Olimpíadas: ‘Feliz com o tempo, não com a colocação’, avalia ‘Cachorrão’, após participação em Paris


Brasileiro que ficou em 5º nos 400m livre, na piscina, Guilherme Costa não tem a maratona aquática como especialidade, se classificou por regra extraordinária, mas não terminou os 10km

Por Leonardo Catto
Atualização:

Guilherme Costa, o Cachorrão, não completou a prova da maratona aquática dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, nesta sexta-feira, 9. O atleta, que foi 5º nos 400m livre, na piscina, não tem a categoria entre suas especialidades, mas conseguiu a classificação por uma regra extraordinária do Comitê Olímpico Internacional (COI). Ele decidiu abandonar após perder posições e avaliar que não chegaria junto do pelotão de frente.

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O Brasil tem como representante na modalidade, oficialmente, apenas Ana Marcela Cunha, campeã em Tóquio e 4º lugar em Paris e Viviane Jungblut. Quando um comitê olímpico não tem participante, o COI e a World Aquatics permitem que nadadores com índices nos 800m e 1.500m participem. Foi o caso de Guilherme Costa. Ele encarou a participação mais como um desafio, já que sequer teve tempo de treino adequado.

O nadador de 25 anos largou na 14ª posição e manteve-se até a metade da segunda volta (3,2km), com cerca de 15 segundos da liderança. Conforme a prova avançou, porém, Cachorrão perdeu ritmo. Ele abriu a terceira volta (4,2km) já em 18º.

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Guilherme Costa estava na 22ª posição quando deixou a prova, seguido pelo irlandês Daniel Wiffen e o norte-americano Ivan Puskovitch. Foto: Vadim Ghirda/AP

Perdendo mais posições, Guilherme Costa havia percorrido cerca de 7,6 km, quase na metade da quarta volta, quando deixou a disputa. Ele era o 22º e tinha 3m26s1 em relação ao líder, o húngaro Kristof Rasovszky, que acabou campeão. Cachorrão saiu do rio Sena após nadar por 1h16m28s5.

“Acho que o principal foi a correnteza, estava bem grande na volta. Ficou bem difícil de nadar. É uma prova nova para mim. Quis nadar, já que não tinha ninguém do Brasil. Mas foi uma prova que a gente não treinou nada. Focamos na piscina. Como a maratona era depois, não me atrapalhou em nada. Quis arriscar, tentei ficar o máximo possível no pelotão. Acabei perdendo no final da terceira volta e saí porque não ia dar para chegar no primeiro pelotão mais”, explicou o nadador à TV Globo.

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Assim como na prova feminina, os homens tiveram que buscar a margem do rio, próximo de um muro, no momento em que nadavam contra a corrente. O brasileiro teve um pequeno machucado no braço ao pegar de raspão na parede.

Durante a prova, atletas recebem hidratação e costumam tomar sem parar de nadar. Foto: Dar Yasin/AP

Sobre a qualidade da água, Costa definiu como “normal” as condições do Sena e relatou não sentir cheiro. Mas ressalvou: “Vamos ver depois, mas pelo menos hoje, achei tudo normal”. Na quinta-feira, Ana Marcela relatou ter engolido a água do rio Sena.

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Atletas de Bélgica, Suíça e Portugal tiveram relatos de infecção gástrica após contato com as águas do Sena. Antes dos Jogos Olímpicos de Paris, a natação no local era proibida há quase um século. A ministra francesa do Esporte e a prefeita de Paris chegaram comemorar a balneabilidade com um nado no rio francês. O processo de limpeza custou quase 1,4 bilhão de euros (cerca de R$ 8,7 bilhões).

‘Cachorrão’ quer chegar à elite após tempo de medalhista em Paris

Guilherme Costa estava classificado para outras quatro provas além da maratona aquática, na Olimpíada de Paris. O melhor desempenho foi nos 400m livre, em que passou para a final e ficou em quinto, com 3m42s76, tempo recorde das Américas e que lhe daria medalha em outras edições dos Jogos Olímpicos. Foram 26 centésimos atrás do bronze.

