Olimpíadas 2024: Alison dos Santos ‘Piu’ superou queimadura de 3º grau para brilhar no Atletismo


Corredor alcança segundo pódio olímpico consecutivo nas pistas de Paris-2024 com o bronze nos 400m com barreiras

Por Vinícius Harfush e Ricardo Magatti
Atualização:

PARIS - Alison dos Santos, o ‘Piu’, chegou às Olimpíadas de Paris como uma das grandes esperanças de medalha para o Brasil e não desapontou: o atleta garantiu a medalha de bronze nos 400m com barreiras – sua segunda, já havia alcançado o feito em Tóquio-2020 – e se coloca como o maior nome do atletismo brasileiro. Sua trajetória é marcada por recordes, história de superação fora do esporte e um carisma diferenciado.

Alison dos Santos, o Piu, chegou à final dos 400 metros com barreira das Olimpíadas de Paris no sufoco. Na hora da decisão, contudo, mostrou porque sempre foi apontado com um dos favoritos. Com o tempo de 47s26, terminou a disputa em terceiro lugar, assim como ocorreu nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, atrás de seus principais rivais. O ouro ficou com o americano Rai Benjamin, dono do tempo de 46s46, e a prata foi conquistada pelo norueguês Karsten Warholm, com 47s06.

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Em sua categoria, hoje, Alison é detentor da terceira melhor marca da história, conquistada no Mundial de Atletismo de 2022, quando bateu 46s29. Na preparação recente para os Jogos de Paris, alcançou ótimos resultados na Diamond League. Na competição, aliás, o brasileiro virou especialista: Piu foi foi medalhista de ouro em três das últimas quatro etapas.

Alison dos Santos, medalhista de bronze nos 400m com barreira Foto: Gaspar Nobrega|COB

Linha de largada

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Antes de se desafiar na categoria da corrida com barreiras, Alison iniciou sua carreira no atletismo treinando salto em altura. A ideia parecia boa, já que o corredor sempre teve um biotipo favorável e tem dois metros de altura. Mas foi aos olhos da sua primeira treinadora, Ana Fidelis, que o jovem trocou de modalidade e foi para a corrida com obstáculos. E se antes os treinos aconteciam numa pista de barro em São Joaquim da Barra, interior de São Paulo e sua cidade natal, hoje Piu desfila nas melhores pistas de atletismo do mundo. Desde o ano passado ele treina na Flórida, Estados Unidos, mas é atleta do Pinheiros e usa, quando vem ao Brasil, a estrutura de ponta do clube paulistano.

Com 16 anos, o corredor já atuava entre os profissionais e, em 2018, iniciou sua trajetória internacional. A primeira grande medalha veio nos Jogos Pan-Americanos de 2019, com a conquista do ouro em Lima, no Peru. Em Tóquio, bateu seu recorde de 46s72, o que lhe rendeu o bronze no Japão.

Terceira geração dos ‘Piu’

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Piu não se trata de um sobrenome, e sim um apelido que acompanha o atleta desde a infância. Mas se engana quem acha que a alcunha veio de uma grande história de vida ou por alguma mania bem específica de Alison. O atleta, aliás, não é nem considerado o ‘Piu original’. Isso porque o apelido surgiu quando começou a praticar atletismo, ainda no interior de São Paulo.

“Tinha um cara que morava na minha cidade que se chamava Piu. Antes mesmo de eu começar a treinar atletismo, tinha um outro cara que também morava lá e que parecia com esse primeiro, então ele foi chamado de Piu também. Tinha o Piu original da rua e o da segunda geração, que também era competidor de atletismo. Então quando ele largou os treinos, eu comecei a treinar. O pessoal começou a dizer que eu parecia o cara que parecia com o Piu original. Eu virei a falsificação da falsificação”, contou Alison ao programa PodPah.

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Mas esse não é o único epíteto que recebeu ao longo da carreira. Dotado de puro carisma, Piu brincou em diversas entrevistas sobre os apelidos que ele mesmo se dá. Ou seja, para torcer para ele em Paris está liberado chamá-lo de ‘Malvadão’, codinome que ganhou pela dancinha do funk de mesmo nome nos últimos Jogos Olímpicos, ou até ‘Geledo’, pela semelhança com o personagem do filme Os Incríveis.

Esporte como socialização

Quem vê Piu sorrindo nas entrevistas e passando tranquilidade nas provas não conseguiria identificar as mesmas características no Alison da infância e juventude. Algumas de suas características físicas se colocaram como barreiras em sua vida, mas que foram superadas através da construção da sua personalidade como atleta e como figura carismática para quem acompanha o esporte.

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Quando tinha apenas dez meses de idade, Piu sofreu um acidente doméstico com queimaduras de óleo fervendo. As marcas, percebidas na cabeça, nos braços e no rosto do atleta, hoje são muito menos relevantes do que os sorrisos que carrega e a esperança de uma medalha dourada para o Brasil em Paris-2024.

