Rebeca Andrade se encontra com Nadia Comaneci, canta e pede pausa: ‘Estou cansada’


Lendas da ginástica, brasileira e romena trocam deferências em evento em São Paulo

Por Ricardo Magatti
Atualização:

Maior medalhista olímpica do País, Rebeca Andrade se encontrou com Nadia Comaneci, uma das maiores ginastas de todos os tempos. Durante a Expo COB, em São Paulo, a brasileira e a romena trocaram elogios e deferências e falaram sobre as diferenças e semelhanças entre elas, lendas da ginástica de diferentes gerações.

Num encontro descontraído, Rebeca cantou um trecho de “If I ain’t got you”, música de Alicia Keys, ouviu aplausos e realçou que precisa descansar seu corpo e sua mente depois de meses desgastantes.

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Nadia conheceu Rebeca quando a brasileira tinha 10 anos e foi competir em um campeonato organizado pela romena em Oklahoma, nos Estados Unidos, onde mora.

Rebeca Andrade e Nadia Comaneci juntas de evento do COB em São Paulo. Foto: Leo Barrilari/COB

“Eu vi a pequena Rebeca, muito determinada, técnica e forte. Hoje, 15 anos depois, estamos aqui. Ela não vai parar. Vamos vê-la em Los Angeles”, afirmou Nadia, sobre Rebeca. A romena é dona de nove medalhas olímpicas, cinco delas de ouro, e foi a primeira ginasta a da história a tirar nota 10. Ela alcançou o feito nos Jogos Olímpicos de Montreal 1976, quando tinha 14 anos. Quatro anos depois, em Moscou 1980, ganhou mais quatro medalhas - duas de ouro e duas de prata.

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Ela é teatral, sabe como performar, tem movimentos difíceis. Nosso esporte é chamado de ginástica artística e ela é os dois. Isso é muito raro

Nadia Comaneci, sobre Rebeca Andrade

A atleta brasileira mais condecorada da história devolveu os elogios da lenda do esporte. “Tenho uma ginástica diferente, mas o carisma acho que é o mesmo. Ela foi brilhante, e ainda é, por isso continua inspirando tantas gerações”, afirmou.

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Rebeca só conquistou as quatro medalhas em Paris porque competiu com “leveza e alegria”, ela enfatizou. A paulista de Guarulhos voltou a falar sobre como trabalhou a mente para não sentir a pressão e ignorar as altas expectativas sobre si.

Sentimos que podemos fazer acontecer. Enfatizei as questões de entender que eu era capaz de conseguir aquilo sem me sentir pressionada, sem prestar atenção no que os outros esperavam de mim. Tinha o entendimento de que não era obrigada a voltar com um milhão de medalhas. Quando você chega na competição com leveza, com alegria e respeito às pessoas ao seu redor, é muito melhor. Foi isso que eu fiz.

Rebeca Andrade, maior medalhista olímpica do Brasil

As duas dividiram o palco por mais de uma hora e discutiram temas relacionados à ginástica e ao esporte de alto rendimento. Redes sociais e a atenção à saúde mental foram dois assuntos debatidos com detalhes, apontando as muitas diferenças em relação à época em que Nadia competia, nos anos 1970 e à geração atual da ginástica, liderada por Rebeca e Biles.

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“Eu competi nos anos 1970. Quando eu errava, o que eu escutava era: isso não é pra você, não faça mais isso, desista”, lembrou Nadia, que começou na ginástica aos 6 anos. ”Você pode tentar, você pode ser bem-sucedida mesmo se errar, se falhar”.

Rebeca Andrade foi elogiada por Nadia Comaneci durante o painel "O Encontro das Rainhas da Ginástica", na Expo COB. Foto: Leo Barrilari/COB

A estrela romena foi simpática e atenciosa com centenas de fãs. Ela respondeu a cada uma das dezenas de perguntas e, ao final do evento, reservou alguns minutos para fotos em grupos. Deu conselhos a duas pequenas ginastas, de 6 e 9 anos, que estavam na plateia, distribuiu sorrisos e entregou o seu discurso a uma fã, que fez o pedido insólito.