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Ele também disputou os 800m livre e o revezamento 4x200m, mas sem avançar às finais. Cachorrão já foi bronze no Mundial de 2022 e dominou provas dos Jogos Sul-Americanos do mesmo ano e do Pan-Americano de Santiago-2023, com quatro ouros em cada. O atleta desistiu dos 200m para focar na prova que teve o melhor desempenho.

A preparação para o próximo ciclo já começou. A meta é estar no pódio em todas as edições de campeonatos mundiais até a Olimpíada de Los Angeles, em 2028, quando ele quer ter a medalha olímpica no peito.

“O foco era a piscina, nos 400m livre, acho que até Los Angeles-2028 vai melhorar bem. Saio feliz com meu resultado com o tempo, não com a colocação. É treinar e buscar a medalha no próximo ciclo. Ano que vem tem mundial. Quero vencer e chegar vem em Los Angeles. Não deixar passar nenhum mundial sem estar no pódio”, projetou o atleta.

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Húngaros Kristof Rasovszky e David Betlehem comemoram lugar no pódio, ao lado do alemão Oliver Klemet, que ficou com a prata. Foto: David Goldman/AP

Hungria coloca dois nadadores no pódio, com ouro de Kristof Rasovszky

Após terminar em segundo lugar na maratona aquática de Tóquio-2020, Rasovszky foi soberano em Paris. O atleta de 27 anos só não liderou a prova logo após a largada, no final da primeira volta e no meio da terceira. No restante, ele até foi seguido de perto por Oliver Klemet, mas não deu condições para ser ultrapassado e fechou a disputa com 1h50m52s7. O alemão ficou com a prata, 2s1 atrás do campeão.

Fechando o pódio veio mais um nadador da Hungria, David Betlehem. Ele disputou boa parte no meio do pelotão de frente, entre a nona e sexta posição, mas conseguiu um sprint na quinta volta e conquistou o bronze com tempo de 1h51m09s0.

O até então campeão olímpico, Florian Wellbrock, da Alemanha, ficou em oitavo, 1m01s7 atrás do líder. Dos 31 atletas, seis não completaram a prova, incluindo Cachorrão.

Guilherme Costa, o Cachorrão, não completou a prova da maratona aquática dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, nesta sexta-feira, 9. O atleta, que foi 5º nos 400m livre, na piscina, não tem a categoria entre suas especialidades, mas conseguiu a classificação por uma regra extraordinária do Comitê Olímpico Internacional (COI). Ele decidiu abandonar após perder posições e avaliar que não chegaria junto do pelotão de frente.

O Brasil tem como representante na modalidade, oficialmente, apenas Ana Marcela Cunha, campeã em Tóquio e 4º lugar em Paris e Viviane Jungblut. Quando um comitê olímpico não tem participante, o COI e a World Aquatics permitem que nadadores com índices nos 800m e 1.500m participem. Foi o caso de Guilherme Costa. Ele encarou a participação mais como um desafio, já que sequer teve tempo de treino adequado.

O nadador de 25 anos largou na 14ª posição e manteve-se até a metade da segunda volta (3,2km), com cerca de 15 segundos da liderança. Conforme a prova avançou, porém, Cachorrão perdeu ritmo. Ele abriu a terceira volta (4,2km) já em 18º.

Guilherme Costa estava na 22ª posição quando deixou a prova, seguido pelo irlandês Daniel Wiffen e o norte-americano Ivan Puskovitch. Foto: Vadim Ghirda/AP

Perdendo mais posições, Guilherme Costa havia percorrido cerca de 7,6 km, quase na metade da quarta volta, quando deixou a disputa. Ele era o 22º e tinha 3m26s1 em relação ao líder, o húngaro Kristof Rasovszky, que acabou campeão. Cachorrão saiu do rio Sena após nadar por 1h16m28s5.

“Acho que o principal foi a correnteza, estava bem grande na volta. Ficou bem difícil de nadar. É uma prova nova para mim. Quis nadar, já que não tinha ninguém do Brasil. Mas foi uma prova que a gente não treinou nada. Focamos na piscina. Como a maratona era depois, não me atrapalhou em nada. Quis arriscar, tentei ficar o máximo possível no pelotão. Acabei perdendo no final da terceira volta e saí porque não ia dar para chegar no primeiro pelotão mais”, explicou o nadador à TV Globo.

