Análise|NFL no Brasil dá show como nos EUA, e Anitta empolga menos que ‘Evidências’


Eagles x Packers na Neo Química Arena empolgou público e impressionou pela estrutura; cantora pop decepcionou com show curto e sem cativar a arquibancada

Por Gustavo Faldon e Murillo César Alves
Atualização:

Era difícil de acreditar que algum dia teríamos um jogo oficial da NFL no Brasil. E na sexta-feira, 6, isso não só se tornou realidade, como também deu um verdadeiro show estrelado por Philadelphia Eagles e Green Bay Packers, com vitória do time da Pensilvânia por 34 a 29 diante de mais de 47 mil espectadores.

As potenciais dúvidas foram totalmente superadas. Desde o caminho até o estádio, dentro e até nas arquibancadas, a sensação era que de fato estávamos diante de um jogo da NFL, não havendo nenhuma diferença da estrutura apresentada em solo brasileiro com a de jogos nos Estados Unidos, de temporada regular e Super Bowls, presenciados na última década pela reportagem.

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A organização dentro do estádio, com os comes e bebes, loja oficial, instalações para a imprensa - incluindo alimentação - foram todas no padrão NFL. A liga cuidou de toda essa parte estrutural e apenas transportou a experiência dos estádios dos EUA e colocou em Itaquera na noite de sexta.

Com os eventos ao redor da cidade, sendo um campo “neutro” e com ações especiais dentro do estádio como o famoso “tailgating” (a reunião e festa pré-jogo), daria até para dizer que São Paulo recebeu um “mini” Super Bowl, já que foi um evento único que mexeu com a cidade, lotou estádio e teve até show do intervalo.

Philadelphia Eagles e Green Bay Packers se enfrentando na Neo Química Arena pela NFL Foto: Nelson Almeida/NELSON ALMEIDA
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A atração musical de Anitta, por sinal, pode ter sido o ponto fraco da noite. Não foi um show do intervalo dos níveis do Super Bowl como alguns esperavam, em nível de estrutura, empolgação e também até de tempo.

A cantora ficou 6 minutos no campo, cantou alguns de seus hits em inglês como “Envolver” e não cativou o público nas arquibancadas. Tanto é que alguns segundos antes da performance acabar os jogadores de Eagles e Packers já invadiram o campo enquanto os holofotes estavam em Anitta.

Anitta se apresenta durante jogo da NFL no Brasil Foto: Nelson Almeida/NELSON ALMEIDA
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Mas é compreensível ela não ter atraído tanto o interesse do público e alguns motivos explicam isso. Primeiro que o estádio estava com um público americano muito alto. E para quem mora nos Estados Unidos talvez a diva pop não cause o mesmo impacto que em sua terra natal.

Além disso, o perfil do consumidor que pagou, caro, por um ingresso, eram os mais fanáticos pelo futebol americano e não necessariamente por Anitta.

O DJ do estádio caprichou nos hits brasileiros nos intervalos indo de Chiclete com Banana a Raça Negra, mas já no último quarto veio a verdadeira música que de fato empolgou o público presente: “Evidências”, de Chitãozinho & Xororó. O clássico sertanejo foi cantado pelo estádio todo, e os fãs seguiram a letra à capela mesmo após o som diminuir e enquanto os times jogavam em campo.

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De qualquer forma, São Paulo mostrou que pode ser sede da NFL mais vezes, já que nenhum incidente grande de impacto negativo foi notado. Em entrevista ao Estadão, o CEO da SPTuris, Gustavo Pires, disse que a capital quer agora um contrato de pelo menos cinco anos com a liga. Porém, isso, claro, depende também do resultado das eleições municipais deste ano, já que a gestão de Ricardo Nunes fez questão de trazer o evento e mantém um bom relacionamento com a NFL, o que não necessariamente pode ser o caso em uma eventual mudança na Prefeitura.

Era difícil de acreditar que algum dia teríamos um jogo oficial da NFL no Brasil. E na sexta-feira, 6, isso não só se tornou realidade, como também deu um verdadeiro show estrelado por Philadelphia Eagles e Green Bay Packers, com vitória do time da Pensilvânia por 34 a 29 diante de mais de 47 mil espectadores.

As potenciais dúvidas foram totalmente superadas. Desde o caminho até o estádio, dentro e até nas arquibancadas, a sensação era que de fato estávamos diante de um jogo da NFL, não havendo nenhuma diferença da estrutura apresentada em solo brasileiro com a de jogos nos Estados Unidos, de temporada regular e Super Bowls, presenciados na última década pela reportagem.

A organização dentro do estádio, com os comes e bebes, loja oficial, instalações para a imprensa - incluindo alimentação - foram todas no padrão NFL. A liga cuidou de toda essa parte estrutural e apenas transportou a experiência dos estádios dos EUA e colocou em Itaquera na noite de sexta.

Com os eventos ao redor da cidade, sendo um campo “neutro” e com ações especiais dentro do estádio como o famoso “tailgating” (a reunião e festa pré-jogo), daria até para dizer que São Paulo recebeu um “mini” Super Bowl, já que foi um evento único que mexeu com a cidade, lotou estádio e teve até show do intervalo.

Philadelphia Eagles e Green Bay Packers se enfrentando na Neo Química Arena pela NFL Foto: Nelson Almeida/NELSON ALMEIDA

A atração musical de Anitta, por sinal, pode ter sido o ponto fraco da noite. Não foi um show do intervalo dos níveis do Super Bowl como alguns esperavam, em nível de estrutura, empolgação e também até de tempo.

