NFL: torcida e audiência do futebol da bola oval crescem no Brasil; mulheres representam 49%


Batendo recordes atrás de recordes no País, Liga de futebol americano começa com o jogo entre o Kansas City Chiefs e Detroit Lions; veja como acompanhar as partidas

Por Murillo César Alves e Paulo Chacon
Atualização:

“Setembro sempre chega e finalmente chegou”. A frase dita pelos fãs de NFL nunca ‘demorou’ tanto para acontecer. Depois de mais de sete meses, a temporada regular do futebol americano começa nesta quinta-feira, dia 7, com o jogo entre Kansas City Chiefs e Detroit Lions. Batendo recordes atrás de recordes a cada ano no Brasil, a liga começa a temporada de 2023 com o objetivo de aproximar ainda mais o brasileiro da NFL (Liga de Futebol Americano).

A temporada de 2022 foi um marco para a liga da bola oval no país pentacampeão do mundo no futebol. Além do crescimento em números de audiência, com mais de 35 milhões de pessoas tendo contato com a NFL, o ano foi o primeiro da história que o esporte teve um evento oficial organizado no Brasil para que os fãs acompanhassem o Super Bowl, que é a final da temporada.

Patrick Mahomes começa a temporada como capitão e grande estrela do Kansas City Chiefs  Foto: AP Photo/Butch Dill, File
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O NFL in Brasa recebeu cerca de sete mil pessoas no fim de semana do Super Bowl deste ano. A segunda edição já foi confirmada para 2024, no Super Bowl 58, e a meta é dobrar o número de visitantes. Além disso, a Effect Sports, agência que trabalha com a NFL no Brasil – que não tem um representante fixo – disse ao Estadão que o plano é realizar eventos periódicos durante a temporada e a fase de mata-mata, em São Paulo.

O plano da NFL no Brasil, nos últimos anos, era de expandir a base de fãs de futebol americano. Além das transmissões, as redes sociais e influenciadores fortaleceram o esporte no País. De acordo com o Ibope Repucom, 35 milhões de brasileiros acompanham a modalidade. Foi analisado o perfil ativo de mais de 110 milhões de usuários. Os perfis da liga no Brasil somam 3 milhões de seguidores; no TikTok, tornou-se o primeiro do cenário internacional da liga, que não inclui os Estados Unidos, a alcançar a marca de 1 milhão de seguidores.

Outro número que salta aos olhos, ainda de acordo com a pesquisa feita pelo IBOPE, é a presença feminina no público da NFL. Em 2022, cerca de 49% das pessoas que declararam acompanhar a liga eram mulheres.

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Philadelphia Eagles e Kansas City Chiefs decidiram o último título do Super Bowl Foto: Matt Slocum / AP

“O pensamento sempre foi aproximar o público brasileiro da NFL. Desde o início, o trabalho foi não só traduzir ou transmitir, mas dar entendimento para as pessoas do que é e de como acontece o jogo da NFL. Aproveitando o trabalho da ESPN, que se consolidou como emissora da liga no País pelo trabalho e investimento que fez, a ideia sempre foi conseguir crescer a cada ano e fidelizar o público. Os números mostram, de uma maneira geral, que isso aconteceu e está acontecendo”, explicou Pedro Rego Monteiro, que trabalho ao lado de Marcelo Paiva na agência de marketing Effect Sport, parceira da NFL desde 2015.

“Realmente tem sido impressionante o crescimento do interesse no futebol americano. Estou na ESPN há quase duas décadas, entrando na minha 18ª temporada comentando NFL aqui, e, quando comecei, tinham alguns times de flag football no Rio e em São Paulo. Atualmente já há ligas estruturadas de futebol americano mesmo, com times espalhados por todo o País, muitos perfis nas redes sobre o esporte e a ESPN exibindo às vezes até dez jogos ao vivo numa rodada, como no feriado de Thanksgiving”, comentou Paulo Antunes sobre a relação da Liga com o Brasil. “Houve uma expansão incrível, tanto que o Comissário da Liga já até comentou que está de olho na América do Sul. A liga enviou uma equipe para olhar estádios no Brasil e acredito que podemos ser o palco para jogos da temporada futuramente.”

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NEM SEMPRE FOI ASSIM

Os números não mentem e são a prova que mostra que a relação do Brasil com a NFL cresce a cada ano. Contudo, nem sempre foi assim. Quando as transmissões começaram no País, no início da virada do milênio, as barreiras para acompanhar a liga, os jogos e entender tudo o que acontecia eram imensas. Apesar disso, alguns brasileiros se aventuraram em tentar entender o que se passava no campo.

Um deles era Tiago Antonio, de 37, que é torcedor do New England Patriots há mais de 25 anos. Para o brasileiro, o começo foi muito difícil e a evolução da relação do Brasil com a NFL é muito mais do que evidente, é cotidiana.

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“Assim, o primeiro contato que tive com futebol americano foi nos anos 90, lá para 1994. Meu pai trabalhava viajando bastante e em uma dessas viagens ele trouxe uma revista sobre futebol americano e uma fita VHS. Eu estava na época de aprender inglês e usava o esporte para ajudar. Um pouco depois, escolhi o Patriots e consegui acompanhar alguma coisa dos jogos na virada para os anos 2000 com a Band transmitindo. Acho que é nítido a evolução do brasileiro na relação com a NFL porque passei algum tempo tendo todas as dificuldades para ver e acompanhar os jogos e hoje até no meu prédio se estou com alguma coisa do time, alguém me para e comenta do jogo, da temporada. É evidente a evolução”, explicou.

A cada temporada que passa

A evolução das transmissões, seja na qualidade de imagem ou na quantidade de horas de jogos transmitidos no Brasil, foi responsável pelo aumento da popularidade do futebol americano no País. Para Tiago, a relação do brasileiro com as redes sociais e a forma de acompanhar a NFL também aceleraram o crescimento do número de fãs a cada temporada.

