Olimpíadas 2024: veja quantas medalhas a França ganhou a mais por ‘jogar em casa’


Delegação francesa supera salto da China em Pequim-2008 e fica no top 5 do quadro de medalhas; historicamente, países têm um salto nos Jogos que sediam

Por Murillo César Alves

EUA, China e… França. O quadro de medalhas da Olimpíada de Paris tem um novo país entre os primeiros colocados do ranking. O sucesso do país-sede, por sua vez, é comum nas últimas edições dos Jogos Olímpicos. A questão é o sucesso esportivo da França em 2024, que obteve um aumento de 60% no número de medalhas conquistadas. A marca é o superior ao que a China obteve em 2008, quando ficou à frente dos EUA em ouros.

A França é a terceira delegação que mais conquistou medalhas na Olimpíada de Paris, com 53. Teddy Riner, que acendeu a pira olímpica neste ano, é a referência nessa campanha francesa, com duas medalhas de ouro no judô (individual e por equipes). Em Tóquio 2020, terminou com 33 pódios. Segundo levantamento do Estadão, o mesmo acontece em todas as últimas Olimpíadas, desde Sydney-2000.

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A França superou o desempenho da China em Pequim-2008, que ficou à frente dos Estados Unidos no número de ouros conquistados – a delegação da casa foi 100 vezes ao pódio ao longo das duas semanas de Jogos. O desempenho, inclusive, resultou em uma questão ‘diplomática’ entre os países, com manifestações e debates sobre a maneira correta de contabilizar medalhas nos Jogos.

Há dois motivos principais para esse sucesso dos países-sede – e principalmente da França, que já acumulou seu melhor desempenho em uma Olimpíada. O primeiro é que a nação que sedia os Jogos Olímpicos tem, ao menos, um representante em todas as modalidades. Por isso que as delegações sempre terão o maior contingente de atletas na Olimpíada em que são sede – o Brasil, por exemplo, chegou a Paris com 277, enquanto 465 disputaram os Jogos em 2016, no Rio.

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Teddy Riner é o principal nome da delegação francesa em Paris. Foto: Valentine Chapuis/AFP

O mesmo vale para a França: são 572 atletas competindo em casa, que significa um aumento de 48% em relação à edição anterior disputada no Japão. No caso brasileiro, esse salto chegou a 79%, comparando as delegações de Londres-2012 e Rio-2016. Com mais atletas, maiores chances de pódio e, consequentemente, de vitórias.

O segundo motivo para o salto no quadro de medalhas é o investimento no esporte, desde que o país é escolhido como sede. No caso da França, a previsão é de que, em 2024, sejam investidos até 889 milhões de euros (R$ 5,4 bilhões, na cotação atual). No ano anterior, os números foram de 828 milhões de euros (cerca de R$ 5,1 bilhões).

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“O objetivo não é apenas ter medalhas, é colocar o esporte no coração da nação”, disse Emmanuel Macron, presidente da França, em 2021, quando visitou o local de construção da vila olímpica de Paris, em Saint-Denis. À época, foi anunciado um investimento de 200 milhões de euros para a construção de 5 mil centros esportivos no país.

Para o Brasil, o plano foi semelhante. Entre 2013 e 2016, foram gastos R$ 3,2 bilhões, segundo levantamento do projeto Transparência no Esporte, da Universidade Federal de Brasília (UnB), em 2021. Ele não considera a construção das arenas e obras de infraestrutura para o Rio-2016, apenas investimentos no esporte e na Comitê Brasileiro do Brasil.

Reflexos de sediar os Jogos

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O plano da França é utilizar desse crescimento nos Jogos de Paris para se manter como uma potência mundial em Los Angeles-2028. O desempenho em 2024 mostra que isso é possível: dos seis primeiros colocados no quadro pelo número geral de medalhas, cinco sediaram a Olimpíada no século 21 (China, França, Grã-Bretanha, Austrália e Japão). A exceção é o EUA, que recebeu a competição pela última vez em Atlanta-1996, antes de sediar em 2028.

