Rayssa Leal passa amor pelos livros ao irmão caçula e se realiza por vê-lo na base do Corinthians


Em entrevista ao ‘Estadão’, estrela do skate fala sobre gostos literários e musicais, o incentivo ao sonho do pequeno Arthur e o apoio constante que oferece ao futebol feminino

Por Bruno Accorsi
Atualização:

Entre compromissos como subir ao pódio das Olimpíadas de Paris e ganhar o título mundial de street em Roma, Rayssa Leal tenta encontrar tempo para se dedicar a outros interesses e à família. Andar de skate não é um fardo, muito pelo contrário, é a grande paixão da maranhense de 16 anos. A rotina de skatista profissional, contudo, a impede de dar tanta atenção a hábitos como a leitura, pela qual tem grande afeição, e diminui a frequência de seus encontros com Arthur, seu irmão caçula, de 9 anos, e hoje jogador da base do Corinthians, time de coração da medalhista olímpica.

A paixão futebol vem dos pais. Lilian Mendes, a mãe da dupla, tinha o sonho de ser jogadora e transmitiu o amor pelo esporte aos filhos. “Minha mãe jogava demais. Ver que isso migrou para o Arthur, que ele tem muita garra e muita força de vontade... eu tento apoiar ele o máximo que eu consigo, ficar o mais próximo dele para entender o que passa na cabecinha dele, como ele está lidando”, disse a campeão mundial ao Estadão.

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Rayssa Leal herdou paixão pelo futebol da mãe. Foto: Divulgação/Liga Nescau

Arthur fez como a irmã. Aceitou mudanças bruscas pelo objetivo de ter um futuro como esportista, mudando-se de Imperatriz, no Maranhão, para São Paulo, onde se adapta à nova vida com o apoio da skatista, depois de assinar um contrato de formação com o Corinthians. “Foi uma mudança muita rápida, de lá para cá. Ele quer muito ficar, continuar jogando futebol, fazer as coisas dele. A gente pode apoiar, incentivar, e vai ser um sonho ele jogando no Corinthians, meu clube do coração, é muito legal.”

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Rayssa fortalece sua conexão com o caçula não apenas por meio do esporte. Ela se esforça para estar presente, mesmo com tantas viagens, e tenta cultivar gostos em comum. Sua coleção dos livros da série “Diário de um Banana”, por exemplo, foi repassada a Arthur. A leitura faz parte da rotina da medalhista olímpica, que teve a vida marcada pelo Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry e é fã da escritora Colleen Hoover, fenômeno contemporâneo da ficção romântica.

“Um ano atrás eu lia bastante, bem mais do que estou lendo este ano, mas é algo que eu gosto muito, para aprender e até para aumentar o vocabulário, inclusive dar entrevistas. É muito bom e é algo muito grande, eu gosto muito de ler livro de romance”, diz. “Eu gosto muito de É assim que acaba e É assim que começa. Acho que esse é o top 2. Mas um top 3 eu colocaria O Pequeno Príncipe, certeza, porque é um dos primeiros livros que eu lembro muito”, completa.

De qualquer forma, o grande elo da família é mesmo o futebol. A própria Rayssa Leal acredita que, se não fosse skatista, poderia ter seguido a carreira de jogadora, não à toa acompanha de perto o futebol feminino. “Eu assistia com a minha mãe, a gente gosta de assistir juntas. É algo que une eu e ela, uma conexão muito legal. O futebol, além do skate, trouxe isso, porque ela sempre dizia que era o sonho dela. Provavelmente, se eu não fosse skatista, eu ia tentar futebol também”.

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Durante as Olimpíadas, foi uma espécie de amuleto da seleção medalhista de prata, presente nas arquibancadas e também nos bastidores, pois tem amizade com muitas das jogadoras. Sempre que pode, acompanha também o vitorioso time feminino do Corinthians, como fez ao assistir da Neo Química Arena a vitória sobre o São Paulo na final do Brasileirão.

“É algo muito gostoso de se estar com o pessoal. Dar o apoio também, porque elas me dão um apoio muito grande. A gente vê algumas que postam, mas no privado elas chegam em mim, me desejam boa sorte em todos os campeonatos. A gente deve ajudar uma à outra. Foi algo muito legal, acho que fique sem ir em dois jogos apenas na Olimpíada, porque eu tinha que ficar na Vila, mas assisti todos que pude. Foi muito legal ver essa batalha delas, elas merecem muito, é um espaço que tem de se abrir mais. Cada um fazendo sua parte, apoiando, a gente vai muito longe”, afirma a skatista.

Rayssa Leal e o irmão Arthur durante jogo da NFL na Neo Química Arena. Foto: Reprodução/Instagram @rayssalealsk8
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O incentivo de Rayssa ao esporte não se limita ao irmão ou às amigas e ídolos do futebol. Ciente de sua posição como símbolo, ela participa de eventos como a Liga Nescau, competição poliesportiva estudantil da qual é uma das embaixadoras e que reuniu mais de 23,7 mil pessoas durante a edição deste ano, no Clube Esperia, na Zona Norte paulista. Lá, a maranhense mostrou um pouco de seu talento com o skate e a bola, e recebeu o carinho direto dos fãs.

