O vilão da vez


Por Antero Greco

O futebol precisa de heróis e vilões, na repetição da eterna luta entre Bem x Mal. Muitas vezes, no calor da hora, conta a paixão como critério para definir o destaque de uma disputa, tanto para cima como para baixo. Mas a escolha é imprescindível; caso contrário, como explicar vitória épica ou derrota tétrica?Por isso, assim que o árbitro Rodrigo Braghetto apitou o final do jogo entre Corinthians e Ponte Preta, no início da noite de ontem, imediatamente se puxou da cartola de maldades o nome de Júlio César. O goleiro despontou como o responsável pela queda do líder da fase de classificação do Paulista, ao falhar em dois lances dos três gols campineiros. Não só se constatou que, por causa dele, o time não confirmou favoritismo, como já se projetam "problemas psicológicos" que conturbarão sua permanência como número um do campeão brasileiro. No popular, isso se chama fritura.Júlio César não ter perfil para entrar na galeria de astros inesquecíveis no Parque São Jorge. Não se trata de craque do quilate de Gilmar ou Dida, para ficar em dois gigantes alvinegros debaixo das traves. Também não é o mão de alface ou perna de pau que se lincha agora, para justificar uma tarde de domingo atípica de um time tecnicamente superior ao outro e que travou, empacou, tal e qual o Barcelona dos últimos dias.Júlio César não conseguiu segurar chute de William Magrão, no primeiro gol, e bateu mal tiro de meta, que desembocou na jogada do decisivo gol de Rodrigo Pimpão, quase em cima da hora. Falhas? Claro, e justo relatá-las. Daí a sugerir a condenação entram o exagero, a impiedade, o desprezo. E me recuso entrar na barca dos justiceiros de plantão.Goleiros erram, como zagueiros, meias, atacantes. Só que gritam mais as escorregadas de um Júlio César, por exemplo, do que as de Liedson, Jorge Henrique, Emerson ou Willian. E todos falharam numa tarde de outono, cinza, que prenunciava maus ventos. O goleiro é o único a ver história e reputação irem para o lixo por causa de cochilos.O Corinthians perdeu sobretudo por um primeiro tempo paupérrimo, sem vibração, sem coordenação, sem ousadia diante de uma Ponte dedicada, atenta, veloz nos contragolpes. Uma Ponte que não se limitou a defender, como indicava o óbvio, e que criou oportunidades para fazer até outros dois gols antes do intervalo. Uma Ponte valorosa.Tite tentou alterar o quadro, com Alex e Douglas no lugar de Danilo e Jorge Henrique. A intenção era aprimorar a pontaria. Tiro a esmo, embora Alex tenha feito gol aos 45 minutos. A dupla que entrou não teve mobilidade. Apesar disso, o Corinthians empurrou a Ponte pra defesa e criou chances, mais na base da necessidade do que da técnica. Deu espaço para a zebra e agora arca com o prejuízo. Mas há o lado bom, pois fica a lição para a Libertadores, o objetivo maior no primeiro semestre. Que os erros não se repitam contra o Emelec. E não deixa de ser legal, no Estadual, uma semifinal entre Ponte Preta e Guarani.Santos, fácil. Neymar e parceiros repetiram o São Paulo do sábado e não deram bola para o azar: sem forçar e sem sustos, bateram o Mogi por 2 a 0. O Santos cresce nos momentos de decisão. O sonho do tri paulista permanece firme e é possível. Palmeiras, rotina. O time imbatível de início de ano foi mais um sonho de verão. A realidade, no outono, está de volta: desclassificação no Paulista... e o Palmeiras retoma seu papel de coadjuvante menor. Triste sina.