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“A forma e a quantidade de jogos que se passa ajudam muito. Além disso, as redes também aproximaram as pessoas do Brasil do esporte. A massificação da NFL faz com que o brasileiro se interesse por esse esporte que é apaixonante. Hoje, com a ESPN conseguindo transmitir a rodada completa do domingo, os jogos noturnos, o que não aconteciam no início do milênio, isso ajuda para que os números e a popularidade sejam aumentem”.

NFL no Brasil?

As chances de uma partida da NFLserem disputadas no Brasil ganharam força no último mês, com a visita de representantes da liga aos estádios dos três principais clubes de São Paulo. O tour para conhecer os locais aconteceu no Allianz Parque, do Palmeiras, no Morumbi, do São Paulo, e na Neo Química Arena, do Corinthians.

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“Em suas investidas para aumentar a base de fãs fora do território americano, a NFL têm feito um trabalho de mídias sociais, parcerias de transmissão com canais de televisão como a RedeTV, canal aberto que se somou a ESPN na penúltima edição, eventos de experiência como o tour do troféu e NFL in Brasa e agora, a exemplo do que já faz em outros países como Reino Unido e México, estuda a viabilidade de trazer seu produto ao vivo para o país, sua cartada mais ousada e de valor alto”, analisa Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.

O Brasil é considerado pela National Football League um dos mercados principais de captação de novos negócios e receitas, e por isso existe um objetivo de trazer o evento para o país. Especulam que isso possa acontecer em 2024, mas ainda não existe nenhuma previsão ou sequer garantia desta possibilidade.

Maiores destaques e transmissões

Como é de costume, a temporada da NFL começa com o atual campeão entrando em campo e abrindo o ano. Desta forma, o Kansas City Chiefs vai para campo e recebe o Detroit Lions, às 21h20. A partida terá transmissão da ESPN para o Brasil. Além de transmitir a abertura, o canal por assinatura terá mais 134 jogos até o Super Bowl, que acontece em fevereiro de 2024, com partidas aos domingos, segundas e quintas-feira.

Na TV aberta, a RedeTV! fará a transmissão de uma partida por semana nas tardes do domingo. O primeiro jogo da temporada de 2023 do canal será entre Indianápolis Colts e Jacksonville Jaguars a partir das 14h.

Confira cinco nomes que vão chamar a atenção até o Super Bowl

1- Patrick Mahomes (Kansas City Chiefs)

Atual campeão do Super Bowl e eleito duas vezes MVP da NFL, Patrick Mahomes é reconhecido como o sucessor de Tom Brady, ex-marido de Gisele Bundchen, como a “Face da Liga”. O atleta de 27 anos é o grande líder do Kansas City Chiefs e, em 2020, mudou o panorama para os QuarterBacks assinando o maior contrato da história: dez anos e até US$ 503 milhões (R$ 2,4 bilhões). Além disso, fora das quadras, Mahomes é empresário, assim como LeBron James, astro do basquete, e Serena Williams, ícone do tênis. O jogador é dono minoritário de duas das ligas americanas: Kansas City Royals (MLB) e Sporting Kansas City (MLS).

2- Justin Jefferson (Minnesota Vikings)

Justin Jefferson foi eleito o melhor calouro ofensivo e é um dos melhores recebedores da liga Foto: AP Photo/Bruce Kluckhohn, File

Em seu terceiro ano na NFL, Justin Jefferson já desfruta do status de estrela. O recebedor de 24 anos é conhecido por ser um dos atletas mais imparáveis, inclusive conquistando o prêmio de “Jogador Ofensivo do Ano” na última temporada. Também demonstrando sua alegria em campo, “JJettas” é um dos grandes pivôs na popularização do passo de dança “Griddy”, que invadiu clipes e games no último ano, utilizando o movimento para comemorar seus TouchDowns. Atualmente, Jefferson é um dos principais atletas da Under Armour em atividade, ao lado de Stephen Curry e Joel Embiid, ambos da NBA.

3- Odell Beckham Jr (Baltimore Ravens)

Odell Beckham Jr. volta para a NFL após uma temporada sem time e promete dar uma nova dimensão para o ataque do Baltimore Ravens  Foto: Geoff Burke-USA TODAY Sports

Retornando de um ano parado após se lesionar no Super Bowl de 2021, no qual foi campeão, Odell Beckham Junior é de longe o atleta mais influente nas redes sociais da NFL. Com mais de 17M de seguidores, mais do que o dobro do segundo colocado na lista, “OBJ” é visto como uma superestrela da Liga por se diferenciar com seus penteados que viram tendência e por seu estilo, que o credenciaram a participar do Met Gala em 2022, evento no qual já havia participado em 2019.

4- Micah Parsons (Dallas Cowboys)

Micah Parsons é uma das esperanças do Dallas para voltar ao Super Bowl  Foto: AP Photo/Josie Lepe, File

Jovem estrela do “America’s Team”, Micah Parsons é o grande destaque entre os jogadores de defesa da Liga. Em seu segundo ano como profissional, o atleta do Dallas Cowboys, equipe com a maior fanbase da NFL, já é o favorito nas casas de apostas para conquistar o prêmio de “Jogador de Defesa do Ano”. Desfrutando de seu talento e da fama de atuar no time mais popular da modalidade, Parsons foi o segundo jogador que mais vendeu camisas na temporada 2022/23 e é único atleta de defesa que integra o Top 10.

5- Josh Allen (Buffalo Bills)

Josh Allen tenta acabar com a maldição dos playoffs dos Bills em 2023  Foto: AP Foto/Matt Freed, archivo

Dono da camisa mais vendida da NFL na temporada 2022/23, espera-se muito de Josh Allen. O atleta é conhecido por ser um dos Quarterbacks mais imparáveis do futebol americano, ameaçando defesas, lançando a bola e correndo muito. Líder do Buffalo Bills, Allen é a principal estrela para uma das torcidas mais fanáticas do futebol americano e a cara de uma nova era para o time do estado de Nova York, tendo levado a franquia a três títulos consecutivos da AFC East, os únicos conquistados neste século. Fora do campo, Josh Allen terá sua imagem estampada ao redor do mundo por ser a capa do game “Madden 24″, o principal jogo de futebol americano disponível em todas as plataformas.

