Olimpíadas: ciclista venceu ouro apenas 6 anos após deixar emprego no mercado financeiro


Kristen Faulkner é formada em Harvard e trabalhava com gestão de capital de risco até seguir sonho olímpico; ela foi a Paris por causa de desistência de outra atleta

Por Leonardo Catto

Kristen Faulkner já falou que disputar uma Olimpíada era um sonho de infância. A vida seguiu outro plano, não menos bem-sucedido: a garota do Alaska formou-se em computação por Harvard e chegou a trabalhar por seis anos como associada de uma gestora de capital de risco. Ela decidiu recalcular a rota depois de começar a praticar o ciclismo como hobby e acabou como campeã nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

Aos 31 anos, Kristen conquistou o ouro no ciclismo de estrada na capital francesa. Isso representou a quebra de um tabu de 40 anos. A última campeã dos Estados Unidos na modalidade havia sido Connie Carpenter-Finney, em Los Angeles-1984. Parece ser uma história do acaso quando é acrescentada a informação de que a ciclista só foi convocada porque sua colega Taylor Knibb desistiu da sua participação para focar no triatlo.

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Mas não foi acaso. Em 2017, a norte-americana vivia em Nova York e se inscreveu em uma aula de bicicleta no Central Park. Ela mal sabia calçar as sapatilhas de ciclismo. “Participar nos Jogos Olímpicos era o maior sonho que eu tinha desde os oito anos, quando vi a competição em Sidney. E agora é um sonho que se tornou realidade. Continuo a olhar para aquela faixa na chegada e a pensar como o meu nome foi parar ali”, confessou ela após o título, no último domingo, 4. Se era pouco, ela ainda integrou a equipe americana campeã olímpica na prova do ciclismo de pista em perseguição, novamente com o ouro, na quarta-feira, 7.

Kristen Faulkner subiu ao topo do pódio no Trocadéro, em Paris. Foto: Thibault Camus/AP

Na sua cidade natal, Kristen trabalhava limpando mesas e trocando lençóis no resort que era o negócio da família. Ela gostava de atividades físicas, como corrida e nado. “(O Alaska) foi o que me fez ser forte. Me fez resiliente”, declarou ao The Wall Street Journal, sobre o ímpeto em explorar seus limites.

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Iniciando a vida adulta, ela se mudou para Massachusetts, quando foi cursar a graduação em Harvard. Lá a ciclista fez parte do time de remo até se formar e mudar-se mais uma vez, agora para Nova York.

Trabalhando como investidora associada em uma gestora de capital de risco (ou venture capital, investimentos alternativos, ligados a empresas de negócios inovadores e com potencial de crescimento).

Foi quando ela começou a prática do pedal. Comprou todos os materiais necessários, e até mais. Melhorou a prática e descobriu um hobby.

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Mais uma mudança a levou para a Costa Oeste dos Estados Unidos, no Vale do Silício. Kristen ainda trabalhava com venture capital, ligado a empresa de software e saúde.

Ainda trabalhando com o mercado financeiro, a analista de investimentos passou a ser cada vez mais atleta e até passou a integrar um time de ciclismo local. Em 2021, então, veio a decisão: largar a carreira corporativa e viver totalmente no esporte.

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“Aprendi como calcular riscos e avaliar riscos”, disse ela. “Em uma corrida, levo comigo essa mentalidade: qual é a relação risco-recompensa? Saber quando apostar tudo”.

O caminho dela não era inédito até então. A ciclista Evelyn Stevens, que representou os Estados Unidos em Londres-2012 e Rio-2016, também deixou Wall Street para virar atleta.

Kristen, contudo, teve uma ascensão meteórica. Ainda antes do ouro olímpico, ela já tinha destaque em provas como La Vuelta Femenina, na Espanha, e Omloop van het Hageland, na Bélgica, duas competições de elite no ciclismo europeu. Hoje ela integra a equipe EF Education, vive e treina na cidade espanhola de Girona.

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“Isso tem sido um turbilhão e aconteceu muito rápido. Primeiro, deixei meu emprego e depois me mudei para a Europa e estou fazendo isso em tempo integral. Mesmo para as pessoas mais próximas a mim tem sido um turbilhão. Para mim, eu amo aprender, e amo novos desafios e sinto que o ciclismo nos últimos anos sempre foi uma constante, estou sempre aprendendo”, refletiu após o ouro.