Americano Rai Benjamin e Piu competindo na última etapa da Diamond League antes da Olimpíada de Paris Foto: Valery Hache/VALERY HACHE

“O céu é o limite”

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Bem antes da disputa iminente da Olimpíada de Paris, Piu já projetava o que seria o seu futuro e como se comportaria nesse papel de protagonismo. Em entrevista ao ‘Estadão’ em 2022, após o ouro no Mundial, Alison já falava sobre ser o nome a ser batido em sua categoria e sempre demonstrou confiança em seu desempenho.

“O céu é o limite. Foguete não tem ré. Vou continuar sonhando. Sempre quero fazer história e aproveitar tudo o que posso (...) Agora, eu fui campeão mundial e mostrei que posso sonhar. Não vou me limitar. Posso acreditar que sempre vou correr melhor e ser mais rápido”, disse.

Estratégia para vencer

Como todo atleta de alto nível, o brasileiro tem suas estratégias específicas para tentar bater os adversários. E uma delas tem relação justamente com sua altura, que é uma vantagem em relação aos demais adversários. O desejo de Piu é correr abaixo dos 45 segundos e, para isso, usa a ‘estratégia das 12 passadas’. Entre uma barra e outra, são exatas 12 passadas largas para conseguir saltar com conforto e flexibilidade. Essa é a conta exata que ele fez para desempenhar bem e alcançar seus melhores números.

“Correr com 12 passadas para mim é uma sensação de liberdade, é como estar correndo sem barreiras porque é um momento que consigo ser rápido no intervalo e consigo crescer naquele intervalo sem me atrapalhar com aquele espaço. Depende muito de altura, de flexibilidade, de força, tem muita coisa envolvida nisso”, detalhou.

PARIS - Alison dos Santos, o ‘Piu’, chegou às Olimpíadas de Paris como uma das grandes esperanças de medalha para o Brasil e não desapontou: o atleta garantiu a medalha de bronze nos 400m com barreiras – sua segunda, já havia alcançado o feito em Tóquio-2020 – e se coloca como o maior nome do atletismo brasileiro. Sua trajetória é marcada por recordes, história de superação fora do esporte e um carisma diferenciado.

Alison dos Santos, o Piu, chegou à final dos 400 metros com barreira das Olimpíadas de Paris no sufoco. Na hora da decisão, contudo, mostrou porque sempre foi apontado com um dos favoritos. Com o tempo de 47s26, terminou a disputa em terceiro lugar, assim como ocorreu nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, atrás de seus principais rivais. O ouro ficou com o americano Rai Benjamin, dono do tempo de 46s46, e a prata foi conquistada pelo norueguês Karsten Warholm, com 47s06.

Em sua categoria, hoje, Alison é detentor da terceira melhor marca da história, conquistada no Mundial de Atletismo de 2022, quando bateu 46s29. Na preparação recente para os Jogos de Paris, alcançou ótimos resultados na Diamond League. Na competição, aliás, o brasileiro virou especialista: Piu foi foi medalhista de ouro em três das últimas quatro etapas.

Alison dos Santos, medalhista de bronze nos 400m com barreira Foto: Gaspar Nobrega|COB

Linha de largada

Antes de se desafiar na categoria da corrida com barreiras, Alison iniciou sua carreira no atletismo treinando salto em altura. A ideia parecia boa, já que o corredor sempre teve um biotipo favorável e tem dois metros de altura. Mas foi aos olhos da sua primeira treinadora, Ana Fidelis, que o jovem trocou de modalidade e foi para a corrida com obstáculos. E se antes os treinos aconteciam numa pista de barro em São Joaquim da Barra, interior de São Paulo e sua cidade natal, hoje Piu desfila nas melhores pistas de atletismo do mundo. Desde o ano passado ele treina na Flórida, Estados Unidos, mas é atleta do Pinheiros e usa, quando vem ao Brasil, a estrutura de ponta do clube paulistano.

Com 16 anos, o corredor já atuava entre os profissionais e, em 2018, iniciou sua trajetória internacional. A primeira grande medalha veio nos Jogos Pan-Americanos de 2019, com a conquista do ouro em Lima, no Peru. Em Tóquio, bateu seu recorde de 46s72, o que lhe rendeu o bronze no Japão.

Terceira geração dos ‘Piu’

Piu não se trata de um sobrenome, e sim um apelido que acompanha o atleta desde a infância. Mas se engana quem acha que a alcunha veio de uma grande história de vida ou por alguma mania bem específica de Alison. O atleta, aliás, não é nem considerado o ‘Piu original’. Isso porque o apelido surgiu quando começou a praticar atletismo, ainda no interior de São Paulo.