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“O esporte abre um mundo para cada menina que quer ser o próximo ícone, oferece oportunidades e também ensinamentos”, enfatizou a ex-ginasta, que ostenta sete notas 10 durante os Jogos de Montreal.

‘Estou me sentindo muito cansada’

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Ao desgaste de competições de alto rendimento, incluindo a mais importante delas, os Jogos Olímpicos, somam-se os muitos compromissos comerciais e entrevistas que tem dado Rebeca Andrade. Depois das apresentações de brilho em Paris, ela disse ainda não ter tido tempo suficiente para descansar.

Por isso, terminado o Campeonato Brasileiro de Ginástica, disputado no fim de semana passado em João Pessoa, na Paraíba, Rebeca reforçou que vai tirar em breve um período para descansar a mente e o corpo, que tanto lhe deu.

“Estou me sentindo muito cansada. Ainda não parei depois de Paris, mas estou muito feliz. Preciso muito das minhas férias para me sentir renovada e entregar o melhor que tenho”, declarou.

Os dias têm sido tão atribulados que ela revelou que não conseguiu cozinhar, algo que lhe faz bem, ainda. “Só fiz um cookie, que ficou muito bom. Espero ter mais tempo para fazer minhas receitas”, disse, aos risos,

Ela confirmou que estará na Olimpíada de Los Angeles, em 2028, mas vai competir em menos aparelhos, repetindo o que havia dito, e seu ciclo será bem menos exaustivo.

Prioridade é minha saúde física e mental. Sinto que meu corpo pede todo dia para eu cuidar dele. Ele me deu muito. Tenho essa possibilidade e por que não aproveitá-la? Já conversei com o (técnico) Chico (Porath), vou ter um ano de 2025 bem mais tranquilo

Rebeca Andrade, maior medalhista olímpica do Brasil

A brasileira também cantou no palco atendendo ao pedido de uma fã. A música escolhida foi “If I ain’t got you”, da cantora americana Alicia Keys. “Você canta, cozinha e compete”, elogiou Nadia.

Maior medalhista olímpica do País, Rebeca Andrade se encontrou com Nadia Comaneci, uma das maiores ginastas de todos os tempos. Durante a Expo COB, em São Paulo, a brasileira e a romena trocaram elogios e deferências e falaram sobre as diferenças e semelhanças entre elas, lendas da ginástica de diferentes gerações.

Num encontro descontraído, Rebeca cantou um trecho de “If I ain’t got you”, música de Alicia Keys, ouviu aplausos e realçou que precisa descansar seu corpo e sua mente depois de meses desgastantes.

Nadia conheceu Rebeca quando a brasileira tinha 10 anos e foi competir em um campeonato organizado pela romena em Oklahoma, nos Estados Unidos, onde mora.

Rebeca Andrade e Nadia Comaneci juntas de evento do COB em São Paulo. Foto: Leo Barrilari/COB

“Eu vi a pequena Rebeca, muito determinada, técnica e forte. Hoje, 15 anos depois, estamos aqui. Ela não vai parar. Vamos vê-la em Los Angeles”, afirmou Nadia, sobre Rebeca. A romena é dona de nove medalhas olímpicas, cinco delas de ouro, e foi a primeira ginasta a da história a tirar nota 10. Ela alcançou o feito nos Jogos Olímpicos de Montreal 1976, quando tinha 14 anos. Quatro anos depois, em Moscou 1980, ganhou mais quatro medalhas - duas de ouro e duas de prata.

Ela é teatral, sabe como performar, tem movimentos difíceis. Nosso esporte é chamado de ginástica artística e ela é os dois. Isso é muito raro

Nadia Comaneci, sobre Rebeca Andrade

A atleta brasileira mais condecorada da história devolveu os elogios da lenda do esporte. “Tenho uma ginástica diferente, mas o carisma acho que é o mesmo. Ela foi brilhante, e ainda é, por isso continua inspirando tantas gerações”, afirmou.

