Olimpíadas 2024: Rayssa Leal é bronze no skate após acertar manobra incrível no fim


Brasileira passa maior parte do tempo fora das três primeiras colocações, mas acerta última tentativa para voltar ao pódio olímpico aos 16 anos e se emociona com campanha de recuperação

Por Bruno Accorsi e Leticia Quadros
Atualização:

O talento das skatistas japonesas se colocou no caminho do fenômeno Rayssa Leal em sua busca pela segunda medalha olímpica, durante a final da modalidade street nas Olimpíadas de Paris, mas não a impediu de subir ao pódio novamente. Igualmente talentosa e de estilo inconfundível, a brasileira de 16 anos passou a maior parte da disputa fora das três primeiras posições. Uma manobra incrível na última tentativa, contudo, a levou a conquistar o bronze de forma emocionante. Assim, tornou-se a atleta mais jovem a conseguir medalhas em duas edições diferentes dos Jogos.

“Fiquei muito nervosa, não vou mentir. A torcida foi demais. Nunca tinha sentido isso. Meu time me motivou, me deu um abraço. Eu estava cabisbaixa e achava que não dava mais certo. Na pressão, a gente esquece o real motivo de andar de skate. Eles falaram para eu lembrar de quando era pequenininha, quando eu só queria me divertir, levava o skate com aquela leveza. Foi isso que aconteceu. As duas manobras que eu acertei me deram o bronze”, disse à Cazé TV.

O ouro e a prata ficaram com o Japão. Coco Yoshizawa teve a maior nota da história do skate na Olimpíada - feito que era de Rayssa -, ao anotar 96.49 e foi a primeira colocada com pontuação total de 272.75, seguida pela compatriota Liz Akama, que ficou com 265.95. Já skatista do Brasil teve 253.37 como somatória final.

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Primeira mulher campeã da Liga Mundial de Street e ícone da modalidade, a brasileira Letícia Bufoni foi para pista, sem skate, em uma breve cerimônia para decretar aberta a final. Antes disso, participava das transmissão da Rede Globo como repórter, ao mesmo tempo em que dava dicas para Rayssa, de quem é muito próxima.

A maranhense de 16 anos veio de uma campanha de recuperação desde as semifinais. Depois de notas mais baixas que o esperado na etapa de voltas, recuperou-se na etapa de manobras, inclusive cravando a nota mais alta da história das Olimpíadas, um 92.68, para chegar à decisão, mais tarde superada por Coco.

Rayssa Leal se emocionou ao conquistar a medalha de bronze nas Olimpíadas de Paris. Foto: Vadim Ghirda/AP
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A disputa do skate olímpico funciona da seguinte forma: as competidoras correm duas voltas de 45 minutos e apenas a mais alta conta; depois, são cinco tentativas de manobras, das quais são validadas as duas mais altas.

Na final, a volta inicial de Rayssa foi consistente. Como de costume, ela explorou muito bem suas variações de manobras nos corrimões. Embora tenha cometido um erro no começo, se recuperou e fechou a apresentação por cima dos dez degraus da escadaria mais longa da pista para cravar nota 71.66. Em seguida, observou a australiana Chloe Covell quase alcançá-la, com 70.33. Última na ordem da pista, a japonesa Coco Yoshizawa, melhor skatista das semifinais, foi a única a ultrapassar a brasileira, ao anotar 85.02.

Mais erros foram cometidos por Rayssa na segunda volta do que na primeira. Ela abriu a disputa errando a tentativa de um flip e também quando tentou encaixar manobra no corrimão após giro 360. Dessa forma, fechou apenas com um 34,70, nota descartada, portanto foi para a etapa das manobras únicas com 71.66 pontos. Á frente dela, ficaram o trio japonês Liz Akama (89.26), Coco Yoshizawa (86.80) Funa Nakayama (79.77) e a americana Paige Heyn (76.41) .

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O início da disputa de manobras únicas foi de muitas quedas, inclusive para Rayssa, que errou a manobra e não pontuou. Ao fim da primeira rodada, apenas Akama (92.62), Chenxi (86.98) e Poe Pison (87.73) pontuaram.

A brasileira aparentou um pouco de nervosismo, mas conseguiu se recompor na segunda rodada para mostrar o foco e estilo de sempre. Foi assim que veio um flip para deslizar no corrimão rumo aos 92.88, a maior nota do dia, superando os os 92.68 conquistados por ela mesma na semifinal. Mesmo assim, terminou a rodada em quinto lugar da classificação geral.

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Rayssa Leal subiu ao pódio olímpico pela segunda vez em duas Olimpíadas. Foto: Gaspar Nóbrega/COB

A excelente avaliação de Rayssa foi seguida por um novo erro, na terceira tentativa, zerando novamente. O mesmo se repetiu na quarta manobra, o que a fez chegar na última tentativa em quinto lugar, mas ainda com chances de conseguir subir ao pódio.