Como Macron afirmou, no início do ciclo olímpico, o plano é manter esse sucesso para os próximos Jogos. À exceção do Japão, que observou uma queda no número de conquistas em Paris em relação a Tóquio – mesmo que continue entre as nações mais vitoriosas neste ano –, as demais mostraram uma continuidade nos sucessos esportivos no ciclo seguinte.

No levantamento do Estadão, compara-se o total de medalhas conquistadas do ciclo posterior ao que foi sede com aquele antes de receber os Jogos. No caso do Brasil, Tóquio-2020 em comparação Londres-2012; para a China, Londres-2012 e Atenas-2004 – e assim sucessivamente.

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Neste critério, China e Grã-Bretanha são os países que, no quadro de medalhas, mais mantiveram suas conquistas após sediar os Jogos. Em 2012, a China registrou um aumento de 46% em relação a Atenas-2004; já a Grã-Bretanha, em 2016, 31% em relação a Pequim-2008.

O próprio Brasil teve esse impacto pós Rio-2016. Desde 2012, a delegação brasileira aumenta seu recorde de medalhas conquistadas: 23% em relação a Londres-2012 A meta do COB era de, em Paris, superar Tóquio-2020 e alcançar ao menos 22 medalhas. Com 16 até agora, a poucos dias do fim das disputas, ‘corre atrás’ do prejuízo para não ter a pior Olimpíada em 20 anos.

EUA, China e… França. O quadro de medalhas da Olimpíada de Paris tem um novo país entre os primeiros colocados do ranking. O sucesso do país-sede, por sua vez, é comum nas últimas edições dos Jogos Olímpicos. A questão é o sucesso esportivo da França em 2024, que obteve um aumento de 60% no número de medalhas conquistadas. A marca é o superior ao que a China obteve em 2008, quando ficou à frente dos EUA em ouros.

A França é a terceira delegação que mais conquistou medalhas na Olimpíada de Paris, com 53. Teddy Riner, que acendeu a pira olímpica neste ano, é a referência nessa campanha francesa, com duas medalhas de ouro no judô (individual e por equipes). Em Tóquio 2020, terminou com 33 pódios. Segundo levantamento do Estadão, o mesmo acontece em todas as últimas Olimpíadas, desde Sydney-2000.

A França superou o desempenho da China em Pequim-2008, que ficou à frente dos Estados Unidos no número de ouros conquistados – a delegação da casa foi 100 vezes ao pódio ao longo das duas semanas de Jogos. O desempenho, inclusive, resultou em uma questão ‘diplomática’ entre os países, com manifestações e debates sobre a maneira correta de contabilizar medalhas nos Jogos.

Há dois motivos principais para esse sucesso dos países-sede – e principalmente da França, que já acumulou seu melhor desempenho em uma Olimpíada. O primeiro é que a nação que sedia os Jogos Olímpicos tem, ao menos, um representante em todas as modalidades. Por isso que as delegações sempre terão o maior contingente de atletas na Olimpíada em que são sede – o Brasil, por exemplo, chegou a Paris com 277, enquanto 465 disputaram os Jogos em 2016, no Rio.

Teddy Riner é o principal nome da delegação francesa em Paris. Foto: Valentine Chapuis/AFP

O mesmo vale para a França: são 572 atletas competindo em casa, que significa um aumento de 48% em relação à edição anterior disputada no Japão. No caso brasileiro, esse salto chegou a 79%, comparando as delegações de Londres-2012 e Rio-2016. Com mais atletas, maiores chances de pódio e, consequentemente, de vitórias.

O segundo motivo para o salto no quadro de medalhas é o investimento no esporte, desde que o país é escolhido como sede. No caso da França, a previsão é de que, em 2024, sejam investidos até 889 milhões de euros (R$ 5,4 bilhões, na cotação atual). No ano anterior, os números foram de 828 milhões de euros (cerca de R$ 5,1 bilhões).

“O objetivo não é apenas ter medalhas, é colocar o esporte no coração da nação”, disse Emmanuel Macron, presidente da França, em 2021, quando visitou o local de construção da vila olímpica de Paris, em Saint-Denis. À época, foi anunciado um investimento de 200 milhões de euros para a construção de 5 mil centros esportivos no país.

