa Leal em ação no Super Crown 2022, na Arena 2 do Parque Olimpico, zona oeste do Rio de Janeiro. Foto: Pedro Kirilos/Estadão
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“Esse aumento na participação feminina a cada ano olímpico, com personalidades como Rayssa e Rebeca, são motivações para as futuras gerações. Elas reforçam e exaltam a importância da prática esportiva pelas mulheres, trazem visibilidade ao esporte, o que culmina em um maior investimento nas modalidades”, destacou Raquel Ercolin, líder de projetos da End to End, empresa que trabalha com engajamento para o mercado esportivo.

Projeto para as mulheres no COB

Lançado no ano passado pelo Comitê Olímpico do Brasil, o Programa de Desenvolvimento do Esporte Feminino (PDEF) tem como principais objetivos promover, por meio de parcerias com as Confederações, ações relevantes que formem programas em prol do desenvolvimento e capacitação de atletas, treinadoras, árbitras e gestoras. O projeto visa ampliar a participação feminina em cargos de liderança das entidades.

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“O meio esportivo, como um todo, ainda é repleto de desigualdades e preconceitos. Por isso, ainda são necessários certos incentivos para que as mulheres se desenvolvam em suas modalidades, além da formação de novas atletas e mudança no futuro do esporte brasileiro”, destaca Vanessa Pires, CEO e fundadora da Brada!, startup que conecta empresas e investidores com projetos de impacto positivo.

Em 2024, serão 15 os projetos contemplados e o investimento será de R$ 1,3 milhão. Entre os esportes que receberão incentivo financeiro estão rúgbi, vela, ginástica rítmica, judô, tênis de mesa, surfe, vôlei de praia, desportos no gelo, desportos na neve, escalada esportiva, hóquei sobre a grama, halterofilismo, natação, tae kwon do e triatlo. “É um projeto que reforça o nosso compromisso em contribuir para a equidade de gênero no esporte e incentivar que as entidades planejem ações voltadas para o desenvolvimento da mulher no esporte”, observou Taciana Pinto, Gerente de Desenvolvimento Esportivo e da área Mulher no Esporte do COB.

Projeções para Paris-2024

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Rebeca Andrade, Bia Ferreira e Rayssa Leal chegam como favoritas ao ouro em Paris. Quem também compõe essa lista é a dupla Ana Patrícia e Duda, do vôlei de praia, que carimbou o passaporte nesta quinta-feira. No judô, Mayra Aguiar, Beatriz Souza e Rafaela Silva são apontadas como candidatas ao pódio.

Duda e Ana Patrícia são favoritas ao ouro no vôlei de praia. Foto: CBV

Apesar de viverem fase inconstante, Kahena e Martine, Ana Marcela e os times de vôlei e futebol podem surpreender. No tênis, Bia Haddad tende a formar dupla com Luisa Stefani e se cacifar na busca por pódio. Tatiana Weston-Webb tem chances no surfe, assim como Raicca Ventura no skate, a esgrimista Nathalie Moellhausen e o time da ginástica rítmica.

Nos Jogos de Tóquio, a delegação brasileira registrou a maior participação feminina na conquista de medalhas na história olímpica. Das 21 medalhas brasileiras, nove pertencem a mulheres, o que representa 42,8%. Em Paris-2024, esses números tendem a aumentar, uma vez que das 162 vagas confirmadas para a disputa até aqui, 100 são para mulheres e 47 para os homens. Além disso, o País ainda tem 15 vagas sem gênero entre o hipismo e natação. Em ambos os casos, mais mulheres aparecerão na lista e aumentarão ainda mais esses números.

Nos Jogos Olímpicos de 1996, foram conquistadas as primeiras medalhas por mulheres brasileiras. No vôlei de praia, Jacqueline Silva e Sandra Pires ficaram com o ouro, enquanto Adriana Samuel e Mônica Rodrigues ganharam a prata. As equipes de basquete - liderada por Hortência e Paula - e de vôlei - de Ana Moser, Virna e Fernanda Venturini - faturaram a prata e o bronze, respectivamente, naquela mesma edição dos Jogos. Esses quatro pódios representaram 26,7% das medalhas brasileiras em Atlanta.

Rebeca Andrade foi a sensação brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021. Foto: Miriam Jeske/ COB

Em Tóquio, o Brasil foi ouro com Rebeca Andrade (ginástica artística), Martine Grael e Kahena Kunze (vela) e Ana Marcela Cunha (maratona aquática). Rayssa Leal (skate), Bia Ferreira (boxe), vôlei feminino e novamente Rebeca conquistaram pratas, enquanto Mayra Aguiar (judô), Luisa Stefani e Laura Pigossi (tênis) foram medalhistas de bronze.