Rebeca só conquistou as quatro medalhas em Paris porque competiu com “leveza e alegria”, ela enfatizou. A paulista de Guarulhos voltou a falar sobre como trabalhou a mente para não sentir a pressão e ignorar as altas expectativas sobre si.

Sentimos que podemos fazer acontecer. Enfatizei as questões de entender que eu era capaz de conseguir aquilo sem me sentir pressionada, sem prestar atenção no que os outros esperavam de mim. Tinha o entendimento de que não era obrigada a voltar com um milhão de medalhas. Quando você chega na competição com leveza, com alegria e respeito às pessoas ao seu redor, é muito melhor. Foi isso que eu fiz.

Rebeca Andrade, maior medalhista olímpica do Brasil

As duas dividiram o palco por mais de uma hora e discutiram temas relacionados à ginástica e ao esporte de alto rendimento. Redes sociais e a atenção à saúde mental foram dois assuntos debatidos com detalhes, apontando as muitas diferenças em relação à época em que Nadia competia, nos anos 1970 e à geração atual da ginástica, liderada por Rebeca e Biles.

“Eu competi nos anos 1970. Quando eu errava, o que eu escutava era: isso não é pra você, não faça mais isso, desista”, lembrou Nadia, que começou na ginástica aos 6 anos. ”Você pode tentar, você pode ser bem-sucedida mesmo se errar, se falhar”.

Rebeca Andrade foi elogiada por Nadia Comaneci durante o painel "O Encontro das Rainhas da Ginástica", na Expo COB. Foto: Leo Barrilari/COB

A estrela romena foi simpática e atenciosa com centenas de fãs. Ela respondeu a cada uma das dezenas de perguntas e, ao final do evento, reservou alguns minutos para fotos em grupos. Deu conselhos a duas pequenas ginastas, de 6 e 9 anos, que estavam na plateia, distribuiu sorrisos e entregou o seu discurso a uma fã, que fez o pedido insólito.

“O esporte abre um mundo para cada menina que quer ser o próximo ícone, oferece oportunidades e também ensinamentos”, enfatizou a ex-ginasta, que ostenta sete notas 10 durante os Jogos de Montreal.

‘Estou me sentindo muito cansada’

Ao desgaste de competições de alto rendimento, incluindo a mais importante delas, os Jogos Olímpicos, somam-se os muitos compromissos comerciais e entrevistas que tem dado Rebeca Andrade. Depois das apresentações de brilho em Paris, ela disse ainda não ter tido tempo suficiente para descansar.

Por isso, terminado o Campeonato Brasileiro de Ginástica, disputado no fim de semana passado em João Pessoa, na Paraíba, Rebeca reforçou que vai tirar em breve um período para descansar a mente e o corpo, que tanto lhe deu.

“Estou me sentindo muito cansada. Ainda não parei depois de Paris, mas estou muito feliz. Preciso muito das minhas férias para me sentir renovada e entregar o melhor que tenho”, declarou.

Os dias têm sido tão atribulados que ela revelou que não conseguiu cozinhar, algo que lhe faz bem, ainda. “Só fiz um cookie, que ficou muito bom. Espero ter mais tempo para fazer minhas receitas”, disse, aos risos,

Ela confirmou que estará na Olimpíada de Los Angeles, em 2028, mas vai competir em menos aparelhos, repetindo o que havia dito, e seu ciclo será bem menos exaustivo.

Prioridade é minha saúde física e mental. Sinto que meu corpo pede todo dia para eu cuidar dele. Ele me deu muito. Tenho essa possibilidade e por que não aproveitá-la? Já conversei com o (técnico) Chico (Porath), vou ter um ano de 2025 bem mais tranquilo

Rebeca Andrade, maior medalhista olímpica do Brasil

A brasileira também cantou no palco atendendo ao pedido de uma fã. A música escolhida foi “If I ain’t got you”, da cantora americana Alicia Keys. “Você canta, cozinha e compete”, elogiou Nadia.

