Em um dia congelante de janeiro, o Kansas City Chiefs venceu o Miami Dolphins por 26 a 7, no Arrowhead Stadium, com uma temperatura de -20° C e sensação térmica de -31° C. A ocasião ficou conhecida como o quarto jogo mais frio da história da National Football League (NFL), tão frio, que até o bigode do técnico congelou. Quem saiu prejudicado foram os torcedores que não usaram luvas e se expuseram à baixa temperatura a ponto de congelarem e necrosarem o tecido dos dedos.
Cerca de 70% das pessoas que sofreram queimaduras naquele dia em Kansas City e que foram em busca de atendimentos pelo Grossman Brun Center, unidade de queimaduras do Research Medical Center, foram orientados ao procedimento de amputação. A maioria deles é torcedor dos Chiefs. Inclusive, um dos fãs teve os dedos congelados após tirar uma luva por 30 minutos para tentar montar uma barraca. Os relatos foram revelados somente agora.
Os outros 30% são casos menos extremos que podem realizar tratamento com oxigenoterapia hiperbárica. Mesmo assim, os médicos afirmam que eles podem ter sequelas como sensibilidade e dor para o resto da vida. Para eles, é importante educar os torcedores para que eles se protejam do frio e que situações como essa não se repitam nos EUA.
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Na época, o Serviço Nacional de Meteorologia emitiu um alerta sobre a possibilidade de frio rigoroso em Kansas e ainda ressaltou que poderia haver congelamento da pele de forma rápida.