A melhor marca feminina até então pertencia a Pequim-2008, quando as mulheres faturaram sete de 17 medalhas (41,1%). Depois disso, as brasileiras nunca mais deixaram de subir ao pódio nas edições posteriores. Em Sydney-2000, foram quatro de 12 medalhas (33,3%); em Atenas-2004, duas de 10 (20%); em Londres-2012, seis de 17 (35,2%), e na Rio-2016, cinco de 19 (26,3%).

“É inegável a importância e a contribuição das mulheres para toda a nossa sociedade. No esporte, não é diferente. No Comitê Olímpico do Brasil (COB), temos a missão de proporcionar cada vez mais espaço e ferramentas para que novos talentos possam surgir e também para que as atuais estrelas possam seguir brilhando”, afirmou o presidente da entidade, Paulo Wanderley.

A estimativa até o início da próxima Olimpíada é que os números na capital francesa se aproximem aos da edição de Tóquio-2020, quando o Brasil levou 302 atletas. Na ocasião, no país asiático, as mulheres quebraram o recorde de participação em uma única edição, compondo 48,8% da delegação verde-amarela. No momento, a delegação brasileira rumo à capital francesa tem participação feminina de 61,7%.

Rayssa Leal em ação no Super Crown 2022, na Arena 2 do Parque Olimpico, zona oeste do Rio de Janeiro. Foto: Pedro Kirilos/Estadão

“Esse aumento na participação feminina a cada ano olímpico, com personalidades como Rayssa e Rebeca, são motivações para as futuras gerações. Elas reforçam e exaltam a importância da prática esportiva pelas mulheres, trazem visibilidade ao esporte, o que culmina em um maior investimento nas modalidades”, destacou Raquel Ercolin, líder de projetos da End to End, empresa que trabalha com engajamento para o mercado esportivo.

Projeto para as mulheres no COB

Lançado no ano passado pelo Comitê Olímpico do Brasil, o Programa de Desenvolvimento do Esporte Feminino (PDEF) tem como principais objetivos promover, por meio de parcerias com as Confederações, ações relevantes que formem programas em prol do desenvolvimento e capacitação de atletas, treinadoras, árbitras e gestoras. O projeto visa ampliar a participação feminina em cargos de liderança das entidades.

“O meio esportivo, como um todo, ainda é repleto de desigualdades e preconceitos. Por isso, ainda são necessários certos incentivos para que as mulheres se desenvolvam em suas modalidades, além da formação de novas atletas e mudança no futuro do esporte brasileiro”, destaca Vanessa Pires, CEO e fundadora da Brada!, startup que conecta empresas e investidores com projetos de impacto positivo.

Em 2024, serão 15 os projetos contemplados e o investimento será de R$ 1,3 milhão. Entre os esportes que receberão incentivo financeiro estão rúgbi, vela, ginástica rítmica, judô, tênis de mesa, surfe, vôlei de praia, desportos no gelo, desportos na neve, escalada esportiva, hóquei sobre a grama, halterofilismo, natação, tae kwon do e triatlo. “É um projeto que reforça o nosso compromisso em contribuir para a equidade de gênero no esporte e incentivar que as entidades planejem ações voltadas para o desenvolvimento da mulher no esporte”, observou Taciana Pinto, Gerente de Desenvolvimento Esportivo e da área Mulher no Esporte do COB.

Projeções para Paris-2024

Rebeca Andrade, Bia Ferreira e Rayssa Leal chegam como favoritas ao ouro em Paris. Quem também compõe essa lista é a dupla Ana Patrícia e Duda, do vôlei de praia, que carimbou o passaporte nesta quinta-feira. No judô, Mayra Aguiar, Beatriz Souza e Rafaela Silva são apontadas como candidatas ao pódio.

Duda e Ana Patrícia são favoritas ao ouro no vôlei de praia. Foto: CBV

Apesar de viverem fase inconstante, Kahena e Martine, Ana Marcela e os times de vôlei e futebol podem surpreender. No tênis, Bia Haddad tende a formar dupla com Luisa Stefani e se cacifar na busca por pódio. Tatiana Weston-Webb tem chances no surfe, assim como Raicca Ventura no skate, a esgrimista Nathalie Moellhausen e o time da ginástica rítmica.