“É uma felicidade absurda, algo que eu não consigo mensurar em palavras. Eu fico muito feliz de ver muitas meninas, principalmente meninas que falam que se inspiram em mim. Isso me deixa com o coração muito quentinho, porque eu também já estive por muito e muito tempo do outro lado, sendo muito fã da Letícia (Bofuni). Receber esse apoio, porque querendo ou não, a pessoa fala para a gente que se inspira, e isso motiva a gente a continuar, a seguir em frente, passar por cima dos desafios sem medo”, afirma.

Mais medalhas para buscar ao som de trap e MPB

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Em Paris, além do apoio à seleção de futebol que foi ao segundo lugar do pódio, Rayssa alcançou a sua própria medalha, dessa vez de bronze, depois de ser prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021. A maranhense teve de lidar com o nervosismo e alguma insegurança na grande final, como revelou depois da conquista.

Teve nos fones ouvidos, entretanto, aliados para manter a calma, ao som de músicas como “Um amor puro”, do Djavan”, “Mudar pra Quê”, da dupla Os Nonatos, e “É o Amor”, de Zezé Di Camargo e Luciano. Quando faturou o ouro no Mundial de Street, em Roma, onde era a única não japonesa entre as oito finalistas, a trilha sonora foi o trap.

“Agora estou gostando muito de pop, MPB… MPB não sai da playlist, para mim não tem como errar. Então, MPB, pop, trap, por aí. Toda competição muda um pouco. Roma foi uma vibe que eu precisava de mais um pouco de energia, então eu coloquei um trapzinho. Já na Olimpíada foi um pouco diferente, eu deixei uma música mais calma. Meio que depende muito do momento”, explica.

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Fora o Campeonato Mundial e a Olimpíada, Rayssa ainda tem outra conquista importante para buscar em 2024: o título da Street League Skate (SLS), a liga mundial de skate, que tem a etapa de Sidney em curso neste final de semana. A disputa na Austrália decide os classificados para o Super Crown, etapa decisiva da liga, marcada para os dias 13 e 14 de dezembro, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.

Mesmo com o cansaço em razão do calendário cheio, Rayssa a skatista está focada e otimista. Entre os compromisso em Sidney e São Paulo, ela ainda passa pelo Rio, de 16 a 20 de outubro, para o STU Open, competição da liga nacional que conta com a participação de estrangeiros. Só depois de tudo isso é que ela vai desligar um pouco das competições e, em breve, no dia 4 de janeiro, celebrar o aniversário de 17 anos.

“Sempre em janeiro a gente pega nossas férias até começar a escola, os campeonatos, a gente lida como férias. Daí já tem meu aniversário, vai emendar muita coisa. Final de ano, natal, meu aniversário, vai ser uma pausa boa. Por enquanto, é foco na rotina, o ano não acabou. Super Crown em dezembro, STU, Street League agora em Sydney. Muita coisa ainda por vir. A gente acaba ficando um pouco cansada da rotina, todo mundo tem esse ponto, mas quando é uma rotina divertida, que a gente se diverte, fazendo o que a gente ama, fica tudo mais legal”, pontua.

Entre compromissos como subir ao pódio das Olimpíadas de Paris e ganhar o título mundial de street em Roma, Rayssa Leal tenta encontrar tempo para se dedicar a outros interesses e à família. Andar de skate não é um fardo, muito pelo contrário, é a grande paixão da maranhense de 16 anos. A rotina de skatista profissional, contudo, a impede de dar tanta atenção a hábitos como a leitura, pela qual tem grande afeição, e diminui a frequência de seus encontros com Arthur, seu irmão caçula, de 9 anos, e hoje jogador da base do Corinthians, time de coração da medalhista olímpica.

A paixão futebol vem dos pais. Lilian Mendes, a mãe da dupla, tinha o sonho de ser jogadora e transmitiu o amor pelo esporte aos filhos. “Minha mãe jogava demais. Ver que isso migrou para o Arthur, que ele tem muita garra e muita força de vontade... eu tento apoiar ele o máximo que eu consigo, ficar o mais próximo dele para entender o que passa na cabecinha dele, como ele está lidando”, disse a campeão mundial ao Estadão.

Rayssa Leal herdou paixão pelo futebol da mãe. Foto: Divulgação/Liga Nescau

Arthur fez como a irmã. Aceitou mudanças bruscas pelo objetivo de ter um futuro como esportista, mudando-se de Imperatriz, no Maranhão, para São Paulo, onde se adapta à nova vida com o apoio da skatista, depois de assinar um contrato de formação com o Corinthians. “Foi uma mudança muita rápida, de lá para cá. Ele quer muito ficar, continuar jogando futebol, fazer as coisas dele. A gente pode apoiar, incentivar, e vai ser um sonho ele jogando no Corinthians, meu clube do coração, é muito legal.”