Maior medalhista olímpica do País, Rebeca Andrade se encontrou com Nadia Comaneci, uma das maiores ginastas de todos os tempos. Durante a Expo COB, em São Paulo, a brasileira e a romena trocaram elogios e deferências e falaram sobre as diferenças e semelhanças entre elas, lendas da ginástica de diferentes gerações.

Num encontro descontraído, Rebeca cantou um trecho de “If I ain’t got you”, música de Alicia Keys, ouviu aplausos e realçou que precisa descansar seu corpo e sua mente depois de meses desgastantes.

Nadia conheceu Rebeca quando a brasileira tinha 10 anos e foi competir em um campeonato organizado pela romena em Oklahoma, nos Estados Unidos, onde mora.

Rebeca Andrade e Nadia Comaneci juntas de evento do COB em São Paulo. Foto: Leo Barrilari/COB

“Eu vi a pequena Rebeca, muito determinada, técnica e forte. Hoje, 15 anos depois, estamos aqui. Ela não vai parar. Vamos vê-la em Los Angeles”, afirmou Nadia, sobre Rebeca. A romena é dona de nove medalhas olímpicas, cinco delas de ouro, e foi a primeira ginasta a da história a tirar nota 10. Ela alcançou o feito nos Jogos Olímpicos de Montreal 1976, quando tinha 14 anos. Quatro anos depois, em Moscou 1980, ganhou mais quatro medalhas - duas de ouro e duas de prata.

Ela é teatral, sabe como performar, tem movimentos difíceis. Nosso esporte é chamado de ginástica artística e ela é os dois. Isso é muito raro

Nadia Comaneci, sobre Rebeca Andrade

A atleta brasileira mais condecorada da história devolveu os elogios da lenda do esporte. “Tenho uma ginástica diferente, mas o carisma acho que é o mesmo. Ela foi brilhante, e ainda é, por isso continua inspirando tantas gerações”, afirmou.

Rebeca só conquistou as quatro medalhas em Paris porque competiu com “leveza e alegria”, ela enfatizou. A paulista de Guarulhos voltou a falar sobre como trabalhou a mente para não sentir a pressão e ignorar as altas expectativas sobre si.

Sentimos que podemos fazer acontecer. Enfatizei as questões de entender que eu era capaz de conseguir aquilo sem me sentir pressionada, sem prestar atenção no que os outros esperavam de mim. Tinha o entendimento de que não era obrigada a voltar com um milhão de medalhas. Quando você chega na competição com leveza, com alegria e respeito às pessoas ao seu redor, é muito melhor. Foi isso que eu fiz.

Rebeca Andrade, maior medalhista olímpica do Brasil

As duas dividiram o palco por mais de uma hora e discutiram temas relacionados à ginástica e ao esporte de alto rendimento. Redes sociais e a atenção à saúde mental foram dois assuntos debatidos com detalhes, apontando as muitas diferenças em relação à época em que Nadia competia, nos anos 1970 e à geração atual da ginástica, liderada por Rebeca e Biles.

“Eu competi nos anos 1970. Quando eu errava, o que eu escutava era: isso não é pra você, não faça mais isso, desista”, lembrou Nadia, que começou na ginástica aos 6 anos. ”Você pode tentar, você pode ser bem-sucedida mesmo se errar, se falhar”.

Rebeca Andrade foi elogiada por Nadia Comaneci durante o painel "O Encontro das Rainhas da Ginástica", na Expo COB. Foto: Leo Barrilari/COB

A estrela romena foi simpática e atenciosa com centenas de fãs. Ela respondeu a cada uma das dezenas de perguntas e, ao final do evento, reservou alguns minutos para fotos em grupos. Deu conselhos a duas pequenas ginastas, de 6 e 9 anos, que estavam na plateia, distribuiu sorrisos e entregou o seu discurso a uma fã, que fez o pedido insólito.