A situação se complicou, quando na mesma rodada, Coco Yoshizawa fez 96.49, superando a brasileira como dona da maior nota da história. Ainda em quinto na classificação geral, Rayssa foi para a última tentativa. Chamou a torcida, que gritou enlouquecidamente e a viu deslizar pelo corrimão, após um flip, para obter 88.33. Assim, subiu para terceiro lugar e de lá não foi mais retirada.

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Como foram as semifinais

Na primeira parte da disputa da semifinal, as duas voltas de 45 segundos, Rayssa não foi bem e conseguiu como melhor nota 59,88, a menor entre as cinco competidoras da terceira bateria. A adolescente de 16 anos chorou na beira da pista antes de iniciar as manobras.

“Tava um pouco emocionada porque normalmente isso não acontece. É bem raro eu errar as duas voltas e com manobras muito simples. A gente se deixa levar pelo nervosismo. É coisa que acontece. Por ser um evento muito grande, aconteceu”, afirmou Rayssa à Cazé TV antes do início da quarta e última bateria.

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Sob pressão, ela buscou a recuperação nas manobras e parecia bem menos tensa. Antes de suas tentativas, aparecia balançando o corpo, mais descontraída. Conseguiu 85,87 na primeira tentativa e 88,87 na segunda. Naquele momento já era a melhor da bateria. Recebeu 92,68, a maior nota da história olímpica, na terceira manobra e zerou nas duas últimas tentativas. Terminou com 241,43 na quinta posição antes da última bateria, que tinha cinco competidoras.

“Muita gente, muito barulho. Deixei me levar pelo barulho”, afirmou a brasileira, ressaltando que a Olimpíada é uma competição muito diferente das do circuito de skate.

Aos 13 anos e 203 dias, a skatista se tornou nos Jogos de Tóquio, a mais jovem brasileira não apenas a participar de uma edição olímpica, mas também a conquistar uma medalha. Pela segunda vez seguida, ela chega aos Jogos como a mais nova da delegação brasileira e com chance de se tornar ainda a mais jovem campeã olímpica do país.

As outras duas brasileiras na disputa não conseguiram avançar à final. Pamela Rosa terminou com 205,23, e Gabi Mazetto fechou com 145,75. “É até engraçado, parece que a história se repete”, afirmou Pamela à Cazé TV. “Dois dias antes da competição eu torci o pé de novo. Só de estar aqui e representar o skate feminino para mim é gratificante”, completou ela, chorando.

A brasileira se referia ao que aconteceu nos Jogos de Tóquio, em 2021, quando era uma das principais favoritas ao pódio na estreia olímpica do skate. Ela era a líder do ranking mundial, mas ficou fora da final e terminou na 10ª colocação. Depois da disputa, ela revelou que havia rompido o ligamento do tornozelo esquerdo dois dias antes de viajar ao Japão.

Gabi Mazetto, que disputou sua primeira Olimpíada, se mostrou satisfeita. “Tô bem feliz. Realizei um sonho”, afirmou ela. “Skate é isso, a gente acerta, a gente erra.”

O talento das skatistas japonesas se colocou no caminho do fenômeno Rayssa Leal em sua busca pela segunda medalha olímpica, durante a final da modalidade street nas Olimpíadas de Paris, mas não a impediu de subir ao pódio novamente. Igualmente talentosa e de estilo inconfundível, a brasileira de 16 anos passou a maior parte da disputa fora das três primeiras posições. Uma manobra incrível na última tentativa, contudo, a levou a conquistar o bronze de forma emocionante. Assim, tornou-se a atleta mais jovem a conseguir medalhas em duas edições diferentes dos Jogos.

“Fiquei muito nervosa, não vou mentir. A torcida foi demais. Nunca tinha sentido isso. Meu time me motivou, me deu um abraço. Eu estava cabisbaixa e achava que não dava mais certo. Na pressão, a gente esquece o real motivo de andar de skate. Eles falaram para eu lembrar de quando era pequenininha, quando eu só queria me divertir, levava o skate com aquela leveza. Foi isso que aconteceu. As duas manobras que eu acertei me deram o bronze”, disse à Cazé TV.

O ouro e a prata ficaram com o Japão. Coco Yoshizawa teve a maior nota da história do skate na Olimpíada - feito que era de Rayssa -, ao anotar 96.49 e foi a primeira colocada com pontuação total de 272.75, seguida pela compatriota Liz Akama, que ficou com 265.95. Já skatista do Brasil teve 253.37 como somatória final.

Primeira mulher campeã da Liga Mundial de Street e ícone da modalidade, a brasileira Letícia Bufoni foi para pista, sem skate, em uma breve cerimônia para decretar aberta a final. Antes disso, participava das transmissão da Rede Globo como repórter, ao mesmo tempo em que dava dicas para Rayssa, de quem é muito próxima.

