Olimpíadas 2024: ‘Não me importo’, diz boxeadora argelina sobre difamação e ataques


Imane Khelif venceu rival tailandesa nesta terça-feira e vai disputar o ouro contra a chinesa Yang Liu, na quinta

Por Ricardo Magatti e Bruno Accorsi
Atualização:

A boxeadora argelina Imane Khelif desprezou as críticas e a campanha de ódio e de desinformação da qual vem sendo vítima nas redes sociais, nesta terça-feira, depois de vencer por unanimidade a tailandesa Janjaem Suwannapheng nas semifinais do peso meio-médio (até 66kg) e avançar à final das Olimpíadas de Paris-2024. A adversária na decisão será a chinesa Yang Liu, sexta-feira, em luta marcada para as 17h50 (de Brasília).

Centenas de jornalistas se amontoaram para ouvir uma palavra da argelina. Enrolada na bandeira da Argélia, ela parou duas vezes em blocos diferentes e respondeu a apenas três perguntas, todas em árabe. Não falou mais que três minutos. Gentil, um jornalista argelino se dispôs a traduzir as breves respostas da atleta aos profissionais na zona mista.

Tmane Khelif está na final do boxe após derrotar a tailandesa Janjaem Suwannapheng na semifinal dos 66 kg. Foto: Mauro Pimentel/AFP
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De forma ligeira, ela agradeceu ao presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboune, ao povo de seu país e à torcida que foi a Roland Garros assisti-la. Sobre a polêmica que vem a atormentando desde o início dos Jogos, falou poucas palavras.

“Estou muito orgulhosa do povo de Argélia e do mundo árabe. Fiz o meu máximo por eles e todos eles vieram aqui me ajudar. Estou na final e estou muito feliz como árabe e com todo o povo. Eu não me importo com críticas, eu estou aqui para competir. Chegamos na final com esforço”, disse.

“Eu apresentei um bom desempenho, um desempenho que todos gostariam de ver. Graças a Alá, eu ganhei várias lutas. Também quero agradecer à adversária da Tailândia, que eu conheci há muito tempo. Ela estava comigo na última temporada na França, em Vitel. Fizemos quase 15 dias juntas. Nós competimos aqui para alcançar nossos sonhos. Hoje estou muito orgulhosa”, completou.

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As críticas às quais Khelif se refere a acompanham desde antes das Olimpíadas. A argelina foi desclassificada da Copa do Mundo de Boxe, em 2023, após ser reprovada em um teste de elegibilidade para competições femininas realizado Federação Internacional de Boxe (IBA, na sigla em inglês). O mesmo se passou com a taiwanesa Lin Yu-ting. Igor Kremlev, presidente da IBA, chegou a dizer que “elas tinham cromossomos XY”, em questionamento ao gênero das atletas.

Desde então, publicações em redes sociais têm reforçando o boato de que ambas são mulheres transgêneros. O assunto foi levantado novamente já na primeira luta de Khelif nos Jogos de Paris, depois que a italiana Angela Carini desistiu de lutar com a argelina em menos de um minuto sob a alegação de sentir dor intensa no nariz após sofrer dois golpes. Postagens virais nas redes sociais, então, passaram a alegar, sem provas, que a lutadora africana é um “homem biológico”.

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As publicações desencadearam uma campanha de desinformação, além de uma onda de ataques preconceituosos à lutadora, com comentários até de líderes políticos como a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) se posicionou veementemente para defender a argelina e Lin Yu-ting, além de ter criticado o fato de elas terem sido submetidas a testes. “Em parte, confidencialidade, questões médicas. Não havia base para o teste em primeiro lugar e a partilha de dados também é altamente contrária às regras internacionais”, disse Mark Adams, porta-voz do COI. “Todo o processo é falho. Desde a concepção, passando pela forma como foi compartilhado até a sua divulgação. É tão falho que é impossível interagir com ele.”

A boxeadora argelina Imane Khelif desprezou as críticas e a campanha de ódio e de desinformação da qual vem sendo vítima nas redes sociais, nesta terça-feira, depois de vencer por unanimidade a tailandesa Janjaem Suwannapheng nas semifinais do peso meio-médio (até 66kg) e avançar à final das Olimpíadas de Paris-2024. A adversária na decisão será a chinesa Yang Liu, sexta-feira, em luta marcada para as 17h50 (de Brasília).

Centenas de jornalistas se amontoaram para ouvir uma palavra da argelina. Enrolada na bandeira da Argélia, ela parou duas vezes em blocos diferentes e respondeu a apenas três perguntas, todas em árabe. Não falou mais que três minutos. Gentil, um jornalista argelino se dispôs a traduzir as breves respostas da atleta aos profissionais na zona mista.

Tmane Khelif está na final do boxe após derrotar a tailandesa Janjaem Suwannapheng na semifinal dos 66 kg. Foto: Mauro Pimentel/AFP

De forma ligeira, ela agradeceu ao presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboune, ao povo de seu país e à torcida que foi a Roland Garros assisti-la. Sobre a polêmica que vem a atormentando desde o início dos Jogos, falou poucas palavras.

“Estou muito orgulhosa do povo de Argélia e do mundo árabe. Fiz o meu máximo por eles e todos eles vieram aqui me ajudar. Estou na final e estou muito feliz como árabe e com todo o povo. Eu não me importo com críticas, eu estou aqui para competir. Chegamos na final com esforço”, disse.