Kristen comemorou, exausta, o ouro olímpico. Foto: Thibault Camus/AP

Acidente a tirou da Volta da França e ameaçou participação nas Olimpíadas de Paris

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Em 2023, quando praticava o pedal na Califórnia, a ciclista se envolveu em um acidente que fraturou seu o joelho. A Volta da França foi missão abortada por condições médicas. O foco foi em buscar a vaga olímpica, que era sua obsessão.

“Não era se eu iria ou não continuar, era como eu iria”, contou à televisão norte-americana NBC News.

Kristen não queria participar em vão. Ela buscar um lugar ao pódio, medindo os riscos, claro. “Falei que só iria correr se eu me sentisse forte e tivesse chance de medalha”, contou. “Eu sabia que seria uma prova dura, mas, se eu estava correndo, era para ganhar. Eu fiz essa promessa às minhas colegas de time”.

Para ela, a força de resiliência veio da primeira parte da vida, no Alaska. É uma parte que ela sempre carregou consigo, inclusive nos 273km de extensão da prova que tinha Paris como ponto de partida e chegada, no Trocadéro, próximo da Torre Eiffel. Ali, Kristen teve seu maior ganho. “Eu descobri algo que eu realmente amo. E eu acho que isso é a parte mais bonita.”

Kristen Faulkner já falou que disputar uma Olimpíada era um sonho de infância. A vida seguiu outro plano, não menos bem-sucedido: a garota do Alaska formou-se em computação por Harvard e chegou a trabalhar por seis anos como associada de uma gestora de capital de risco. Ela decidiu recalcular a rota depois de começar a praticar o ciclismo como hobby e acabou como campeã nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

Aos 31 anos, Kristen conquistou o ouro no ciclismo de estrada na capital francesa. Isso representou a quebra de um tabu de 40 anos. A última campeã dos Estados Unidos na modalidade havia sido Connie Carpenter-Finney, em Los Angeles-1984. Parece ser uma história do acaso quando é acrescentada a informação de que a ciclista só foi convocada porque sua colega Taylor Knibb desistiu da sua participação para focar no triatlo.

Mas não foi acaso. Em 2017, a norte-americana vivia em Nova York e se inscreveu em uma aula de bicicleta no Central Park. Ela mal sabia calçar as sapatilhas de ciclismo. “Participar nos Jogos Olímpicos era o maior sonho que eu tinha desde os oito anos, quando vi a competição em Sidney. E agora é um sonho que se tornou realidade. Continuo a olhar para aquela faixa na chegada e a pensar como o meu nome foi parar ali”, confessou ela após o título, no último domingo, 4. Se era pouco, ela ainda integrou a equipe americana campeã olímpica na prova do ciclismo de pista em perseguição, novamente com o ouro, na quarta-feira, 7.

Kristen Faulkner subiu ao topo do pódio no Trocadéro, em Paris. Foto: Thibault Camus/AP

Na sua cidade natal, Kristen trabalhava limpando mesas e trocando lençóis no resort que era o negócio da família. Ela gostava de atividades físicas, como corrida e nado. “(O Alaska) foi o que me fez ser forte. Me fez resiliente”, declarou ao The Wall Street Journal, sobre o ímpeto em explorar seus limites.

Iniciando a vida adulta, ela se mudou para Massachusetts, quando foi cursar a graduação em Harvard. Lá a ciclista fez parte do time de remo até se formar e mudar-se mais uma vez, agora para Nova York.

Trabalhando como investidora associada em uma gestora de capital de risco (ou venture capital, investimentos alternativos, ligados a empresas de negócios inovadores e com potencial de crescimento).

Foi quando ela começou a prática do pedal. Comprou todos os materiais necessários, e até mais. Melhorou a prática e descobriu um hobby.

Mais uma mudança a levou para a Costa Oeste dos Estados Unidos, no Vale do Silício. Kristen ainda trabalhava com venture capital, ligado a empresa de software e saúde.

Ainda trabalhando com o mercado financeiro, a analista de investimentos passou a ser cada vez mais atleta e até passou a integrar um time de ciclismo local. Em 2021, então, veio a decisão: largar a carreira corporativa e viver totalmente no esporte.

“Aprendi como calcular riscos e avaliar riscos”, disse ela. “Em uma corrida, levo comigo essa mentalidade: qual é a relação risco-recompensa? Saber quando apostar tudo”.