A maranhense de 16 anos veio de uma campanha de recuperação desde as semifinais. Depois de notas mais baixas que o esperado na etapa de voltas, recuperou-se na etapa de manobras, inclusive cravando a nota mais alta da história das Olimpíadas, um 92.68, para chegar à decisão, mais tarde superada por Coco.

Rayssa Leal se emocionou ao conquistar a medalha de bronze nas Olimpíadas de Paris. Foto: Vadim Ghirda/AP

A disputa do skate olímpico funciona da seguinte forma: as competidoras correm duas voltas de 45 minutos e apenas a mais alta conta; depois, são cinco tentativas de manobras, das quais são validadas as duas mais altas.

Na final, a volta inicial de Rayssa foi consistente. Como de costume, ela explorou muito bem suas variações de manobras nos corrimões. Embora tenha cometido um erro no começo, se recuperou e fechou a apresentação por cima dos dez degraus da escadaria mais longa da pista para cravar nota 71.66. Em seguida, observou a australiana Chloe Covell quase alcançá-la, com 70.33. Última na ordem da pista, a japonesa Coco Yoshizawa, melhor skatista das semifinais, foi a única a ultrapassar a brasileira, ao anotar 85.02.

Mais erros foram cometidos por Rayssa na segunda volta do que na primeira. Ela abriu a disputa errando a tentativa de um flip e também quando tentou encaixar manobra no corrimão após giro 360. Dessa forma, fechou apenas com um 34,70, nota descartada, portanto foi para a etapa das manobras únicas com 71.66 pontos. Á frente dela, ficaram o trio japonês Liz Akama (89.26), Coco Yoshizawa (86.80) Funa Nakayama (79.77) e a americana Paige Heyn (76.41) .

O início da disputa de manobras únicas foi de muitas quedas, inclusive para Rayssa, que errou a manobra e não pontuou. Ao fim da primeira rodada, apenas Akama (92.62), Chenxi (86.98) e Poe Pison (87.73) pontuaram.

A brasileira aparentou um pouco de nervosismo, mas conseguiu se recompor na segunda rodada para mostrar o foco e estilo de sempre. Foi assim que veio um flip para deslizar no corrimão rumo aos 92.88, a maior nota do dia, superando os os 92.68 conquistados por ela mesma na semifinal. Mesmo assim, terminou a rodada em quinto lugar da classificação geral.

Rayssa Leal subiu ao pódio olímpico pela segunda vez em duas Olimpíadas. Foto: Gaspar Nóbrega/COB

A excelente avaliação de Rayssa foi seguida por um novo erro, na terceira tentativa, zerando novamente. O mesmo se repetiu na quarta manobra, o que a fez chegar na última tentativa em quinto lugar, mas ainda com chances de conseguir subir ao pódio.

A situação se complicou, quando na mesma rodada, Coco Yoshizawa fez 96.49, superando a brasileira como dona da maior nota da história. Ainda em quinto na classificação geral, Rayssa foi para a última tentativa. Chamou a torcida, que gritou enlouquecidamente e a viu deslizar pelo corrimão, após um flip, para obter 88.33. Assim, subiu para terceiro lugar e de lá não foi mais retirada.

Como foram as semifinais

Na primeira parte da disputa da semifinal, as duas voltas de 45 segundos, Rayssa não foi bem e conseguiu como melhor nota 59,88, a menor entre as cinco competidoras da terceira bateria. A adolescente de 16 anos chorou na beira da pista antes de iniciar as manobras.

“Tava um pouco emocionada porque normalmente isso não acontece. É bem raro eu errar as duas voltas e com manobras muito simples. A gente se deixa levar pelo nervosismo. É coisa que acontece. Por ser um evento muito grande, aconteceu”, afirmou Rayssa à Cazé TV antes do início da quarta e última bateria.

Sob pressão, ela buscou a recuperação nas manobras e parecia bem menos tensa. Antes de suas tentativas, aparecia balançando o corpo, mais descontraída. Conseguiu 85,87 na primeira tentativa e 88,87 na segunda. Naquele momento já era a melhor da bateria. Recebeu 92,68, a maior nota da história olímpica, na terceira manobra e zerou nas duas últimas tentativas. Terminou com 241,43 na quinta posição antes da última bateria, que tinha cinco competidoras.

“Muita gente, muito barulho. Deixei me levar pelo barulho”, afirmou a brasileira, ressaltando que a Olimpíada é uma competição muito diferente das do circuito de skate.