“O esporte abre um mundo para cada menina que quer ser o próximo ícone, oferece oportunidades e também ensinamentos”, enfatizou a ex-ginasta, que ostenta sete notas 10 durante os Jogos de Montreal.

‘Estou me sentindo muito cansada’

Ao desgaste de competições de alto rendimento, incluindo a mais importante delas, os Jogos Olímpicos, somam-se os muitos compromissos comerciais e entrevistas que tem dado Rebeca Andrade. Depois das apresentações de brilho em Paris, ela disse ainda não ter tido tempo suficiente para descansar.

Por isso, terminado o Campeonato Brasileiro de Ginástica, disputado no fim de semana passado em João Pessoa, na Paraíba, Rebeca reforçou que vai tirar em breve um período para descansar a mente e o corpo, que tanto lhe deu.

“Estou me sentindo muito cansada. Ainda não parei depois de Paris, mas estou muito feliz. Preciso muito das minhas férias para me sentir renovada e entregar o melhor que tenho”, declarou.

Os dias têm sido tão atribulados que ela revelou que não conseguiu cozinhar, algo que lhe faz bem, ainda. “Só fiz um cookie, que ficou muito bom. Espero ter mais tempo para fazer minhas receitas”, disse, aos risos,

Ela confirmou que estará na Olimpíada de Los Angeles, em 2028, mas vai competir em menos aparelhos, repetindo o que havia dito, e seu ciclo será bem menos exaustivo.

Prioridade é minha saúde física e mental. Sinto que meu corpo pede todo dia para eu cuidar dele. Ele me deu muito. Tenho essa possibilidade e por que não aproveitá-la? Já conversei com o (técnico) Chico (Porath), vou ter um ano de 2025 bem mais tranquilo

Rebeca Andrade, maior medalhista olímpica do Brasil

A brasileira também cantou no palco atendendo ao pedido de uma fã. A música escolhida foi “If I ain’t got you”, da cantora americana Alicia Keys. “Você canta, cozinha e compete”, elogiou Nadia.

Maior medalhista olímpica do País, Rebeca Andrade se encontrou com Nadia Comaneci, uma das maiores ginastas de todos os tempos. Durante a Expo COB, em São Paulo, a brasileira e a romena trocaram elogios e deferências e falaram sobre as diferenças e semelhanças entre elas, lendas da ginástica de diferentes gerações.

Num encontro descontraído, Rebeca cantou um trecho de “If I ain’t got you”, música de Alicia Keys, ouviu aplausos e realçou que precisa descansar seu corpo e sua mente depois de meses desgastantes.

Nadia conheceu Rebeca quando a brasileira tinha 10 anos e foi competir em um campeonato organizado pela romena em Oklahoma, nos Estados Unidos, onde mora.

Rebeca Andrade e Nadia Comaneci juntas de evento do COB em São Paulo. Foto: Leo Barrilari/COB

“Eu vi a pequena Rebeca, muito determinada, técnica e forte. Hoje, 15 anos depois, estamos aqui. Ela não vai parar. Vamos vê-la em Los Angeles”, afirmou Nadia, sobre Rebeca. A romena é dona de nove medalhas olímpicas, cinco delas de ouro, e foi a primeira ginasta a da história a tirar nota 10. Ela alcançou o feito nos Jogos Olímpicos de Montreal 1976, quando tinha 14 anos. Quatro anos depois, em Moscou 1980, ganhou mais quatro medalhas - duas de ouro e duas de prata.

Ela é teatral, sabe como performar, tem movimentos difíceis. Nosso esporte é chamado de ginástica artística e ela é os dois. Isso é muito raro

Nadia Comaneci, sobre Rebeca Andrade

A atleta brasileira mais condecorada da história devolveu os elogios da lenda do esporte. “Tenho uma ginástica diferente, mas o carisma acho que é o mesmo. Ela foi brilhante, e ainda é, por isso continua inspirando tantas gerações”, afirmou.

