Olimpíadas: conheça Raygun, 4ª do ranking mundial de breakdance que viralizou após perder em Paris


Rachel Gunn terminou a competição sem pontuar e virou meme; ela também é professora na Universidade Macquarie, na Austrália, e pesquisa a cultura do break

Por Leonardo Catto
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A curiosidade sobre o breakdance, modalidade que integrou o programa olímpico dos Jogos de Paris-2024, foi sanada assim que as disputas aconteceram. O que chamou atenção, porém, foi o desempenho da australiana Raygun. Após sua apresentação, ela foi chamada por “mãe”, “tia” e até comparada com o personagem Homer Simpson nas redes sociais.

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Raygun é o nome de b-girl (competidora do breakdance) de Rachel Gunn. Ela foi representante da Austrália nos Mundiais da modalidade entre 2021 e 2023. Além disso, a dançarina também é professora da Universidade Macquarie, em Sydney, e tem doutorado em estudos culturais, analisando justamente a política cultural e de gênero do break.

Em Paris, aos 36 anos, ela participou de três apresentações, somente na primeira fase, e perdeu todas sem pontuar sequer uma vez. Raygun enfrentou a norte-americana Logistx, de 21 anos, a francesa Syssy, de 16, e a lituana Nicka, de 17. “Fiz o que faço de melhor, mostrei minha criatividade, meu estilo, um pouco da personalidade australiana, para tentar conquistar um lugar no cenário mundial”, contou à TV australiana Nine Network.

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Rachen Gunn, a Raygun, não pontuou em três apresentações em Paris. Foto: Frank Franklin/AP

“Raygun é horrível, apenas irando no chão como Homer Simpson”, disse uma internauta no X (antigo Twitter).

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Raygun é a 4ª colocada no ranking mundial da World DanceSport. A frente dela, está uma das adversárias, Nicka, em 3º lugar na classificação e que foi prata na capital francesa.

Entre as críticas que recebeu em Paris, até mesmo o uso uniforme do time da Austrália, e não o mais comum streetwear, foi citado. Raygun desdenhou deste ponto. Sobre os memes quanto à sua performance, ela comentou no Instagram: “Não tenha medo de ser diferente, vá lá e se represente, você nunca sabe aonde isso vai te levar”.

Até mesmo nas suas publicações há piadas contra ela. “Não dê ouvidos a eles, Raygun. Eu também não sei dançar breakdance”, diz um comentário.

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Uma das críticas tem fundamento em apontar que Raygun pratica o breakdance há anos, garantiu a classificação, mas não demonstrou nível para competir. Não há como definir, porém, como a modalidade funciona em termos de movimentos, já que a dança parte da liberdade de expressão própria. Entre o pódio feminino, por exemplo, composto pela japonesa Ami (ouro), Nicka (prata) e a chinesa 671 (bronze), há sequências mais dinâmicas e movimentos aéreos.

Já Raygun focou em outra linha, sem necessariamente desafiar as adversárias no mesmo estilo, mas com movimentos próprios. “Eu nunca ganharia destas garotas com o que elas têm de melhor, a dinâmica e os fortes movimentos. Então eu quis fazer diferente, ser artística e criativa, porque quantas vezes eu vou ter a chance na vida de fazer isso ao nível internacional?”, explicou.

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O próprio Comitê Olímpico Internacional (COI) entende que a promoção de integração e diversidade dos Jogos Olímpicos acarreta situações em que alguns atletas estão níveis muito acima de outros. Ainda assim, Raygun conseguiu participar de torneios que lhe garantiram a vaga na qualificação.

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A vaga da australiana se deu por ela vencer o Campeonato de Breaking da Oceania, em 2023. No ranking de classificação para a Olimpíada, ela foi a 22ª. O estilo e o desempenho que ela apresentou em Paris não foram suficientes para avançar, mas fez com que ela representasse sua região.

“Foi uma experiência incrível. Que palco, que arena, que plateia. A música estava ótima. Eu estou muito grata pela oportunidade”, disse ao Yahoo Sports.

“Todos os meus movimentos são originais. Criatividade é realmente importante para mim. Eu vou lá e mostro minha arte. Às vezes, comunica para os jurados. Às vezes, não. Eu faço minha parte, e isso representa minha arte. É sobre isso”, refletiu.