Rayssa fortalece sua conexão com o caçula não apenas por meio do esporte. Ela se esforça para estar presente, mesmo com tantas viagens, e tenta cultivar gostos em comum. Sua coleção dos livros da série “Diário de um Banana”, por exemplo, foi repassada a Arthur. A leitura faz parte da rotina da medalhista olímpica, que teve a vida marcada pelo Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry e é fã da escritora Colleen Hoover, fenômeno contemporâneo da ficção romântica.

“Um ano atrás eu lia bastante, bem mais do que estou lendo este ano, mas é algo que eu gosto muito, para aprender e até para aumentar o vocabulário, inclusive dar entrevistas. É muito bom e é algo muito grande, eu gosto muito de ler livro de romance”, diz. “Eu gosto muito de É assim que acaba e É assim que começa. Acho que esse é o top 2. Mas um top 3 eu colocaria O Pequeno Príncipe, certeza, porque é um dos primeiros livros que eu lembro muito”, completa.

De qualquer forma, o grande elo da família é mesmo o futebol. A própria Rayssa Leal acredita que, se não fosse skatista, poderia ter seguido a carreira de jogadora, não à toa acompanha de perto o futebol feminino. “Eu assistia com a minha mãe, a gente gosta de assistir juntas. É algo que une eu e ela, uma conexão muito legal. O futebol, além do skate, trouxe isso, porque ela sempre dizia que era o sonho dela. Provavelmente, se eu não fosse skatista, eu ia tentar futebol também”.

Durante as Olimpíadas, foi uma espécie de amuleto da seleção medalhista de prata, presente nas arquibancadas e também nos bastidores, pois tem amizade com muitas das jogadoras. Sempre que pode, acompanha também o vitorioso time feminino do Corinthians, como fez ao assistir da Neo Química Arena a vitória sobre o São Paulo na final do Brasileirão.

“É algo muito gostoso de se estar com o pessoal. Dar o apoio também, porque elas me dão um apoio muito grande. A gente vê algumas que postam, mas no privado elas chegam em mim, me desejam boa sorte em todos os campeonatos. A gente deve ajudar uma à outra. Foi algo muito legal, acho que fique sem ir em dois jogos apenas na Olimpíada, porque eu tinha que ficar na Vila, mas assisti todos que pude. Foi muito legal ver essa batalha delas, elas merecem muito, é um espaço que tem de se abrir mais. Cada um fazendo sua parte, apoiando, a gente vai muito longe”, afirma a skatista.

Rayssa Leal e o irmão Arthur durante jogo da NFL na Neo Química Arena. Foto: Reprodução/Instagram @rayssalealsk8

O incentivo de Rayssa ao esporte não se limita ao irmão ou às amigas e ídolos do futebol. Ciente de sua posição como símbolo, ela participa de eventos como a Liga Nescau, competição poliesportiva estudantil da qual é uma das embaixadoras e que reuniu mais de 23,7 mil pessoas durante a edição deste ano, no Clube Esperia, na Zona Norte paulista. Lá, a maranhense mostrou um pouco de seu talento com o skate e a bola, e recebeu o carinho direto dos fãs.

“É uma felicidade absurda, algo que eu não consigo mensurar em palavras. Eu fico muito feliz de ver muitas meninas, principalmente meninas que falam que se inspiram em mim. Isso me deixa com o coração muito quentinho, porque eu também já estive por muito e muito tempo do outro lado, sendo muito fã da Letícia (Bofuni). Receber esse apoio, porque querendo ou não, a pessoa fala para a gente que se inspira, e isso motiva a gente a continuar, a seguir em frente, passar por cima dos desafios sem medo”, afirma.

Mais medalhas para buscar ao som de trap e MPB

Em Paris, além do apoio à seleção de futebol que foi ao segundo lugar do pódio, Rayssa alcançou a sua própria medalha, dessa vez de bronze, depois de ser prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021. A maranhense teve de lidar com o nervosismo e alguma insegurança na grande final, como revelou depois da conquista.

Teve nos fones ouvidos, entretanto, aliados para manter a calma, ao som de músicas como “Um amor puro”, do Djavan”, “Mudar pra Quê”, da dupla Os Nonatos, e “É o Amor”, de Zezé Di Camargo e Luciano. Quando faturou o ouro no Mundial de Street, em Roma, onde era a única não japonesa entre as oito finalistas, a trilha sonora foi o trap.

“Agora estou gostando muito de pop, MPB… MPB não sai da playlist, para mim não tem como errar. Então, MPB, pop, trap, por aí. Toda competição muda um pouco. Roma foi uma vibe que eu precisava de mais um pouco de energia, então eu coloquei um trapzinho. Já na Olimpíada foi um pouco diferente, eu deixei uma música mais calma. Meio que depende muito do momento”, explica.

Fora o Campeonato Mundial e a Olimpíada, Rayssa ainda tem outra conquista importante para buscar em 2024: o título da Street League Skate (SLS), a liga mundial de skate, que tem a etapa de Sidney em curso neste final de semana. A disputa na Austrália decide os classificados para o Super Crown, etapa decisiva da liga, marcada para os dias 13 e 14 de dezembro, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.