Aos 13 anos e 203 dias, a skatista se tornou nos Jogos de Tóquio, a mais jovem brasileira não apenas a participar de uma edição olímpica, mas também a conquistar uma medalha. Pela segunda vez seguida, ela chega aos Jogos como a mais nova da delegação brasileira e com chance de se tornar ainda a mais jovem campeã olímpica do país.

As outras duas brasileiras na disputa não conseguiram avançar à final. Pamela Rosa terminou com 205,23, e Gabi Mazetto fechou com 145,75. “É até engraçado, parece que a história se repete”, afirmou Pamela à Cazé TV. “Dois dias antes da competição eu torci o pé de novo. Só de estar aqui e representar o skate feminino para mim é gratificante”, completou ela, chorando.

A brasileira se referia ao que aconteceu nos Jogos de Tóquio, em 2021, quando era uma das principais favoritas ao pódio na estreia olímpica do skate. Ela era a líder do ranking mundial, mas ficou fora da final e terminou na 10ª colocação. Depois da disputa, ela revelou que havia rompido o ligamento do tornozelo esquerdo dois dias antes de viajar ao Japão.

Gabi Mazetto, que disputou sua primeira Olimpíada, se mostrou satisfeita. “Tô bem feliz. Realizei um sonho”, afirmou ela. “Skate é isso, a gente acerta, a gente erra.”

O talento das skatistas japonesas se colocou no caminho do fenômeno Rayssa Leal em sua busca pela segunda medalha olímpica, durante a final da modalidade street nas Olimpíadas de Paris, mas não a impediu de subir ao pódio novamente. Igualmente talentosa e de estilo inconfundível, a brasileira de 16 anos passou a maior parte da disputa fora das três primeiras posições. Uma manobra incrível na última tentativa, contudo, a levou a conquistar o bronze de forma emocionante. Assim, tornou-se a atleta mais jovem a conseguir medalhas em duas edições diferentes dos Jogos.

“Fiquei muito nervosa, não vou mentir. A torcida foi demais. Nunca tinha sentido isso. Meu time me motivou, me deu um abraço. Eu estava cabisbaixa e achava que não dava mais certo. Na pressão, a gente esquece o real motivo de andar de skate. Eles falaram para eu lembrar de quando era pequenininha, quando eu só queria me divertir, levava o skate com aquela leveza. Foi isso que aconteceu. As duas manobras que eu acertei me deram o bronze”, disse à Cazé TV.

O ouro e a prata ficaram com o Japão. Coco Yoshizawa teve a maior nota da história do skate na Olimpíada - feito que era de Rayssa -, ao anotar 96.49 e foi a primeira colocada com pontuação total de 272.75, seguida pela compatriota Liz Akama, que ficou com 265.95. Já skatista do Brasil teve 253.37 como somatória final.

Primeira mulher campeã da Liga Mundial de Street e ícone da modalidade, a brasileira Letícia Bufoni foi para pista, sem skate, em uma breve cerimônia para decretar aberta a final. Antes disso, participava das transmissão da Rede Globo como repórter, ao mesmo tempo em que dava dicas para Rayssa, de quem é muito próxima.

A maranhense de 16 anos veio de uma campanha de recuperação desde as semifinais. Depois de notas mais baixas que o esperado na etapa de voltas, recuperou-se na etapa de manobras, inclusive cravando a nota mais alta da história das Olimpíadas, um 92.68, para chegar à decisão, mais tarde superada por Coco.

Rayssa Leal se emocionou ao conquistar a medalha de bronze nas Olimpíadas de Paris. Foto: Vadim Ghirda/AP

A disputa do skate olímpico funciona da seguinte forma: as competidoras correm duas voltas de 45 minutos e apenas a mais alta conta; depois, são cinco tentativas de manobras, das quais são validadas as duas mais altas.

Na final, a volta inicial de Rayssa foi consistente. Como de costume, ela explorou muito bem suas variações de manobras nos corrimões. Embora tenha cometido um erro no começo, se recuperou e fechou a apresentação por cima dos dez degraus da escadaria mais longa da pista para cravar nota 71.66. Em seguida, observou a australiana Chloe Covell quase alcançá-la, com 70.33. Última na ordem da pista, a japonesa Coco Yoshizawa, melhor skatista das semifinais, foi a única a ultrapassar a brasileira, ao anotar 85.02.

Mais erros foram cometidos por Rayssa na segunda volta do que na primeira. Ela abriu a disputa errando a tentativa de um flip e também quando tentou encaixar manobra no corrimão após giro 360. Dessa forma, fechou apenas com um 34,70, nota descartada, portanto foi para a etapa das manobras únicas com 71.66 pontos. Á frente dela, ficaram o trio japonês Liz Akama (89.26), Coco Yoshizawa (86.80) Funa Nakayama (79.77) e a americana Paige Heyn (76.41) .

