Olimpíadas 2024: Rafaela Silva decide e Brasil conquista bronze inédito no judô por equipes mistas


Modalidade encerra participação na capital francesa com 4 das 8 medalhas conquistadas pelo País

Por Leonardo Catto
Atualização:

O Brasil conquistou a oitava medalha nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. O judô brasileiro venceu a Itália por 4 lutas a 3 e ficou com o bronze na disputa de equipes mistas. Está é a primeira medalha do País na modalidade, que estreou nos Jogos de Tóquio-2020. Rafaela Silva decidiu na luta de golden score.

Com isso, o Brasil chega a 4 medalhas de bronze nesta edição. Há, ainda, três pratas e um ouro. Das oito medalhas, metade foi conquistada no judô (três bronzes e um ouro). No quadro, porém, o País continua na 19ª posição.

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A equipe brasileira foi para o confronto com Rafael Macedo (até 90kg), Beatriz Souza (acima de 70kg), Leonardo Gonçalves (acima de 90kg), Rafaela Silva (até 57kg), Willian Lima (até 73kg) e Ketleyn Quadros (até 70kg). Eles lutaram respectivamente com Christian Parlati, Asya Tavano, Gennaro Pirelli, Veronica Toniolo, Manuel Lombrado e Savita Russo.

Rafael Macedo abriu a disputa, com vitória sobre o italiano Christiani Parlati, na categoria até 90kg. Foto: Eugene Hoshiko/AP

Macedo abriu a disputa com Parlati. O brasileiro sofreu duas punições e ficou pendurado, mas insistia em tentar derrubar o italiano. A luta foi para o golden score, mas durou apenas 14 segundos até Macedo aplicar um ippon.

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A campeã olímpica Bia Souza disputou a segunda luta. Em 36 segundos, ela foi soberana e finalizou Asya Tavano com dois waza-ari, que configuram ippon. “Aqui, a gente luta pelo outro. Não podia deixar meus companheiros. Todo mundo merece e entregou tudo de si. É um entregando pelo outro. É um ganhando pelo outro”, falou Beatriz após confirmado o bronze.

Leo Gonçalves foi para a terceira luta. A situação era favorável, com dois pontos de vantagem, o que era positivo, já que Leo vinha de duas derrotas, contra a Alemanha, nas quartas. Ele também encarava um adversário de peso semelhante, na categoria acima dos 90kg - contra os alemães, lutou com um mais pesado.

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No golden score, o brasileiro recebeu duas punições e teve dificuldade para entrar no ataque. Quando ele quase aplicou um waza-ari, não finalizou por deixar a perna e evitar que o adversário tocasse no chão. Pirelli conseguiu dar o golpe no brasileiro e descontar para a Itália no placar.

Rafaela Silva foi ao tatame para tentar fazer o Brasil voltar a vencer. Uma das melhores atletas da história judô brasileiro, ela marcou o terceiro tempo com dois waza-ari sobre Veronica Toniolo.

Willian Freitas, medalhista de bronze em Paris, foi para a quarta luta, com chance de encerrar a disputa e conquistar a medalha. O brasileiro tentava entrar primeiro no ataque e forçou uma punição a Manuel Lombardo, mas também recebeu um shido próximo ao final da luta.

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Rafaela Silva fez mais uma boa luta contra os italianos. Foto: Eugene Hoshiko/AP

O empate levou a disputa ao terceiro golden score na decisão pelo terceiro lugar. O italiano, com duas punições, não poderia receber a terceira e se certificou disso derrubando Willian e vencendo por ippon.

Aos italianos caberia empatar por 3 a 3 com Savita Russo contra Ketleyn Quadros, a primeira mulher medalhista olímpica do judô brasileiro. Ketleyn imobilizou Savita e conseguiu um waza-ari. Seguiu imobilizando a adversária, mas não por tempo suficiente para conseguir o ippon.

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Com vantagem na luta, a brasileira recebeu uma punição e continuou no ataque, mas perdeu ao sofrer ippon. A Itália empatou a disputa a 26 segundos do fim.

A luta de golden score foi sorteada para a categoria até 57kg. Rafaela Silva voltou para o tatame contra Veronica Toniolo. Rapidamente a brasileira aplicou um waza-ari e finalizou a disputa.