Mesmo com o cansaço em razão do calendário cheio, Rayssa a skatista está focada e otimista. Entre os compromisso em Sidney e São Paulo, ela ainda passa pelo Rio, de 16 a 20 de outubro, para o STU Open, competição da liga nacional que conta com a participação de estrangeiros. Só depois de tudo isso é que ela vai desligar um pouco das competições e, em breve, no dia 4 de janeiro, celebrar o aniversário de 17 anos.

“Sempre em janeiro a gente pega nossas férias até começar a escola, os campeonatos, a gente lida como férias. Daí já tem meu aniversário, vai emendar muita coisa. Final de ano, natal, meu aniversário, vai ser uma pausa boa. Por enquanto, é foco na rotina, o ano não acabou. Super Crown em dezembro, STU, Street League agora em Sydney. Muita coisa ainda por vir. A gente acaba ficando um pouco cansada da rotina, todo mundo tem esse ponto, mas quando é uma rotina divertida, que a gente se diverte, fazendo o que a gente ama, fica tudo mais legal”, pontua.

Entre compromissos como subir ao pódio das Olimpíadas de Paris e ganhar o título mundial de street em Roma, Rayssa Leal tenta encontrar tempo para se dedicar a outros interesses e à família. Andar de skate não é um fardo, muito pelo contrário, é a grande paixão da maranhense de 16 anos. A rotina de skatista profissional, contudo, a impede de dar tanta atenção a hábitos como a leitura, pela qual tem grande afeição, e diminui a frequência de seus encontros com Arthur, seu irmão caçula, de 9 anos, e hoje jogador da base do Corinthians, time de coração da medalhista olímpica.

A paixão futebol vem dos pais. Lilian Mendes, a mãe da dupla, tinha o sonho de ser jogadora e transmitiu o amor pelo esporte aos filhos. “Minha mãe jogava demais. Ver que isso migrou para o Arthur, que ele tem muita garra e muita força de vontade... eu tento apoiar ele o máximo que eu consigo, ficar o mais próximo dele para entender o que passa na cabecinha dele, como ele está lidando”, disse a campeão mundial ao Estadão.

Rayssa Leal herdou paixão pelo futebol da mãe. Foto: Divulgação/Liga Nescau

Arthur fez como a irmã. Aceitou mudanças bruscas pelo objetivo de ter um futuro como esportista, mudando-se de Imperatriz, no Maranhão, para São Paulo, onde se adapta à nova vida com o apoio da skatista, depois de assinar um contrato de formação com o Corinthians. “Foi uma mudança muita rápida, de lá para cá. Ele quer muito ficar, continuar jogando futebol, fazer as coisas dele. A gente pode apoiar, incentivar, e vai ser um sonho ele jogando no Corinthians, meu clube do coração, é muito legal.”

Rayssa fortalece sua conexão com o caçula não apenas por meio do esporte. Ela se esforça para estar presente, mesmo com tantas viagens, e tenta cultivar gostos em comum. Sua coleção dos livros da série “Diário de um Banana”, por exemplo, foi repassada a Arthur. A leitura faz parte da rotina da medalhista olímpica, que teve a vida marcada pelo Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry e é fã da escritora Colleen Hoover, fenômeno contemporâneo da ficção romântica.

“Um ano atrás eu lia bastante, bem mais do que estou lendo este ano, mas é algo que eu gosto muito, para aprender e até para aumentar o vocabulário, inclusive dar entrevistas. É muito bom e é algo muito grande, eu gosto muito de ler livro de romance”, diz. “Eu gosto muito de É assim que acaba e É assim que começa. Acho que esse é o top 2. Mas um top 3 eu colocaria O Pequeno Príncipe, certeza, porque é um dos primeiros livros que eu lembro muito”, completa.

De qualquer forma, o grande elo da família é mesmo o futebol. A própria Rayssa Leal acredita que, se não fosse skatista, poderia ter seguido a carreira de jogadora, não à toa acompanha de perto o futebol feminino. “Eu assistia com a minha mãe, a gente gosta de assistir juntas. É algo que une eu e ela, uma conexão muito legal. O futebol, além do skate, trouxe isso, porque ela sempre dizia que era o sonho dela. Provavelmente, se eu não fosse skatista, eu ia tentar futebol também”.

Durante as Olimpíadas, foi uma espécie de amuleto da seleção medalhista de prata, presente nas arquibancadas e também nos bastidores, pois tem amizade com muitas das jogadoras. Sempre que pode, acompanha também o vitorioso time feminino do Corinthians, como fez ao assistir da Neo Química Arena a vitória sobre o São Paulo na final do Brasileirão.