Assim como na prova feminina, os homens tiveram que buscar a margem do rio, próximo de um muro, no momento em que nadavam contra a corrente. O brasileiro teve um pequeno machucado no braço ao pegar de raspão na parede.

Durante a prova, atletas recebem hidratação e costumam tomar sem parar de nadar. Foto: Dar Yasin/AP

Sobre a qualidade da água, Costa definiu como “normal” as condições do Sena e relatou não sentir cheiro. Mas ressalvou: “Vamos ver depois, mas pelo menos hoje, achei tudo normal”. Na quinta-feira, Ana Marcela relatou ter engolido a água do rio Sena.

Atletas de Bélgica, Suíça e Portugal tiveram relatos de infecção gástrica após contato com as águas do Sena. Antes dos Jogos Olímpicos de Paris, a natação no local era proibida há quase um século. A ministra francesa do Esporte e a prefeita de Paris chegaram comemorar a balneabilidade com um nado no rio francês. O processo de limpeza custou quase 1,4 bilhão de euros (cerca de R$ 8,7 bilhões).

‘Cachorrão’ quer chegar à elite após tempo de medalhista em Paris

Guilherme Costa estava classificado para outras quatro provas além da maratona aquática, na Olimpíada de Paris. O melhor desempenho foi nos 400m livre, em que passou para a final e ficou em quinto, com 3m42s76, tempo recorde das Américas e que lhe daria medalha em outras edições dos Jogos Olímpicos. Foram 26 centésimos atrás do bronze.

Ele também disputou os 800m livre e o revezamento 4x200m, mas sem avançar às finais. Cachorrão já foi bronze no Mundial de 2022 e dominou provas dos Jogos Sul-Americanos do mesmo ano e do Pan-Americano de Santiago-2023, com quatro ouros em cada. O atleta desistiu dos 200m para focar na prova que teve o melhor desempenho.

A preparação para o próximo ciclo já começou. A meta é estar no pódio em todas as edições de campeonatos mundiais até a Olimpíada de Los Angeles, em 2028, quando ele quer ter a medalha olímpica no peito.

“O foco era a piscina, nos 400m livre, acho que até Los Angeles-2028 vai melhorar bem. Saio feliz com meu resultado com o tempo, não com a colocação. É treinar e buscar a medalha no próximo ciclo. Ano que vem tem mundial. Quero vencer e chegar vem em Los Angeles. Não deixar passar nenhum mundial sem estar no pódio”, projetou o atleta.

Húngaros Kristof Rasovszky e David Betlehem comemoram lugar no pódio, ao lado do alemão Oliver Klemet, que ficou com a prata. Foto: David Goldman/AP

Hungria coloca dois nadadores no pódio, com ouro de Kristof Rasovszky

Após terminar em segundo lugar na maratona aquática de Tóquio-2020, Rasovszky foi soberano em Paris. O atleta de 27 anos só não liderou a prova logo após a largada, no final da primeira volta e no meio da terceira. No restante, ele até foi seguido de perto por Oliver Klemet, mas não deu condições para ser ultrapassado e fechou a disputa com 1h50m52s7. O alemão ficou com a prata, 2s1 atrás do campeão.

Fechando o pódio veio mais um nadador da Hungria, David Betlehem. Ele disputou boa parte no meio do pelotão de frente, entre a nona e sexta posição, mas conseguiu um sprint na quinta volta e conquistou o bronze com tempo de 1h51m09s0.

O até então campeão olímpico, Florian Wellbrock, da Alemanha, ficou em oitavo, 1m01s7 atrás do líder. Dos 31 atletas, seis não completaram a prova, incluindo Cachorrão.

Guilherme Costa, o Cachorrão, não completou a prova da maratona aquática dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, nesta sexta-feira, 9. O atleta, que foi 5º nos 400m livre, na piscina, não tem a categoria entre suas especialidades, mas conseguiu a classificação por uma regra extraordinária do Comitê Olímpico Internacional (COI). Ele decidiu abandonar após perder posições e avaliar que não chegaria junto do pelotão de frente.