“Setembro sempre chega e finalmente chegou”. A frase dita pelos fãs de NFL nunca ‘demorou’ tanto para acontecer. Depois de mais de sete meses, a temporada regular do futebol americano começa nesta quinta-feira, dia 7, com o jogo entre Kansas City Chiefs e Detroit Lions. Batendo recordes atrás de recordes a cada ano no Brasil, a liga começa a temporada de 2023 com o objetivo de aproximar ainda mais o brasileiro da NFL (Liga de Futebol Americano).

A temporada de 2022 foi um marco para a liga da bola oval no país pentacampeão do mundo no futebol. Além do crescimento em números de audiência, com mais de 35 milhões de pessoas tendo contato com a NFL, o ano foi o primeiro da história que o esporte teve um evento oficial organizado no Brasil para que os fãs acompanhassem o Super Bowl, que é a final da temporada.

Patrick Mahomes começa a temporada como capitão e grande estrela do Kansas City Chiefs  Foto: AP Photo/Butch Dill, File

O NFL in Brasa recebeu cerca de sete mil pessoas no fim de semana do Super Bowl deste ano. A segunda edição já foi confirmada para 2024, no Super Bowl 58, e a meta é dobrar o número de visitantes. Além disso, a Effect Sports, agência que trabalha com a NFL no Brasil – que não tem um representante fixo – disse ao Estadão que o plano é realizar eventos periódicos durante a temporada e a fase de mata-mata, em São Paulo.

O plano da NFL no Brasil, nos últimos anos, era de expandir a base de fãs de futebol americano. Além das transmissões, as redes sociais e influenciadores fortaleceram o esporte no País. De acordo com o Ibope Repucom, 35 milhões de brasileiros acompanham a modalidade. Foi analisado o perfil ativo de mais de 110 milhões de usuários. Os perfis da liga no Brasil somam 3 milhões de seguidores; no TikTok, tornou-se o primeiro do cenário internacional da liga, que não inclui os Estados Unidos, a alcançar a marca de 1 milhão de seguidores.

Outro número que salta aos olhos, ainda de acordo com a pesquisa feita pelo IBOPE, é a presença feminina no público da NFL. Em 2022, cerca de 49% das pessoas que declararam acompanhar a liga eram mulheres.

Philadelphia Eagles e Kansas City Chiefs decidiram o último título do Super Bowl Foto: Matt Slocum / AP

“O pensamento sempre foi aproximar o público brasileiro da NFL. Desde o início, o trabalho foi não só traduzir ou transmitir, mas dar entendimento para as pessoas do que é e de como acontece o jogo da NFL. Aproveitando o trabalho da ESPN, que se consolidou como emissora da liga no País pelo trabalho e investimento que fez, a ideia sempre foi conseguir crescer a cada ano e fidelizar o público. Os números mostram, de uma maneira geral, que isso aconteceu e está acontecendo”, explicou Pedro Rego Monteiro, que trabalho ao lado de Marcelo Paiva na agência de marketing Effect Sport, parceira da NFL desde 2015.

“Realmente tem sido impressionante o crescimento do interesse no futebol americano. Estou na ESPN há quase duas décadas, entrando na minha 18ª temporada comentando NFL aqui, e, quando comecei, tinham alguns times de flag football no Rio e em São Paulo. Atualmente já há ligas estruturadas de futebol americano mesmo, com times espalhados por todo o País, muitos perfis nas redes sobre o esporte e a ESPN exibindo às vezes até dez jogos ao vivo numa rodada, como no feriado de Thanksgiving”, comentou Paulo Antunes sobre a relação da Liga com o Brasil. “Houve uma expansão incrível, tanto que o Comissário da Liga já até comentou que está de olho na América do Sul. A liga enviou uma equipe para olhar estádios no Brasil e acredito que podemos ser o palco para jogos da temporada futuramente.”

NEM SEMPRE FOI ASSIM

Os números não mentem e são a prova que mostra que a relação do Brasil com a NFL cresce a cada ano. Contudo, nem sempre foi assim. Quando as transmissões começaram no País, no início da virada do milênio, as barreiras para acompanhar a liga, os jogos e entender tudo o que acontecia eram imensas. Apesar disso, alguns brasileiros se aventuraram em tentar entender o que se passava no campo.

Um deles era Tiago Antonio, de 37, que é torcedor do New England Patriots há mais de 25 anos. Para o brasileiro, o começo foi muito difícil e a evolução da relação do Brasil com a NFL é muito mais do que evidente, é cotidiana.

“Assim, o primeiro contato que tive com futebol americano foi nos anos 90, lá para 1994. Meu pai trabalhava viajando bastante e em uma dessas viagens ele trouxe uma revista sobre futebol americano e uma fita VHS. Eu estava na época de aprender inglês e usava o esporte para ajudar. Um pouco depois, escolhi o Patriots e consegui acompanhar alguma coisa dos jogos na virada para os anos 2000 com a Band transmitindo. Acho que é nítido a evolução do brasileiro na relação com a NFL porque passei algum tempo tendo todas as dificuldades para ver e acompanhar os jogos e hoje até no meu prédio se estou com alguma coisa do time, alguém me para e comenta do jogo, da temporada. É evidente a evolução”, explicou.

A cada temporada que passa

A evolução das transmissões, seja na qualidade de imagem ou na quantidade de horas de jogos transmitidos no Brasil, foi responsável pelo aumento da popularidade do futebol americano no País. Para Tiago, a relação do brasileiro com as redes sociais e a forma de acompanhar a NFL também aceleraram o crescimento do número de fãs a cada temporada.