“É algo muito gostoso de se estar com o pessoal. Dar o apoio também, porque elas me dão um apoio muito grande. A gente vê algumas que postam, mas no privado elas chegam em mim, me desejam boa sorte em todos os campeonatos. A gente deve ajudar uma à outra. Foi algo muito legal, acho que fique sem ir em dois jogos apenas na Olimpíada, porque eu tinha que ficar na Vila, mas assisti todos que pude. Foi muito legal ver essa batalha delas, elas merecem muito, é um espaço que tem de se abrir mais. Cada um fazendo sua parte, apoiando, a gente vai muito longe”, afirma a skatista.

Rayssa Leal e o irmão Arthur durante jogo da NFL na Neo Química Arena. Foto: Reprodução/Instagram @rayssalealsk8

O incentivo de Rayssa ao esporte não se limita ao irmão ou às amigas e ídolos do futebol. Ciente de sua posição como símbolo, ela participa de eventos como a Liga Nescau, competição poliesportiva estudantil da qual é uma das embaixadoras e que reuniu mais de 23,7 mil pessoas durante a edição deste ano, no Clube Esperia, na Zona Norte paulista. Lá, a maranhense mostrou um pouco de seu talento com o skate e a bola, e recebeu o carinho direto dos fãs.

“É uma felicidade absurda, algo que eu não consigo mensurar em palavras. Eu fico muito feliz de ver muitas meninas, principalmente meninas que falam que se inspiram em mim. Isso me deixa com o coração muito quentinho, porque eu também já estive por muito e muito tempo do outro lado, sendo muito fã da Letícia (Bofuni). Receber esse apoio, porque querendo ou não, a pessoa fala para a gente que se inspira, e isso motiva a gente a continuar, a seguir em frente, passar por cima dos desafios sem medo”, afirma.

Mais medalhas para buscar ao som de trap e MPB

Em Paris, além do apoio à seleção de futebol que foi ao segundo lugar do pódio, Rayssa alcançou a sua própria medalha, dessa vez de bronze, depois de ser prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021. A maranhense teve de lidar com o nervosismo e alguma insegurança na grande final, como revelou depois da conquista.

Teve nos fones ouvidos, entretanto, aliados para manter a calma, ao som de músicas como “Um amor puro”, do Djavan”, “Mudar pra Quê”, da dupla Os Nonatos, e “É o Amor”, de Zezé Di Camargo e Luciano. Quando faturou o ouro no Mundial de Street, em Roma, onde era a única não japonesa entre as oito finalistas, a trilha sonora foi o trap.

“Agora estou gostando muito de pop, MPB… MPB não sai da playlist, para mim não tem como errar. Então, MPB, pop, trap, por aí. Toda competição muda um pouco. Roma foi uma vibe que eu precisava de mais um pouco de energia, então eu coloquei um trapzinho. Já na Olimpíada foi um pouco diferente, eu deixei uma música mais calma. Meio que depende muito do momento”, explica.

Fora o Campeonato Mundial e a Olimpíada, Rayssa ainda tem outra conquista importante para buscar em 2024: o título da Street League Skate (SLS), a liga mundial de skate, que tem a etapa de Sidney em curso neste final de semana. A disputa na Austrália decide os classificados para o Super Crown, etapa decisiva da liga, marcada para os dias 13 e 14 de dezembro, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.

Mesmo com o cansaço em razão do calendário cheio, Rayssa a skatista está focada e otimista. Entre os compromisso em Sidney e São Paulo, ela ainda passa pelo Rio, de 16 a 20 de outubro, para o STU Open, competição da liga nacional que conta com a participação de estrangeiros. Só depois de tudo isso é que ela vai desligar um pouco das competições e, em breve, no dia 4 de janeiro, celebrar o aniversário de 17 anos.

“Sempre em janeiro a gente pega nossas férias até começar a escola, os campeonatos, a gente lida como férias. Daí já tem meu aniversário, vai emendar muita coisa. Final de ano, natal, meu aniversário, vai ser uma pausa boa. Por enquanto, é foco na rotina, o ano não acabou. Super Crown em dezembro, STU, Street League agora em Sydney. Muita coisa ainda por vir. A gente acaba ficando um pouco cansada da rotina, todo mundo tem esse ponto, mas quando é uma rotina divertida, que a gente se diverte, fazendo o que a gente ama, fica tudo mais legal”, pontua.

Entre compromissos como subir ao pódio das Olimpíadas de Paris e ganhar o título mundial de street em Roma, Rayssa Leal tenta encontrar tempo para se dedicar a outros interesses e à família. Andar de skate não é um fardo, muito pelo contrário, é a grande paixão da maranhense de 16 anos. A rotina de skatista profissional, contudo, a impede de dar tanta atenção a hábitos como a leitura, pela qual tem grande afeição, e diminui a frequência de seus encontros com Arthur, seu irmão caçula, de 9 anos, e hoje jogador da base do Corinthians, time de coração da medalhista olímpica.

A paixão futebol vem dos pais. Lilian Mendes, a mãe da dupla, tinha o sonho de ser jogadora e transmitiu o amor pelo esporte aos filhos. “Minha mãe jogava demais. Ver que isso migrou para o Arthur, que ele tem muita garra e muita força de vontade... eu tento apoiar ele o máximo que eu consigo, ficar o mais próximo dele para entender o que passa na cabecinha dele, como ele está lidando”, disse a campeão mundial ao Estadão.

