PARIS - Rebeca Andrade não é vaidosa e diz sempre encarar as competições uma por vez, sem pensar em recordes ou em títulos, mas as três medalhas que conquistou nas Olimpíadas de Paris-2024 — duas de prata e uma de bronze — lhe permitem ser um pouco cabotina e se comparar a notáveis ídolos do esporte brasileiro.
“Os meus sonhos estão sendo alcançados e eu estou ficando gigante, né?”, reconheceu a ginasta, vice campeã olímpica no individual geral e no salto e bronze por equipes nos Jogos de Paris.
As conquistas a fizeram igualar Torben Grael e Robert Scheidt. Ela, agora, é, junto dos ex-velejadores, a maior medalhista brasileira das Olimpíadas, com cinco medalhas.
Rebeca pode se sentir confortável de se equiparar a ídolos que a inspiraram, como Ayrton Senna. “É muito legal pelo tamanho, mas poder representar e ter um orgulho, ser referência é algo que eu vou levar para sempre comigo. Como a gente vê o Senna, como a gente vê vários esportistas que a gente pensa assim: ‘Caramba, ele foi gigante. Olha como ele me inspira, olha como ele falou, olha como ele fez, olha como ele é'. É muito legal ver o que a gente está conquistando”.
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Rebeca está a uma medalha de se tornar a atleta do Brasil com mais medalhas olímpicas na história. Ela ainda compete em mais duas provas — trave e solo — e pode deixar Paris com cinco medalhas. Enquanto não atinge o feito, ela evita ela mesmo dizer ser o maior nome do País no esporte olímpico.
“Só vou considerar quando o resultado sair”, afirmou. “O resultado é consequência do trabalho. Então vai ser mais um dia intenso. Trave para a cabeça, solo para o corpo mesmo, pega muito. Espero conseguir fazer excelentes provas para que eu seja a maior da história”.