O início da disputa de manobras únicas foi de muitas quedas, inclusive para Rayssa, que errou a manobra e não pontuou. Ao fim da primeira rodada, apenas Akama (92.62), Chenxi (86.98) e Poe Pison (87.73) pontuaram.

A brasileira aparentou um pouco de nervosismo, mas conseguiu se recompor na segunda rodada para mostrar o foco e estilo de sempre. Foi assim que veio um flip para deslizar no corrimão rumo aos 92.88, a maior nota do dia, superando os os 92.68 conquistados por ela mesma na semifinal. Mesmo assim, terminou a rodada em quinto lugar da classificação geral.

Rayssa Leal subiu ao pódio olímpico pela segunda vez em duas Olimpíadas. Foto: Gaspar Nóbrega/COB

A excelente avaliação de Rayssa foi seguida por um novo erro, na terceira tentativa, zerando novamente. O mesmo se repetiu na quarta manobra, o que a fez chegar na última tentativa em quinto lugar, mas ainda com chances de conseguir subir ao pódio.

A situação se complicou, quando na mesma rodada, Coco Yoshizawa fez 96.49, superando a brasileira como dona da maior nota da história. Ainda em quinto na classificação geral, Rayssa foi para a última tentativa. Chamou a torcida, que gritou enlouquecidamente e a viu deslizar pelo corrimão, após um flip, para obter 88.33. Assim, subiu para terceiro lugar e de lá não foi mais retirada.

Como foram as semifinais

Na primeira parte da disputa da semifinal, as duas voltas de 45 segundos, Rayssa não foi bem e conseguiu como melhor nota 59,88, a menor entre as cinco competidoras da terceira bateria. A adolescente de 16 anos chorou na beira da pista antes de iniciar as manobras.

“Tava um pouco emocionada porque normalmente isso não acontece. É bem raro eu errar as duas voltas e com manobras muito simples. A gente se deixa levar pelo nervosismo. É coisa que acontece. Por ser um evento muito grande, aconteceu”, afirmou Rayssa à Cazé TV antes do início da quarta e última bateria.

Sob pressão, ela buscou a recuperação nas manobras e parecia bem menos tensa. Antes de suas tentativas, aparecia balançando o corpo, mais descontraída. Conseguiu 85,87 na primeira tentativa e 88,87 na segunda. Naquele momento já era a melhor da bateria. Recebeu 92,68, a maior nota da história olímpica, na terceira manobra e zerou nas duas últimas tentativas. Terminou com 241,43 na quinta posição antes da última bateria, que tinha cinco competidoras.

“Muita gente, muito barulho. Deixei me levar pelo barulho”, afirmou a brasileira, ressaltando que a Olimpíada é uma competição muito diferente das do circuito de skate.

Aos 13 anos e 203 dias, a skatista se tornou nos Jogos de Tóquio, a mais jovem brasileira não apenas a participar de uma edição olímpica, mas também a conquistar uma medalha. Pela segunda vez seguida, ela chega aos Jogos como a mais nova da delegação brasileira e com chance de se tornar ainda a mais jovem campeã olímpica do país.

As outras duas brasileiras na disputa não conseguiram avançar à final. Pamela Rosa terminou com 205,23, e Gabi Mazetto fechou com 145,75. “É até engraçado, parece que a história se repete”, afirmou Pamela à Cazé TV. “Dois dias antes da competição eu torci o pé de novo. Só de estar aqui e representar o skate feminino para mim é gratificante”, completou ela, chorando.

A brasileira se referia ao que aconteceu nos Jogos de Tóquio, em 2021, quando era uma das principais favoritas ao pódio na estreia olímpica do skate. Ela era a líder do ranking mundial, mas ficou fora da final e terminou na 10ª colocação. Depois da disputa, ela revelou que havia rompido o ligamento do tornozelo esquerdo dois dias antes de viajar ao Japão.

Gabi Mazetto, que disputou sua primeira Olimpíada, se mostrou satisfeita. “Tô bem feliz. Realizei um sonho”, afirmou ela. “Skate é isso, a gente acerta, a gente erra.”

O talento das skatistas japonesas se colocou no caminho do fenômeno Rayssa Leal em sua busca pela segunda medalha olímpica, durante a final da modalidade street nas Olimpíadas de Paris, mas não a impediu de subir ao pódio novamente. Igualmente talentosa e de estilo inconfundível, a brasileira de 16 anos passou a maior parte da disputa fora das três primeiras posições. Uma manobra incrível na última tentativa, contudo, a levou a conquistar o bronze de forma emocionante. Assim, tornou-se a atleta mais jovem a conseguir medalhas em duas edições diferentes dos Jogos.