“Foi especial. Bati na trave. Cheguei à semifinal no individual e fiquei sem medalha. A gente se encontrava na Vila e dizia que essa medalha seria nossa nem que fosse na base do ódio. A gente não podia sair sem essa medalha. Deus colocou essa última luta minha mão, e consegui sair com a vitória. Entrei determinada porque sabia que a gente não podia sair com a mala vazia”, contou Rafaela.

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Caminho até a medalha teve vitórias contra Casaquistão e Sérvia

A equipe mista brasileira estreou nas oitavas de final, neste sábado, contra o Casaquistão. O Brasil venceu por 4 a 2, com vitórias de Rafaela Silva, Ketleyn Quadros, Bia Souza e Leonardo Gonçalves. Nas quartas, a Alemanha se deu melhor, após o time brasileiro sair perdendo por 2 a 0 e buscar o empate.

Com 3 a 3 no placar, foi sorteada a categoria acima de 90kg para a luta de golden score. Erik Abramov, que já havia batido Leo Gonçalves nas lutas normais, o superou novamente e mandou o Brasil para a repescagem.

Na disputa para ver quem disputaria o bronze, a equipe brasileira encarou a Sérvia. Ketleyn Quadros e Rafael Macedo tiveram boas vitórias. Beatriz Souza, vencedora do até então único ouro brasileiro em Paris, teve sua primeira derrota. Ela já havia vencido duas, menos de 24 horas após a conquista do primeiro lugar, na sexta-feira.

A equipe brasileira mudou a estratégia e foi com Rafael Silva, o Baby, no lugar de Leo Gonçalves. Deu certo, e o Brasil chegou a 3 a 1 no placar. Rafaela Silva foi soberana e fechou a disputa com um waza-ari e um ippon contra Milica Nikolic. A vitória poupou Willian Lima, que entraria no lugar de Daniel Cargnin na categoria até 73kg. O gaúcho sofreu nas primeiras luta do dia, principalmente com dores no tornozelo esquerdo, operado em 2023.

Esta é apenas a segunda vez que há a disputa por equipes em uma Olimpíada. A categoria estreou em Tóquio. Na época, 12 comitês olímpicos participaram, incluindo o Brasil. Os brasileiros entraram diretamente nas quartas de final e foram eliminados pela Holanda. Na repescagem, Israel eliminou o Brasil.

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O Brasil conquistou a oitava medalha nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. O judô brasileiro venceu a Itália por 4 lutas a 3 e ficou com o bronze na disputa de equipes mistas. Está é a primeira medalha do País na modalidade, que estreou nos Jogos de Tóquio-2020. Rafaela Silva decidiu na luta de golden score.

Com isso, o Brasil chega a 4 medalhas de bronze nesta edição. Há, ainda, três pratas e um ouro. Das oito medalhas, metade foi conquistada no judô (três bronzes e um ouro). No quadro, porém, o País continua na 19ª posição.

A equipe brasileira foi para o confronto com Rafael Macedo (até 90kg), Beatriz Souza (acima de 70kg), Leonardo Gonçalves (acima de 90kg), Rafaela Silva (até 57kg), Willian Lima (até 73kg) e Ketleyn Quadros (até 70kg). Eles lutaram respectivamente com Christian Parlati, Asya Tavano, Gennaro Pirelli, Veronica Toniolo, Manuel Lombrado e Savita Russo.

Rafael Macedo abriu a disputa, com vitória sobre o italiano Christiani Parlati, na categoria até 90kg. Foto: Eugene Hoshiko/AP

Macedo abriu a disputa com Parlati. O brasileiro sofreu duas punições e ficou pendurado, mas insistia em tentar derrubar o italiano. A luta foi para o golden score, mas durou apenas 14 segundos até Macedo aplicar um ippon.

A campeã olímpica Bia Souza disputou a segunda luta. Em 36 segundos, ela foi soberana e finalizou Asya Tavano com dois waza-ari, que configuram ippon. “Aqui, a gente luta pelo outro. Não podia deixar meus companheiros. Todo mundo merece e entregou tudo de si. É um entregando pelo outro. É um ganhando pelo outro”, falou Beatriz após confirmado o bronze.