Entre os b-boys, o ouro ficou com o canadense Phil Wizard. A prata, com o francês Dany Dann. E o bronze, com o norte-americano Victor. O breakdance teve caráter suplementar na Olimpíada de Paris e não deve integrar o programa olímpico de Los Angeles, em 2028.

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A curiosidade sobre o breakdance, modalidade que integrou o programa olímpico dos Jogos de Paris-2024, foi sanada assim que as disputas aconteceram. O que chamou atenção, porém, foi o desempenho da australiana Raygun. Após sua apresentação, ela foi chamada por “mãe”, “tia” e até comparada com o personagem Homer Simpson nas redes sociais.

Raygun é o nome de b-girl (competidora do breakdance) de Rachel Gunn. Ela foi representante da Austrália nos Mundiais da modalidade entre 2021 e 2023. Além disso, a dançarina também é professora da Universidade Macquarie, em Sydney, e tem doutorado em estudos culturais, analisando justamente a política cultural e de gênero do break.

Em Paris, aos 36 anos, ela participou de três apresentações, somente na primeira fase, e perdeu todas sem pontuar sequer uma vez. Raygun enfrentou a norte-americana Logistx, de 21 anos, a francesa Syssy, de 16, e a lituana Nicka, de 17. “Fiz o que faço de melhor, mostrei minha criatividade, meu estilo, um pouco da personalidade australiana, para tentar conquistar um lugar no cenário mundial”, contou à TV australiana Nine Network.

Rachen Gunn, a Raygun, não pontuou em três apresentações em Paris. Foto: Frank Franklin/AP

“Raygun é horrível, apenas irando no chão como Homer Simpson”, disse uma internauta no X (antigo Twitter).

Raygun é a 4ª colocada no ranking mundial da World DanceSport. A frente dela, está uma das adversárias, Nicka, em 3º lugar na classificação e que foi prata na capital francesa.

Entre as críticas que recebeu em Paris, até mesmo o uso uniforme do time da Austrália, e não o mais comum streetwear, foi citado. Raygun desdenhou deste ponto. Sobre os memes quanto à sua performance, ela comentou no Instagram: “Não tenha medo de ser diferente, vá lá e se represente, você nunca sabe aonde isso vai te levar”.

Até mesmo nas suas publicações há piadas contra ela. “Não dê ouvidos a eles, Raygun. Eu também não sei dançar breakdance”, diz um comentário.

Uma das críticas tem fundamento em apontar que Raygun pratica o breakdance há anos, garantiu a classificação, mas não demonstrou nível para competir. Não há como definir, porém, como a modalidade funciona em termos de movimentos, já que a dança parte da liberdade de expressão própria. Entre o pódio feminino, por exemplo, composto pela japonesa Ami (ouro), Nicka (prata) e a chinesa 671 (bronze), há sequências mais dinâmicas e movimentos aéreos.

Já Raygun focou em outra linha, sem necessariamente desafiar as adversárias no mesmo estilo, mas com movimentos próprios. “Eu nunca ganharia destas garotas com o que elas têm de melhor, a dinâmica e os fortes movimentos. Então eu quis fazer diferente, ser artística e criativa, porque quantas vezes eu vou ter a chance na vida de fazer isso ao nível internacional?”, explicou.

O próprio Comitê Olímpico Internacional (COI) entende que a promoção de integração e diversidade dos Jogos Olímpicos acarreta situações em que alguns atletas estão níveis muito acima de outros. Ainda assim, Raygun conseguiu participar de torneios que lhe garantiram a vaga na qualificação.

A vaga da australiana se deu por ela vencer o Campeonato de Breaking da Oceania, em 2023. No ranking de classificação para a Olimpíada, ela foi a 22ª. O estilo e o desempenho que ela apresentou em Paris não foram suficientes para avançar, mas fez com que ela representasse sua região.

“Foi uma experiência incrível. Que palco, que arena, que plateia. A música estava ótima. Eu estou muito grata pela oportunidade”, disse ao Yahoo Sports.

“Todos os meus movimentos são originais. Criatividade é realmente importante para mim. Eu vou lá e mostro minha arte. Às vezes, comunica para os jurados. Às vezes, não. Eu faço minha parte, e isso representa minha arte. É sobre isso”, refletiu.