Rayssa Leal herdou paixão pelo futebol da mãe. Foto: Divulgação/Liga Nescau

Arthur fez como a irmã. Aceitou mudanças bruscas pelo objetivo de ter um futuro como esportista, mudando-se de Imperatriz, no Maranhão, para São Paulo, onde se adapta à nova vida com o apoio da skatista, depois de assinar um contrato de formação com o Corinthians. “Foi uma mudança muita rápida, de lá para cá. Ele quer muito ficar, continuar jogando futebol, fazer as coisas dele. A gente pode apoiar, incentivar, e vai ser um sonho ele jogando no Corinthians, meu clube do coração, é muito legal.”

Rayssa fortalece sua conexão com o caçula não apenas por meio do esporte. Ela se esforça para estar presente, mesmo com tantas viagens, e tenta cultivar gostos em comum. Sua coleção dos livros da série “Diário de um Banana”, por exemplo, foi repassada a Arthur. A leitura faz parte da rotina da medalhista olímpica, que teve a vida marcada pelo Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry e é fã da escritora Colleen Hoover, fenômeno contemporâneo da ficção romântica.

“Um ano atrás eu lia bastante, bem mais do que estou lendo este ano, mas é algo que eu gosto muito, para aprender e até para aumentar o vocabulário, inclusive dar entrevistas. É muito bom e é algo muito grande, eu gosto muito de ler livro de romance”, diz. “Eu gosto muito de É assim que acaba e É assim que começa. Acho que esse é o top 2. Mas um top 3 eu colocaria O Pequeno Príncipe, certeza, porque é um dos primeiros livros que eu lembro muito”, completa.

De qualquer forma, o grande elo da família é mesmo o futebol. A própria Rayssa Leal acredita que, se não fosse skatista, poderia ter seguido a carreira de jogadora, não à toa acompanha de perto o futebol feminino. “Eu assistia com a minha mãe, a gente gosta de assistir juntas. É algo que une eu e ela, uma conexão muito legal. O futebol, além do skate, trouxe isso, porque ela sempre dizia que era o sonho dela. Provavelmente, se eu não fosse skatista, eu ia tentar futebol também”.

Durante as Olimpíadas, foi uma espécie de amuleto da seleção medalhista de prata, presente nas arquibancadas e também nos bastidores, pois tem amizade com muitas das jogadoras. Sempre que pode, acompanha também o vitorioso time feminino do Corinthians, como fez ao assistir da Neo Química Arena a vitória sobre o São Paulo na final do Brasileirão.

“É algo muito gostoso de se estar com o pessoal. Dar o apoio também, porque elas me dão um apoio muito grande. A gente vê algumas que postam, mas no privado elas chegam em mim, me desejam boa sorte em todos os campeonatos. A gente deve ajudar uma à outra. Foi algo muito legal, acho que fique sem ir em dois jogos apenas na Olimpíada, porque eu tinha que ficar na Vila, mas assisti todos que pude. Foi muito legal ver essa batalha delas, elas merecem muito, é um espaço que tem de se abrir mais. Cada um fazendo sua parte, apoiando, a gente vai muito longe”, afirma a skatista.

Rayssa Leal e o irmão Arthur durante jogo da NFL na Neo Química Arena. Foto: Reprodução/Instagram @rayssalealsk8

O incentivo de Rayssa ao esporte não se limita ao irmão ou às amigas e ídolos do futebol. Ciente de sua posição como símbolo, ela participa de eventos como a Liga Nescau, competição poliesportiva estudantil da qual é uma das embaixadoras e que reuniu mais de 23,7 mil pessoas durante a edição deste ano, no Clube Esperia, na Zona Norte paulista. Lá, a maranhense mostrou um pouco de seu talento com o skate e a bola, e recebeu o carinho direto dos fãs.

“É uma felicidade absurda, algo que eu não consigo mensurar em palavras. Eu fico muito feliz de ver muitas meninas, principalmente meninas que falam que se inspiram em mim. Isso me deixa com o coração muito quentinho, porque eu também já estive por muito e muito tempo do outro lado, sendo muito fã da Letícia (Bofuni). Receber esse apoio, porque querendo ou não, a pessoa fala para a gente que se inspira, e isso motiva a gente a continuar, a seguir em frente, passar por cima dos desafios sem medo”, afirma.

Mais medalhas para buscar ao som de trap e MPB

Em Paris, além do apoio à seleção de futebol que foi ao segundo lugar do pódio, Rayssa alcançou a sua própria medalha, dessa vez de bronze, depois de ser prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021. A maranhense teve de lidar com o nervosismo e alguma insegurança na grande final, como revelou depois da conquista.