Leo Gonçalves foi para a terceira luta. A situação era favorável, com dois pontos de vantagem, o que era positivo, já que Leo vinha de duas derrotas, contra a Alemanha, nas quartas. Ele também encarava um adversário de peso semelhante, na categoria acima dos 90kg - contra os alemães, lutou com um mais pesado.

No golden score, o brasileiro recebeu duas punições e teve dificuldade para entrar no ataque. Quando ele quase aplicou um waza-ari, não finalizou por deixar a perna e evitar que o adversário tocasse no chão. Pirelli conseguiu dar o golpe no brasileiro e descontar para a Itália no placar.

Rafaela Silva foi ao tatame para tentar fazer o Brasil voltar a vencer. Uma das melhores atletas da história judô brasileiro, ela marcou o terceiro tempo com dois waza-ari sobre Veronica Toniolo.

Willian Freitas, medalhista de bronze em Paris, foi para a quarta luta, com chance de encerrar a disputa e conquistar a medalha. O brasileiro tentava entrar primeiro no ataque e forçou uma punição a Manuel Lombardo, mas também recebeu um shido próximo ao final da luta.

Rafaela Silva fez mais uma boa luta contra os italianos. Foto: Eugene Hoshiko/AP

O empate levou a disputa ao terceiro golden score na decisão pelo terceiro lugar. O italiano, com duas punições, não poderia receber a terceira e se certificou disso derrubando Willian e vencendo por ippon.

Aos italianos caberia empatar por 3 a 3 com Savita Russo contra Ketleyn Quadros, a primeira mulher medalhista olímpica do judô brasileiro. Ketleyn imobilizou Savita e conseguiu um waza-ari. Seguiu imobilizando a adversária, mas não por tempo suficiente para conseguir o ippon.

Com vantagem na luta, a brasileira recebeu uma punição e continuou no ataque, mas perdeu ao sofrer ippon. A Itália empatou a disputa a 26 segundos do fim.

A luta de golden score foi sorteada para a categoria até 57kg. Rafaela Silva voltou para o tatame contra Veronica Toniolo. Rapidamente a brasileira aplicou um waza-ari e finalizou a disputa.

“Foi especial. Bati na trave. Cheguei à semifinal no individual e fiquei sem medalha. A gente se encontrava na Vila e dizia que essa medalha seria nossa nem que fosse na base do ódio. A gente não podia sair sem essa medalha. Deus colocou essa última luta minha mão, e consegui sair com a vitória. Entrei determinada porque sabia que a gente não podia sair com a mala vazia”, contou Rafaela.

Caminho até a medalha teve vitórias contra Casaquistão e Sérvia

A equipe mista brasileira estreou nas oitavas de final, neste sábado, contra o Casaquistão. O Brasil venceu por 4 a 2, com vitórias de Rafaela Silva, Ketleyn Quadros, Bia Souza e Leonardo Gonçalves. Nas quartas, a Alemanha se deu melhor, após o time brasileiro sair perdendo por 2 a 0 e buscar o empate.

Com 3 a 3 no placar, foi sorteada a categoria acima de 90kg para a luta de golden score. Erik Abramov, que já havia batido Leo Gonçalves nas lutas normais, o superou novamente e mandou o Brasil para a repescagem.

Na disputa para ver quem disputaria o bronze, a equipe brasileira encarou a Sérvia. Ketleyn Quadros e Rafael Macedo tiveram boas vitórias. Beatriz Souza, vencedora do até então único ouro brasileiro em Paris, teve sua primeira derrota. Ela já havia vencido duas, menos de 24 horas após a conquista do primeiro lugar, na sexta-feira.

A equipe brasileira mudou a estratégia e foi com Rafael Silva, o Baby, no lugar de Leo Gonçalves. Deu certo, e o Brasil chegou a 3 a 1 no placar. Rafaela Silva foi soberana e fechou a disputa com um waza-ari e um ippon contra Milica Nikolic. A vitória poupou Willian Lima, que entraria no lugar de Daniel Cargnin na categoria até 73kg. O gaúcho sofreu nas primeiras luta do dia, principalmente com dores no tornozelo esquerdo, operado em 2023.

Esta é apenas a segunda vez que há a disputa por equipes em uma Olimpíada. A categoria estreou em Tóquio. Na época, 12 comitês olímpicos participaram, incluindo o Brasil. Os brasileiros entraram diretamente nas quartas de final e foram eliminados pela Holanda. Na repescagem, Israel eliminou o Brasil.