Entre os b-boys, o ouro ficou com o canadense Phil Wizard. A prata, com o francês Dany Dann. E o bronze, com o norte-americano Victor. O breakdance teve caráter suplementar na Olimpíada de Paris e não deve integrar o programa olímpico de Los Angeles, em 2028.

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A curiosidade sobre o breakdance, modalidade que integrou o programa olímpico dos Jogos de Paris-2024, foi sanada assim que as disputas aconteceram. O que chamou atenção, porém, foi o desempenho da australiana Raygun. Após sua apresentação, ela foi chamada por “mãe”, “tia” e até comparada com o personagem Homer Simpson nas redes sociais.

Raygun é o nome de b-girl (competidora do breakdance) de Rachel Gunn. Ela foi representante da Austrália nos Mundiais da modalidade entre 2021 e 2023. Além disso, a dançarina também é professora da Universidade Macquarie, em Sydney, e tem doutorado em estudos culturais, analisando justamente a política cultural e de gênero do break.

Em Paris, aos 36 anos, ela participou de três apresentações, somente na primeira fase, e perdeu todas sem pontuar sequer uma vez. Raygun enfrentou a norte-americana Logistx, de 21 anos, a francesa Syssy, de 16, e a lituana Nicka, de 17. “Fiz o que faço de melhor, mostrei minha criatividade, meu estilo, um pouco da personalidade australiana, para tentar conquistar um lugar no cenário mundial”, contou à TV australiana Nine Network.

Rachen Gunn, a Raygun, não pontuou em três apresentações em Paris. Foto: Frank Franklin/AP

“Raygun é horrível, apenas irando no chão como Homer Simpson”, disse uma internauta no X (antigo Twitter).

Raygun é a 4ª colocada no ranking mundial da World DanceSport. A frente dela, está uma das adversárias, Nicka, em 3º lugar na classificação e que foi prata na capital francesa.

Entre as críticas que recebeu em Paris, até mesmo o uso uniforme do time da Austrália, e não o mais comum streetwear, foi citado. Raygun desdenhou deste ponto. Sobre os memes quanto à sua performance, ela comentou no Instagram: “Não tenha medo de ser diferente, vá lá e se represente, você nunca sabe aonde isso vai te levar”.

Até mesmo nas suas publicações há piadas contra ela. “Não dê ouvidos a eles, Raygun. Eu também não sei dançar breakdance”, diz um comentário.

Uma das críticas tem fundamento em apontar que Raygun pratica o breakdance há anos, garantiu a classificação, mas não demonstrou nível para competir. Não há como definir, porém, como a modalidade funciona em termos de movimentos, já que a dança parte da liberdade de expressão própria. Entre o pódio feminino, por exemplo, composto pela japonesa Ami (ouro), Nicka (prata) e a chinesa 671 (bronze), há sequências mais dinâmicas e movimentos aéreos.

Já Raygun focou em outra linha, sem necessariamente desafiar as adversárias no mesmo estilo, mas com movimentos próprios. “Eu nunca ganharia destas garotas com o que elas têm de melhor, a dinâmica e os fortes movimentos. Então eu quis fazer diferente, ser artística e criativa, porque quantas vezes eu vou ter a chance na vida de fazer isso ao nível internacional?”, explicou.

O próprio Comitê Olímpico Internacional (COI) entende que a promoção de integração e diversidade dos Jogos Olímpicos acarreta situações em que alguns atletas estão níveis muito acima de outros. Ainda assim, Raygun conseguiu participar de torneios que lhe garantiram a vaga na qualificação.

A vaga da australiana se deu por ela vencer o Campeonato de Breaking da Oceania, em 2023. No ranking de classificação para a Olimpíada, ela foi a 22ª. O estilo e o desempenho que ela apresentou em Paris não foram suficientes para avançar, mas fez com que ela representasse sua região.

“Foi uma experiência incrível. Que palco, que arena, que plateia. A música estava ótima. Eu estou muito grata pela oportunidade”, disse ao Yahoo Sports.

“Todos os meus movimentos são originais. Criatividade é realmente importante para mim. Eu vou lá e mostro minha arte. Às vezes, comunica para os jurados. Às vezes, não. Eu faço minha parte, e isso representa minha arte. É sobre isso”, refletiu.

Entre os b-boys, o ouro ficou com o canadense Phil Wizard. A prata, com o francês Dany Dann. E o bronze, com o norte-americano Victor. O breakdance teve caráter suplementar na Olimpíada de Paris e não deve integrar o programa olímpico de Los Angeles, em 2028.