“Fiquei muito nervosa, não vou mentir. A torcida foi demais. Nunca tinha sentido isso. Meu time me motivou, me deu um abraço. Eu estava cabisbaixa e achava que não dava mais certo. Na pressão, a gente esquece o real motivo de andar de skate. Eles falaram para eu lembrar de quando era pequenininha, quando eu só queria me divertir, levava o skate com aquela leveza. Foi isso que aconteceu. As duas manobras que eu acertei me deram o bronze”, disse à Cazé TV.

O ouro e a prata ficaram com o Japão. Coco Yoshizawa teve a maior nota da história do skate na Olimpíada - feito que era de Rayssa -, ao anotar 96.49 e foi a primeira colocada com pontuação total de 272.75, seguida pela compatriota Liz Akama, que ficou com 265.95. Já skatista do Brasil teve 253.37 como somatória final.

Primeira mulher campeã da Liga Mundial de Street e ícone da modalidade, a brasileira Letícia Bufoni foi para pista, sem skate, em uma breve cerimônia para decretar aberta a final. Antes disso, participava das transmissão da Rede Globo como repórter, ao mesmo tempo em que dava dicas para Rayssa, de quem é muito próxima.

A maranhense de 16 anos veio de uma campanha de recuperação desde as semifinais. Depois de notas mais baixas que o esperado na etapa de voltas, recuperou-se na etapa de manobras, inclusive cravando a nota mais alta da história das Olimpíadas, um 92.68, para chegar à decisão, mais tarde superada por Coco.

Rayssa Leal se emocionou ao conquistar a medalha de bronze nas Olimpíadas de Paris. Foto: Vadim Ghirda/AP

A disputa do skate olímpico funciona da seguinte forma: as competidoras correm duas voltas de 45 minutos e apenas a mais alta conta; depois, são cinco tentativas de manobras, das quais são validadas as duas mais altas.

Na final, a volta inicial de Rayssa foi consistente. Como de costume, ela explorou muito bem suas variações de manobras nos corrimões. Embora tenha cometido um erro no começo, se recuperou e fechou a apresentação por cima dos dez degraus da escadaria mais longa da pista para cravar nota 71.66. Em seguida, observou a australiana Chloe Covell quase alcançá-la, com 70.33. Última na ordem da pista, a japonesa Coco Yoshizawa, melhor skatista das semifinais, foi a única a ultrapassar a brasileira, ao anotar 85.02.

Mais erros foram cometidos por Rayssa na segunda volta do que na primeira. Ela abriu a disputa errando a tentativa de um flip e também quando tentou encaixar manobra no corrimão após giro 360. Dessa forma, fechou apenas com um 34,70, nota descartada, portanto foi para a etapa das manobras únicas com 71.66 pontos. Á frente dela, ficaram o trio japonês Liz Akama (89.26), Coco Yoshizawa (86.80) Funa Nakayama (79.77) e a americana Paige Heyn (76.41) .

O início da disputa de manobras únicas foi de muitas quedas, inclusive para Rayssa, que errou a manobra e não pontuou. Ao fim da primeira rodada, apenas Akama (92.62), Chenxi (86.98) e Poe Pison (87.73) pontuaram.

A brasileira aparentou um pouco de nervosismo, mas conseguiu se recompor na segunda rodada para mostrar o foco e estilo de sempre. Foi assim que veio um flip para deslizar no corrimão rumo aos 92.88, a maior nota do dia, superando os os 92.68 conquistados por ela mesma na semifinal. Mesmo assim, terminou a rodada em quinto lugar da classificação geral.

Rayssa Leal subiu ao pódio olímpico pela segunda vez em duas Olimpíadas. Foto: Gaspar Nóbrega/COB

A excelente avaliação de Rayssa foi seguida por um novo erro, na terceira tentativa, zerando novamente. O mesmo se repetiu na quarta manobra, o que a fez chegar na última tentativa em quinto lugar, mas ainda com chances de conseguir subir ao pódio.

A situação se complicou, quando na mesma rodada, Coco Yoshizawa fez 96.49, superando a brasileira como dona da maior nota da história. Ainda em quinto na classificação geral, Rayssa foi para a última tentativa. Chamou a torcida, que gritou enlouquecidamente e a viu deslizar pelo corrimão, após um flip, para obter 88.33. Assim, subiu para terceiro lugar e de lá não foi mais retirada.

Como foram as semifinais

Na primeira parte da disputa da semifinal, as duas voltas de 45 segundos, Rayssa não foi bem e conseguiu como melhor nota 59,88, a menor entre as cinco competidoras da terceira bateria. A adolescente de 16 anos chorou na beira da pista antes de iniciar as manobras.

“Tava um pouco emocionada porque normalmente isso não acontece. É bem raro eu errar as duas voltas e com manobras muito simples. A gente se deixa levar pelo nervosismo. É coisa que acontece. Por ser um evento muito grande, aconteceu”, afirmou Rayssa à Cazé TV antes do início da quarta e última bateria.