Nos Jogos de Tóquio, a delegação brasileira registrou a maior participação feminina na conquista de medalhas na história olímpica. Das 21 medalhas brasileiras, nove pertencem a mulheres, o que representa 42,8%. Em Paris-2024, esses números tendem a aumentar, uma vez que das 162 vagas confirmadas para a disputa até aqui, 100 são para mulheres e 47 para os homens. Além disso, o País ainda tem 15 vagas sem gênero entre o hipismo e natação. Em ambos os casos, mais mulheres aparecerão na lista e aumentarão ainda mais esses números.

Nos Jogos Olímpicos de 1996, foram conquistadas as primeiras medalhas por mulheres brasileiras. No vôlei de praia, Jacqueline Silva e Sandra Pires ficaram com o ouro, enquanto Adriana Samuel e Mônica Rodrigues ganharam a prata. As equipes de basquete - liderada por Hortência e Paula - e de vôlei - de Ana Moser, Virna e Fernanda Venturini - faturaram a prata e o bronze, respectivamente, naquela mesma edição dos Jogos. Esses quatro pódios representaram 26,7% das medalhas brasileiras em Atlanta.

Rebeca Andrade foi a sensação brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021. Foto: Miriam Jeske/ COB

Em Tóquio, o Brasil foi ouro com Rebeca Andrade (ginástica artística), Martine Grael e Kahena Kunze (vela) e Ana Marcela Cunha (maratona aquática). Rayssa Leal (skate), Bia Ferreira (boxe), vôlei feminino e novamente Rebeca conquistaram pratas, enquanto Mayra Aguiar (judô), Luisa Stefani e Laura Pigossi (tênis) foram medalhistas de bronze.

A melhor marca feminina até então pertencia a Pequim-2008, quando as mulheres faturaram sete de 17 medalhas (41,1%). Depois disso, as brasileiras nunca mais deixaram de subir ao pódio nas edições posteriores. Em Sydney-2000, foram quatro de 12 medalhas (33,3%); em Atenas-2004, duas de 10 (20%); em Londres-2012, seis de 17 (35,2%), e na Rio-2016, cinco de 19 (26,3%).

“É inegável a importância e a contribuição das mulheres para toda a nossa sociedade. No esporte, não é diferente. No Comitê Olímpico do Brasil (COB), temos a missão de proporcionar cada vez mais espaço e ferramentas para que novos talentos possam surgir e também para que as atuais estrelas possam seguir brilhando”, afirmou o presidente da entidade, Paulo Wanderley.

A estimativa até o início da próxima Olimpíada é que os números na capital francesa se aproximem aos da edição de Tóquio-2020, quando o Brasil levou 302 atletas. Na ocasião, no país asiático, as mulheres quebraram o recorde de participação em uma única edição, compondo 48,8% da delegação verde-amarela. No momento, a delegação brasileira rumo à capital francesa tem participação feminina de 61,7%.

Rayssa Leal em ação no Super Crown 2022, na Arena 2 do Parque Olimpico, zona oeste do Rio de Janeiro. Foto: Pedro Kirilos/Estadão

“Esse aumento na participação feminina a cada ano olímpico, com personalidades como Rayssa e Rebeca, são motivações para as futuras gerações. Elas reforçam e exaltam a importância da prática esportiva pelas mulheres, trazem visibilidade ao esporte, o que culmina em um maior investimento nas modalidades”, destacou Raquel Ercolin, líder de projetos da End to End, empresa que trabalha com engajamento para o mercado esportivo.

Projeto para as mulheres no COB

Lançado no ano passado pelo Comitê Olímpico do Brasil, o Programa de Desenvolvimento do Esporte Feminino (PDEF) tem como principais objetivos promover, por meio de parcerias com as Confederações, ações relevantes que formem programas em prol do desenvolvimento e capacitação de atletas, treinadoras, árbitras e gestoras. O projeto visa ampliar a participação feminina em cargos de liderança das entidades.

“O meio esportivo, como um todo, ainda é repleto de desigualdades e preconceitos. Por isso, ainda são necessários certos incentivos para que as mulheres se desenvolvam em suas modalidades, além da formação de novas atletas e mudança no futuro do esporte brasileiro”, destaca Vanessa Pires, CEO e fundadora da Brada!, startup que conecta empresas e investidores com projetos de impacto positivo.