O caminho dela não era inédito até então. A ciclista Evelyn Stevens, que representou os Estados Unidos em Londres-2012 e Rio-2016, também deixou Wall Street para virar atleta.

Kristen, contudo, teve uma ascensão meteórica. Ainda antes do ouro olímpico, ela já tinha destaque em provas como La Vuelta Femenina, na Espanha, e Omloop van het Hageland, na Bélgica, duas competições de elite no ciclismo europeu. Hoje ela integra a equipe EF Education, vive e treina na cidade espanhola de Girona.

“Isso tem sido um turbilhão e aconteceu muito rápido. Primeiro, deixei meu emprego e depois me mudei para a Europa e estou fazendo isso em tempo integral. Mesmo para as pessoas mais próximas a mim tem sido um turbilhão. Para mim, eu amo aprender, e amo novos desafios e sinto que o ciclismo nos últimos anos sempre foi uma constante, estou sempre aprendendo”, refletiu após o ouro.

Kristen comemorou, exausta, o ouro olímpico. Foto: Thibault Camus/AP

Acidente a tirou da Volta da França e ameaçou participação nas Olimpíadas de Paris

Em 2023, quando praticava o pedal na Califórnia, a ciclista se envolveu em um acidente que fraturou seu o joelho. A Volta da França foi missão abortada por condições médicas. O foco foi em buscar a vaga olímpica, que era sua obsessão.

“Não era se eu iria ou não continuar, era como eu iria”, contou à televisão norte-americana NBC News.

Kristen não queria participar em vão. Ela buscar um lugar ao pódio, medindo os riscos, claro. “Falei que só iria correr se eu me sentisse forte e tivesse chance de medalha”, contou. “Eu sabia que seria uma prova dura, mas, se eu estava correndo, era para ganhar. Eu fiz essa promessa às minhas colegas de time”.

Para ela, a força de resiliência veio da primeira parte da vida, no Alaska. É uma parte que ela sempre carregou consigo, inclusive nos 273km de extensão da prova que tinha Paris como ponto de partida e chegada, no Trocadéro, próximo da Torre Eiffel. Ali, Kristen teve seu maior ganho. “Eu descobri algo que eu realmente amo. E eu acho que isso é a parte mais bonita.”

Kristen Faulkner já falou que disputar uma Olimpíada era um sonho de infância. A vida seguiu outro plano, não menos bem-sucedido: a garota do Alaska formou-se em computação por Harvard e chegou a trabalhar por seis anos como associada de uma gestora de capital de risco. Ela decidiu recalcular a rota depois de começar a praticar o ciclismo como hobby e acabou como campeã nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

Aos 31 anos, Kristen conquistou o ouro no ciclismo de estrada na capital francesa. Isso representou a quebra de um tabu de 40 anos. A última campeã dos Estados Unidos na modalidade havia sido Connie Carpenter-Finney, em Los Angeles-1984. Parece ser uma história do acaso quando é acrescentada a informação de que a ciclista só foi convocada porque sua colega Taylor Knibb desistiu da sua participação para focar no triatlo.

Mas não foi acaso. Em 2017, a norte-americana vivia em Nova York e se inscreveu em uma aula de bicicleta no Central Park. Ela mal sabia calçar as sapatilhas de ciclismo. “Participar nos Jogos Olímpicos era o maior sonho que eu tinha desde os oito anos, quando vi a competição em Sidney. E agora é um sonho que se tornou realidade. Continuo a olhar para aquela faixa na chegada e a pensar como o meu nome foi parar ali”, confessou ela após o título, no último domingo, 4. Se era pouco, ela ainda integrou a equipe americana campeã olímpica na prova do ciclismo de pista em perseguição, novamente com o ouro, na quarta-feira, 7.

Kristen Faulkner subiu ao topo do pódio no Trocadéro, em Paris. Foto: Thibault Camus/AP

Na sua cidade natal, Kristen trabalhava limpando mesas e trocando lençóis no resort que era o negócio da família. Ela gostava de atividades físicas, como corrida e nado. “(O Alaska) foi o que me fez ser forte. Me fez resiliente”, declarou ao The Wall Street Journal, sobre o ímpeto em explorar seus limites.

