Rebeca Andrade fez mais uma vez os brasileiros acompanharem a ginástica artística, alcançando grandes feitos no Mundial da Bélgica, realizado ao longo da última semana e que acabou no domingo. Com cinco medalhas, sendo uma de ouro, três de pratas e uma de bronze, a atleta se tornou a primeira da história do País a ter cinco pódios em uma mesma edição de competição deste porte. Além das medalhas, a brasileira também receberá uma gratificação em dinheiro dada aos atletas pela Federação Internacional de Ginástica (FIG).
De acordo com o regulamento de competições definido pela FIG para o ciclo de 2022 a 2024, Rebeca Andrade receberá 3.750 francos suíços, pouco mais de R$ 21 mil na cotação atual, da Federação pelas medalhas conquistadas individualmente. A prata obtida pela brasileira na disputa do individual geral é responsável pela maior parte deste valor: 1.500 francos suíços, cerca de R$ 8.500. O ouro no salto garante a Rebeca mais 1 mil francos suíços (aproximadamente R$ 5.600), enquanto a prata no solo e o bronze na trave somam outros 1.250 francos suíços (R$ 7 mil).
A medalha inédita por equipes do Brasil também vai ajudar no aumento da quantia que Rebeca Andrade receberá em dinheiro. De acordo com o regulamento, a medalha de prata na disputa por equipes vale para o vencedor 5 mil francos suíços, cerca de R$ 27 mil. Contudo, não se sabe como será a divisão do valor entre as atletas que competiram pelo Brasil. Rebeca e Flávia Saraiva foram as únicas do País que passaram por todos os aparelhos na disputa.
Vale ressaltar ainda que os valores divulgados são provenientes apenas do pagamento estabelecido pela Federação Internacional de Ginástica. Existe a possibilidade de Rebeca ter um ganho maior por premiações nacionais e de patrocinadores. Essas informações ainda não foram divulgadas. Os atletas brasileiros viagem para as competições com tudo pago pelas federações nacionais.
Menos dinheiro do que na Olimpíada
Rebeca Andrade se tornou a primeira mulher do esporte brasileiro a voltar de uma edição de Jogos Olímpicos com mais de uma medalha. Na Olimpíada de Tóquio, em 2021, que era para acontecer em 2020, mas foi adiada por causa da pandemia, a ginasta foi ouro no salto e prata no individual geral. Levando em consideração apenas os valores pagos pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), ela recebeu bem mais.
Na oportunidade, o COB pagou para os medalhistas individuais da Olimpíada R$ 250 mil pela medalha de ouro e R$ 150 mil pela prata. Desta forma, Rebeca Andrade voltou do Japão com a certeza de que iria receber ao menos R$ 400 mil pelo desempenho inédito na competição. Atletas olímpicos de destaque também conseguem assinar patrocinadores de um ciclo para outro dos Jogos. Há parcerias mais longas e também aquelas pontuais, como comerciais de TV.