Em 2024, serão 15 os projetos contemplados e o investimento será de R$ 1,3 milhão. Entre os esportes que receberão incentivo financeiro estão rúgbi, vela, ginástica rítmica, judô, tênis de mesa, surfe, vôlei de praia, desportos no gelo, desportos na neve, escalada esportiva, hóquei sobre a grama, halterofilismo, natação, tae kwon do e triatlo. “É um projeto que reforça o nosso compromisso em contribuir para a equidade de gênero no esporte e incentivar que as entidades planejem ações voltadas para o desenvolvimento da mulher no esporte”, observou Taciana Pinto, Gerente de Desenvolvimento Esportivo e da área Mulher no Esporte do COB.

Projeções para Paris-2024

Rebeca Andrade, Bia Ferreira e Rayssa Leal chegam como favoritas ao ouro em Paris. Quem também compõe essa lista é a dupla Ana Patrícia e Duda, do vôlei de praia, que carimbou o passaporte nesta quinta-feira. No judô, Mayra Aguiar, Beatriz Souza e Rafaela Silva são apontadas como candidatas ao pódio.

Duda e Ana Patrícia são favoritas ao ouro no vôlei de praia. Foto: CBV

Apesar de viverem fase inconstante, Kahena e Martine, Ana Marcela e os times de vôlei e futebol podem surpreender. No tênis, Bia Haddad tende a formar dupla com Luisa Stefani e se cacifar na busca por pódio. Tatiana Weston-Webb tem chances no surfe, assim como Raicca Ventura no skate, a esgrimista Nathalie Moellhausen e o time da ginástica rítmica.

Nos Jogos de Tóquio, a delegação brasileira registrou a maior participação feminina na conquista de medalhas na história olímpica. Das 21 medalhas brasileiras, nove pertencem a mulheres, o que representa 42,8%. Em Paris-2024, esses números tendem a aumentar, uma vez que das 162 vagas confirmadas para a disputa até aqui, 100 são para mulheres e 47 para os homens. Além disso, o País ainda tem 15 vagas sem gênero entre o hipismo e natação. Em ambos os casos, mais mulheres aparecerão na lista e aumentarão ainda mais esses números.

Nos Jogos Olímpicos de 1996, foram conquistadas as primeiras medalhas por mulheres brasileiras. No vôlei de praia, Jacqueline Silva e Sandra Pires ficaram com o ouro, enquanto Adriana Samuel e Mônica Rodrigues ganharam a prata. As equipes de basquete - liderada por Hortência e Paula - e de vôlei - de Ana Moser, Virna e Fernanda Venturini - faturaram a prata e o bronze, respectivamente, naquela mesma edição dos Jogos. Esses quatro pódios representaram 26,7% das medalhas brasileiras em Atlanta.

Rebeca Andrade foi a sensação brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021. Foto: Miriam Jeske/ COB

Em Tóquio, o Brasil foi ouro com Rebeca Andrade (ginástica artística), Martine Grael e Kahena Kunze (vela) e Ana Marcela Cunha (maratona aquática). Rayssa Leal (skate), Bia Ferreira (boxe), vôlei feminino e novamente Rebeca conquistaram pratas, enquanto Mayra Aguiar (judô), Luisa Stefani e Laura Pigossi (tênis) foram medalhistas de bronze.

A melhor marca feminina até então pertencia a Pequim-2008, quando as mulheres faturaram sete de 17 medalhas (41,1%). Depois disso, as brasileiras nunca mais deixaram de subir ao pódio nas edições posteriores. Em Sydney-2000, foram quatro de 12 medalhas (33,3%); em Atenas-2004, duas de 10 (20%); em Londres-2012, seis de 17 (35,2%), e na Rio-2016, cinco de 19 (26,3%).

“É inegável a importância e a contribuição das mulheres para toda a nossa sociedade. No esporte, não é diferente. No Comitê Olímpico do Brasil (COB), temos a missão de proporcionar cada vez mais espaço e ferramentas para que novos talentos possam surgir e também para que as atuais estrelas possam seguir brilhando”, afirmou o presidente da entidade, Paulo Wanderley.

A estimativa até o início da próxima Olimpíada é que os números na capital francesa se aproximem aos da edição de Tóquio-2020, quando o Brasil levou 302 atletas. Na ocasião, no país asiático, as mulheres quebraram o recorde de participação em uma única edição, compondo 48,8% da delegação verde-amarela. No momento, a delegação brasileira rumo à capital francesa tem participação feminina de 61,7%.