“Tinha um cara que morava na minha cidade que se chamava Piu. Antes mesmo de eu começar a treinar atletismo, tinha um outro cara que também morava lá e que parecia com esse primeiro, então ele foi chamado de Piu também. Tinha o Piu original da rua e o da segunda geração, que também era competidor de atletismo. Então quando ele largou os treinos, eu comecei a treinar. O pessoal começou a dizer que eu parecia o cara que parecia com o Piu original. Eu virei a falsificação da falsificação”, contou Alison ao programa PodPah.

Mas esse não é o único epíteto que recebeu ao longo da carreira. Dotado de puro carisma, Piu brincou em diversas entrevistas sobre os apelidos que ele mesmo se dá. Ou seja, para torcer para ele em Paris está liberado chamá-lo de ‘Malvadão’, codinome que ganhou pela dancinha do funk de mesmo nome nos últimos Jogos Olímpicos, ou até ‘Geledo’, pela semelhança com o personagem do filme Os Incríveis.

Esporte como socialização

Quem vê Piu sorrindo nas entrevistas e passando tranquilidade nas provas não conseguiria identificar as mesmas características no Alison da infância e juventude. Algumas de suas características físicas se colocaram como barreiras em sua vida, mas que foram superadas através da construção da sua personalidade como atleta e como figura carismática para quem acompanha o esporte.

Quando tinha apenas dez meses de idade, Piu sofreu um acidente doméstico com queimaduras de óleo fervendo. As marcas, percebidas na cabeça, nos braços e no rosto do atleta, hoje são muito menos relevantes do que os sorrisos que carrega e a esperança de uma medalha dourada para o Brasil em Paris-2024.

Americano Rai Benjamin e Piu competindo na última etapa da Diamond League antes da Olimpíada de Paris Foto: Valery Hache/VALERY HACHE

“O céu é o limite”

Bem antes da disputa iminente da Olimpíada de Paris, Piu já projetava o que seria o seu futuro e como se comportaria nesse papel de protagonismo. Em entrevista ao ‘Estadão’ em 2022, após o ouro no Mundial, Alison já falava sobre ser o nome a ser batido em sua categoria e sempre demonstrou confiança em seu desempenho.

“O céu é o limite. Foguete não tem ré. Vou continuar sonhando. Sempre quero fazer história e aproveitar tudo o que posso (...) Agora, eu fui campeão mundial e mostrei que posso sonhar. Não vou me limitar. Posso acreditar que sempre vou correr melhor e ser mais rápido”, disse.

Estratégia para vencer

Como todo atleta de alto nível, o brasileiro tem suas estratégias específicas para tentar bater os adversários. E uma delas tem relação justamente com sua altura, que é uma vantagem em relação aos demais adversários. O desejo de Piu é correr abaixo dos 45 segundos e, para isso, usa a ‘estratégia das 12 passadas’. Entre uma barra e outra, são exatas 12 passadas largas para conseguir saltar com conforto e flexibilidade. Essa é a conta exata que ele fez para desempenhar bem e alcançar seus melhores números.

“Correr com 12 passadas para mim é uma sensação de liberdade, é como estar correndo sem barreiras porque é um momento que consigo ser rápido no intervalo e consigo crescer naquele intervalo sem me atrapalhar com aquele espaço. Depende muito de altura, de flexibilidade, de força, tem muita coisa envolvida nisso”, detalhou.

PARIS - Alison dos Santos, o ‘Piu’, chegou às Olimpíadas de Paris como uma das grandes esperanças de medalha para o Brasil e não desapontou: o atleta garantiu a medalha de bronze nos 400m com barreiras – sua segunda, já havia alcançado o feito em Tóquio-2020 – e se coloca como o maior nome do atletismo brasileiro. Sua trajetória é marcada por recordes, história de superação fora do esporte e um carisma diferenciado.

Alison dos Santos, o Piu, chegou à final dos 400 metros com barreira das Olimpíadas de Paris no sufoco. Na hora da decisão, contudo, mostrou porque sempre foi apontado com um dos favoritos. Com o tempo de 47s26, terminou a disputa em terceiro lugar, assim como ocorreu nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, atrás de seus principais rivais. O ouro ficou com o americano Rai Benjamin, dono do tempo de 46s46, e a prata foi conquistada pelo norueguês Karsten Warholm, com 47s06.

Em sua categoria, hoje, Alison é detentor da terceira melhor marca da história, conquistada no Mundial de Atletismo de 2022, quando bateu 46s29. Na preparação recente para os Jogos de Paris, alcançou ótimos resultados na Diamond League. Na competição, aliás, o brasileiro virou especialista: Piu foi foi medalhista de ouro em três das últimas quatro etapas.