“A forma e a quantidade de jogos que se passa ajudam muito. Além disso, as redes também aproximaram as pessoas do Brasil do esporte. A massificação da NFL faz com que o brasileiro se interesse por esse esporte que é apaixonante. Hoje, com a ESPN conseguindo transmitir a rodada completa do domingo, os jogos noturnos, o que não aconteciam no início do milênio, isso ajuda para que os números e a popularidade sejam aumentem”.

NFL no Brasil?

As chances de uma partida da NFLserem disputadas no Brasil ganharam força no último mês, com a visita de representantes da liga aos estádios dos três principais clubes de São Paulo. O tour para conhecer os locais aconteceu no Allianz Parque, do Palmeiras, no Morumbi, do São Paulo, e na Neo Química Arena, do Corinthians.

“Em suas investidas para aumentar a base de fãs fora do território americano, a NFL têm feito um trabalho de mídias sociais, parcerias de transmissão com canais de televisão como a RedeTV, canal aberto que se somou a ESPN na penúltima edição, eventos de experiência como o tour do troféu e NFL in Brasa e agora, a exemplo do que já faz em outros países como Reino Unido e México, estuda a viabilidade de trazer seu produto ao vivo para o país, sua cartada mais ousada e de valor alto”, analisa Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.

O Brasil é considerado pela National Football League um dos mercados principais de captação de novos negócios e receitas, e por isso existe um objetivo de trazer o evento para o país. Especulam que isso possa acontecer em 2024, mas ainda não existe nenhuma previsão ou sequer garantia desta possibilidade.

Maiores destaques e transmissões

Como é de costume, a temporada da NFL começa com o atual campeão entrando em campo e abrindo o ano. Desta forma, o Kansas City Chiefs vai para campo e recebe o Detroit Lions, às 21h20. A partida terá transmissão da ESPN para o Brasil. Além de transmitir a abertura, o canal por assinatura terá mais 134 jogos até o Super Bowl, que acontece em fevereiro de 2024, com partidas aos domingos, segundas e quintas-feira.

Na TV aberta, a RedeTV! fará a transmissão de uma partida por semana nas tardes do domingo. O primeiro jogo da temporada de 2023 do canal será entre Indianápolis Colts e Jacksonville Jaguars a partir das 14h.

Confira cinco nomes que vão chamar a atenção até o Super Bowl

1- Patrick Mahomes (Kansas City Chiefs)

Atual campeão do Super Bowl e eleito duas vezes MVP da NFL, Patrick Mahomes é reconhecido como o sucessor de Tom Brady, ex-marido de Gisele Bundchen, como a “Face da Liga”. O atleta de 27 anos é o grande líder do Kansas City Chiefs e, em 2020, mudou o panorama para os QuarterBacks assinando o maior contrato da história: dez anos e até US$ 503 milhões (R$ 2,4 bilhões). Além disso, fora das quadras, Mahomes é empresário, assim como LeBron James, astro do basquete, e Serena Williams, ícone do tênis. O jogador é dono minoritário de duas das ligas americanas: Kansas City Royals (MLB) e Sporting Kansas City (MLS).

2- Justin Jefferson (Minnesota Vikings)

Justin Jefferson foi eleito o melhor calouro ofensivo e é um dos melhores recebedores da liga Foto: AP Photo/Bruce Kluckhohn, File

Em seu terceiro ano na NFL, Justin Jefferson já desfruta do status de estrela. O recebedor de 24 anos é conhecido por ser um dos atletas mais imparáveis, inclusive conquistando o prêmio de “Jogador Ofensivo do Ano” na última temporada. Também demonstrando sua alegria em campo, “JJettas” é um dos grandes pivôs na popularização do passo de dança “Griddy”, que invadiu clipes e games no último ano, utilizando o movimento para comemorar seus TouchDowns. Atualmente, Jefferson é um dos principais atletas da Under Armour em atividade, ao lado de Stephen Curry e Joel Embiid, ambos da NBA.

3- Odell Beckham Jr (Baltimore Ravens)

Odell Beckham Jr. volta para a NFL após uma temporada sem time e promete dar uma nova dimensão para o ataque do Baltimore Ravens  Foto: Geoff Burke-USA TODAY Sports

Retornando de um ano parado após se lesionar no Super Bowl de 2021, no qual foi campeão, Odell Beckham Junior é de longe o atleta mais influente nas redes sociais da NFL. Com mais de 17M de seguidores, mais do que o dobro do segundo colocado na lista, “OBJ” é visto como uma superestrela da Liga por se diferenciar com seus penteados que viram tendência e por seu estilo, que o credenciaram a participar do Met Gala em 2022, evento no qual já havia participado em 2019.

4- Micah Parsons (Dallas Cowboys)

Micah Parsons é uma das esperanças do Dallas para voltar ao Super Bowl  Foto: AP Photo/Josie Lepe, File

Jovem estrela do “America’s Team”, Micah Parsons é o grande destaque entre os jogadores de defesa da Liga. Em seu segundo ano como profissional, o atleta do Dallas Cowboys, equipe com a maior fanbase da NFL, já é o favorito nas casas de apostas para conquistar o prêmio de “Jogador de Defesa do Ano”. Desfrutando de seu talento e da fama de atuar no time mais popular da modalidade, Parsons foi o segundo jogador que mais vendeu camisas na temporada 2022/23 e é único atleta de defesa que integra o Top 10.

5- Josh Allen (Buffalo Bills)

Josh Allen tenta acabar com a maldição dos playoffs dos Bills em 2023  Foto: AP Foto/Matt Freed, archivo

Dono da camisa mais vendida da NFL na temporada 2022/23, espera-se muito de Josh Allen. O atleta é conhecido por ser um dos Quarterbacks mais imparáveis do futebol americano, ameaçando defesas, lançando a bola e correndo muito. Líder do Buffalo Bills, Allen é a principal estrela para uma das torcidas mais fanáticas do futebol americano e a cara de uma nova era para o time do estado de Nova York, tendo levado a franquia a três títulos consecutivos da AFC East, os únicos conquistados neste século. Fora do campo, Josh Allen terá sua imagem estampada ao redor do mundo por ser a capa do game “Madden 24″, o principal jogo de futebol americano disponível em todas as plataformas.