Para o Brasil, o plano foi semelhante. Entre 2013 e 2016, foram gastos R$ 3,2 bilhões, segundo levantamento do projeto Transparência no Esporte, da Universidade Federal de Brasília (UnB), em 2021. Ele não considera a construção das arenas e obras de infraestrutura para o Rio-2016, apenas investimentos no esporte e na Comitê Brasileiro do Brasil.

Reflexos de sediar os Jogos

O plano da França é utilizar desse crescimento nos Jogos de Paris para se manter como uma potência mundial em Los Angeles-2028. O desempenho em 2024 mostra que isso é possível: dos seis primeiros colocados no quadro pelo número geral de medalhas, cinco sediaram a Olimpíada no século 21 (China, França, Grã-Bretanha, Austrália e Japão). A exceção é o EUA, que recebeu a competição pela última vez em Atlanta-1996, antes de sediar em 2028.

Como Macron afirmou, no início do ciclo olímpico, o plano é manter esse sucesso para os próximos Jogos. À exceção do Japão, que observou uma queda no número de conquistas em Paris em relação a Tóquio – mesmo que continue entre as nações mais vitoriosas neste ano –, as demais mostraram uma continuidade nos sucessos esportivos no ciclo seguinte.

No levantamento do Estadão, compara-se o total de medalhas conquistadas do ciclo posterior ao que foi sede com aquele antes de receber os Jogos. No caso do Brasil, Tóquio-2020 em comparação Londres-2012; para a China, Londres-2012 e Atenas-2004 – e assim sucessivamente.

Neste critério, China e Grã-Bretanha são os países que, no quadro de medalhas, mais mantiveram suas conquistas após sediar os Jogos. Em 2012, a China registrou um aumento de 46% em relação a Atenas-2004; já a Grã-Bretanha, em 2016, 31% em relação a Pequim-2008.

O próprio Brasil teve esse impacto pós Rio-2016. Desde 2012, a delegação brasileira aumenta seu recorde de medalhas conquistadas: 23% em relação a Londres-2012 A meta do COB era de, em Paris, superar Tóquio-2020 e alcançar ao menos 22 medalhas. Com 16 até agora, a poucos dias do fim das disputas, ‘corre atrás’ do prejuízo para não ter a pior Olimpíada em 20 anos.

EUA, China e… França. O quadro de medalhas da Olimpíada de Paris tem um novo país entre os primeiros colocados do ranking. O sucesso do país-sede, por sua vez, é comum nas últimas edições dos Jogos Olímpicos. A questão é o sucesso esportivo da França em 2024, que obteve um aumento de 60% no número de medalhas conquistadas. A marca é o superior ao que a China obteve em 2008, quando ficou à frente dos EUA em ouros.

A França é a terceira delegação que mais conquistou medalhas na Olimpíada de Paris, com 53. Teddy Riner, que acendeu a pira olímpica neste ano, é a referência nessa campanha francesa, com duas medalhas de ouro no judô (individual e por equipes). Em Tóquio 2020, terminou com 33 pódios. Segundo levantamento do Estadão, o mesmo acontece em todas as últimas Olimpíadas, desde Sydney-2000.

A França superou o desempenho da China em Pequim-2008, que ficou à frente dos Estados Unidos no número de ouros conquistados – a delegação da casa foi 100 vezes ao pódio ao longo das duas semanas de Jogos. O desempenho, inclusive, resultou em uma questão ‘diplomática’ entre os países, com manifestações e debates sobre a maneira correta de contabilizar medalhas nos Jogos.

Há dois motivos principais para esse sucesso dos países-sede – e principalmente da França, que já acumulou seu melhor desempenho em uma Olimpíada. O primeiro é que a nação que sedia os Jogos Olímpicos tem, ao menos, um representante em todas as modalidades. Por isso que as delegações sempre terão o maior contingente de atletas na Olimpíada em que são sede – o Brasil, por exemplo, chegou a Paris com 277, enquanto 465 disputaram os Jogos em 2016, no Rio.