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A curiosidade sobre o breakdance, modalidade que integrou o programa olímpico dos Jogos de Paris-2024, foi sanada assim que as disputas aconteceram. O que chamou atenção, porém, foi o desempenho da australiana Raygun. Após sua apresentação, ela foi chamada por “mãe”, “tia” e até comparada com o personagem Homer Simpson nas redes sociais.

Raygun é o nome de b-girl (competidora do breakdance) de Rachel Gunn. Ela foi representante da Austrália nos Mundiais da modalidade entre 2021 e 2023. Além disso, a dançarina também é professora da Universidade Macquarie, em Sydney, e tem doutorado em estudos culturais, analisando justamente a política cultural e de gênero do break.

Em Paris, aos 36 anos, ela participou de três apresentações, somente na primeira fase, e perdeu todas sem pontuar sequer uma vez. Raygun enfrentou a norte-americana Logistx, de 21 anos, a francesa Syssy, de 16, e a lituana Nicka, de 17. “Fiz o que faço de melhor, mostrei minha criatividade, meu estilo, um pouco da personalidade australiana, para tentar conquistar um lugar no cenário mundial”, contou à TV australiana Nine Network.

Rachen Gunn, a Raygun, não pontuou em três apresentações em Paris. Foto: Frank Franklin/AP

“Raygun é horrível, apenas irando no chão como Homer Simpson”, disse uma internauta no X (antigo Twitter).

Raygun é a 4ª colocada no ranking mundial da World DanceSport. A frente dela, está uma das adversárias, Nicka, em 3º lugar na classificação e que foi prata na capital francesa.

Entre as críticas que recebeu em Paris, até mesmo o uso uniforme do time da Austrália, e não o mais comum streetwear, foi citado. Raygun desdenhou deste ponto. Sobre os memes quanto à sua performance, ela comentou no Instagram: “Não tenha medo de ser diferente, vá lá e se represente, você nunca sabe aonde isso vai te levar”.

Até mesmo nas suas publicações há piadas contra ela. “Não dê ouvidos a eles, Raygun. Eu também não sei dançar breakdance”, diz um comentário.

Uma das críticas tem fundamento em apontar que Raygun pratica o breakdance há anos, garantiu a classificação, mas não demonstrou nível para competir. Não há como definir, porém, como a modalidade funciona em termos de movimentos, já que a dança parte da liberdade de expressão própria. Entre o pódio feminino, por exemplo, composto pela japonesa Ami (ouro), Nicka (prata) e a chinesa 671 (bronze), há sequências mais dinâmicas e movimentos aéreos.

Já Raygun focou em outra linha, sem necessariamente desafiar as adversárias no mesmo estilo, mas com movimentos próprios. “Eu nunca ganharia destas garotas com o que elas têm de melhor, a dinâmica e os fortes movimentos. Então eu quis fazer diferente, ser artística e criativa, porque quantas vezes eu vou ter a chance na vida de fazer isso ao nível internacional?”, explicou.

O próprio Comitê Olímpico Internacional (COI) entende que a promoção de integração e diversidade dos Jogos Olímpicos acarreta situações em que alguns atletas estão níveis muito acima de outros. Ainda assim, Raygun conseguiu participar de torneios que lhe garantiram a vaga na qualificação.

A vaga da australiana se deu por ela vencer o Campeonato de Breaking da Oceania, em 2023. No ranking de classificação para a Olimpíada, ela foi a 22ª. O estilo e o desempenho que ela apresentou em Paris não foram suficientes para avançar, mas fez com que ela representasse sua região.

“Foi uma experiência incrível. Que palco, que arena, que plateia. A música estava ótima. Eu estou muito grata pela oportunidade”, disse ao Yahoo Sports.

“Todos os meus movimentos são originais. Criatividade é realmente importante para mim. Eu vou lá e mostro minha arte. Às vezes, comunica para os jurados. Às vezes, não. Eu faço minha parte, e isso representa minha arte. É sobre isso”, refletiu.

