A partida da Liga de Futebol Americano do Estados Unidos (NFL) disputada entre Philadelphia Eagles e Green Bay Packers no dia 6 de setembro, na Neo Química Arena, em São Paulo trouxe o retorno esperado. Houve uma movimentação de US$ 61,9 milhões - aproximadamente R$ 330 milhões. A quantia é similar a que a prefeitura da cidade esperava, em torno de US$ 60 milhões, com base em outros jogos da NFL realizados em diferentes cidades.
Além dos 47.236 torcedores presentes no estádio, a Liga promoveu alguns eventos na cidade nos dias que antecederam a partida, como abertura de lojas em shoppings e a chamada “NFL Experience”, que reuniu 25 mil fãs no Parque Villa-Lobos. “O jogo de São Paulo atraiu um grande número de turistas nacionais e estrangeiros, e foi transmitido com destaque nos Estados Unidos, ajudando a promover a capital nesse mercado estratégico”, afirmou o presidente da SPTuris, Gustavo Pires.
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Em entrevista ao Estadão, antes da partida, Pires afirmou que o fato do Brasil ser a a 2ª maior base de fãs fora dos Estados Unidos pesou na decisão de trazer o jogo da NFL para o País. “A gente tem a estimativa de US$ 60 milhões de impacto econômico, foi uma estimativa feita baseada nos jogos globais da NFL. E uma geração de emprego de no mínimo 5 mil empregos diretos e indiretos. Muitos turistas americanos vão vir pra São Paulo, a gente vai ter um retorno muito interessante”, afirmou Pires na época, em dados que se concretizaram após o evento.
Os turistas citados por Pires gastaram em média R$ 3.355,73, em uma média de 3,2 dias na cidade. A Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), também confirmou um aumento de 133% na emissão de passagens aéreas dos Estados Unidos, sinalizando o impacto da partida no Brasil.
Para Luis Martinez, general manager da NFL no Brasil, a experiência agradou. “A estreia no Brasil, um mercado estratégico para a expansão internacional da liga, foi extremamente bem-sucedida. Trabalhamos juntos para entregar um evento histórico, criando uma experiência fantástica para os fãs, para a cidade de São Paulo e para o país”, disse.
Com esse retorno, é possível que a partida entre Eagles e Packers não seja um evento isolado. “Não se trata de vir ao Brasil para um jogo. Isto é sobre uma parceria contínua com o Brasil no que diz respeito à NFL. Estamos comprometidos com o Brasil, com a prefeitura de São Paulo e a SPTuris”, afirmou Peter O’Reilly, vice-presidente executivo da NFL ao Estadão.
O confronto também movimentou os camarotes do estádio corintiano, como o caso do FielZone, administrado pela empresa Soccer Hospitality, que conta com espaços premium nos principais estádios do país. Para a ocasião, os ingressos custaram a partir de R$5 mil, e o setor mais caro, que tinha com uma jacuzzi exclusiva, pelo valor é de R$ 300 mil, para 10 pessoas.
“Foi uma oportunidade incrível poder contar com um evento tão grande quanto a NFL em nossos espaços, além de ter sido uma oportunidade excelente do ponto de vista financeiro. O jogo da NFL no Brasil provou ser um produto mais rentável que final da Libertadores. Por isso, fizemos o nosso melhor para oferecer experiências únicas ao público”, comenta Léo Rizzo, CEO da Soccer Hospitality.
Para Joaquim Lo Prete, Country Manager da Absolut Sport no Brasil, agência multinacional que atua com experiências esportivas, e que atuou com serviços na NFL no Brasil, a experiência foi super positiva.
“O mercado soube aproveitar essa oportunidade. Já há alguns anos se especulava a possibilidade de trazer a NFL para o Brasil, e empresas como a nossa acompanharam com carinho esse movimento, pois sabemos que há um interesse enorme pelo futebol americano no Brasil. Nossos pacotes para a NFL em São Paulo foram um sucesso”, revela Joaquim Lo Prete, Country Manager da Absolut Sport no Brasil, agência multinacional que atua com experiências esportivas.