Teve nos fones ouvidos, entretanto, aliados para manter a calma, ao som de músicas como “Um amor puro”, do Djavan”, “Mudar pra Quê”, da dupla Os Nonatos, e “É o Amor”, de Zezé Di Camargo e Luciano. Quando faturou o ouro no Mundial de Street, em Roma, onde era a única não japonesa entre as oito finalistas, a trilha sonora foi o trap.

“Agora estou gostando muito de pop, MPB… MPB não sai da playlist, para mim não tem como errar. Então, MPB, pop, trap, por aí. Toda competição muda um pouco. Roma foi uma vibe que eu precisava de mais um pouco de energia, então eu coloquei um trapzinho. Já na Olimpíada foi um pouco diferente, eu deixei uma música mais calma. Meio que depende muito do momento”, explica.

Fora o Campeonato Mundial e a Olimpíada, Rayssa ainda tem outra conquista importante para buscar em 2024: o título da Street League Skate (SLS), a liga mundial de skate, que tem a etapa de Sidney em curso neste final de semana. A disputa na Austrália decide os classificados para o Super Crown, etapa decisiva da liga, marcada para os dias 13 e 14 de dezembro, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.

Mesmo com o cansaço em razão do calendário cheio, Rayssa a skatista está focada e otimista. Entre os compromisso em Sidney e São Paulo, ela ainda passa pelo Rio, de 16 a 20 de outubro, para o STU Open, competição da liga nacional que conta com a participação de estrangeiros. Só depois de tudo isso é que ela vai desligar um pouco das competições e, em breve, no dia 4 de janeiro, celebrar o aniversário de 17 anos.

“Sempre em janeiro a gente pega nossas férias até começar a escola, os campeonatos, a gente lida como férias. Daí já tem meu aniversário, vai emendar muita coisa. Final de ano, natal, meu aniversário, vai ser uma pausa boa. Por enquanto, é foco na rotina, o ano não acabou. Super Crown em dezembro, STU, Street League agora em Sydney. Muita coisa ainda por vir. A gente acaba ficando um pouco cansada da rotina, todo mundo tem esse ponto, mas quando é uma rotina divertida, que a gente se diverte, fazendo o que a gente ama, fica tudo mais legal”, pontua.

Entre compromissos como subir ao pódio das Olimpíadas de Paris e ganhar o título mundial de street em Roma, Rayssa Leal tenta encontrar tempo para se dedicar a outros interesses e à família. Andar de skate não é um fardo, muito pelo contrário, é a grande paixão da maranhense de 16 anos. A rotina de skatista profissional, contudo, a impede de dar tanta atenção a hábitos como a leitura, pela qual tem grande afeição, e diminui a frequência de seus encontros com Arthur, seu irmão caçula, de 9 anos, e hoje jogador da base do Corinthians, time de coração da medalhista olímpica.

A paixão futebol vem dos pais. Lilian Mendes, a mãe da dupla, tinha o sonho de ser jogadora e transmitiu o amor pelo esporte aos filhos. “Minha mãe jogava demais. Ver que isso migrou para o Arthur, que ele tem muita garra e muita força de vontade... eu tento apoiar ele o máximo que eu consigo, ficar o mais próximo dele para entender o que passa na cabecinha dele, como ele está lidando”, disse a campeão mundial ao Estadão.

Rayssa Leal herdou paixão pelo futebol da mãe. Foto: Divulgação/Liga Nescau

Arthur fez como a irmã. Aceitou mudanças bruscas pelo objetivo de ter um futuro como esportista, mudando-se de Imperatriz, no Maranhão, para São Paulo, onde se adapta à nova vida com o apoio da skatista, depois de assinar um contrato de formação com o Corinthians. “Foi uma mudança muita rápida, de lá para cá. Ele quer muito ficar, continuar jogando futebol, fazer as coisas dele. A gente pode apoiar, incentivar, e vai ser um sonho ele jogando no Corinthians, meu clube do coração, é muito legal.”

Rayssa fortalece sua conexão com o caçula não apenas por meio do esporte. Ela se esforça para estar presente, mesmo com tantas viagens, e tenta cultivar gostos em comum. Sua coleção dos livros da série “Diário de um Banana”, por exemplo, foi repassada a Arthur. A leitura faz parte da rotina da medalhista olímpica, que teve a vida marcada pelo Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry e é fã da escritora Colleen Hoover, fenômeno contemporâneo da ficção romântica.

“Um ano atrás eu lia bastante, bem mais do que estou lendo este ano, mas é algo que eu gosto muito, para aprender e até para aumentar o vocabulário, inclusive dar entrevistas. É muito bom e é algo muito grande, eu gosto muito de ler livro de romance”, diz. “Eu gosto muito de É assim que acaba e É assim que começa. Acho que esse é o top 2. Mas um top 3 eu colocaria O Pequeno Príncipe, certeza, porque é um dos primeiros livros que eu lembro muito”, completa.