Entre os b-boys, o ouro ficou com o canadense Phil Wizard. A prata, com o francês Dany Dann. E o bronze, com o norte-americano Victor. O breakdance teve caráter suplementar na Olimpíada de Paris e não deve integrar o programa olímpico de Los Angeles, em 2028.

reference

A curiosidade sobre o breakdance, modalidade que integrou o programa olímpico dos Jogos de Paris-2024, foi sanada assim que as disputas aconteceram. O que chamou atenção, porém, foi o desempenho da australiana Raygun. Após sua apresentação, ela foi chamada por “mãe”, “tia” e até comparada com o personagem Homer Simpson nas redes sociais.

Raygun é o nome de b-girl (competidora do breakdance) de Rachel Gunn. Ela foi representante da Austrália nos Mundiais da modalidade entre 2021 e 2023. Além disso, a dançarina também é professora da Universidade Macquarie, em Sydney, e tem doutorado em estudos culturais, analisando justamente a política cultural e de gênero do break.

Em Paris, aos 36 anos, ela participou de três apresentações, somente na primeira fase, e perdeu todas sem pontuar sequer uma vez. Raygun enfrentou a norte-americana Logistx, de 21 anos, a francesa Syssy, de 16, e a lituana Nicka, de 17. “Fiz o que faço de melhor, mostrei minha criatividade, meu estilo, um pouco da personalidade australiana, para tentar conquistar um lugar no cenário mundial”, contou à TV australiana Nine Network.

Rachen Gunn, a Raygun, não pontuou em três apresentações em Paris. Foto: Frank Franklin/AP

“Raygun é horrível, apenas irando no chão como Homer Simpson”, disse uma internauta no X (antigo Twitter).

Raygun é a 4ª colocada no ranking mundial da World DanceSport. A frente dela, está uma das adversárias, Nicka, em 3º lugar na classificação e que foi prata na capital francesa.

Entre as críticas que recebeu em Paris, até mesmo o uso uniforme do time da Austrália, e não o mais comum streetwear, foi citado. Raygun desdenhou deste ponto. Sobre os memes quanto à sua performance, ela comentou no Instagram: “Não tenha medo de ser diferente, vá lá e se represente, você nunca sabe aonde isso vai te levar”.

Até mesmo nas suas publicações há piadas contra ela. “Não dê ouvidos a eles, Raygun. Eu também não sei dançar breakdance”, diz um comentário.

Uma das críticas tem fundamento em apontar que Raygun pratica o breakdance há anos, garantiu a classificação, mas não demonstrou nível para competir. Não há como definir, porém, como a modalidade funciona em termos de movimentos, já que a dança parte da liberdade de expressão própria. Entre o pódio feminino, por exemplo, composto pela japonesa Ami (ouro), Nicka (prata) e a chinesa 671 (bronze), há sequências mais dinâmicas e movimentos aéreos.

Já Raygun focou em outra linha, sem necessariamente desafiar as adversárias no mesmo estilo, mas com movimentos próprios. “Eu nunca ganharia destas garotas com o que elas têm de melhor, a dinâmica e os fortes movimentos. Então eu quis fazer diferente, ser artística e criativa, porque quantas vezes eu vou ter a chance na vida de fazer isso ao nível internacional?”, explicou.

O próprio Comitê Olímpico Internacional (COI) entende que a promoção de integração e diversidade dos Jogos Olímpicos acarreta situações em que alguns atletas estão níveis muito acima de outros. Ainda assim, Raygun conseguiu participar de torneios que lhe garantiram a vaga na qualificação.

A vaga da australiana se deu por ela vencer o Campeonato de Breaking da Oceania, em 2023. No ranking de classificação para a Olimpíada, ela foi a 22ª. O estilo e o desempenho que ela apresentou em Paris não foram suficientes para avançar, mas fez com que ela representasse sua região.

“Foi uma experiência incrível. Que palco, que arena, que plateia. A música estava ótima. Eu estou muito grata pela oportunidade”, disse ao Yahoo Sports.

“Todos os meus movimentos são originais. Criatividade é realmente importante para mim. Eu vou lá e mostro minha arte. Às vezes, comunica para os jurados. Às vezes, não. Eu faço minha parte, e isso representa minha arte. É sobre isso”, refletiu.

Entre os b-boys, o ouro ficou com o canadense Phil Wizard. A prata, com o francês Dany Dann. E o bronze, com o norte-americano Victor. O breakdance teve caráter suplementar na Olimpíada de Paris e não deve integrar o programa olímpico de Los Angeles, em 2028.

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