Os Jogos de Tóquio-2020 foram marcados pela exceção, ao ocorrer um ano depois do previsto, devido à pandemia de covid-19. Uma história curiosa também foi excepcional: o italiano Gianmarco Tamberi foi ouro no salto em altura. O catari Mutaz Barshim, também. Será que a história vai se repetir nas Olimpíadas de Paris?
Eles empatavam em 2,39m na final após duas horas de prova. Depois de cada um falhar três vezes, um dos juízes da prova ofereceu que eles tentassem um desempate. Barshim, então, perguntou se “poderíamos ter dois ouros”. A resposta foi um aperto de mão do italiano e um abraço entre os dois atletas.
O fato foi ainda mais emocionante para Tamberi, que havia ficado de fora dos Jogos do Rio, em 2016, por uma fratura no tornozelo que quase o aposentou, cinco meses antes da competição. Quando ele retornou, em 2017, faltava confiança, e os resultados não vinham.
Barshim conversou com Tamberi em um hotel após mais uma frustração do italiano. Na conversa, entre choro e desabafo, o catari incentivou o colega a persistir. Gianmarco não parou. O conselho veio de quem deixou de participar de Londres-2012 por uma lesão na coluna, mas voltou e conquistou a prata em 2016.
Mutaz Barshim e Gianmarco Tamberi retornam em Paris-2024
O catari tem ainda duas medalhas de prata. Ele disputa, em Paris-2024, a quarta edição de Jogos Olímpicos. Tamberi também retorna e chega aos Jogos Olímpicos como favorito após a conquista de seu terceiro título no Campeonato Europeu. Ambos foram porta-bandeiras de seus respectivos países na cerimônia de abertura.
Esse foi o primeiro pódio “dividido” desde os Jogos de Estocolmo-1912. Naquela edição, o norte-americano Jim Thorpe e o norueguês Ferdinand Bie dividiram o primeiro lugar na prova do pentatlo.