De qualquer forma, o grande elo da família é mesmo o futebol. A própria Rayssa Leal acredita que, se não fosse skatista, poderia ter seguido a carreira de jogadora, não à toa acompanha de perto o futebol feminino. “Eu assistia com a minha mãe, a gente gosta de assistir juntas. É algo que une eu e ela, uma conexão muito legal. O futebol, além do skate, trouxe isso, porque ela sempre dizia que era o sonho dela. Provavelmente, se eu não fosse skatista, eu ia tentar futebol também”.

Durante as Olimpíadas, foi uma espécie de amuleto da seleção medalhista de prata, presente nas arquibancadas e também nos bastidores, pois tem amizade com muitas das jogadoras. Sempre que pode, acompanha também o vitorioso time feminino do Corinthians, como fez ao assistir da Neo Química Arena a vitória sobre o São Paulo na final do Brasileirão.

“É algo muito gostoso de se estar com o pessoal. Dar o apoio também, porque elas me dão um apoio muito grande. A gente vê algumas que postam, mas no privado elas chegam em mim, me desejam boa sorte em todos os campeonatos. A gente deve ajudar uma à outra. Foi algo muito legal, acho que fique sem ir em dois jogos apenas na Olimpíada, porque eu tinha que ficar na Vila, mas assisti todos que pude. Foi muito legal ver essa batalha delas, elas merecem muito, é um espaço que tem de se abrir mais. Cada um fazendo sua parte, apoiando, a gente vai muito longe”, afirma a skatista.

Rayssa Leal e o irmão Arthur durante jogo da NFL na Neo Química Arena. Foto: Reprodução/Instagram @rayssalealsk8

O incentivo de Rayssa ao esporte não se limita ao irmão ou às amigas e ídolos do futebol. Ciente de sua posição como símbolo, ela participa de eventos como a Liga Nescau, competição poliesportiva estudantil da qual é uma das embaixadoras e que reuniu mais de 23,7 mil pessoas durante a edição deste ano, no Clube Esperia, na Zona Norte paulista. Lá, a maranhense mostrou um pouco de seu talento com o skate e a bola, e recebeu o carinho direto dos fãs.

“É uma felicidade absurda, algo que eu não consigo mensurar em palavras. Eu fico muito feliz de ver muitas meninas, principalmente meninas que falam que se inspiram em mim. Isso me deixa com o coração muito quentinho, porque eu também já estive por muito e muito tempo do outro lado, sendo muito fã da Letícia (Bofuni). Receber esse apoio, porque querendo ou não, a pessoa fala para a gente que se inspira, e isso motiva a gente a continuar, a seguir em frente, passar por cima dos desafios sem medo”, afirma.

Mais medalhas para buscar ao som de trap e MPB

Em Paris, além do apoio à seleção de futebol que foi ao segundo lugar do pódio, Rayssa alcançou a sua própria medalha, dessa vez de bronze, depois de ser prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021. A maranhense teve de lidar com o nervosismo e alguma insegurança na grande final, como revelou depois da conquista.

Teve nos fones ouvidos, entretanto, aliados para manter a calma, ao som de músicas como “Um amor puro”, do Djavan”, “Mudar pra Quê”, da dupla Os Nonatos, e “É o Amor”, de Zezé Di Camargo e Luciano. Quando faturou o ouro no Mundial de Street, em Roma, onde era a única não japonesa entre as oito finalistas, a trilha sonora foi o trap.

“Agora estou gostando muito de pop, MPB… MPB não sai da playlist, para mim não tem como errar. Então, MPB, pop, trap, por aí. Toda competição muda um pouco. Roma foi uma vibe que eu precisava de mais um pouco de energia, então eu coloquei um trapzinho. Já na Olimpíada foi um pouco diferente, eu deixei uma música mais calma. Meio que depende muito do momento”, explica.

Fora o Campeonato Mundial e a Olimpíada, Rayssa ainda tem outra conquista importante para buscar em 2024: o título da Street League Skate (SLS), a liga mundial de skate, que tem a etapa de Sidney em curso neste final de semana. A disputa na Austrália decide os classificados para o Super Crown, etapa decisiva da liga, marcada para os dias 13 e 14 de dezembro, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.

Mesmo com o cansaço em razão do calendário cheio, Rayssa a skatista está focada e otimista. Entre os compromisso em Sidney e São Paulo, ela ainda passa pelo Rio, de 16 a 20 de outubro, para o STU Open, competição da liga nacional que conta com a participação de estrangeiros. Só depois de tudo isso é que ela vai desligar um pouco das competições e, em breve, no dia 4 de janeiro, celebrar o aniversário de 17 anos.

“Sempre em janeiro a gente pega nossas férias até começar a escola, os campeonatos, a gente lida como férias. Daí já tem meu aniversário, vai emendar muita coisa. Final de ano, natal, meu aniversário, vai ser uma pausa boa. Por enquanto, é foco na rotina, o ano não acabou. Super Crown em dezembro, STU, Street League agora em Sydney. Muita coisa ainda por vir. A gente acaba ficando um pouco cansada da rotina, todo mundo tem esse ponto, mas quando é uma rotina divertida, que a gente se diverte, fazendo o que a gente ama, fica tudo mais legal”, pontua.

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