O Brasil tem como representante na modalidade, oficialmente, apenas Ana Marcela Cunha, campeã em Tóquio e 4º lugar em Paris e Viviane Jungblut. Quando um comitê olímpico não tem participante, o COI e a World Aquatics permitem que nadadores com índices nos 800m e 1.500m participem. Foi o caso de Guilherme Costa. Ele encarou a participação mais como um desafio, já que sequer teve tempo de treino adequado.

O nadador de 25 anos largou na 14ª posição e manteve-se até a metade da segunda volta (3,2km), com cerca de 15 segundos da liderança. Conforme a prova avançou, porém, Cachorrão perdeu ritmo. Ele abriu a terceira volta (4,2km) já em 18º.

Guilherme Costa estava na 22ª posição quando deixou a prova, seguido pelo irlandês Daniel Wiffen e o norte-americano Ivan Puskovitch. Foto: Vadim Ghirda/AP

Perdendo mais posições, Guilherme Costa havia percorrido cerca de 7,6 km, quase na metade da quarta volta, quando deixou a disputa. Ele era o 22º e tinha 3m26s1 em relação ao líder, o húngaro Kristof Rasovszky, que acabou campeão. Cachorrão saiu do rio Sena após nadar por 1h16m28s5.

“Acho que o principal foi a correnteza, estava bem grande na volta. Ficou bem difícil de nadar. É uma prova nova para mim. Quis nadar, já que não tinha ninguém do Brasil. Mas foi uma prova que a gente não treinou nada. Focamos na piscina. Como a maratona era depois, não me atrapalhou em nada. Quis arriscar, tentei ficar o máximo possível no pelotão. Acabei perdendo no final da terceira volta e saí porque não ia dar para chegar no primeiro pelotão mais”, explicou o nadador à TV Globo.

Assim como na prova feminina, os homens tiveram que buscar a margem do rio, próximo de um muro, no momento em que nadavam contra a corrente. O brasileiro teve um pequeno machucado no braço ao pegar de raspão na parede.

Durante a prova, atletas recebem hidratação e costumam tomar sem parar de nadar. Foto: Dar Yasin/AP

Sobre a qualidade da água, Costa definiu como “normal” as condições do Sena e relatou não sentir cheiro. Mas ressalvou: “Vamos ver depois, mas pelo menos hoje, achei tudo normal”. Na quinta-feira, Ana Marcela relatou ter engolido a água do rio Sena.

Atletas de Bélgica, Suíça e Portugal tiveram relatos de infecção gástrica após contato com as águas do Sena. Antes dos Jogos Olímpicos de Paris, a natação no local era proibida há quase um século. A ministra francesa do Esporte e a prefeita de Paris chegaram comemorar a balneabilidade com um nado no rio francês. O processo de limpeza custou quase 1,4 bilhão de euros (cerca de R$ 8,7 bilhões).

‘Cachorrão’ quer chegar à elite após tempo de medalhista em Paris

Guilherme Costa estava classificado para outras quatro provas além da maratona aquática, na Olimpíada de Paris. O melhor desempenho foi nos 400m livre, em que passou para a final e ficou em quinto, com 3m42s76, tempo recorde das Américas e que lhe daria medalha em outras edições dos Jogos Olímpicos. Foram 26 centésimos atrás do bronze.

Ele também disputou os 800m livre e o revezamento 4x200m, mas sem avançar às finais. Cachorrão já foi bronze no Mundial de 2022 e dominou provas dos Jogos Sul-Americanos do mesmo ano e do Pan-Americano de Santiago-2023, com quatro ouros em cada. O atleta desistiu dos 200m para focar na prova que teve o melhor desempenho.

A preparação para o próximo ciclo já começou. A meta é estar no pódio em todas as edições de campeonatos mundiais até a Olimpíada de Los Angeles, em 2028, quando ele quer ter a medalha olímpica no peito.

“O foco era a piscina, nos 400m livre, acho que até Los Angeles-2028 vai melhorar bem. Saio feliz com meu resultado com o tempo, não com a colocação. É treinar e buscar a medalha no próximo ciclo. Ano que vem tem mundial. Quero vencer e chegar vem em Los Angeles. Não deixar passar nenhum mundial sem estar no pódio”, projetou o atleta.