“Setembro sempre chega e finalmente chegou”. A frase dita pelos fãs de NFL nunca ‘demorou’ tanto para acontecer. Depois de mais de sete meses, a temporada regular do futebol americano começa nesta quinta-feira, dia 7, com o jogo entre Kansas City Chiefs e Detroit Lions. Batendo recordes atrás de recordes a cada ano no Brasil, a liga começa a temporada de 2023 com o objetivo de aproximar ainda mais o brasileiro da NFL (Liga de Futebol Americano).

A temporada de 2022 foi um marco para a liga da bola oval no país pentacampeão do mundo no futebol. Além do crescimento em números de audiência, com mais de 35 milhões de pessoas tendo contato com a NFL, o ano foi o primeiro da história que o esporte teve um evento oficial organizado no Brasil para que os fãs acompanhassem o Super Bowl, que é a final da temporada.

Patrick Mahomes começa a temporada como capitão e grande estrela do Kansas City Chiefs  Foto: AP Photo/Butch Dill, File

O NFL in Brasa recebeu cerca de sete mil pessoas no fim de semana do Super Bowl deste ano. A segunda edição já foi confirmada para 2024, no Super Bowl 58, e a meta é dobrar o número de visitantes. Além disso, a Effect Sports, agência que trabalha com a NFL no Brasil – que não tem um representante fixo – disse ao Estadão que o plano é realizar eventos periódicos durante a temporada e a fase de mata-mata, em São Paulo.

O plano da NFL no Brasil, nos últimos anos, era de expandir a base de fãs de futebol americano. Além das transmissões, as redes sociais e influenciadores fortaleceram o esporte no País. De acordo com o Ibope Repucom, 35 milhões de brasileiros acompanham a modalidade. Foi analisado o perfil ativo de mais de 110 milhões de usuários. Os perfis da liga no Brasil somam 3 milhões de seguidores; no TikTok, tornou-se o primeiro do cenário internacional da liga, que não inclui os Estados Unidos, a alcançar a marca de 1 milhão de seguidores.

Outro número que salta aos olhos, ainda de acordo com a pesquisa feita pelo IBOPE, é a presença feminina no público da NFL. Em 2022, cerca de 49% das pessoas que declararam acompanhar a liga eram mulheres.

Philadelphia Eagles e Kansas City Chiefs decidiram o último título do Super Bowl Foto: Matt Slocum / AP

“O pensamento sempre foi aproximar o público brasileiro da NFL. Desde o início, o trabalho foi não só traduzir ou transmitir, mas dar entendimento para as pessoas do que é e de como acontece o jogo da NFL. Aproveitando o trabalho da ESPN, que se consolidou como emissora da liga no País pelo trabalho e investimento que fez, a ideia sempre foi conseguir crescer a cada ano e fidelizar o público. Os números mostram, de uma maneira geral, que isso aconteceu e está acontecendo”, explicou Pedro Rego Monteiro, que trabalho ao lado de Marcelo Paiva na agência de marketing Effect Sport, parceira da NFL desde 2015.

“Realmente tem sido impressionante o crescimento do interesse no futebol americano. Estou na ESPN há quase duas décadas, entrando na minha 18ª temporada comentando NFL aqui, e, quando comecei, tinham alguns times de flag football no Rio e em São Paulo. Atualmente já há ligas estruturadas de futebol americano mesmo, com times espalhados por todo o País, muitos perfis nas redes sobre o esporte e a ESPN exibindo às vezes até dez jogos ao vivo numa rodada, como no feriado de Thanksgiving”, comentou Paulo Antunes sobre a relação da Liga com o Brasil. “Houve uma expansão incrível, tanto que o Comissário da Liga já até comentou que está de olho na América do Sul. A liga enviou uma equipe para olhar estádios no Brasil e acredito que podemos ser o palco para jogos da temporada futuramente.”

NEM SEMPRE FOI ASSIM

Os números não mentem e são a prova que mostra que a relação do Brasil com a NFL cresce a cada ano. Contudo, nem sempre foi assim. Quando as transmissões começaram no País, no início da virada do milênio, as barreiras para acompanhar a liga, os jogos e entender tudo o que acontecia eram imensas. Apesar disso, alguns brasileiros se aventuraram em tentar entender o que se passava no campo.

Um deles era Tiago Antonio, de 37, que é torcedor do New England Patriots há mais de 25 anos. Para o brasileiro, o começo foi muito difícil e a evolução da relação do Brasil com a NFL é muito mais do que evidente, é cotidiana.

“Assim, o primeiro contato que tive com futebol americano foi nos anos 90, lá para 1994. Meu pai trabalhava viajando bastante e em uma dessas viagens ele trouxe uma revista sobre futebol americano e uma fita VHS. Eu estava na época de aprender inglês e usava o esporte para ajudar. Um pouco depois, escolhi o Patriots e consegui acompanhar alguma coisa dos jogos na virada para os anos 2000 com a Band transmitindo. Acho que é nítido a evolução do brasileiro na relação com a NFL porque passei algum tempo tendo todas as dificuldades para ver e acompanhar os jogos e hoje até no meu prédio se estou com alguma coisa do time, alguém me para e comenta do jogo, da temporada. É evidente a evolução”, explicou.

A cada temporada que passa

A evolução das transmissões, seja na qualidade de imagem ou na quantidade de horas de jogos transmitidos no Brasil, foi responsável pelo aumento da popularidade do futebol americano no País. Para Tiago, a relação do brasileiro com as redes sociais e a forma de acompanhar a NFL também aceleraram o crescimento do número de fãs a cada temporada.