Alison dos Santos, medalhista de bronze nos 400m com barreira Foto: Gaspar Nobrega|COB

Linha de largada

Antes de se desafiar na categoria da corrida com barreiras, Alison iniciou sua carreira no atletismo treinando salto em altura. A ideia parecia boa, já que o corredor sempre teve um biotipo favorável e tem dois metros de altura. Mas foi aos olhos da sua primeira treinadora, Ana Fidelis, que o jovem trocou de modalidade e foi para a corrida com obstáculos. E se antes os treinos aconteciam numa pista de barro em São Joaquim da Barra, interior de São Paulo e sua cidade natal, hoje Piu desfila nas melhores pistas de atletismo do mundo. Desde o ano passado ele treina na Flórida, Estados Unidos, mas é atleta do Pinheiros e usa, quando vem ao Brasil, a estrutura de ponta do clube paulistano.

Com 16 anos, o corredor já atuava entre os profissionais e, em 2018, iniciou sua trajetória internacional. A primeira grande medalha veio nos Jogos Pan-Americanos de 2019, com a conquista do ouro em Lima, no Peru. Em Tóquio, bateu seu recorde de 46s72, o que lhe rendeu o bronze no Japão.

Terceira geração dos ‘Piu’

Piu não se trata de um sobrenome, e sim um apelido que acompanha o atleta desde a infância. Mas se engana quem acha que a alcunha veio de uma grande história de vida ou por alguma mania bem específica de Alison. O atleta, aliás, não é nem considerado o ‘Piu original’. Isso porque o apelido surgiu quando começou a praticar atletismo, ainda no interior de São Paulo.

“Tinha um cara que morava na minha cidade que se chamava Piu. Antes mesmo de eu começar a treinar atletismo, tinha um outro cara que também morava lá e que parecia com esse primeiro, então ele foi chamado de Piu também. Tinha o Piu original da rua e o da segunda geração, que também era competidor de atletismo. Então quando ele largou os treinos, eu comecei a treinar. O pessoal começou a dizer que eu parecia o cara que parecia com o Piu original. Eu virei a falsificação da falsificação”, contou Alison ao programa PodPah.

Mas esse não é o único epíteto que recebeu ao longo da carreira. Dotado de puro carisma, Piu brincou em diversas entrevistas sobre os apelidos que ele mesmo se dá. Ou seja, para torcer para ele em Paris está liberado chamá-lo de ‘Malvadão’, codinome que ganhou pela dancinha do funk de mesmo nome nos últimos Jogos Olímpicos, ou até ‘Geledo’, pela semelhança com o personagem do filme Os Incríveis.

Esporte como socialização

Quem vê Piu sorrindo nas entrevistas e passando tranquilidade nas provas não conseguiria identificar as mesmas características no Alison da infância e juventude. Algumas de suas características físicas se colocaram como barreiras em sua vida, mas que foram superadas através da construção da sua personalidade como atleta e como figura carismática para quem acompanha o esporte.

Quando tinha apenas dez meses de idade, Piu sofreu um acidente doméstico com queimaduras de óleo fervendo. As marcas, percebidas na cabeça, nos braços e no rosto do atleta, hoje são muito menos relevantes do que os sorrisos que carrega e a esperança de uma medalha dourada para o Brasil em Paris-2024.

Americano Rai Benjamin e Piu competindo na última etapa da Diamond League antes da Olimpíada de Paris Foto: Valery Hache/VALERY HACHE

“O céu é o limite”

Bem antes da disputa iminente da Olimpíada de Paris, Piu já projetava o que seria o seu futuro e como se comportaria nesse papel de protagonismo. Em entrevista ao ‘Estadão’ em 2022, após o ouro no Mundial, Alison já falava sobre ser o nome a ser batido em sua categoria e sempre demonstrou confiança em seu desempenho.

“O céu é o limite. Foguete não tem ré. Vou continuar sonhando. Sempre quero fazer história e aproveitar tudo o que posso (...) Agora, eu fui campeão mundial e mostrei que posso sonhar. Não vou me limitar. Posso acreditar que sempre vou correr melhor e ser mais rápido”, disse.

Estratégia para vencer

Como todo atleta de alto nível, o brasileiro tem suas estratégias específicas para tentar bater os adversários. E uma delas tem relação justamente com sua altura, que é uma vantagem em relação aos demais adversários. O desejo de Piu é correr abaixo dos 45 segundos e, para isso, usa a ‘estratégia das 12 passadas’. Entre uma barra e outra, são exatas 12 passadas largas para conseguir saltar com conforto e flexibilidade. Essa é a conta exata que ele fez para desempenhar bem e alcançar seus melhores números.

“Correr com 12 passadas para mim é uma sensação de liberdade, é como estar correndo sem barreiras porque é um momento que consigo ser rápido no intervalo e consigo crescer naquele intervalo sem me atrapalhar com aquele espaço. Depende muito de altura, de flexibilidade, de força, tem muita coisa envolvida nisso”, detalhou.

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