Sob pressão, ela buscou a recuperação nas manobras e parecia bem menos tensa. Antes de suas tentativas, aparecia balançando o corpo, mais descontraída. Conseguiu 85,87 na primeira tentativa e 88,87 na segunda. Naquele momento já era a melhor da bateria. Recebeu 92,68, a maior nota da história olímpica, na terceira manobra e zerou nas duas últimas tentativas. Terminou com 241,43 na quinta posição antes da última bateria, que tinha cinco competidoras.

“Muita gente, muito barulho. Deixei me levar pelo barulho”, afirmou a brasileira, ressaltando que a Olimpíada é uma competição muito diferente das do circuito de skate.

Aos 13 anos e 203 dias, a skatista se tornou nos Jogos de Tóquio, a mais jovem brasileira não apenas a participar de uma edição olímpica, mas também a conquistar uma medalha. Pela segunda vez seguida, ela chega aos Jogos como a mais nova da delegação brasileira e com chance de se tornar ainda a mais jovem campeã olímpica do país.

As outras duas brasileiras na disputa não conseguiram avançar à final. Pamela Rosa terminou com 205,23, e Gabi Mazetto fechou com 145,75. “É até engraçado, parece que a história se repete”, afirmou Pamela à Cazé TV. “Dois dias antes da competição eu torci o pé de novo. Só de estar aqui e representar o skate feminino para mim é gratificante”, completou ela, chorando.

A brasileira se referia ao que aconteceu nos Jogos de Tóquio, em 2021, quando era uma das principais favoritas ao pódio na estreia olímpica do skate. Ela era a líder do ranking mundial, mas ficou fora da final e terminou na 10ª colocação. Depois da disputa, ela revelou que havia rompido o ligamento do tornozelo esquerdo dois dias antes de viajar ao Japão.

Gabi Mazetto, que disputou sua primeira Olimpíada, se mostrou satisfeita. “Tô bem feliz. Realizei um sonho”, afirmou ela. “Skate é isso, a gente acerta, a gente erra.”

O talento das skatistas japonesas se colocou no caminho do fenômeno Rayssa Leal em sua busca pela segunda medalha olímpica, durante a final da modalidade street nas Olimpíadas de Paris, mas não a impediu de subir ao pódio novamente. Igualmente talentosa e de estilo inconfundível, a brasileira de 16 anos passou a maior parte da disputa fora das três primeiras posições. Uma manobra incrível na última tentativa, contudo, a levou a conquistar o bronze de forma emocionante. Assim, tornou-se a atleta mais jovem a conseguir medalhas em duas edições diferentes dos Jogos.

“Fiquei muito nervosa, não vou mentir. A torcida foi demais. Nunca tinha sentido isso. Meu time me motivou, me deu um abraço. Eu estava cabisbaixa e achava que não dava mais certo. Na pressão, a gente esquece o real motivo de andar de skate. Eles falaram para eu lembrar de quando era pequenininha, quando eu só queria me divertir, levava o skate com aquela leveza. Foi isso que aconteceu. As duas manobras que eu acertei me deram o bronze”, disse à Cazé TV.

O ouro e a prata ficaram com o Japão. Coco Yoshizawa teve a maior nota da história do skate na Olimpíada - feito que era de Rayssa -, ao anotar 96.49 e foi a primeira colocada com pontuação total de 272.75, seguida pela compatriota Liz Akama, que ficou com 265.95. Já skatista do Brasil teve 253.37 como somatória final.

Primeira mulher campeã da Liga Mundial de Street e ícone da modalidade, a brasileira Letícia Bufoni foi para pista, sem skate, em uma breve cerimônia para decretar aberta a final. Antes disso, participava das transmissão da Rede Globo como repórter, ao mesmo tempo em que dava dicas para Rayssa, de quem é muito próxima.

A maranhense de 16 anos veio de uma campanha de recuperação desde as semifinais. Depois de notas mais baixas que o esperado na etapa de voltas, recuperou-se na etapa de manobras, inclusive cravando a nota mais alta da história das Olimpíadas, um 92.68, para chegar à decisão, mais tarde superada por Coco.

Rayssa Leal se emocionou ao conquistar a medalha de bronze nas Olimpíadas de Paris. Foto: Vadim Ghirda/AP

A disputa do skate olímpico funciona da seguinte forma: as competidoras correm duas voltas de 45 minutos e apenas a mais alta conta; depois, são cinco tentativas de manobras, das quais são validadas as duas mais altas.

Na final, a volta inicial de Rayssa foi consistente. Como de costume, ela explorou muito bem suas variações de manobras nos corrimões. Embora tenha cometido um erro no começo, se recuperou e fechou a apresentação por cima dos dez degraus da escadaria mais longa da pista para cravar nota 71.66. Em seguida, observou a australiana Chloe Covell quase alcançá-la, com 70.33. Última na ordem da pista, a japonesa Coco Yoshizawa, melhor skatista das semifinais, foi a única a ultrapassar a brasileira, ao anotar 85.02.