“A forma e a quantidade de jogos que se passa ajudam muito. Além disso, as redes também aproximaram as pessoas do Brasil do esporte. A massificação da NFL faz com que o brasileiro se interesse por esse esporte que é apaixonante. Hoje, com a ESPN conseguindo transmitir a rodada completa do domingo, os jogos noturnos, o que não aconteciam no início do milênio, isso ajuda para que os números e a popularidade sejam aumentem”.

NFL no Brasil?

As chances de uma partida da NFLserem disputadas no Brasil ganharam força no último mês, com a visita de representantes da liga aos estádios dos três principais clubes de São Paulo. O tour para conhecer os locais aconteceu no Allianz Parque, do Palmeiras, no Morumbi, do São Paulo, e na Neo Química Arena, do Corinthians.

“Em suas investidas para aumentar a base de fãs fora do território americano, a NFL têm feito um trabalho de mídias sociais, parcerias de transmissão com canais de televisão como a RedeTV, canal aberto que se somou a ESPN na penúltima edição, eventos de experiência como o tour do troféu e NFL in Brasa e agora, a exemplo do que já faz em outros países como Reino Unido e México, estuda a viabilidade de trazer seu produto ao vivo para o país, sua cartada mais ousada e de valor alto”, analisa Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.

O Brasil é considerado pela National Football League um dos mercados principais de captação de novos negócios e receitas, e por isso existe um objetivo de trazer o evento para o país. Especulam que isso possa acontecer em 2024, mas ainda não existe nenhuma previsão ou sequer garantia desta possibilidade.

Maiores destaques e transmissões

Como é de costume, a temporada da NFL começa com o atual campeão entrando em campo e abrindo o ano. Desta forma, o Kansas City Chiefs vai para campo e recebe o Detroit Lions, às 21h20. A partida terá transmissão da ESPN para o Brasil. Além de transmitir a abertura, o canal por assinatura terá mais 134 jogos até o Super Bowl, que acontece em fevereiro de 2024, com partidas aos domingos, segundas e quintas-feira.

Na TV aberta, a RedeTV! fará a transmissão de uma partida por semana nas tardes do domingo. O primeiro jogo da temporada de 2023 do canal será entre Indianápolis Colts e Jacksonville Jaguars a partir das 14h.

Confira cinco nomes que vão chamar a atenção até o Super Bowl

1- Patrick Mahomes (Kansas City Chiefs)

Atual campeão do Super Bowl e eleito duas vezes MVP da NFL, Patrick Mahomes é reconhecido como o sucessor de Tom Brady, ex-marido de Gisele Bundchen, como a “Face da Liga”. O atleta de 27 anos é o grande líder do Kansas City Chiefs e, em 2020, mudou o panorama para os QuarterBacks assinando o maior contrato da história: dez anos e até US$ 503 milhões (R$ 2,4 bilhões). Além disso, fora das quadras, Mahomes é empresário, assim como LeBron James, astro do basquete, e Serena Williams, ícone do tênis. O jogador é dono minoritário de duas das ligas americanas: Kansas City Royals (MLB) e Sporting Kansas City (MLS).

2- Justin Jefferson (Minnesota Vikings)

Justin Jefferson foi eleito o melhor calouro ofensivo e é um dos melhores recebedores da liga Foto: AP Photo/Bruce Kluckhohn, File

Em seu terceiro ano na NFL, Justin Jefferson já desfruta do status de estrela. O recebedor de 24 anos é conhecido por ser um dos atletas mais imparáveis, inclusive conquistando o prêmio de “Jogador Ofensivo do Ano” na última temporada. Também demonstrando sua alegria em campo, “JJettas” é um dos grandes pivôs na popularização do passo de dança “Griddy”, que invadiu clipes e games no último ano, utilizando o movimento para comemorar seus TouchDowns. Atualmente, Jefferson é um dos principais atletas da Under Armour em atividade, ao lado de Stephen Curry e Joel Embiid, ambos da NBA.

3- Odell Beckham Jr (Baltimore Ravens)

Odell Beckham Jr. volta para a NFL após uma temporada sem time e promete dar uma nova dimensão para o ataque do Baltimore Ravens  Foto: Geoff Burke-USA TODAY Sports

Retornando de um ano parado após se lesionar no Super Bowl de 2021, no qual foi campeão, Odell Beckham Junior é de longe o atleta mais influente nas redes sociais da NFL. Com mais de 17M de seguidores, mais do que o dobro do segundo colocado na lista, “OBJ” é visto como uma superestrela da Liga por se diferenciar com seus penteados que viram tendência e por seu estilo, que o credenciaram a participar do Met Gala em 2022, evento no qual já havia participado em 2019.

4- Micah Parsons (Dallas Cowboys)

Micah Parsons é uma das esperanças do Dallas para voltar ao Super Bowl  Foto: AP Photo/Josie Lepe, File

Jovem estrela do “America’s Team”, Micah Parsons é o grande destaque entre os jogadores de defesa da Liga. Em seu segundo ano como profissional, o atleta do Dallas Cowboys, equipe com a maior fanbase da NFL, já é o favorito nas casas de apostas para conquistar o prêmio de “Jogador de Defesa do Ano”. Desfrutando de seu talento e da fama de atuar no time mais popular da modalidade, Parsons foi o segundo jogador que mais vendeu camisas na temporada 2022/23 e é único atleta de defesa que integra o Top 10.

5- Josh Allen (Buffalo Bills)

Josh Allen tenta acabar com a maldição dos playoffs dos Bills em 2023  Foto: AP Foto/Matt Freed, archivo

Dono da camisa mais vendida da NFL na temporada 2022/23, espera-se muito de Josh Allen. O atleta é conhecido por ser um dos Quarterbacks mais imparáveis do futebol americano, ameaçando defesas, lançando a bola e correndo muito. Líder do Buffalo Bills, Allen é a principal estrela para uma das torcidas mais fanáticas do futebol americano e a cara de uma nova era para o time do estado de Nova York, tendo levado a franquia a três títulos consecutivos da AFC East, os únicos conquistados neste século. Fora do campo, Josh Allen terá sua imagem estampada ao redor do mundo por ser a capa do game “Madden 24″, o principal jogo de futebol americano disponível em todas as plataformas.