O futebol precisa de heróis e vilões, na repetição da eterna luta entre Bem x Mal. Muitas vezes, no calor da hora, conta a paixão como critério para definir o destaque de uma disputa, tanto para cima como para baixo. Mas a escolha é imprescindível; caso contrário, como explicar vitória épica ou derrota tétrica?Por isso, assim que o árbitro Rodrigo Braghetto apitou o final do jogo entre Corinthians e Ponte Preta, no início da noite de ontem, imediatamente se puxou da cartola de maldades o nome de Júlio César. O goleiro despontou como o responsável pela queda do líder da fase de classificação do Paulista, ao falhar em dois lances dos três gols campineiros. Não só se constatou que, por causa dele, o time não confirmou favoritismo, como já se projetam "problemas psicológicos" que conturbarão sua permanência como número um do campeão brasileiro. No popular, isso se chama fritura.Júlio César não ter perfil para entrar na galeria de astros inesquecíveis no Parque São Jorge. Não se trata de craque do quilate de Gilmar ou Dida, para ficar em dois gigantes alvinegros debaixo das traves. Também não é o mão de alface ou perna de pau que se lincha agora, para justificar uma tarde de domingo atípica de um time tecnicamente superior ao outro e que travou, empacou, tal e qual o Barcelona dos últimos dias.Júlio César não conseguiu segurar chute de William Magrão, no primeiro gol, e bateu mal tiro de meta, que desembocou na jogada do decisivo gol de Rodrigo Pimpão, quase em cima da hora. Falhas? Claro, e justo relatá-las. Daí a sugerir a condenação entram o exagero, a impiedade, o desprezo. E me recuso entrar na barca dos justiceiros de plantão.Goleiros erram, como zagueiros, meias, atacantes. Só que gritam mais as escorregadas de um Júlio César, por exemplo, do que as de Liedson, Jorge Henrique, Emerson ou Willian. E todos falharam numa tarde de outono, cinza, que prenunciava maus ventos. O goleiro é o único a ver história e reputação irem para o lixo por causa de cochilos.O Corinthians perdeu sobretudo por um primeiro tempo paupérrimo, sem vibração, sem coordenação, sem ousadia diante de uma Ponte dedicada, atenta, veloz nos contragolpes. Uma Ponte que não se limitou a defender, como indicava o óbvio, e que criou oportunidades para fazer até outros dois gols antes do intervalo. Uma Ponte valorosa.Tite tentou alterar o quadro, com Alex e Douglas no lugar de Danilo e Jorge Henrique. A intenção era aprimorar a pontaria. Tiro a esmo, embora Alex tenha feito gol aos 45 minutos. A dupla que entrou não teve mobilidade. Apesar disso, o Corinthians empurrou a Ponte pra defesa e criou chances, mais na base da necessidade do que da técnica. Deu espaço para a zebra e agora arca com o prejuízo. Mas há o lado bom, pois fica a lição para a Libertadores, o objetivo maior no primeiro semestre. Que os erros não se repitam contra o Emelec. E não deixa de ser legal, no Estadual, uma semifinal entre Ponte Preta e Guarani.Santos, fácil. Neymar e parceiros repetiram o São Paulo do sábado e não deram bola para o azar: sem forçar e sem sustos, bateram o Mogi por 2 a 0. O Santos cresce nos momentos de decisão. O sonho do tri paulista permanece firme e é possível. Palmeiras, rotina. O time imbatível de início de ano foi mais um sonho de verão. A realidade, no outono, está de volta: desclassificação no Paulista... e o Palmeiras retoma seu papel de coadjuvante menor. Triste sina.

O futebol precisa de heróis e vilões, na repetição da eterna luta entre Bem x Mal. Muitas vezes, no calor da hora, conta a paixão como critério para definir o destaque de uma disputa, tanto para cima como para baixo. Mas a escolha é imprescindível; caso contrário, como explicar vitória épica ou derrota tétrica?Por isso, assim que o árbitro Rodrigo Braghetto apitou o final do jogo entre Corinthians e Ponte Preta, no início da noite de ontem, imediatamente se puxou da cartola de maldades o nome de Júlio César. O goleiro despontou como o responsável pela queda do líder da fase de classificação do Paulista, ao falhar em dois lances dos três gols campineiros. Não só se constatou que, por causa dele, o time não confirmou favoritismo, como já se projetam "problemas psicológicos" que conturbarão sua permanência como número um do campeão brasileiro. No popular, isso se chama fritura.Júlio César não ter perfil para entrar na galeria de astros inesquecíveis no Parque São Jorge. Não se trata de craque do quilate de Gilmar ou Dida, para ficar em dois gigantes alvinegros debaixo das traves. Também não é o mão de alface ou perna de pau que se lincha agora, para justificar uma tarde de domingo atípica de um time tecnicamente superior ao outro e que travou, empacou, tal e qual o Barcelona dos últimos dias.Júlio César não conseguiu segurar chute de William Magrão, no primeiro gol, e bateu mal tiro de meta, que desembocou na jogada do decisivo gol de Rodrigo Pimpão, quase em cima da hora. Falhas? Claro, e justo relatá-las. Daí a sugerir a condenação entram o exagero, a impiedade, o desprezo. E me recuso entrar na barca dos justiceiros de plantão.Goleiros erram, como zagueiros, meias, atacantes. Só que gritam mais as escorregadas de um Júlio César, por exemplo, do que as de Liedson, Jorge Henrique, Emerson ou Willian. E todos falharam numa tarde de outono, cinza, que prenunciava maus ventos. O goleiro é o único a ver história e reputação irem para o lixo por causa de cochilos.O Corinthians perdeu sobretudo por um primeiro tempo paupérrimo, sem vibração, sem coordenação, sem ousadia diante de uma Ponte dedicada, atenta, veloz nos contragolpes. Uma Ponte que não se limitou a defender, como indicava o óbvio, e que criou oportunidades para fazer até outros dois gols antes do intervalo. Uma Ponte valorosa.Tite tentou alterar o quadro, com Alex e Douglas no lugar de Danilo e Jorge Henrique. A intenção era aprimorar a pontaria. Tiro a esmo, embora Alex tenha feito gol aos 45 minutos. A dupla que entrou não teve mobilidade. Apesar disso, o Corinthians empurrou a Ponte pra defesa e criou chances, mais na base da necessidade do que da técnica. Deu espaço para a zebra e agora arca com o prejuízo. Mas há o lado bom, pois fica a lição para a Libertadores, o objetivo maior no primeiro semestre. Que os erros não se repitam contra o Emelec. E não deixa de ser legal, no Estadual, uma semifinal entre Ponte Preta e Guarani.Santos, fácil. Neymar e parceiros repetiram o São Paulo do sábado e não deram bola para o azar: sem forçar e sem sustos, bateram o Mogi por 2 a 0. O Santos cresce nos momentos de decisão. O sonho do tri paulista permanece firme e é possível. Palmeiras, rotina. O time imbatível de início de ano foi mais um sonho de verão. A realidade, no outono, está de volta: desclassificação no Paulista... e o Palmeiras retoma seu papel de coadjuvante menor. Triste sina.

