Paris cheira à tinta fresca e está mais vazia do que o esperado para as Olimpíadas


Arreadores da capital da França não sentem o clima dos Jogos, que começam oficialmente na sexta-feira em cerimônia que promete surpreender

Por Marcos Antomil e Ricardo Magatti

Quem chega a Paris esperando encontrar uma cidade pulsante em razão dos Jogos Olímpicos se surpreende. Desde o aeroporto Charles de Gaulle, maior entre os que atendem a região, até locais mais afastados do centro o que se vê são os símbolos da Olimpíada, como logo e mascote, mas a capital francesa e a Grande Paris não vivem o tumulto comum promovido pelo encontro entre mais de duas centenas de nações em uma mesma cidade.

Principal símbolo turístico da cidade, Torre Eiffel será cenário das partidas de vôlei de praia. Foto: Thomas Padilla/AP
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A equipe de reportagem do Estadão conheceu nesta quarta-feira as instalações do Time Brasil em Saint-Ouen, tranquiliza cidade vizinha a Paris com quase 50 mil habitantes. Um local calmo com pouco movimento e que respira os ares de cidade do interior brasileiro. À tarde, as crianças se reuniram no Grande Parque das Docas de Saint-Ouen para se divertir nos brinquedos que fazem do local um paraíso infanto-juvenil.

Ainda no mesmo parque, em outra área, adultos e idosos também disfrutam da tarde ensolarada da França para uma partida de petanca, semelhante à bocha. A petanca não atrai apenas os jogadores, alguns garotos também cercam o local e acompanham atentamente o desenrolar do “evento”.

Adultos e idosos jogam petanca, semelhante à bocha, em parque de Saint-Ouen. Foto: Ricardo Magatti/Estadão
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A bandeira brasileira em Saint-Ouen atrai curiosos, alguns com sotaque francês passam ao lado do castelo que serve de base da delegação do País e questionam de que se trata. Os garotos também não escondem a alegria de ver o símbolo nacional e esquecem a timidez. “O Neymar está aí?”, pergunta um deles. Não há Neymar ou qualquer jogador de futebol brasileiro em Paris, uma vez que a seleção bicampeã olímpica não conseguiu a vaga nos Jogos.

O transporte público de Paris recebe elogios globalmente pela sua malha ferroviária extensa que conecta as mais diferentes regiões. Algumas estações, mais velhas, estão carregadas por um odor desagradável. Outras recém-reformadas, com reparos no piso, paredes e teto, deixam o cheiro de tinta no ar. O mesmo se vê no principal Centro de Mídia, que fica no Palais des Congrès, um centro de convenções onde se organizam eventos, palestras, feiras e congressos. Nos pisos inferior há um shopping, com não muitas lojas abertas, mas muitas reformas ainda em andamento.

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A fama de que o francês transmite mau humor nos contatos com os estrangeiros se tornou um mito durante esses primeiros dias. No geral, os voluntários e pessoas envolvidos de alguma maneira nos Jogos Olímpicos são atenciosos. Até demais. Desde a chegada ao aeroporto até as caminhadas pela cidade, perto de áreas restritas ou não.

No Centro de Mídia, uma longa fila para resolver problemas nos credenciamentos se faz muito mais pelo tempo gasto pelos funcionários em justificar tal falha aos jornalistas do que em solucioná-la. O segredo para ser bem tratado na França é o famoso “bonjour”. A expressão não é apenas um “bom dia”, mas traduz uma posição de equilíbrio entre quem questiona e quem responde.

Palais des Congrès de Paris é onde funciona o principal centro de mídia dos Jogos Olímpicos. Foto: Marcos Antomil/Estadão
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Calmaria e ‘fuga’ de Paris

Outra explicação dada por moradores de Paris para a falta de movimentação às vésperas da cerimônia de abertura é que os tradicionais turistas, que vêm à capital francesa para visitar o Museu do Louvre, a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo e os outros pontos turísticos da Cidade Luz, escolheram desembarcar no país em junho ou em agosto, em período anterior ou posterior aos Jogos Olímpicos. O turista esportivo é de uma natureza diferente do turista comum.