Teddy Riner é o principal nome da delegação francesa em Paris. Foto: Valentine Chapuis/AFP

O mesmo vale para a França: são 572 atletas competindo em casa, que significa um aumento de 48% em relação à edição anterior disputada no Japão. No caso brasileiro, esse salto chegou a 79%, comparando as delegações de Londres-2012 e Rio-2016. Com mais atletas, maiores chances de pódio e, consequentemente, de vitórias.

O segundo motivo para o salto no quadro de medalhas é o investimento no esporte, desde que o país é escolhido como sede. No caso da França, a previsão é de que, em 2024, sejam investidos até 889 milhões de euros (R$ 5,4 bilhões, na cotação atual). No ano anterior, os números foram de 828 milhões de euros (cerca de R$ 5,1 bilhões).

“O objetivo não é apenas ter medalhas, é colocar o esporte no coração da nação”, disse Emmanuel Macron, presidente da França, em 2021, quando visitou o local de construção da vila olímpica de Paris, em Saint-Denis. À época, foi anunciado um investimento de 200 milhões de euros para a construção de 5 mil centros esportivos no país.

Para o Brasil, o plano foi semelhante. Entre 2013 e 2016, foram gastos R$ 3,2 bilhões, segundo levantamento do projeto Transparência no Esporte, da Universidade Federal de Brasília (UnB), em 2021. Ele não considera a construção das arenas e obras de infraestrutura para o Rio-2016, apenas investimentos no esporte e na Comitê Brasileiro do Brasil.

Reflexos de sediar os Jogos

O plano da França é utilizar desse crescimento nos Jogos de Paris para se manter como uma potência mundial em Los Angeles-2028. O desempenho em 2024 mostra que isso é possível: dos seis primeiros colocados no quadro pelo número geral de medalhas, cinco sediaram a Olimpíada no século 21 (China, França, Grã-Bretanha, Austrália e Japão). A exceção é o EUA, que recebeu a competição pela última vez em Atlanta-1996, antes de sediar em 2028.

Como Macron afirmou, no início do ciclo olímpico, o plano é manter esse sucesso para os próximos Jogos. À exceção do Japão, que observou uma queda no número de conquistas em Paris em relação a Tóquio – mesmo que continue entre as nações mais vitoriosas neste ano –, as demais mostraram uma continuidade nos sucessos esportivos no ciclo seguinte.

No levantamento do Estadão, compara-se o total de medalhas conquistadas do ciclo posterior ao que foi sede com aquele antes de receber os Jogos. No caso do Brasil, Tóquio-2020 em comparação Londres-2012; para a China, Londres-2012 e Atenas-2004 – e assim sucessivamente.

Neste critério, China e Grã-Bretanha são os países que, no quadro de medalhas, mais mantiveram suas conquistas após sediar os Jogos. Em 2012, a China registrou um aumento de 46% em relação a Atenas-2004; já a Grã-Bretanha, em 2016, 31% em relação a Pequim-2008.

O próprio Brasil teve esse impacto pós Rio-2016. Desde 2012, a delegação brasileira aumenta seu recorde de medalhas conquistadas: 23% em relação a Londres-2012 A meta do COB era de, em Paris, superar Tóquio-2020 e alcançar ao menos 22 medalhas. Com 16 até agora, a poucos dias do fim das disputas, ‘corre atrás’ do prejuízo para não ter a pior Olimpíada em 20 anos.

EUA, China e… França. O quadro de medalhas da Olimpíada de Paris tem um novo país entre os primeiros colocados do ranking. O sucesso do país-sede, por sua vez, é comum nas últimas edições dos Jogos Olímpicos. A questão é o sucesso esportivo da França em 2024, que obteve um aumento de 60% no número de medalhas conquistadas. A marca é o superior ao que a China obteve em 2008, quando ficou à frente dos EUA em ouros.

A França é a terceira delegação que mais conquistou medalhas na Olimpíada de Paris, com 53. Teddy Riner, que acendeu a pira olímpica neste ano, é a referência nessa campanha francesa, com duas medalhas de ouro no judô (individual e por equipes). Em Tóquio 2020, terminou com 33 pódios. Segundo levantamento do Estadão, o mesmo acontece em todas as últimas Olimpíadas, desde Sydney-2000.

