Porto-alegrense de nascimento, Tatiana Weston-Webb usa as cores da bandeira brasileira apesar de viver a maior parte dos seus 28 anos no Havaí, nos Estados Unidos. O sotaque não se apaga quando fala português. A surfista, nas famosas ondas do Taiti - uma de suas preferidas -, conquistou uma medalha de prata para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris na noite desta segunda-feira, 5.
Tati escolheu defender a bandeira brasileira em 2018, com foco na participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que foram disputados em 2021 por causa da pandemia de covid-19. Apenas dois meses após seu nascimento, a surfista deixou a capital do Rio Grande do Sul rumo à ilha de Kauai, ao lado dos seus pais, o surfista britânico Douglas Weston-Webb e a bodyboarder brasileira Tanira Guimarães, e o irmão mais velho, Troy.
“Eu escutava bastante português, mas todo mundo na minha família falava inglês perfeito, então era bem difícil de praticar. Porém, quando eu comecei a namorar o Jessé (Mendes, surfista brasileiro), conheci os pais dele, que não falavam em inglês, e percebi, naquele momento, que precisava realmente falar português para me comunicar com eles”, contou Tatiana, que se diz grata ao Havaí.
“Sem o Havaí eu não seria uma surfista como sou hoje, as ondas me ajudaram demais a me tornar uma boa surfista, profissional”, explica a brasileira, que relata ter feito visitas frequentes ao País durante a sua juventude.
Tati começou a namorar Jessé em julho de 2014 e foi pedida em casamento pelo paulista do Guarujá em fevereiro de 2020. A cena ganhou contornos especiais pelo local escolhido e o momento do dia: o pôr-do-Sol na Praia de Polihale, que fica na ilha havaiana onde Tati vive.
Na atual temporada da WSL, Tati ainda não conseguiu vencer uma etapa e está na sétima posição. Em 2023, terminou em oitavo lugar. Sua melhor campanha até hoje foi conquistada em 2021, quando foi vice-campeã mundial, perdendo o título para a havaiana Carissa Moore.