Mais erros foram cometidos por Rayssa na segunda volta do que na primeira. Ela abriu a disputa errando a tentativa de um flip e também quando tentou encaixar manobra no corrimão após giro 360. Dessa forma, fechou apenas com um 34,70, nota descartada, portanto foi para a etapa das manobras únicas com 71.66 pontos. Á frente dela, ficaram o trio japonês Liz Akama (89.26), Coco Yoshizawa (86.80) Funa Nakayama (79.77) e a americana Paige Heyn (76.41) .

O início da disputa de manobras únicas foi de muitas quedas, inclusive para Rayssa, que errou a manobra e não pontuou. Ao fim da primeira rodada, apenas Akama (92.62), Chenxi (86.98) e Poe Pison (87.73) pontuaram.

A brasileira aparentou um pouco de nervosismo, mas conseguiu se recompor na segunda rodada para mostrar o foco e estilo de sempre. Foi assim que veio um flip para deslizar no corrimão rumo aos 92.88, a maior nota do dia, superando os os 92.68 conquistados por ela mesma na semifinal. Mesmo assim, terminou a rodada em quinto lugar da classificação geral.

Rayssa Leal subiu ao pódio olímpico pela segunda vez em duas Olimpíadas. Foto: Gaspar Nóbrega/COB

A excelente avaliação de Rayssa foi seguida por um novo erro, na terceira tentativa, zerando novamente. O mesmo se repetiu na quarta manobra, o que a fez chegar na última tentativa em quinto lugar, mas ainda com chances de conseguir subir ao pódio.

A situação se complicou, quando na mesma rodada, Coco Yoshizawa fez 96.49, superando a brasileira como dona da maior nota da história. Ainda em quinto na classificação geral, Rayssa foi para a última tentativa. Chamou a torcida, que gritou enlouquecidamente e a viu deslizar pelo corrimão, após um flip, para obter 88.33. Assim, subiu para terceiro lugar e de lá não foi mais retirada.

Como foram as semifinais

Na primeira parte da disputa da semifinal, as duas voltas de 45 segundos, Rayssa não foi bem e conseguiu como melhor nota 59,88, a menor entre as cinco competidoras da terceira bateria. A adolescente de 16 anos chorou na beira da pista antes de iniciar as manobras.

“Tava um pouco emocionada porque normalmente isso não acontece. É bem raro eu errar as duas voltas e com manobras muito simples. A gente se deixa levar pelo nervosismo. É coisa que acontece. Por ser um evento muito grande, aconteceu”, afirmou Rayssa à Cazé TV antes do início da quarta e última bateria.

Sob pressão, ela buscou a recuperação nas manobras e parecia bem menos tensa. Antes de suas tentativas, aparecia balançando o corpo, mais descontraída. Conseguiu 85,87 na primeira tentativa e 88,87 na segunda. Naquele momento já era a melhor da bateria. Recebeu 92,68, a maior nota da história olímpica, na terceira manobra e zerou nas duas últimas tentativas. Terminou com 241,43 na quinta posição antes da última bateria, que tinha cinco competidoras.

“Muita gente, muito barulho. Deixei me levar pelo barulho”, afirmou a brasileira, ressaltando que a Olimpíada é uma competição muito diferente das do circuito de skate.

Aos 13 anos e 203 dias, a skatista se tornou nos Jogos de Tóquio, a mais jovem brasileira não apenas a participar de uma edição olímpica, mas também a conquistar uma medalha. Pela segunda vez seguida, ela chega aos Jogos como a mais nova da delegação brasileira e com chance de se tornar ainda a mais jovem campeã olímpica do país.

As outras duas brasileiras na disputa não conseguiram avançar à final. Pamela Rosa terminou com 205,23, e Gabi Mazetto fechou com 145,75. “É até engraçado, parece que a história se repete”, afirmou Pamela à Cazé TV. “Dois dias antes da competição eu torci o pé de novo. Só de estar aqui e representar o skate feminino para mim é gratificante”, completou ela, chorando.

A brasileira se referia ao que aconteceu nos Jogos de Tóquio, em 2021, quando era uma das principais favoritas ao pódio na estreia olímpica do skate. Ela era a líder do ranking mundial, mas ficou fora da final e terminou na 10ª colocação. Depois da disputa, ela revelou que havia rompido o ligamento do tornozelo esquerdo dois dias antes de viajar ao Japão.

Gabi Mazetto, que disputou sua primeira Olimpíada, se mostrou satisfeita. “Tô bem feliz. Realizei um sonho”, afirmou ela. “Skate é isso, a gente acerta, a gente erra.”

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