O futebol precisa de heróis e vilões, na repetição da eterna luta entre Bem x Mal. Muitas vezes, no calor da hora, conta a paixão como critério para definir o destaque de uma disputa, tanto para cima como para baixo. Mas a escolha é imprescindível; caso contrário, como explicar vitória épica ou derrota tétrica?Por isso, assim que o árbitro Rodrigo Braghetto apitou o final do jogo entre Corinthians e Ponte Preta, no início da noite de ontem, imediatamente se puxou da cartola de maldades o nome de Júlio César. O goleiro despontou como o responsável pela queda do líder da fase de classificação do Paulista, ao falhar em dois lances dos três gols campineiros. Não só se constatou que, por causa dele, o time não confirmou favoritismo, como já se projetam "problemas psicológicos" que conturbarão sua permanência como número um do campeão brasileiro. No popular, isso se chama fritura.Júlio César não ter perfil para entrar na galeria de astros inesquecíveis no Parque São Jorge. Não se trata de craque do quilate de Gilmar ou Dida, para ficar em dois gigantes alvinegros debaixo das traves. Também não é o mão de alface ou perna de pau que se lincha agora, para justificar uma tarde de domingo atípica de um time tecnicamente superior ao outro e que travou, empacou, tal e qual o Barcelona dos últimos dias.Júlio César não conseguiu segurar chute de William Magrão, no primeiro gol, e bateu mal tiro de meta, que desembocou na jogada do decisivo gol de Rodrigo Pimpão, quase em cima da hora. Falhas? Claro, e justo relatá-las. Daí a sugerir a condenação entram o exagero, a impiedade, o desprezo. E me recuso entrar na barca dos justiceiros de plantão.Goleiros erram, como zagueiros, meias, atacantes. Só que gritam mais as escorregadas de um Júlio César, por exemplo, do que as de Liedson, Jorge Henrique, Emerson ou Willian. E todos falharam numa tarde de outono, cinza, que prenunciava maus ventos. O goleiro é o único a ver história e reputação irem para o lixo por causa de cochilos.O Corinthians perdeu sobretudo por um primeiro tempo paupérrimo, sem vibração, sem coordenação, sem ousadia diante de uma Ponte dedicada, atenta, veloz nos contragolpes. Uma Ponte que não se limitou a defender, como indicava o óbvio, e que criou oportunidades para fazer até outros dois gols antes do intervalo. Uma Ponte valorosa.Tite tentou alterar o quadro, com Alex e Douglas no lugar de Danilo e Jorge Henrique. A intenção era aprimorar a pontaria. Tiro a esmo, embora Alex tenha feito gol aos 45 minutos. A dupla que entrou não teve mobilidade. Apesar disso, o Corinthians empurrou a Ponte pra defesa e criou chances, mais na base da necessidade do que da técnica. Deu espaço para a zebra e agora arca com o prejuízo. Mas há o lado bom, pois fica a lição para a Libertadores, o objetivo maior no primeiro semestre. Que os erros não se repitam contra o Emelec. E não deixa de ser legal, no Estadual, uma semifinal entre Ponte Preta e Guarani.Santos, fácil. Neymar e parceiros repetiram o São Paulo do sábado e não deram bola para o azar: sem forçar e sem sustos, bateram o Mogi por 2 a 0. O Santos cresce nos momentos de decisão. O sonho do tri paulista permanece firme e é possível. Palmeiras, rotina. O time imbatível de início de ano foi mais um sonho de verão. A realidade, no outono, está de volta: desclassificação no Paulista... e o Palmeiras retoma seu papel de coadjuvante menor. Triste sina.

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