Quem não gosta ou não se importa com o maior evento esportivo do planeta costuma sair da cidade. É o caso da tradutora polonesa Sylvia Burkowska, de 57 anos. Ela decidiu alugar seu pequeno apartamento de pouco mais de 30 metros quadrados em Clichy, uma agradável comuna nos arredores de Paris, e deixar a capital francesa por uns dias. “Preferi viajar a Londres com meu marido”, conta a polonesa, que cita também o aumento de bens e serviços durante os Jogos. O valor do metrô, por exemplo, saltou de 2 euros para 4 euros.

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Paris não está afeita aos Jogos Olímpicos como se imaginava. Foto: Marcos Antomil/Estadão

O governo francês estima que 15 milhões de turistas estejam em Paris para acompanhar as Olimpíadas. Destes, apenas cerca de 2 milhões são estrangeiros. A maioria, portanto, vem mesmo da França. O número é expressivo, hotéis, companhias aéreas e agências de viagens esperavam ver uma lotação maior, visto que os níveis de ocupação da hoteleira da cidade atingiram cerca de 80%, de acordo com dados da CoStar divulgados recentemente.

O percentual é consideravelmente menor do que ocupação hoteleira durante Londres 2012 e Rio 2016, que alcançaram uma média de 88,6% e 94,1%, respectivamente, o que fez os empresários do setor reduzir os preços para as hospedagens em até 40%.

Quem chega a Paris esperando encontrar uma cidade pulsante em razão dos Jogos Olímpicos se surpreende. Desde o aeroporto Charles de Gaulle, maior entre os que atendem a região, até locais mais afastados do centro o que se vê são os símbolos da Olimpíada, como logo e mascote, mas a capital francesa e a Grande Paris não vivem o tumulto comum promovido pelo encontro entre mais de duas centenas de nações em uma mesma cidade.

Principal símbolo turístico da cidade, Torre Eiffel será cenário das partidas de vôlei de praia. Foto: Thomas Padilla/AP

A equipe de reportagem do Estadão conheceu nesta quarta-feira as instalações do Time Brasil em Saint-Ouen, tranquiliza cidade vizinha a Paris com quase 50 mil habitantes. Um local calmo com pouco movimento e que respira os ares de cidade do interior brasileiro. À tarde, as crianças se reuniram no Grande Parque das Docas de Saint-Ouen para se divertir nos brinquedos que fazem do local um paraíso infanto-juvenil.

Ainda no mesmo parque, em outra área, adultos e idosos também disfrutam da tarde ensolarada da França para uma partida de petanca, semelhante à bocha. A petanca não atrai apenas os jogadores, alguns garotos também cercam o local e acompanham atentamente o desenrolar do “evento”.

Adultos e idosos jogam petanca, semelhante à bocha, em parque de Saint-Ouen. Foto: Ricardo Magatti/Estadão

A bandeira brasileira em Saint-Ouen atrai curiosos, alguns com sotaque francês passam ao lado do castelo que serve de base da delegação do País e questionam de que se trata. Os garotos também não escondem a alegria de ver o símbolo nacional e esquecem a timidez. “O Neymar está aí?”, pergunta um deles. Não há Neymar ou qualquer jogador de futebol brasileiro em Paris, uma vez que a seleção bicampeã olímpica não conseguiu a vaga nos Jogos.

O transporte público de Paris recebe elogios globalmente pela sua malha ferroviária extensa que conecta as mais diferentes regiões. Algumas estações, mais velhas, estão carregadas por um odor desagradável. Outras recém-reformadas, com reparos no piso, paredes e teto, deixam o cheiro de tinta no ar. O mesmo se vê no principal Centro de Mídia, que fica no Palais des Congrès, um centro de convenções onde se organizam eventos, palestras, feiras e congressos. Nos pisos inferior há um shopping, com não muitas lojas abertas, mas muitas reformas ainda em andamento.

A fama de que o francês transmite mau humor nos contatos com os estrangeiros se tornou um mito durante esses primeiros dias. No geral, os voluntários e pessoas envolvidos de alguma maneira nos Jogos Olímpicos são atenciosos. Até demais. Desde a chegada ao aeroporto até as caminhadas pela cidade, perto de áreas restritas ou não.

