Veja, por exemplo, o clássico do Pacaembu. O Corinthians, numa pitimba danada, não pode pensar nem no empate diante do Palmeiras. Tem de vencer. Ao time do Felipão não se dá o direito envergar agora, muito menos quebrar sob pena de acabar com o encanto com a sua torcida.
Tem algo mais ainda. Ronaldo x Kleber. Fenômeno versus Gladiador. Dois artilheiros pela natureza que estão prontos para fazer a diferença. Na beira do campo, dois treinadores da escola gaúcha e consagrados. Felipão contra Tite, ainda inebriado com o mundo árabe e com a dura missão de tirar o Corinthians do buraco.
Quer mais? Valdivia e Jucieli, talento contra a novidade do futebol brasileiro. Chicão e Marcos Assunção. Quem vai ficar na barreira?
A rodada não acaba nesse clássico paulista. Cruzeiro e Atlético-MG prometem parar Minas. Montillo contra Diego Souza. Um na luta pelo título e outro na corrida para fugir da forca.
No Sul, Gre-Nal. Dispensa comentários. O jovem Giuliano frente ao malandro Douglas, ex-Corinthians. Jonas, artilheiro do Brasileirão atrás de mais gols, e o perdigueiro argentino Guiñazu no seu encalço. E o Carlos Eugênio Simon, o errático, no apito para a discórdia de gremistas e colorados.
Em Curitiba, o Furacão promete soprar o Fluminense. Jogo de alta voltagem. Trepidante. O Atlético-PR sobe como um rojão e o time carioca não pode desperdiçar um pontinho que seja na corrida pelo título. E tem Muricy suando em bicas na beira do campo.
No Rio, Flamengo e Vasco. Outro frisson e rivalidade. Deivid contra Éder Luís. Luxemburgo, que, parece, se sentiu em casa no ninho do urubu, diante de um ex-pupilo, o falante PC Gusmão. Pena que nem flamenguistas e vascaínos gostam do Engenhão, palco do jogaço.
No Nordeste, o relâmpago São Paulo sob Carpegiani visita o inflamado Ceará. O time paulista chega embalado querendo reconquistar seu espaço cativo no Brasileirão para embicar de vez na Libertadores.
E na Vila, o Santos diante do rebaixado (quase) Prudente. É jogo para turma de Neymar enfiar cinco, seis gols sem susto. É jogo para o Santos levar a sério e encurtar o caminho na travessia pelo título.
A mesa está servida. Quem gosta da bola não pode de jeito nenhum perder essa rodada. Um brinde ao futebol.