Mulheres rejeitam uso de véu obrigatório em prova de atletismo no Irã e cartola esportivo renuncia


Evento causa controvérsia no país dos aiatolás, com rígidas leis comportamentais femininas e que vive onda de protestos desde 2022

Por Redação
Atualização:

O presidente da Federação de Atletismo do Irã, Hashem Siami, pediu demissão neste domingo, dia 7, após um evento esportivo onde as mulheres participantes não utilizaram véu, item obrigatório pelas leis do país. De acordo com informações da agência de notícias estatal Irna, o fato necessitará de “explicações”, como disse o promotor da província de Farz, onde o campeonato foi realizado.

“Hashem Siami deixou seu cargo devido às controvérsias ligadas a uma competição de corrida de resistência organizada em Shiraz (cidade do sul do Irã)”, informou o órgão de comunicação. A prova em si foi realizada na última sexta-feira e imagens da imprensa local ‘flagraram’ o não uso do véu pelas atletas. Em defesa, Siami disse que o evento não foi organizado pela federação e que as competidoras não faziam parte da entidade.

Morte de Mahsa Amini, em 2022, desencadeou série de protestos no Irã pelos direitos das mulheres, que chegaram ao esporte. Foto: Jose Luis Magana/AP Photo
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O Irã tem restrições ao comportamento das mulheres desde a Revolução Iraniana de 1979, que o tornou uma república teocrática islâmica. Anteriormente, era uma monarquia autocrática e possuía afinidade com o Ocidente.

De setembro de 2022 para cá, uma série de protestos tomou conta de seu território por conta da morte da jovem Mahsa Amini, de 22 anos. Ela foi acusada de infringir o código de vestimenta feminino por deixar uma mecha de cabelo aparecer e, tempos após ser detida pela Polícia da Moralidade, morreu - sua família alega espancamento, enquanto o governo diz que foi por causa de uma doença.

As manifestações por maior liberdade das mulheres no Irã também reivindicam direitos no esporte. Por mais de 40 anos, elas não puderam comparecer a estádios de futebol, considerado como uma cultura restritamente masculina por lá, até serem liberadas em um jogo da liga local em agosto do último ano. No entanto, as regras nesse assunto seguem rígidas, o que levou algumas iranianas até a torcerem pela derrota de sua seleção na Copa do Mundo do Catar.

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Em outras modalidades, como o Skate, retirar a obrigatoriedade do véu esteve em foco. Também no ano passado, jovens que participaram de um evento com a cabeça descoberta foram detidas, atitude semelhante ao do campeonato de atletismo mais recente.

Ainda não se sabe o que ocorrerá com as participantes da competição que gerou a demissão de Siami, a única movimentação até o momento. Seu substituto também não foi anunciado.

O presidente da Federação de Atletismo do Irã, Hashem Siami, pediu demissão neste domingo, dia 7, após um evento esportivo onde as mulheres participantes não utilizaram véu, item obrigatório pelas leis do país. De acordo com informações da agência de notícias estatal Irna, o fato necessitará de “explicações”, como disse o promotor da província de Farz, onde o campeonato foi realizado.

“Hashem Siami deixou seu cargo devido às controvérsias ligadas a uma competição de corrida de resistência organizada em Shiraz (cidade do sul do Irã)”, informou o órgão de comunicação. A prova em si foi realizada na última sexta-feira e imagens da imprensa local ‘flagraram’ o não uso do véu pelas atletas. Em defesa, Siami disse que o evento não foi organizado pela federação e que as competidoras não faziam parte da entidade.

Morte de Mahsa Amini, em 2022, desencadeou série de protestos no Irã pelos direitos das mulheres, que chegaram ao esporte. Foto: Jose Luis Magana/AP Photo

O Irã tem restrições ao comportamento das mulheres desde a Revolução Iraniana de 1979, que o tornou uma república teocrática islâmica. Anteriormente, era uma monarquia autocrática e possuía afinidade com o Ocidente.

De setembro de 2022 para cá, uma série de protestos tomou conta de seu território por conta da morte da jovem Mahsa Amini, de 22 anos. Ela foi acusada de infringir o código de vestimenta feminino por deixar uma mecha de cabelo aparecer e, tempos após ser detida pela Polícia da Moralidade, morreu - sua família alega espancamento, enquanto o governo diz que foi por causa de uma doença.

As manifestações por maior liberdade das mulheres no Irã também reivindicam direitos no esporte. Por mais de 40 anos, elas não puderam comparecer a estádios de futebol, considerado como uma cultura restritamente masculina por lá, até serem liberadas em um jogo da liga local em agosto do último ano. No entanto, as regras nesse assunto seguem rígidas, o que levou algumas iranianas até a torcerem pela derrota de sua seleção na Copa do Mundo do Catar.

Em outras modalidades, como o Skate, retirar a obrigatoriedade do véu esteve em foco. Também no ano passado, jovens que participaram de um evento com a cabeça descoberta foram detidas, atitude semelhante ao do campeonato de atletismo mais recente.

Ainda não se sabe o que ocorrerá com as participantes da competição que gerou a demissão de Siami, a única movimentação até o momento. Seu substituto também não foi anunciado.

O presidente da Federação de Atletismo do Irã, Hashem Siami, pediu demissão neste domingo, dia 7, após um evento esportivo onde as mulheres participantes não utilizaram véu, item obrigatório pelas leis do país. De acordo com informações da agência de notícias estatal Irna, o fato necessitará de “explicações”, como disse o promotor da província de Farz, onde o campeonato foi realizado.

“Hashem Siami deixou seu cargo devido às controvérsias ligadas a uma competição de corrida de resistência organizada em Shiraz (cidade do sul do Irã)”, informou o órgão de comunicação. A prova em si foi realizada na última sexta-feira e imagens da imprensa local ‘flagraram’ o não uso do véu pelas atletas. Em defesa, Siami disse que o evento não foi organizado pela federação e que as competidoras não faziam parte da entidade.

Morte de Mahsa Amini, em 2022, desencadeou série de protestos no Irã pelos direitos das mulheres, que chegaram ao esporte. Foto: Jose Luis Magana/AP Photo

O Irã tem restrições ao comportamento das mulheres desde a Revolução Iraniana de 1979, que o tornou uma república teocrática islâmica. Anteriormente, era uma monarquia autocrática e possuía afinidade com o Ocidente.

De setembro de 2022 para cá, uma série de protestos tomou conta de seu território por conta da morte da jovem Mahsa Amini, de 22 anos. Ela foi acusada de infringir o código de vestimenta feminino por deixar uma mecha de cabelo aparecer e, tempos após ser detida pela Polícia da Moralidade, morreu - sua família alega espancamento, enquanto o governo diz que foi por causa de uma doença.

As manifestações por maior liberdade das mulheres no Irã também reivindicam direitos no esporte. Por mais de 40 anos, elas não puderam comparecer a estádios de futebol, considerado como uma cultura restritamente masculina por lá, até serem liberadas em um jogo da liga local em agosto do último ano. No entanto, as regras nesse assunto seguem rígidas, o que levou algumas iranianas até a torcerem pela derrota de sua seleção na Copa do Mundo do Catar.

Em outras modalidades, como o Skate, retirar a obrigatoriedade do véu esteve em foco. Também no ano passado, jovens que participaram de um evento com a cabeça descoberta foram detidas, atitude semelhante ao do campeonato de atletismo mais recente.

Ainda não se sabe o que ocorrerá com as participantes da competição que gerou a demissão de Siami, a única movimentação até o momento. Seu substituto também não foi anunciado.

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