No Centro de Mídia, uma longa fila para resolver problemas nos credenciamentos se faz muito mais pelo tempo gasto pelos funcionários em justificar tal falha aos jornalistas do que em solucioná-la. O segredo para ser bem tratado na França é o famoso “bonjour”. A expressão não é apenas um “bom dia”, mas traduz uma posição de equilíbrio entre quem questiona e quem responde.

Palais des Congrès de Paris é onde funciona o principal centro de mídia dos Jogos Olímpicos. Foto: Marcos Antomil/Estadão

Calmaria e ‘fuga’ de Paris

Outra explicação dada por moradores de Paris para a falta de movimentação às vésperas da cerimônia de abertura é que os tradicionais turistas, que vêm à capital francesa para visitar o Museu do Louvre, a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo e os outros pontos turísticos da Cidade Luz, escolheram desembarcar no país em junho ou em agosto, em período anterior ou posterior aos Jogos Olímpicos. O turista esportivo é de uma natureza diferente do turista comum.

Quem não gosta ou não se importa com o maior evento esportivo do planeta costuma sair da cidade. É o caso da tradutora polonesa Sylvia Burkowska, de 57 anos. Ela decidiu alugar seu pequeno apartamento de pouco mais de 30 metros quadrados em Clichy, uma agradável comuna nos arredores de Paris, e deixar a capital francesa por uns dias. “Preferi viajar a Londres com meu marido”, conta a polonesa, que cita também o aumento de bens e serviços durante os Jogos. O valor do metrô, por exemplo, saltou de 2 euros para 4 euros.

Paris não está afeita aos Jogos Olímpicos como se imaginava. Foto: Marcos Antomil/Estadão

O governo francês estima que 15 milhões de turistas estejam em Paris para acompanhar as Olimpíadas. Destes, apenas cerca de 2 milhões são estrangeiros. A maioria, portanto, vem mesmo da França. O número é expressivo, hotéis, companhias aéreas e agências de viagens esperavam ver uma lotação maior, visto que os níveis de ocupação da hoteleira da cidade atingiram cerca de 80%, de acordo com dados da CoStar divulgados recentemente.

O percentual é consideravelmente menor do que ocupação hoteleira durante Londres 2012 e Rio 2016, que alcançaram uma média de 88,6% e 94,1%, respectivamente, o que fez os empresários do setor reduzir os preços para as hospedagens em até 40%.

Quem chega a Paris esperando encontrar uma cidade pulsante em razão dos Jogos Olímpicos se surpreende. Desde o aeroporto Charles de Gaulle, maior entre os que atendem a região, até locais mais afastados do centro o que se vê são os símbolos da Olimpíada, como logo e mascote, mas a capital francesa e a Grande Paris não vivem o tumulto comum promovido pelo encontro entre mais de duas centenas de nações em uma mesma cidade.

Principal símbolo turístico da cidade, Torre Eiffel será cenário das partidas de vôlei de praia. Foto: Thomas Padilla/AP

A equipe de reportagem do Estadão conheceu nesta quarta-feira as instalações do Time Brasil em Saint-Ouen, tranquiliza cidade vizinha a Paris com quase 50 mil habitantes. Um local calmo com pouco movimento e que respira os ares de cidade do interior brasileiro. À tarde, as crianças se reuniram no Grande Parque das Docas de Saint-Ouen para se divertir nos brinquedos que fazem do local um paraíso infanto-juvenil.

Ainda no mesmo parque, em outra área, adultos e idosos também disfrutam da tarde ensolarada da França para uma partida de petanca, semelhante à bocha. A petanca não atrai apenas os jogadores, alguns garotos também cercam o local e acompanham atentamente o desenrolar do “evento”.

Adultos e idosos jogam petanca, semelhante à bocha, em parque de Saint-Ouen. Foto: Ricardo Magatti/Estadão

A bandeira brasileira em Saint-Ouen atrai curiosos, alguns com sotaque francês passam ao lado do castelo que serve de base da delegação do País e questionam de que se trata. Os garotos também não escondem a alegria de ver o símbolo nacional e esquecem a timidez. “O Neymar está aí?”, pergunta um deles. Não há Neymar ou qualquer jogador de futebol brasileiro em Paris, uma vez que a seleção bicampeã olímpica não conseguiu a vaga nos Jogos.