Rayssa Leal em ação no Super Crown 2022, na Arena 2 do Parque Olimpico, zona oeste do Rio de Janeiro. Foto: Pedro Kirilos/Estadão

“Esse aumento na participação feminina a cada ano olímpico, com personalidades como Rayssa e Rebeca, são motivações para as futuras gerações. Elas reforçam e exaltam a importância da prática esportiva pelas mulheres, trazem visibilidade ao esporte, o que culmina em um maior investimento nas modalidades”, destacou Raquel Ercolin, líder de projetos da End to End, empresa que trabalha com engajamento para o mercado esportivo.

Projeto para as mulheres no COB

Lançado no ano passado pelo Comitê Olímpico do Brasil, o Programa de Desenvolvimento do Esporte Feminino (PDEF) tem como principais objetivos promover, por meio de parcerias com as Confederações, ações relevantes que formem programas em prol do desenvolvimento e capacitação de atletas, treinadoras, árbitras e gestoras. O projeto visa ampliar a participação feminina em cargos de liderança das entidades.

“O meio esportivo, como um todo, ainda é repleto de desigualdades e preconceitos. Por isso, ainda são necessários certos incentivos para que as mulheres se desenvolvam em suas modalidades, além da formação de novas atletas e mudança no futuro do esporte brasileiro”, destaca Vanessa Pires, CEO e fundadora da Brada!, startup que conecta empresas e investidores com projetos de impacto positivo.

Em 2024, serão 15 os projetos contemplados e o investimento será de R$ 1,3 milhão. Entre os esportes que receberão incentivo financeiro estão rúgbi, vela, ginástica rítmica, judô, tênis de mesa, surfe, vôlei de praia, desportos no gelo, desportos na neve, escalada esportiva, hóquei sobre a grama, halterofilismo, natação, tae kwon do e triatlo. “É um projeto que reforça o nosso compromisso em contribuir para a equidade de gênero no esporte e incentivar que as entidades planejem ações voltadas para o desenvolvimento da mulher no esporte”, observou Taciana Pinto, Gerente de Desenvolvimento Esportivo e da área Mulher no Esporte do COB.

Projeções para Paris-2024

Rebeca Andrade, Bia Ferreira e Rayssa Leal chegam como favoritas ao ouro em Paris. Quem também compõe essa lista é a dupla Ana Patrícia e Duda, do vôlei de praia, que carimbou o passaporte nesta quinta-feira. No judô, Mayra Aguiar, Beatriz Souza e Rafaela Silva são apontadas como candidatas ao pódio.

Duda e Ana Patrícia são favoritas ao ouro no vôlei de praia. Foto: CBV

Apesar de viverem fase inconstante, Kahena e Martine, Ana Marcela e os times de vôlei e futebol podem surpreender. No tênis, Bia Haddad tende a formar dupla com Luisa Stefani e se cacifar na busca por pódio. Tatiana Weston-Webb tem chances no surfe, assim como Raicca Ventura no skate, a esgrimista Nathalie Moellhausen e o time da ginástica rítmica.

Nos Jogos de Tóquio, a delegação brasileira registrou a maior participação feminina na conquista de medalhas na história olímpica. Das 21 medalhas brasileiras, nove pertencem a mulheres, o que representa 42,8%. Em Paris-2024, esses números tendem a aumentar, uma vez que das 162 vagas confirmadas para a disputa até aqui, 100 são para mulheres e 47 para os homens. Além disso, o País ainda tem 15 vagas sem gênero entre o hipismo e natação. Em ambos os casos, mais mulheres aparecerão na lista e aumentarão ainda mais esses números.

Nos Jogos Olímpicos de 1996, foram conquistadas as primeiras medalhas por mulheres brasileiras. No vôlei de praia, Jacqueline Silva e Sandra Pires ficaram com o ouro, enquanto Adriana Samuel e Mônica Rodrigues ganharam a prata. As equipes de basquete - liderada por Hortência e Paula - e de vôlei - de Ana Moser, Virna e Fernanda Venturini - faturaram a prata e o bronze, respectivamente, naquela mesma edição dos Jogos. Esses quatro pódios representaram 26,7% das medalhas brasileiras em Atlanta.

Rebeca Andrade foi a sensação brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021. Foto: Miriam Jeske/ COB

Em Tóquio, o Brasil foi ouro com Rebeca Andrade (ginástica artística), Martine Grael e Kahena Kunze (vela) e Ana Marcela Cunha (maratona aquática). Rayssa Leal (skate), Bia Ferreira (boxe), vôlei feminino e novamente Rebeca conquistaram pratas, enquanto Mayra Aguiar (judô), Luisa Stefani e Laura Pigossi (tênis) foram medalhistas de bronze.