A França superou o desempenho da China em Pequim-2008, que ficou à frente dos Estados Unidos no número de ouros conquistados – a delegação da casa foi 100 vezes ao pódio ao longo das duas semanas de Jogos. O desempenho, inclusive, resultou em uma questão ‘diplomática’ entre os países, com manifestações e debates sobre a maneira correta de contabilizar medalhas nos Jogos.

Há dois motivos principais para esse sucesso dos países-sede – e principalmente da França, que já acumulou seu melhor desempenho em uma Olimpíada. O primeiro é que a nação que sedia os Jogos Olímpicos tem, ao menos, um representante em todas as modalidades. Por isso que as delegações sempre terão o maior contingente de atletas na Olimpíada em que são sede – o Brasil, por exemplo, chegou a Paris com 277, enquanto 465 disputaram os Jogos em 2016, no Rio.

Teddy Riner é o principal nome da delegação francesa em Paris. Foto: Valentine Chapuis/AFP

O mesmo vale para a França: são 572 atletas competindo em casa, que significa um aumento de 48% em relação à edição anterior disputada no Japão. No caso brasileiro, esse salto chegou a 79%, comparando as delegações de Londres-2012 e Rio-2016. Com mais atletas, maiores chances de pódio e, consequentemente, de vitórias.

O segundo motivo para o salto no quadro de medalhas é o investimento no esporte, desde que o país é escolhido como sede. No caso da França, a previsão é de que, em 2024, sejam investidos até 889 milhões de euros (R$ 5,4 bilhões, na cotação atual). No ano anterior, os números foram de 828 milhões de euros (cerca de R$ 5,1 bilhões).

“O objetivo não é apenas ter medalhas, é colocar o esporte no coração da nação”, disse Emmanuel Macron, presidente da França, em 2021, quando visitou o local de construção da vila olímpica de Paris, em Saint-Denis. À época, foi anunciado um investimento de 200 milhões de euros para a construção de 5 mil centros esportivos no país.

Para o Brasil, o plano foi semelhante. Entre 2013 e 2016, foram gastos R$ 3,2 bilhões, segundo levantamento do projeto Transparência no Esporte, da Universidade Federal de Brasília (UnB), em 2021. Ele não considera a construção das arenas e obras de infraestrutura para o Rio-2016, apenas investimentos no esporte e na Comitê Brasileiro do Brasil.

Reflexos de sediar os Jogos

O plano da França é utilizar desse crescimento nos Jogos de Paris para se manter como uma potência mundial em Los Angeles-2028. O desempenho em 2024 mostra que isso é possível: dos seis primeiros colocados no quadro pelo número geral de medalhas, cinco sediaram a Olimpíada no século 21 (China, França, Grã-Bretanha, Austrália e Japão). A exceção é o EUA, que recebeu a competição pela última vez em Atlanta-1996, antes de sediar em 2028.

Como Macron afirmou, no início do ciclo olímpico, o plano é manter esse sucesso para os próximos Jogos. À exceção do Japão, que observou uma queda no número de conquistas em Paris em relação a Tóquio – mesmo que continue entre as nações mais vitoriosas neste ano –, as demais mostraram uma continuidade nos sucessos esportivos no ciclo seguinte.

No levantamento do Estadão, compara-se o total de medalhas conquistadas do ciclo posterior ao que foi sede com aquele antes de receber os Jogos. No caso do Brasil, Tóquio-2020 em comparação Londres-2012; para a China, Londres-2012 e Atenas-2004 – e assim sucessivamente.

Neste critério, China e Grã-Bretanha são os países que, no quadro de medalhas, mais mantiveram suas conquistas após sediar os Jogos. Em 2012, a China registrou um aumento de 46% em relação a Atenas-2004; já a Grã-Bretanha, em 2016, 31% em relação a Pequim-2008.

O próprio Brasil teve esse impacto pós Rio-2016. Desde 2012, a delegação brasileira aumenta seu recorde de medalhas conquistadas: 23% em relação a Londres-2012 A meta do COB era de, em Paris, superar Tóquio-2020 e alcançar ao menos 22 medalhas. Com 16 até agora, a poucos dias do fim das disputas, ‘corre atrás’ do prejuízo para não ter a pior Olimpíada em 20 anos.

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