Húngaros Kristof Rasovszky e David Betlehem comemoram lugar no pódio, ao lado do alemão Oliver Klemet, que ficou com a prata. Foto: David Goldman/AP

Hungria coloca dois nadadores no pódio, com ouro de Kristof Rasovszky

Após terminar em segundo lugar na maratona aquática de Tóquio-2020, Rasovszky foi soberano em Paris. O atleta de 27 anos só não liderou a prova logo após a largada, no final da primeira volta e no meio da terceira. No restante, ele até foi seguido de perto por Oliver Klemet, mas não deu condições para ser ultrapassado e fechou a disputa com 1h50m52s7. O alemão ficou com a prata, 2s1 atrás do campeão.

Fechando o pódio veio mais um nadador da Hungria, David Betlehem. Ele disputou boa parte no meio do pelotão de frente, entre a nona e sexta posição, mas conseguiu um sprint na quinta volta e conquistou o bronze com tempo de 1h51m09s0.

O até então campeão olímpico, Florian Wellbrock, da Alemanha, ficou em oitavo, 1m01s7 atrás do líder. Dos 31 atletas, seis não completaram a prova, incluindo Cachorrão.

Guilherme Costa, o Cachorrão, não completou a prova da maratona aquática dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, nesta sexta-feira, 9. O atleta, que foi 5º nos 400m livre, na piscina, não tem a categoria entre suas especialidades, mas conseguiu a classificação por uma regra extraordinária do Comitê Olímpico Internacional (COI). Ele decidiu abandonar após perder posições e avaliar que não chegaria junto do pelotão de frente.

O Brasil tem como representante na modalidade, oficialmente, apenas Ana Marcela Cunha, campeã em Tóquio e 4º lugar em Paris e Viviane Jungblut. Quando um comitê olímpico não tem participante, o COI e a World Aquatics permitem que nadadores com índices nos 800m e 1.500m participem. Foi o caso de Guilherme Costa. Ele encarou a participação mais como um desafio, já que sequer teve tempo de treino adequado.

O nadador de 25 anos largou na 14ª posição e manteve-se até a metade da segunda volta (3,2km), com cerca de 15 segundos da liderança. Conforme a prova avançou, porém, Cachorrão perdeu ritmo. Ele abriu a terceira volta (4,2km) já em 18º.

Guilherme Costa estava na 22ª posição quando deixou a prova, seguido pelo irlandês Daniel Wiffen e o norte-americano Ivan Puskovitch. Foto: Vadim Ghirda/AP

Perdendo mais posições, Guilherme Costa havia percorrido cerca de 7,6 km, quase na metade da quarta volta, quando deixou a disputa. Ele era o 22º e tinha 3m26s1 em relação ao líder, o húngaro Kristof Rasovszky, que acabou campeão. Cachorrão saiu do rio Sena após nadar por 1h16m28s5.

“Acho que o principal foi a correnteza, estava bem grande na volta. Ficou bem difícil de nadar. É uma prova nova para mim. Quis nadar, já que não tinha ninguém do Brasil. Mas foi uma prova que a gente não treinou nada. Focamos na piscina. Como a maratona era depois, não me atrapalhou em nada. Quis arriscar, tentei ficar o máximo possível no pelotão. Acabei perdendo no final da terceira volta e saí porque não ia dar para chegar no primeiro pelotão mais”, explicou o nadador à TV Globo.

Assim como na prova feminina, os homens tiveram que buscar a margem do rio, próximo de um muro, no momento em que nadavam contra a corrente. O brasileiro teve um pequeno machucado no braço ao pegar de raspão na parede.

Durante a prova, atletas recebem hidratação e costumam tomar sem parar de nadar. Foto: Dar Yasin/AP

Sobre a qualidade da água, Costa definiu como “normal” as condições do Sena e relatou não sentir cheiro. Mas ressalvou: “Vamos ver depois, mas pelo menos hoje, achei tudo normal”. Na quinta-feira, Ana Marcela relatou ter engolido a água do rio Sena.

Atletas de Bélgica, Suíça e Portugal tiveram relatos de infecção gástrica após contato com as águas do Sena. Antes dos Jogos Olímpicos de Paris, a natação no local era proibida há quase um século. A ministra francesa do Esporte e a prefeita de Paris chegaram comemorar a balneabilidade com um nado no rio francês. O processo de limpeza custou quase 1,4 bilhão de euros (cerca de R$ 8,7 bilhões).