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O Brasil conquistou a oitava medalha nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. O judô brasileiro venceu a Itália por 4 lutas a 3 e ficou com o bronze na disputa de equipes mistas. Está é a primeira medalha do País na modalidade, que estreou nos Jogos de Tóquio-2020. Rafaela Silva decidiu na luta de golden score.

Com isso, o Brasil chega a 4 medalhas de bronze nesta edição. Há, ainda, três pratas e um ouro. Das oito medalhas, metade foi conquistada no judô (três bronzes e um ouro). No quadro, porém, o País continua na 19ª posição.

A equipe brasileira foi para o confronto com Rafael Macedo (até 90kg), Beatriz Souza (acima de 70kg), Leonardo Gonçalves (acima de 90kg), Rafaela Silva (até 57kg), Willian Lima (até 73kg) e Ketleyn Quadros (até 70kg). Eles lutaram respectivamente com Christian Parlati, Asya Tavano, Gennaro Pirelli, Veronica Toniolo, Manuel Lombrado e Savita Russo.

Rafael Macedo abriu a disputa, com vitória sobre o italiano Christiani Parlati, na categoria até 90kg. Foto: Eugene Hoshiko/AP

Macedo abriu a disputa com Parlati. O brasileiro sofreu duas punições e ficou pendurado, mas insistia em tentar derrubar o italiano. A luta foi para o golden score, mas durou apenas 14 segundos até Macedo aplicar um ippon.

A campeã olímpica Bia Souza disputou a segunda luta. Em 36 segundos, ela foi soberana e finalizou Asya Tavano com dois waza-ari, que configuram ippon. “Aqui, a gente luta pelo outro. Não podia deixar meus companheiros. Todo mundo merece e entregou tudo de si. É um entregando pelo outro. É um ganhando pelo outro”, falou Beatriz após confirmado o bronze.

Leo Gonçalves foi para a terceira luta. A situação era favorável, com dois pontos de vantagem, o que era positivo, já que Leo vinha de duas derrotas, contra a Alemanha, nas quartas. Ele também encarava um adversário de peso semelhante, na categoria acima dos 90kg - contra os alemães, lutou com um mais pesado.

No golden score, o brasileiro recebeu duas punições e teve dificuldade para entrar no ataque. Quando ele quase aplicou um waza-ari, não finalizou por deixar a perna e evitar que o adversário tocasse no chão. Pirelli conseguiu dar o golpe no brasileiro e descontar para a Itália no placar.

Rafaela Silva foi ao tatame para tentar fazer o Brasil voltar a vencer. Uma das melhores atletas da história judô brasileiro, ela marcou o terceiro tempo com dois waza-ari sobre Veronica Toniolo.

Willian Freitas, medalhista de bronze em Paris, foi para a quarta luta, com chance de encerrar a disputa e conquistar a medalha. O brasileiro tentava entrar primeiro no ataque e forçou uma punição a Manuel Lombardo, mas também recebeu um shido próximo ao final da luta.

Rafaela Silva fez mais uma boa luta contra os italianos. Foto: Eugene Hoshiko/AP

O empate levou a disputa ao terceiro golden score na decisão pelo terceiro lugar. O italiano, com duas punições, não poderia receber a terceira e se certificou disso derrubando Willian e vencendo por ippon.

Aos italianos caberia empatar por 3 a 3 com Savita Russo contra Ketleyn Quadros, a primeira mulher medalhista olímpica do judô brasileiro. Ketleyn imobilizou Savita e conseguiu um waza-ari. Seguiu imobilizando a adversária, mas não por tempo suficiente para conseguir o ippon.

Com vantagem na luta, a brasileira recebeu uma punição e continuou no ataque, mas perdeu ao sofrer ippon. A Itália empatou a disputa a 26 segundos do fim.

A luta de golden score foi sorteada para a categoria até 57kg. Rafaela Silva voltou para o tatame contra Veronica Toniolo. Rapidamente a brasileira aplicou um waza-ari e finalizou a disputa.