O transporte público de Paris recebe elogios globalmente pela sua malha ferroviária extensa que conecta as mais diferentes regiões. Algumas estações, mais velhas, estão carregadas por um odor desagradável. Outras recém-reformadas, com reparos no piso, paredes e teto, deixam o cheiro de tinta no ar. O mesmo se vê no principal Centro de Mídia, que fica no Palais des Congrès, um centro de convenções onde se organizam eventos, palestras, feiras e congressos. Nos pisos inferior há um shopping, com não muitas lojas abertas, mas muitas reformas ainda em andamento.

A fama de que o francês transmite mau humor nos contatos com os estrangeiros se tornou um mito durante esses primeiros dias. No geral, os voluntários e pessoas envolvidos de alguma maneira nos Jogos Olímpicos são atenciosos. Até demais. Desde a chegada ao aeroporto até as caminhadas pela cidade, perto de áreas restritas ou não.

No Centro de Mídia, uma longa fila para resolver problemas nos credenciamentos se faz muito mais pelo tempo gasto pelos funcionários em justificar tal falha aos jornalistas do que em solucioná-la. O segredo para ser bem tratado na França é o famoso “bonjour”. A expressão não é apenas um “bom dia”, mas traduz uma posição de equilíbrio entre quem questiona e quem responde.

Palais des Congrès de Paris é onde funciona o principal centro de mídia dos Jogos Olímpicos. Foto: Marcos Antomil/Estadão

Calmaria e ‘fuga’ de Paris

Outra explicação dada por moradores de Paris para a falta de movimentação às vésperas da cerimônia de abertura é que os tradicionais turistas, que vêm à capital francesa para visitar o Museu do Louvre, a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo e os outros pontos turísticos da Cidade Luz, escolheram desembarcar no país em junho ou em agosto, em período anterior ou posterior aos Jogos Olímpicos. O turista esportivo é de uma natureza diferente do turista comum.

Quem não gosta ou não se importa com o maior evento esportivo do planeta costuma sair da cidade. É o caso da tradutora polonesa Sylvia Burkowska, de 57 anos. Ela decidiu alugar seu pequeno apartamento de pouco mais de 30 metros quadrados em Clichy, uma agradável comuna nos arredores de Paris, e deixar a capital francesa por uns dias. “Preferi viajar a Londres com meu marido”, conta a polonesa, que cita também o aumento de bens e serviços durante os Jogos. O valor do metrô, por exemplo, saltou de 2 euros para 4 euros.

Paris não está afeita aos Jogos Olímpicos como se imaginava. Foto: Marcos Antomil/Estadão

O governo francês estima que 15 milhões de turistas estejam em Paris para acompanhar as Olimpíadas. Destes, apenas cerca de 2 milhões são estrangeiros. A maioria, portanto, vem mesmo da França. O número é expressivo, hotéis, companhias aéreas e agências de viagens esperavam ver uma lotação maior, visto que os níveis de ocupação da hoteleira da cidade atingiram cerca de 80%, de acordo com dados da CoStar divulgados recentemente.

O percentual é consideravelmente menor do que ocupação hoteleira durante Londres 2012 e Rio 2016, que alcançaram uma média de 88,6% e 94,1%, respectivamente, o que fez os empresários do setor reduzir os preços para as hospedagens em até 40%.

Quem chega a Paris esperando encontrar uma cidade pulsante em razão dos Jogos Olímpicos se surpreende. Desde o aeroporto Charles de Gaulle, maior entre os que atendem a região, até locais mais afastados do centro o que se vê são os símbolos da Olimpíada, como logo e mascote, mas a capital francesa e a Grande Paris não vivem o tumulto comum promovido pelo encontro entre mais de duas centenas de nações em uma mesma cidade.

Principal símbolo turístico da cidade, Torre Eiffel será cenário das partidas de vôlei de praia. Foto: Thomas Padilla/AP

A equipe de reportagem do Estadão conheceu nesta quarta-feira as instalações do Time Brasil em Saint-Ouen, tranquiliza cidade vizinha a Paris com quase 50 mil habitantes. Um local calmo com pouco movimento e que respira os ares de cidade do interior brasileiro. À tarde, as crianças se reuniram no Grande Parque das Docas de Saint-Ouen para se divertir nos brinquedos que fazem do local um paraíso infanto-juvenil.