“Setembro sempre chega e finalmente chegou”. A frase dita pelos fãs de NFL nunca ‘demorou’ tanto para acontecer. Depois de mais de sete meses, a temporada regular do futebol americano começa nesta quinta-feira, dia 7, com o jogo entre Kansas City Chiefs e Detroit Lions. Batendo recordes atrás de recordes a cada ano no Brasil, a liga começa a temporada de 2023 com o objetivo de aproximar ainda mais o brasileiro da NFL (Liga de Futebol Americano).

A temporada de 2022 foi um marco para a liga da bola oval no país pentacampeão do mundo no futebol. Além do crescimento em números de audiência, com mais de 35 milhões de pessoas tendo contato com a NFL, o ano foi o primeiro da história que o esporte teve um evento oficial organizado no Brasil para que os fãs acompanhassem o Super Bowl, que é a final da temporada.

Patrick Mahomes começa a temporada como capitão e grande estrela do Kansas City Chiefs  Foto: AP Photo/Butch Dill, File

O NFL in Brasa recebeu cerca de sete mil pessoas no fim de semana do Super Bowl deste ano. A segunda edição já foi confirmada para 2024, no Super Bowl 58, e a meta é dobrar o número de visitantes. Além disso, a Effect Sports, agência que trabalha com a NFL no Brasil – que não tem um representante fixo – disse ao Estadão que o plano é realizar eventos periódicos durante a temporada e a fase de mata-mata, em São Paulo.

O plano da NFL no Brasil, nos últimos anos, era de expandir a base de fãs de futebol americano. Além das transmissões, as redes sociais e influenciadores fortaleceram o esporte no País. De acordo com o Ibope Repucom, 35 milhões de brasileiros acompanham a modalidade. Foi analisado o perfil ativo de mais de 110 milhões de usuários. Os perfis da liga no Brasil somam 3 milhões de seguidores; no TikTok, tornou-se o primeiro do cenário internacional da liga, que não inclui os Estados Unidos, a alcançar a marca de 1 milhão de seguidores.

Outro número que salta aos olhos, ainda de acordo com a pesquisa feita pelo IBOPE, é a presença feminina no público da NFL. Em 2022, cerca de 49% das pessoas que declararam acompanhar a liga eram mulheres.

Philadelphia Eagles e Kansas City Chiefs decidiram o último título do Super Bowl Foto: Matt Slocum / AP

“O pensamento sempre foi aproximar o público brasileiro da NFL. Desde o início, o trabalho foi não só traduzir ou transmitir, mas dar entendimento para as pessoas do que é e de como acontece o jogo da NFL. Aproveitando o trabalho da ESPN, que se consolidou como emissora da liga no País pelo trabalho e investimento que fez, a ideia sempre foi conseguir crescer a cada ano e fidelizar o público. Os números mostram, de uma maneira geral, que isso aconteceu e está acontecendo”, explicou Pedro Rego Monteiro, que trabalho ao lado de Marcelo Paiva na agência de marketing Effect Sport, parceira da NFL desde 2015.

“Realmente tem sido impressionante o crescimento do interesse no futebol americano. Estou na ESPN há quase duas décadas, entrando na minha 18ª temporada comentando NFL aqui, e, quando comecei, tinham alguns times de flag football no Rio e em São Paulo. Atualmente já há ligas estruturadas de futebol americano mesmo, com times espalhados por todo o País, muitos perfis nas redes sobre o esporte e a ESPN exibindo às vezes até dez jogos ao vivo numa rodada, como no feriado de Thanksgiving”, comentou Paulo Antunes sobre a relação da Liga com o Brasil. “Houve uma expansão incrível, tanto que o Comissário da Liga já até comentou que está de olho na América do Sul. A liga enviou uma equipe para olhar estádios no Brasil e acredito que podemos ser o palco para jogos da temporada futuramente.”

NEM SEMPRE FOI ASSIM

Os números não mentem e são a prova que mostra que a relação do Brasil com a NFL cresce a cada ano. Contudo, nem sempre foi assim. Quando as transmissões começaram no País, no início da virada do milênio, as barreiras para acompanhar a liga, os jogos e entender tudo o que acontecia eram imensas. Apesar disso, alguns brasileiros se aventuraram em tentar entender o que se passava no campo.

Um deles era Tiago Antonio, de 37, que é torcedor do New England Patriots há mais de 25 anos. Para o brasileiro, o começo foi muito difícil e a evolução da relação do Brasil com a NFL é muito mais do que evidente, é cotidiana.

“Assim, o primeiro contato que tive com futebol americano foi nos anos 90, lá para 1994. Meu pai trabalhava viajando bastante e em uma dessas viagens ele trouxe uma revista sobre futebol americano e uma fita VHS. Eu estava na época de aprender inglês e usava o esporte para ajudar. Um pouco depois, escolhi o Patriots e consegui acompanhar alguma coisa dos jogos na virada para os anos 2000 com a Band transmitindo. Acho que é nítido a evolução do brasileiro na relação com a NFL porque passei algum tempo tendo todas as dificuldades para ver e acompanhar os jogos e hoje até no meu prédio se estou com alguma coisa do time, alguém me para e comenta do jogo, da temporada. É evidente a evolução”, explicou.

A cada temporada que passa

A evolução das transmissões, seja na qualidade de imagem ou na quantidade de horas de jogos transmitidos no Brasil, foi responsável pelo aumento da popularidade do futebol americano no País. Para Tiago, a relação do brasileiro com as redes sociais e a forma de acompanhar a NFL também aceleraram o crescimento do número de fãs a cada temporada.

“A forma e a quantidade de jogos que se passa ajudam muito. Além disso, as redes também aproximaram as pessoas do Brasil do esporte. A massificação da NFL faz com que o brasileiro se interesse por esse esporte que é apaixonante. Hoje, com a ESPN conseguindo transmitir a rodada completa do domingo, os jogos noturnos, o que não aconteciam no início do milênio, isso ajuda para que os números e a popularidade sejam aumentem”.