Iniciando a vida adulta, ela se mudou para Massachusetts, quando foi cursar a graduação em Harvard. Lá a ciclista fez parte do time de remo até se formar e mudar-se mais uma vez, agora para Nova York.

Trabalhando como investidora associada em uma gestora de capital de risco (ou venture capital, investimentos alternativos, ligados a empresas de negócios inovadores e com potencial de crescimento).

Foi quando ela começou a prática do pedal. Comprou todos os materiais necessários, e até mais. Melhorou a prática e descobriu um hobby.

Mais uma mudança a levou para a Costa Oeste dos Estados Unidos, no Vale do Silício. Kristen ainda trabalhava com venture capital, ligado a empresa de software e saúde.

Ainda trabalhando com o mercado financeiro, a analista de investimentos passou a ser cada vez mais atleta e até passou a integrar um time de ciclismo local. Em 2021, então, veio a decisão: largar a carreira corporativa e viver totalmente no esporte.

“Aprendi como calcular riscos e avaliar riscos”, disse ela. “Em uma corrida, levo comigo essa mentalidade: qual é a relação risco-recompensa? Saber quando apostar tudo”.

O caminho dela não era inédito até então. A ciclista Evelyn Stevens, que representou os Estados Unidos em Londres-2012 e Rio-2016, também deixou Wall Street para virar atleta.

Kristen, contudo, teve uma ascensão meteórica. Ainda antes do ouro olímpico, ela já tinha destaque em provas como La Vuelta Femenina, na Espanha, e Omloop van het Hageland, na Bélgica, duas competições de elite no ciclismo europeu. Hoje ela integra a equipe EF Education, vive e treina na cidade espanhola de Girona.

“Isso tem sido um turbilhão e aconteceu muito rápido. Primeiro, deixei meu emprego e depois me mudei para a Europa e estou fazendo isso em tempo integral. Mesmo para as pessoas mais próximas a mim tem sido um turbilhão. Para mim, eu amo aprender, e amo novos desafios e sinto que o ciclismo nos últimos anos sempre foi uma constante, estou sempre aprendendo”, refletiu após o ouro.

Kristen comemorou, exausta, o ouro olímpico. Foto: Thibault Camus/AP

Acidente a tirou da Volta da França e ameaçou participação nas Olimpíadas de Paris

Em 2023, quando praticava o pedal na Califórnia, a ciclista se envolveu em um acidente que fraturou seu o joelho. A Volta da França foi missão abortada por condições médicas. O foco foi em buscar a vaga olímpica, que era sua obsessão.

“Não era se eu iria ou não continuar, era como eu iria”, contou à televisão norte-americana NBC News.

Kristen não queria participar em vão. Ela buscar um lugar ao pódio, medindo os riscos, claro. “Falei que só iria correr se eu me sentisse forte e tivesse chance de medalha”, contou. “Eu sabia que seria uma prova dura, mas, se eu estava correndo, era para ganhar. Eu fiz essa promessa às minhas colegas de time”.

Para ela, a força de resiliência veio da primeira parte da vida, no Alaska. É uma parte que ela sempre carregou consigo, inclusive nos 273km de extensão da prova que tinha Paris como ponto de partida e chegada, no Trocadéro, próximo da Torre Eiffel. Ali, Kristen teve seu maior ganho. “Eu descobri algo que eu realmente amo. E eu acho que isso é a parte mais bonita.”

Kristen Faulkner já falou que disputar uma Olimpíada era um sonho de infância. A vida seguiu outro plano, não menos bem-sucedido: a garota do Alaska formou-se em computação por Harvard e chegou a trabalhar por seis anos como associada de uma gestora de capital de risco. Ela decidiu recalcular a rota depois de começar a praticar o ciclismo como hobby e acabou como campeã nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

Aos 31 anos, Kristen conquistou o ouro no ciclismo de estrada na capital francesa. Isso representou a quebra de um tabu de 40 anos. A última campeã dos Estados Unidos na modalidade havia sido Connie Carpenter-Finney, em Los Angeles-1984. Parece ser uma história do acaso quando é acrescentada a informação de que a ciclista só foi convocada porque sua colega Taylor Knibb desistiu da sua participação para focar no triatlo.