A melhor marca feminina até então pertencia a Pequim-2008, quando as mulheres faturaram sete de 17 medalhas (41,1%). Depois disso, as brasileiras nunca mais deixaram de subir ao pódio nas edições posteriores. Em Sydney-2000, foram quatro de 12 medalhas (33,3%); em Atenas-2004, duas de 10 (20%); em Londres-2012, seis de 17 (35,2%), e na Rio-2016, cinco de 19 (26,3%).

“É inegável a importância e a contribuição das mulheres para toda a nossa sociedade. No esporte, não é diferente. No Comitê Olímpico do Brasil (COB), temos a missão de proporcionar cada vez mais espaço e ferramentas para que novos talentos possam surgir e também para que as atuais estrelas possam seguir brilhando”, afirmou o presidente da entidade, Paulo Wanderley.

A estimativa até o início da próxima Olimpíada é que os números na capital francesa se aproximem aos da edição de Tóquio-2020, quando o Brasil levou 302 atletas. Na ocasião, no país asiático, as mulheres quebraram o recorde de participação em uma única edição, compondo 48,8% da delegação verde-amarela. No momento, a delegação brasileira rumo à capital francesa tem participação feminina de 61,7%.

Rayssa Leal em ação no Super Crown 2022, na Arena 2 do Parque Olimpico, zona oeste do Rio de Janeiro. Foto: Pedro Kirilos/Estadão

“Esse aumento na participação feminina a cada ano olímpico, com personalidades como Rayssa e Rebeca, são motivações para as futuras gerações. Elas reforçam e exaltam a importância da prática esportiva pelas mulheres, trazem visibilidade ao esporte, o que culmina em um maior investimento nas modalidades”, destacou Raquel Ercolin, líder de projetos da End to End, empresa que trabalha com engajamento para o mercado esportivo.

Projeto para as mulheres no COB

Lançado no ano passado pelo Comitê Olímpico do Brasil, o Programa de Desenvolvimento do Esporte Feminino (PDEF) tem como principais objetivos promover, por meio de parcerias com as Confederações, ações relevantes que formem programas em prol do desenvolvimento e capacitação de atletas, treinadoras, árbitras e gestoras. O projeto visa ampliar a participação feminina em cargos de liderança das entidades.

“O meio esportivo, como um todo, ainda é repleto de desigualdades e preconceitos. Por isso, ainda são necessários certos incentivos para que as mulheres se desenvolvam em suas modalidades, além da formação de novas atletas e mudança no futuro do esporte brasileiro”, destaca Vanessa Pires, CEO e fundadora da Brada!, startup que conecta empresas e investidores com projetos de impacto positivo.

Em 2024, serão 15 os projetos contemplados e o investimento será de R$ 1,3 milhão. Entre os esportes que receberão incentivo financeiro estão rúgbi, vela, ginástica rítmica, judô, tênis de mesa, surfe, vôlei de praia, desportos no gelo, desportos na neve, escalada esportiva, hóquei sobre a grama, halterofilismo, natação, tae kwon do e triatlo. “É um projeto que reforça o nosso compromisso em contribuir para a equidade de gênero no esporte e incentivar que as entidades planejem ações voltadas para o desenvolvimento da mulher no esporte”, observou Taciana Pinto, Gerente de Desenvolvimento Esportivo e da área Mulher no Esporte do COB.

Projeções para Paris-2024

Rebeca Andrade, Bia Ferreira e Rayssa Leal chegam como favoritas ao ouro em Paris. Quem também compõe essa lista é a dupla Ana Patrícia e Duda, do vôlei de praia, que carimbou o passaporte nesta quinta-feira. No judô, Mayra Aguiar, Beatriz Souza e Rafaela Silva são apontadas como candidatas ao pódio.

Duda e Ana Patrícia são favoritas ao ouro no vôlei de praia. Foto: CBV

Apesar de viverem fase inconstante, Kahena e Martine, Ana Marcela e os times de vôlei e futebol podem surpreender. No tênis, Bia Haddad tende a formar dupla com Luisa Stefani e se cacifar na busca por pódio. Tatiana Weston-Webb tem chances no surfe, assim como Raicca Ventura no skate, a esgrimista Nathalie Moellhausen e o time da ginástica rítmica.

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