NFL no Brasil?

As chances de uma partida da NFLserem disputadas no Brasil ganharam força no último mês, com a visita de representantes da liga aos estádios dos três principais clubes de São Paulo. O tour para conhecer os locais aconteceu no Allianz Parque, do Palmeiras, no Morumbi, do São Paulo, e na Neo Química Arena, do Corinthians.

“Em suas investidas para aumentar a base de fãs fora do território americano, a NFL têm feito um trabalho de mídias sociais, parcerias de transmissão com canais de televisão como a RedeTV, canal aberto que se somou a ESPN na penúltima edição, eventos de experiência como o tour do troféu e NFL in Brasa e agora, a exemplo do que já faz em outros países como Reino Unido e México, estuda a viabilidade de trazer seu produto ao vivo para o país, sua cartada mais ousada e de valor alto”, analisa Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.

O Brasil é considerado pela National Football League um dos mercados principais de captação de novos negócios e receitas, e por isso existe um objetivo de trazer o evento para o país. Especulam que isso possa acontecer em 2024, mas ainda não existe nenhuma previsão ou sequer garantia desta possibilidade.

Maiores destaques e transmissões

Como é de costume, a temporada da NFL começa com o atual campeão entrando em campo e abrindo o ano. Desta forma, o Kansas City Chiefs vai para campo e recebe o Detroit Lions, às 21h20. A partida terá transmissão da ESPN para o Brasil. Além de transmitir a abertura, o canal por assinatura terá mais 134 jogos até o Super Bowl, que acontece em fevereiro de 2024, com partidas aos domingos, segundas e quintas-feira.

Na TV aberta, a RedeTV! fará a transmissão de uma partida por semana nas tardes do domingo. O primeiro jogo da temporada de 2023 do canal será entre Indianápolis Colts e Jacksonville Jaguars a partir das 14h.

Confira cinco nomes que vão chamar a atenção até o Super Bowl

1- Patrick Mahomes (Kansas City Chiefs)

Atual campeão do Super Bowl e eleito duas vezes MVP da NFL, Patrick Mahomes é reconhecido como o sucessor de Tom Brady, ex-marido de Gisele Bundchen, como a “Face da Liga”. O atleta de 27 anos é o grande líder do Kansas City Chiefs e, em 2020, mudou o panorama para os QuarterBacks assinando o maior contrato da história: dez anos e até US$ 503 milhões (R$ 2,4 bilhões). Além disso, fora das quadras, Mahomes é empresário, assim como LeBron James, astro do basquete, e Serena Williams, ícone do tênis. O jogador é dono minoritário de duas das ligas americanas: Kansas City Royals (MLB) e Sporting Kansas City (MLS).

2- Justin Jefferson (Minnesota Vikings)

Justin Jefferson foi eleito o melhor calouro ofensivo e é um dos melhores recebedores da liga Foto: AP Photo/Bruce Kluckhohn, File

Em seu terceiro ano na NFL, Justin Jefferson já desfruta do status de estrela. O recebedor de 24 anos é conhecido por ser um dos atletas mais imparáveis, inclusive conquistando o prêmio de “Jogador Ofensivo do Ano” na última temporada. Também demonstrando sua alegria em campo, “JJettas” é um dos grandes pivôs na popularização do passo de dança “Griddy”, que invadiu clipes e games no último ano, utilizando o movimento para comemorar seus TouchDowns. Atualmente, Jefferson é um dos principais atletas da Under Armour em atividade, ao lado de Stephen Curry e Joel Embiid, ambos da NBA.

3- Odell Beckham Jr (Baltimore Ravens)

Odell Beckham Jr. volta para a NFL após uma temporada sem time e promete dar uma nova dimensão para o ataque do Baltimore Ravens  Foto: Geoff Burke-USA TODAY Sports

Retornando de um ano parado após se lesionar no Super Bowl de 2021, no qual foi campeão, Odell Beckham Junior é de longe o atleta mais influente nas redes sociais da NFL. Com mais de 17M de seguidores, mais do que o dobro do segundo colocado na lista, “OBJ” é visto como uma superestrela da Liga por se diferenciar com seus penteados que viram tendência e por seu estilo, que o credenciaram a participar do Met Gala em 2022, evento no qual já havia participado em 2019.

4- Micah Parsons (Dallas Cowboys)

Micah Parsons é uma das esperanças do Dallas para voltar ao Super Bowl  Foto: AP Photo/Josie Lepe, File

Jovem estrela do “America’s Team”, Micah Parsons é o grande destaque entre os jogadores de defesa da Liga. Em seu segundo ano como profissional, o atleta do Dallas Cowboys, equipe com a maior fanbase da NFL, já é o favorito nas casas de apostas para conquistar o prêmio de “Jogador de Defesa do Ano”. Desfrutando de seu talento e da fama de atuar no time mais popular da modalidade, Parsons foi o segundo jogador que mais vendeu camisas na temporada 2022/23 e é único atleta de defesa que integra o Top 10.

5- Josh Allen (Buffalo Bills)

Josh Allen tenta acabar com a maldição dos playoffs dos Bills em 2023  Foto: AP Foto/Matt Freed, archivo

Dono da camisa mais vendida da NFL na temporada 2022/23, espera-se muito de Josh Allen. O atleta é conhecido por ser um dos Quarterbacks mais imparáveis do futebol americano, ameaçando defesas, lançando a bola e correndo muito. Líder do Buffalo Bills, Allen é a principal estrela para uma das torcidas mais fanáticas do futebol americano e a cara de uma nova era para o time do estado de Nova York, tendo levado a franquia a três títulos consecutivos da AFC East, os únicos conquistados neste século. Fora do campo, Josh Allen terá sua imagem estampada ao redor do mundo por ser a capa do game “Madden 24″, o principal jogo de futebol americano disponível em todas as plataformas.

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