Quase nada se falou, ontem em Mônaco, do importante treino que definirá o grid da prova, hoje, a partir das 9 horas, horário de Brasília, com TV Globo. Tampouco da perspectiva real de a sessão ser super disputada, bem como a corrida, amanhã, diante de oito pilotos de cinco equipes distintas ficarem separados por apenas sete décimos de segundo no primeiro dia de treinos, quinta-feira. O assunto do dia, ontem, continuou sendo a luta entre a associação dos times, Fota, e Max Mosley, presidente da FIA, a respeito do regulamento de 2010. Mas a boa notícia é que houve avanço. Foram nada menos de três reuniões. A primeira, de manhã, no motorhome da McLaren, com os principais técnicos e representantes das escuderias. O objetivo foi definir os parâmetros do encontro das 14 horas, entre os dirigentes da Fota, com a presença de Bernie Ecclestone, promotor do Mundial, no iate Blue Force, de Flavio Briatore, diretor da Renault. Durou quase três horas. Tão logo acabou, todos deixaram o iate e a pé mesmo foram à sede do Automóvel Clube de Mônaco, localizado na reta dos boxes, onde Mosley aguardava os representantes da Fota para discutir o seu plano de cortar despesas no ano que vem, definido no encontro, mas sem o limite de orçamento de £ 40 milhões. E o grupo só saiu de lá próximo já das 20 horas. Sem um acordo, mas o fato de agendarem nova reunião, hoje, sugere mesmo progresso nas discussões. "Não chegamos a um ponto comum, ainda, mas o encontro foi construtivo", definiu Luca di Montezemolo, presidente da Fota e da Ferrari. "Desejamos uma Fórmula 1 de verdade. Temos, sim, de pensarmos num acordo, mas assim não há como seguir adiante, quer na maneira de se conceber os regulamentos e como o pretendem também." A Fota não se conforma com a forma como Mosley impôs as regras sem consultar ninguém. O proprietário do time líder dos campeonatos, de pilotos, com Jenson Button, e construtores, Ross Brawn, demonstrou otimismo: "Estamos no caminho certo. Chegaremos a um acordo." Montezemolo disse que a proposta da Fota projeta não só a temporada de 2010 mas as duas seguintes. "Tem de haver estabilidade nas regras, isso, sim, gera redução de custos." Ao deixar o Automóvel Clube, Mosley limitou-se a dizer: "Eles defendem os mesmos pontos de vista de antes, mas vi avanços e tenho esperança num acordo."