“Eu apresentei um bom desempenho, um desempenho que todos gostariam de ver. Graças a Alá, eu ganhei várias lutas. Também quero agradecer à adversária da Tailândia, que eu conheci há muito tempo. Ela estava comigo na última temporada na França, em Vitel. Fizemos quase 15 dias juntas. Nós competimos aqui para alcançar nossos sonhos. Hoje estou muito orgulhosa”, completou.

As críticas às quais Khelif se refere a acompanham desde antes das Olimpíadas. A argelina foi desclassificada da Copa do Mundo de Boxe, em 2023, após ser reprovada em um teste de elegibilidade para competições femininas realizado Federação Internacional de Boxe (IBA, na sigla em inglês). O mesmo se passou com a taiwanesa Lin Yu-ting. Igor Kremlev, presidente da IBA, chegou a dizer que “elas tinham cromossomos XY”, em questionamento ao gênero das atletas.

Desde então, publicações em redes sociais têm reforçando o boato de que ambas são mulheres transgêneros. O assunto foi levantado novamente já na primeira luta de Khelif nos Jogos de Paris, depois que a italiana Angela Carini desistiu de lutar com a argelina em menos de um minuto sob a alegação de sentir dor intensa no nariz após sofrer dois golpes. Postagens virais nas redes sociais, então, passaram a alegar, sem provas, que a lutadora africana é um “homem biológico”.

As publicações desencadearam uma campanha de desinformação, além de uma onda de ataques preconceituosos à lutadora, com comentários até de líderes políticos como a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) se posicionou veementemente para defender a argelina e Lin Yu-ting, além de ter criticado o fato de elas terem sido submetidas a testes. “Em parte, confidencialidade, questões médicas. Não havia base para o teste em primeiro lugar e a partilha de dados também é altamente contrária às regras internacionais”, disse Mark Adams, porta-voz do COI. “Todo o processo é falho. Desde a concepção, passando pela forma como foi compartilhado até a sua divulgação. É tão falho que é impossível interagir com ele.”

A boxeadora argelina Imane Khelif desprezou as críticas e a campanha de ódio e de desinformação da qual vem sendo vítima nas redes sociais, nesta terça-feira, depois de vencer por unanimidade a tailandesa Janjaem Suwannapheng nas semifinais do peso meio-médio (até 66kg) e avançar à final das Olimpíadas de Paris-2024. A adversária na decisão será a chinesa Yang Liu, sexta-feira, em luta marcada para as 17h50 (de Brasília).

Centenas de jornalistas se amontoaram para ouvir uma palavra da argelina. Enrolada na bandeira da Argélia, ela parou duas vezes em blocos diferentes e respondeu a apenas três perguntas, todas em árabe. Não falou mais que três minutos. Gentil, um jornalista argelino se dispôs a traduzir as breves respostas da atleta aos profissionais na zona mista.

Tmane Khelif está na final do boxe após derrotar a tailandesa Janjaem Suwannapheng na semifinal dos 66 kg. Foto: Mauro Pimentel/AFP

De forma ligeira, ela agradeceu ao presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboune, ao povo de seu país e à torcida que foi a Roland Garros assisti-la. Sobre a polêmica que vem a atormentando desde o início dos Jogos, falou poucas palavras.

“Estou muito orgulhosa do povo de Argélia e do mundo árabe. Fiz o meu máximo por eles e todos eles vieram aqui me ajudar. Estou na final e estou muito feliz como árabe e com todo o povo. Eu não me importo com críticas, eu estou aqui para competir. Chegamos na final com esforço”, disse.

“Eu apresentei um bom desempenho, um desempenho que todos gostariam de ver. Graças a Alá, eu ganhei várias lutas. Também quero agradecer à adversária da Tailândia, que eu conheci há muito tempo. Ela estava comigo na última temporada na França, em Vitel. Fizemos quase 15 dias juntas. Nós competimos aqui para alcançar nossos sonhos. Hoje estou muito orgulhosa”, completou.

As críticas às quais Khelif se refere a acompanham desde antes das Olimpíadas. A argelina foi desclassificada da Copa do Mundo de Boxe, em 2023, após ser reprovada em um teste de elegibilidade para competições femininas realizado Federação Internacional de Boxe (IBA, na sigla em inglês). O mesmo se passou com a taiwanesa Lin Yu-ting. Igor Kremlev, presidente da IBA, chegou a dizer que “elas tinham cromossomos XY”, em questionamento ao gênero das atletas.

Desde então, publicações em redes sociais têm reforçando o boato de que ambas são mulheres transgêneros. O assunto foi levantado novamente já na primeira luta de Khelif nos Jogos de Paris, depois que a italiana Angela Carini desistiu de lutar com a argelina em menos de um minuto sob a alegação de sentir dor intensa no nariz após sofrer dois golpes. Postagens virais nas redes sociais, então, passaram a alegar, sem provas, que a lutadora africana é um “homem biológico”.

As publicações desencadearam uma campanha de desinformação, além de uma onda de ataques preconceituosos à lutadora, com comentários até de líderes políticos como a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) se posicionou veementemente para defender a argelina e Lin Yu-ting, além de ter criticado o fato de elas terem sido submetidas a testes. “Em parte, confidencialidade, questões médicas. Não havia base para o teste em primeiro lugar e a partilha de dados também é altamente contrária às regras internacionais”, disse Mark Adams, porta-voz do COI. “Todo o processo é falho. Desde a concepção, passando pela forma como foi compartilhado até a sua divulgação. É tão falho que é impossível interagir com ele.”

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