“Foi especial. Bati na trave. Cheguei à semifinal no individual e fiquei sem medalha. A gente se encontrava na Vila e dizia que essa medalha seria nossa nem que fosse na base do ódio. A gente não podia sair sem essa medalha. Deus colocou essa última luta minha mão, e consegui sair com a vitória. Entrei determinada porque sabia que a gente não podia sair com a mala vazia”, contou Rafaela.

Caminho até a medalha teve vitórias contra Casaquistão e Sérvia

A equipe mista brasileira estreou nas oitavas de final, neste sábado, contra o Casaquistão. O Brasil venceu por 4 a 2, com vitórias de Rafaela Silva, Ketleyn Quadros, Bia Souza e Leonardo Gonçalves. Nas quartas, a Alemanha se deu melhor, após o time brasileiro sair perdendo por 2 a 0 e buscar o empate.

Com 3 a 3 no placar, foi sorteada a categoria acima de 90kg para a luta de golden score. Erik Abramov, que já havia batido Leo Gonçalves nas lutas normais, o superou novamente e mandou o Brasil para a repescagem.

Na disputa para ver quem disputaria o bronze, a equipe brasileira encarou a Sérvia. Ketleyn Quadros e Rafael Macedo tiveram boas vitórias. Beatriz Souza, vencedora do até então único ouro brasileiro em Paris, teve sua primeira derrota. Ela já havia vencido duas, menos de 24 horas após a conquista do primeiro lugar, na sexta-feira.

A equipe brasileira mudou a estratégia e foi com Rafael Silva, o Baby, no lugar de Leo Gonçalves. Deu certo, e o Brasil chegou a 3 a 1 no placar. Rafaela Silva foi soberana e fechou a disputa com um waza-ari e um ippon contra Milica Nikolic. A vitória poupou Willian Lima, que entraria no lugar de Daniel Cargnin na categoria até 73kg. O gaúcho sofreu nas primeiras luta do dia, principalmente com dores no tornozelo esquerdo, operado em 2023.

Esta é apenas a segunda vez que há a disputa por equipes em uma Olimpíada. A categoria estreou em Tóquio. Na época, 12 comitês olímpicos participaram, incluindo o Brasil. Os brasileiros entraram diretamente nas quartas de final e foram eliminados pela Holanda. Na repescagem, Israel eliminou o Brasil.

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O Brasil conquistou a oitava medalha nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. O judô brasileiro venceu a Itália por 4 lutas a 3 e ficou com o bronze na disputa de equipes mistas. Está é a primeira medalha do País na modalidade, que estreou nos Jogos de Tóquio-2020. Rafaela Silva decidiu na luta de golden score.

Com isso, o Brasil chega a 4 medalhas de bronze nesta edição. Há, ainda, três pratas e um ouro. Das oito medalhas, metade foi conquistada no judô (três bronzes e um ouro). No quadro, porém, o País continua na 19ª posição.

A equipe brasileira foi para o confronto com Rafael Macedo (até 90kg), Beatriz Souza (acima de 70kg), Leonardo Gonçalves (acima de 90kg), Rafaela Silva (até 57kg), Willian Lima (até 73kg) e Ketleyn Quadros (até 70kg). Eles lutaram respectivamente com Christian Parlati, Asya Tavano, Gennaro Pirelli, Veronica Toniolo, Manuel Lombrado e Savita Russo.

Rafael Macedo abriu a disputa, com vitória sobre o italiano Christiani Parlati, na categoria até 90kg. Foto: Eugene Hoshiko/AP

Macedo abriu a disputa com Parlati. O brasileiro sofreu duas punições e ficou pendurado, mas insistia em tentar derrubar o italiano. A luta foi para o golden score, mas durou apenas 14 segundos até Macedo aplicar um ippon.

A campeã olímpica Bia Souza disputou a segunda luta. Em 36 segundos, ela foi soberana e finalizou Asya Tavano com dois waza-ari, que configuram ippon. “Aqui, a gente luta pelo outro. Não podia deixar meus companheiros. Todo mundo merece e entregou tudo de si. É um entregando pelo outro. É um ganhando pelo outro”, falou Beatriz após confirmado o bronze.

Leo Gonçalves foi para a terceira luta. A situação era favorável, com dois pontos de vantagem, o que era positivo, já que Leo vinha de duas derrotas, contra a Alemanha, nas quartas. Ele também encarava um adversário de peso semelhante, na categoria acima dos 90kg - contra os alemães, lutou com um mais pesado.