A cantora ficou 6 minutos no campo, cantou alguns de seus hits em inglês como “Envolver” e não cativou o público nas arquibancadas. Tanto é que alguns segundos antes da performance acabar os jogadores de Eagles e Packers já invadiram o campo enquanto os holofotes estavam em Anitta.

Anitta se apresenta durante jogo da NFL no Brasil Foto: Nelson Almeida/NELSON ALMEIDA

Mas é compreensível ela não ter atraído tanto o interesse do público e alguns motivos explicam isso. Primeiro que o estádio estava com um público americano muito alto. E para quem mora nos Estados Unidos talvez a diva pop não cause o mesmo impacto que em sua terra natal.

Além disso, o perfil do consumidor que pagou, caro, por um ingresso, eram os mais fanáticos pelo futebol americano e não necessariamente por Anitta.

O DJ do estádio caprichou nos hits brasileiros nos intervalos indo de Chiclete com Banana a Raça Negra, mas já no último quarto veio a verdadeira música que de fato empolgou o público presente: “Evidências”, de Chitãozinho & Xororó. O clássico sertanejo foi cantado pelo estádio todo, e os fãs seguiram a letra à capela mesmo após o som diminuir e enquanto os times jogavam em campo.

De qualquer forma, São Paulo mostrou que pode ser sede da NFL mais vezes, já que nenhum incidente grande de impacto negativo foi notado. Em entrevista ao Estadão, o CEO da SPTuris, Gustavo Pires, disse que a capital quer agora um contrato de pelo menos cinco anos com a liga. Porém, isso, claro, depende também do resultado das eleições municipais deste ano, já que a gestão de Ricardo Nunes fez questão de trazer o evento e mantém um bom relacionamento com a NFL, o que não necessariamente pode ser o caso em uma eventual mudança na Prefeitura.

Era difícil de acreditar que algum dia teríamos um jogo oficial da NFL no Brasil. E na sexta-feira, 6, isso não só se tornou realidade, como também deu um verdadeiro show estrelado por Philadelphia Eagles e Green Bay Packers, com vitória do time da Pensilvânia por 34 a 29 diante de mais de 47 mil espectadores.

As potenciais dúvidas foram totalmente superadas. Desde o caminho até o estádio, dentro e até nas arquibancadas, a sensação era que de fato estávamos diante de um jogo da NFL, não havendo nenhuma diferença da estrutura apresentada em solo brasileiro com a de jogos nos Estados Unidos, de temporada regular e Super Bowls, presenciados na última década pela reportagem.

A organização dentro do estádio, com os comes e bebes, loja oficial, instalações para a imprensa - incluindo alimentação - foram todas no padrão NFL. A liga cuidou de toda essa parte estrutural e apenas transportou a experiência dos estádios dos EUA e colocou em Itaquera na noite de sexta.

Com os eventos ao redor da cidade, sendo um campo “neutro” e com ações especiais dentro do estádio como o famoso “tailgating” (a reunião e festa pré-jogo), daria até para dizer que São Paulo recebeu um “mini” Super Bowl, já que foi um evento único que mexeu com a cidade, lotou estádio e teve até show do intervalo.

Philadelphia Eagles e Green Bay Packers se enfrentando na Neo Química Arena pela NFL Foto: Nelson Almeida/NELSON ALMEIDA

A atração musical de Anitta, por sinal, pode ter sido o ponto fraco da noite. Não foi um show do intervalo dos níveis do Super Bowl como alguns esperavam, em nível de estrutura, empolgação e também até de tempo.

A cantora ficou 6 minutos no campo, cantou alguns de seus hits em inglês como “Envolver” e não cativou o público nas arquibancadas. Tanto é que alguns segundos antes da performance acabar os jogadores de Eagles e Packers já invadiram o campo enquanto os holofotes estavam em Anitta.

Anitta se apresenta durante jogo da NFL no Brasil Foto: Nelson Almeida/NELSON ALMEIDA

Mas é compreensível ela não ter atraído tanto o interesse do público e alguns motivos explicam isso. Primeiro que o estádio estava com um público americano muito alto. E para quem mora nos Estados Unidos talvez a diva pop não cause o mesmo impacto que em sua terra natal.

Além disso, o perfil do consumidor que pagou, caro, por um ingresso, eram os mais fanáticos pelo futebol americano e não necessariamente por Anitta.

O DJ do estádio caprichou nos hits brasileiros nos intervalos indo de Chiclete com Banana a Raça Negra, mas já no último quarto veio a verdadeira música que de fato empolgou o público presente: “Evidências”, de Chitãozinho & Xororó. O clássico sertanejo foi cantado pelo estádio todo, e os fãs seguiram a letra à capela mesmo após o som diminuir e enquanto os times jogavam em campo.

De qualquer forma, São Paulo mostrou que pode ser sede da NFL mais vezes, já que nenhum incidente grande de impacto negativo foi notado. Em entrevista ao Estadão, o CEO da SPTuris, Gustavo Pires, disse que a capital quer agora um contrato de pelo menos cinco anos com a liga. Porém, isso, claro, depende também do resultado das eleições municipais deste ano, já que a gestão de Ricardo Nunes fez questão de trazer o evento e mantém um bom relacionamento com a NFL, o que não necessariamente pode ser o caso em uma eventual mudança na Prefeitura.

Análise por Gustavo Faldon

Editor de Esportes do Estadão. Já cobriu Copas do Mundo, Olimpíadas, Super Bowls, UFC, Fórmula 1, NBA e muitos outros esportes. É jornalista formado pelo Mackenzie e com MBA em Gestão e Marketing Esportivo

Murillo César Alves

Repórter de Esportes

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