‘Cachorrão’ quer chegar à elite após tempo de medalhista em Paris

Guilherme Costa estava classificado para outras quatro provas além da maratona aquática, na Olimpíada de Paris. O melhor desempenho foi nos 400m livre, em que passou para a final e ficou em quinto, com 3m42s76, tempo recorde das Américas e que lhe daria medalha em outras edições dos Jogos Olímpicos. Foram 26 centésimos atrás do bronze.

Ele também disputou os 800m livre e o revezamento 4x200m, mas sem avançar às finais. Cachorrão já foi bronze no Mundial de 2022 e dominou provas dos Jogos Sul-Americanos do mesmo ano e do Pan-Americano de Santiago-2023, com quatro ouros em cada. O atleta desistiu dos 200m para focar na prova que teve o melhor desempenho.

A preparação para o próximo ciclo já começou. A meta é estar no pódio em todas as edições de campeonatos mundiais até a Olimpíada de Los Angeles, em 2028, quando ele quer ter a medalha olímpica no peito.

“O foco era a piscina, nos 400m livre, acho que até Los Angeles-2028 vai melhorar bem. Saio feliz com meu resultado com o tempo, não com a colocação. É treinar e buscar a medalha no próximo ciclo. Ano que vem tem mundial. Quero vencer e chegar vem em Los Angeles. Não deixar passar nenhum mundial sem estar no pódio”, projetou o atleta.

Húngaros Kristof Rasovszky e David Betlehem comemoram lugar no pódio, ao lado do alemão Oliver Klemet, que ficou com a prata. Foto: David Goldman/AP

Hungria coloca dois nadadores no pódio, com ouro de Kristof Rasovszky

Após terminar em segundo lugar na maratona aquática de Tóquio-2020, Rasovszky foi soberano em Paris. O atleta de 27 anos só não liderou a prova logo após a largada, no final da primeira volta e no meio da terceira. No restante, ele até foi seguido de perto por Oliver Klemet, mas não deu condições para ser ultrapassado e fechou a disputa com 1h50m52s7. O alemão ficou com a prata, 2s1 atrás do campeão.

Fechando o pódio veio mais um nadador da Hungria, David Betlehem. Ele disputou boa parte no meio do pelotão de frente, entre a nona e sexta posição, mas conseguiu um sprint na quinta volta e conquistou o bronze com tempo de 1h51m09s0.

O até então campeão olímpico, Florian Wellbrock, da Alemanha, ficou em oitavo, 1m01s7 atrás do líder. Dos 31 atletas, seis não completaram a prova, incluindo Cachorrão.

Guilherme Costa, o Cachorrão, não completou a prova da maratona aquática dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, nesta sexta-feira, 9. O atleta, que foi 5º nos 400m livre, na piscina, não tem a categoria entre suas especialidades, mas conseguiu a classificação por uma regra extraordinária do Comitê Olímpico Internacional (COI). Ele decidiu abandonar após perder posições e avaliar que não chegaria junto do pelotão de frente.

O Brasil tem como representante na modalidade, oficialmente, apenas Ana Marcela Cunha, campeã em Tóquio e 4º lugar em Paris e Viviane Jungblut. Quando um comitê olímpico não tem participante, o COI e a World Aquatics permitem que nadadores com índices nos 800m e 1.500m participem. Foi o caso de Guilherme Costa. Ele encarou a participação mais como um desafio, já que sequer teve tempo de treino adequado.

O nadador de 25 anos largou na 14ª posição e manteve-se até a metade da segunda volta (3,2km), com cerca de 15 segundos da liderança. Conforme a prova avançou, porém, Cachorrão perdeu ritmo. Ele abriu a terceira volta (4,2km) já em 18º.

Guilherme Costa estava na 22ª posição quando deixou a prova, seguido pelo irlandês Daniel Wiffen e o norte-americano Ivan Puskovitch. Foto: Vadim Ghirda/AP

Perdendo mais posições, Guilherme Costa havia percorrido cerca de 7,6 km, quase na metade da quarta volta, quando deixou a disputa. Ele era o 22º e tinha 3m26s1 em relação ao líder, o húngaro Kristof Rasovszky, que acabou campeão. Cachorrão saiu do rio Sena após nadar por 1h16m28s5.