No golden score, o brasileiro recebeu duas punições e teve dificuldade para entrar no ataque. Quando ele quase aplicou um waza-ari, não finalizou por deixar a perna e evitar que o adversário tocasse no chão. Pirelli conseguiu dar o golpe no brasileiro e descontar para a Itália no placar.

Rafaela Silva foi ao tatame para tentar fazer o Brasil voltar a vencer. Uma das melhores atletas da história judô brasileiro, ela marcou o terceiro tempo com dois waza-ari sobre Veronica Toniolo.

Willian Freitas, medalhista de bronze em Paris, foi para a quarta luta, com chance de encerrar a disputa e conquistar a medalha. O brasileiro tentava entrar primeiro no ataque e forçou uma punição a Manuel Lombardo, mas também recebeu um shido próximo ao final da luta.

Rafaela Silva fez mais uma boa luta contra os italianos. Foto: Eugene Hoshiko/AP

O empate levou a disputa ao terceiro golden score na decisão pelo terceiro lugar. O italiano, com duas punições, não poderia receber a terceira e se certificou disso derrubando Willian e vencendo por ippon.

Aos italianos caberia empatar por 3 a 3 com Savita Russo contra Ketleyn Quadros, a primeira mulher medalhista olímpica do judô brasileiro. Ketleyn imobilizou Savita e conseguiu um waza-ari. Seguiu imobilizando a adversária, mas não por tempo suficiente para conseguir o ippon.

Com vantagem na luta, a brasileira recebeu uma punição e continuou no ataque, mas perdeu ao sofrer ippon. A Itália empatou a disputa a 26 segundos do fim.

A luta de golden score foi sorteada para a categoria até 57kg. Rafaela Silva voltou para o tatame contra Veronica Toniolo. Rapidamente a brasileira aplicou um waza-ari e finalizou a disputa.

“Foi especial. Bati na trave. Cheguei à semifinal no individual e fiquei sem medalha. A gente se encontrava na Vila e dizia que essa medalha seria nossa nem que fosse na base do ódio. A gente não podia sair sem essa medalha. Deus colocou essa última luta minha mão, e consegui sair com a vitória. Entrei determinada porque sabia que a gente não podia sair com a mala vazia”, contou Rafaela.

Caminho até a medalha teve vitórias contra Casaquistão e Sérvia

A equipe mista brasileira estreou nas oitavas de final, neste sábado, contra o Casaquistão. O Brasil venceu por 4 a 2, com vitórias de Rafaela Silva, Ketleyn Quadros, Bia Souza e Leonardo Gonçalves. Nas quartas, a Alemanha se deu melhor, após o time brasileiro sair perdendo por 2 a 0 e buscar o empate.

Com 3 a 3 no placar, foi sorteada a categoria acima de 90kg para a luta de golden score. Erik Abramov, que já havia batido Leo Gonçalves nas lutas normais, o superou novamente e mandou o Brasil para a repescagem.

Na disputa para ver quem disputaria o bronze, a equipe brasileira encarou a Sérvia. Ketleyn Quadros e Rafael Macedo tiveram boas vitórias. Beatriz Souza, vencedora do até então único ouro brasileiro em Paris, teve sua primeira derrota. Ela já havia vencido duas, menos de 24 horas após a conquista do primeiro lugar, na sexta-feira.

A equipe brasileira mudou a estratégia e foi com Rafael Silva, o Baby, no lugar de Leo Gonçalves. Deu certo, e o Brasil chegou a 3 a 1 no placar. Rafaela Silva foi soberana e fechou a disputa com um waza-ari e um ippon contra Milica Nikolic. A vitória poupou Willian Lima, que entraria no lugar de Daniel Cargnin na categoria até 73kg. O gaúcho sofreu nas primeiras luta do dia, principalmente com dores no tornozelo esquerdo, operado em 2023.

Esta é apenas a segunda vez que há a disputa por equipes em uma Olimpíada. A categoria estreou em Tóquio. Na época, 12 comitês olímpicos participaram, incluindo o Brasil. Os brasileiros entraram diretamente nas quartas de final e foram eliminados pela Holanda. Na repescagem, Israel eliminou o Brasil.

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