Mas não foi acaso. Em 2017, a norte-americana vivia em Nova York e se inscreveu em uma aula de bicicleta no Central Park. Ela mal sabia calçar as sapatilhas de ciclismo. “Participar nos Jogos Olímpicos era o maior sonho que eu tinha desde os oito anos, quando vi a competição em Sidney. E agora é um sonho que se tornou realidade. Continuo a olhar para aquela faixa na chegada e a pensar como o meu nome foi parar ali”, confessou ela após o título, no último domingo, 4. Se era pouco, ela ainda integrou a equipe americana campeã olímpica na prova do ciclismo de pista em perseguição, novamente com o ouro, na quarta-feira, 7.

Kristen Faulkner subiu ao topo do pódio no Trocadéro, em Paris. Foto: Thibault Camus/AP

Na sua cidade natal, Kristen trabalhava limpando mesas e trocando lençóis no resort que era o negócio da família. Ela gostava de atividades físicas, como corrida e nado. “(O Alaska) foi o que me fez ser forte. Me fez resiliente”, declarou ao The Wall Street Journal, sobre o ímpeto em explorar seus limites.

Iniciando a vida adulta, ela se mudou para Massachusetts, quando foi cursar a graduação em Harvard. Lá a ciclista fez parte do time de remo até se formar e mudar-se mais uma vez, agora para Nova York.

Trabalhando como investidora associada em uma gestora de capital de risco (ou venture capital, investimentos alternativos, ligados a empresas de negócios inovadores e com potencial de crescimento).

Foi quando ela começou a prática do pedal. Comprou todos os materiais necessários, e até mais. Melhorou a prática e descobriu um hobby.

Mais uma mudança a levou para a Costa Oeste dos Estados Unidos, no Vale do Silício. Kristen ainda trabalhava com venture capital, ligado a empresa de software e saúde.

Ainda trabalhando com o mercado financeiro, a analista de investimentos passou a ser cada vez mais atleta e até passou a integrar um time de ciclismo local. Em 2021, então, veio a decisão: largar a carreira corporativa e viver totalmente no esporte.

“Aprendi como calcular riscos e avaliar riscos”, disse ela. “Em uma corrida, levo comigo essa mentalidade: qual é a relação risco-recompensa? Saber quando apostar tudo”.

O caminho dela não era inédito até então. A ciclista Evelyn Stevens, que representou os Estados Unidos em Londres-2012 e Rio-2016, também deixou Wall Street para virar atleta.

Kristen, contudo, teve uma ascensão meteórica. Ainda antes do ouro olímpico, ela já tinha destaque em provas como La Vuelta Femenina, na Espanha, e Omloop van het Hageland, na Bélgica, duas competições de elite no ciclismo europeu. Hoje ela integra a equipe EF Education, vive e treina na cidade espanhola de Girona.

“Isso tem sido um turbilhão e aconteceu muito rápido. Primeiro, deixei meu emprego e depois me mudei para a Europa e estou fazendo isso em tempo integral. Mesmo para as pessoas mais próximas a mim tem sido um turbilhão. Para mim, eu amo aprender, e amo novos desafios e sinto que o ciclismo nos últimos anos sempre foi uma constante, estou sempre aprendendo”, refletiu após o ouro.

Kristen comemorou, exausta, o ouro olímpico. Foto: Thibault Camus/AP

Acidente a tirou da Volta da França e ameaçou participação nas Olimpíadas de Paris

Em 2023, quando praticava o pedal na Califórnia, a ciclista se envolveu em um acidente que fraturou seu o joelho. A Volta da França foi missão abortada por condições médicas. O foco foi em buscar a vaga olímpica, que era sua obsessão.

“Não era se eu iria ou não continuar, era como eu iria”, contou à televisão norte-americana NBC News.

Kristen não queria participar em vão. Ela buscar um lugar ao pódio, medindo os riscos, claro. “Falei que só iria correr se eu me sentisse forte e tivesse chance de medalha”, contou. “Eu sabia que seria uma prova dura, mas, se eu estava correndo, era para ganhar. Eu fiz essa promessa às minhas colegas de time”.

Para ela, a força de resiliência veio da primeira parte da vida, no Alaska. É uma parte que ela sempre carregou consigo, inclusive nos 273km de extensão da prova que tinha Paris como ponto de partida e chegada, no Trocadéro, próximo da Torre Eiffel. Ali, Kristen teve seu maior ganho. “Eu descobri algo que eu realmente amo. E eu acho que isso é a parte mais bonita.”

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