Ainda no mesmo parque, em outra área, adultos e idosos também disfrutam da tarde ensolarada da França para uma partida de petanca, semelhante à bocha. A petanca não atrai apenas os jogadores, alguns garotos também cercam o local e acompanham atentamente o desenrolar do “evento”.

Adultos e idosos jogam petanca, semelhante à bocha, em parque de Saint-Ouen. Foto: Ricardo Magatti/Estadão

A bandeira brasileira em Saint-Ouen atrai curiosos, alguns com sotaque francês passam ao lado do castelo que serve de base da delegação do País e questionam de que se trata. Os garotos também não escondem a alegria de ver o símbolo nacional e esquecem a timidez. “O Neymar está aí?”, pergunta um deles. Não há Neymar ou qualquer jogador de futebol brasileiro em Paris, uma vez que a seleção bicampeã olímpica não conseguiu a vaga nos Jogos.

O transporte público de Paris recebe elogios globalmente pela sua malha ferroviária extensa que conecta as mais diferentes regiões. Algumas estações, mais velhas, estão carregadas por um odor desagradável. Outras recém-reformadas, com reparos no piso, paredes e teto, deixam o cheiro de tinta no ar. O mesmo se vê no principal Centro de Mídia, que fica no Palais des Congrès, um centro de convenções onde se organizam eventos, palestras, feiras e congressos. Nos pisos inferior há um shopping, com não muitas lojas abertas, mas muitas reformas ainda em andamento.

A fama de que o francês transmite mau humor nos contatos com os estrangeiros se tornou um mito durante esses primeiros dias. No geral, os voluntários e pessoas envolvidos de alguma maneira nos Jogos Olímpicos são atenciosos. Até demais. Desde a chegada ao aeroporto até as caminhadas pela cidade, perto de áreas restritas ou não.

No Centro de Mídia, uma longa fila para resolver problemas nos credenciamentos se faz muito mais pelo tempo gasto pelos funcionários em justificar tal falha aos jornalistas do que em solucioná-la. O segredo para ser bem tratado na França é o famoso “bonjour”. A expressão não é apenas um “bom dia”, mas traduz uma posição de equilíbrio entre quem questiona e quem responde.

Palais des Congrès de Paris é onde funciona o principal centro de mídia dos Jogos Olímpicos. Foto: Marcos Antomil/Estadão

Calmaria e ‘fuga’ de Paris

Outra explicação dada por moradores de Paris para a falta de movimentação às vésperas da cerimônia de abertura é que os tradicionais turistas, que vêm à capital francesa para visitar o Museu do Louvre, a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo e os outros pontos turísticos da Cidade Luz, escolheram desembarcar no país em junho ou em agosto, em período anterior ou posterior aos Jogos Olímpicos. O turista esportivo é de uma natureza diferente do turista comum.

Quem não gosta ou não se importa com o maior evento esportivo do planeta costuma sair da cidade. É o caso da tradutora polonesa Sylvia Burkowska, de 57 anos. Ela decidiu alugar seu pequeno apartamento de pouco mais de 30 metros quadrados em Clichy, uma agradável comuna nos arredores de Paris, e deixar a capital francesa por uns dias. “Preferi viajar a Londres com meu marido”, conta a polonesa, que cita também o aumento de bens e serviços durante os Jogos. O valor do metrô, por exemplo, saltou de 2 euros para 4 euros.

Paris não está afeita aos Jogos Olímpicos como se imaginava. Foto: Marcos Antomil/Estadão

O governo francês estima que 15 milhões de turistas estejam em Paris para acompanhar as Olimpíadas. Destes, apenas cerca de 2 milhões são estrangeiros. A maioria, portanto, vem mesmo da França. O número é expressivo, hotéis, companhias aéreas e agências de viagens esperavam ver uma lotação maior, visto que os níveis de ocupação da hoteleira da cidade atingiram cerca de 80%, de acordo com dados da CoStar divulgados recentemente.

O percentual é consideravelmente menor do que ocupação hoteleira durante Londres 2012 e Rio 2016, que alcançaram uma média de 88,6% e 94,1%, respectivamente, o que fez os empresários do setor reduzir os preços para as hospedagens em até 40%.

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