“Acho que o principal foi a correnteza, estava bem grande na volta. Ficou bem difícil de nadar. É uma prova nova para mim. Quis nadar, já que não tinha ninguém do Brasil. Mas foi uma prova que a gente não treinou nada. Focamos na piscina. Como a maratona era depois, não me atrapalhou em nada. Quis arriscar, tentei ficar o máximo possível no pelotão. Acabei perdendo no final da terceira volta e saí porque não ia dar para chegar no primeiro pelotão mais”, explicou o nadador à TV Globo.

Assim como na prova feminina, os homens tiveram que buscar a margem do rio, próximo de um muro, no momento em que nadavam contra a corrente. O brasileiro teve um pequeno machucado no braço ao pegar de raspão na parede.

Durante a prova, atletas recebem hidratação e costumam tomar sem parar de nadar. Foto: Dar Yasin/AP

Sobre a qualidade da água, Costa definiu como “normal” as condições do Sena e relatou não sentir cheiro. Mas ressalvou: “Vamos ver depois, mas pelo menos hoje, achei tudo normal”. Na quinta-feira, Ana Marcela relatou ter engolido a água do rio Sena.

Atletas de Bélgica, Suíça e Portugal tiveram relatos de infecção gástrica após contato com as águas do Sena. Antes dos Jogos Olímpicos de Paris, a natação no local era proibida há quase um século. A ministra francesa do Esporte e a prefeita de Paris chegaram comemorar a balneabilidade com um nado no rio francês. O processo de limpeza custou quase 1,4 bilhão de euros (cerca de R$ 8,7 bilhões).

‘Cachorrão’ quer chegar à elite após tempo de medalhista em Paris

Guilherme Costa estava classificado para outras quatro provas além da maratona aquática, na Olimpíada de Paris. O melhor desempenho foi nos 400m livre, em que passou para a final e ficou em quinto, com 3m42s76, tempo recorde das Américas e que lhe daria medalha em outras edições dos Jogos Olímpicos. Foram 26 centésimos atrás do bronze.

Ele também disputou os 800m livre e o revezamento 4x200m, mas sem avançar às finais. Cachorrão já foi bronze no Mundial de 2022 e dominou provas dos Jogos Sul-Americanos do mesmo ano e do Pan-Americano de Santiago-2023, com quatro ouros em cada. O atleta desistiu dos 200m para focar na prova que teve o melhor desempenho.

A preparação para o próximo ciclo já começou. A meta é estar no pódio em todas as edições de campeonatos mundiais até a Olimpíada de Los Angeles, em 2028, quando ele quer ter a medalha olímpica no peito.

“O foco era a piscina, nos 400m livre, acho que até Los Angeles-2028 vai melhorar bem. Saio feliz com meu resultado com o tempo, não com a colocação. É treinar e buscar a medalha no próximo ciclo. Ano que vem tem mundial. Quero vencer e chegar vem em Los Angeles. Não deixar passar nenhum mundial sem estar no pódio”, projetou o atleta.

Húngaros Kristof Rasovszky e David Betlehem comemoram lugar no pódio, ao lado do alemão Oliver Klemet, que ficou com a prata. Foto: David Goldman/AP

Hungria coloca dois nadadores no pódio, com ouro de Kristof Rasovszky

Após terminar em segundo lugar na maratona aquática de Tóquio-2020, Rasovszky foi soberano em Paris. O atleta de 27 anos só não liderou a prova logo após a largada, no final da primeira volta e no meio da terceira. No restante, ele até foi seguido de perto por Oliver Klemet, mas não deu condições para ser ultrapassado e fechou a disputa com 1h50m52s7. O alemão ficou com a prata, 2s1 atrás do campeão.

Fechando o pódio veio mais um nadador da Hungria, David Betlehem. Ele disputou boa parte no meio do pelotão de frente, entre a nona e sexta posição, mas conseguiu um sprint na quinta volta e conquistou o bronze com tempo de 1h51m09s0.

O até então campeão olímpico, Florian Wellbrock, da Alemanha, ficou em oitavo, 1m01s7 atrás do líder. Dos 31 atletas, seis não completaram a prova, incluindo Cachorrão.

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