Rebeca só conquistou as quatro medalhas em Paris porque competiu com “leveza e alegria”, ela enfatizou. A paulista de Guarulhos voltou a falar sobre como trabalhou a mente para não sentir a pressão e ignorar as altas expectativas sobre si.

Sentimos que podemos fazer acontecer. Enfatizei as questões de entender que eu era capaz de conseguir aquilo sem me sentir pressionada, sem prestar atenção no que os outros esperavam de mim. Tinha o entendimento de que não era obrigada a voltar com um milhão de medalhas. Quando você chega na competição com leveza, com alegria e respeito às pessoas ao seu redor, é muito melhor. Foi isso que eu fiz.

Rebeca Andrade, maior medalhista olímpica do Brasil

As duas dividiram o palco por mais de uma hora e discutiram temas relacionados à ginástica e ao esporte de alto rendimento. Redes sociais e a atenção à saúde mental foram dois assuntos debatidos com detalhes, apontando as muitas diferenças em relação à época em que Nadia competia, nos anos 1970 e à geração atual da ginástica, liderada por Rebeca e Biles.

“Eu competi nos anos 1970. Quando eu errava, o que eu escutava era: isso não é pra você, não faça mais isso, desista”, lembrou Nadia, que começou na ginástica aos 6 anos. ”Você pode tentar, você pode ser bem-sucedida mesmo se errar, se falhar”.

Rebeca Andrade foi elogiada por Nadia Comaneci durante o painel "O Encontro das Rainhas da Ginástica", na Expo COB. Foto: Leo Barrilari/COB

A estrela romena foi simpática e atenciosa com centenas de fãs. Ela respondeu a cada uma das dezenas de perguntas e, ao final do evento, reservou alguns minutos para fotos em grupos. Deu conselhos a duas pequenas ginastas, de 6 e 9 anos, que estavam na plateia, distribuiu sorrisos e entregou o seu discurso a uma fã, que fez o pedido insólito.

“O esporte abre um mundo para cada menina que quer ser o próximo ícone, oferece oportunidades e também ensinamentos”, enfatizou a ex-ginasta, que ostenta sete notas 10 durante os Jogos de Montreal.

‘Estou me sentindo muito cansada’

Ao desgaste de competições de alto rendimento, incluindo a mais importante delas, os Jogos Olímpicos, somam-se os muitos compromissos comerciais e entrevistas que tem dado Rebeca Andrade. Depois das apresentações de brilho em Paris, ela disse ainda não ter tido tempo suficiente para descansar.

Por isso, terminado o Campeonato Brasileiro de Ginástica, disputado no fim de semana passado em João Pessoa, na Paraíba, Rebeca reforçou que vai tirar em breve um período para descansar a mente e o corpo, que tanto lhe deu.

“Estou me sentindo muito cansada. Ainda não parei depois de Paris, mas estou muito feliz. Preciso muito das minhas férias para me sentir renovada e entregar o melhor que tenho”, declarou.

Os dias têm sido tão atribulados que ela revelou que não conseguiu cozinhar, algo que lhe faz bem, ainda. “Só fiz um cookie, que ficou muito bom. Espero ter mais tempo para fazer minhas receitas”, disse, aos risos,

Ela confirmou que estará na Olimpíada de Los Angeles, em 2028, mas vai competir em menos aparelhos, repetindo o que havia dito, e seu ciclo será bem menos exaustivo.

Prioridade é minha saúde física e mental. Sinto que meu corpo pede todo dia para eu cuidar dele. Ele me deu muito. Tenho essa possibilidade e por que não aproveitá-la? Já conversei com o (técnico) Chico (Porath), vou ter um ano de 2025 bem mais tranquilo

Rebeca Andrade, maior medalhista olímpica do Brasil

A brasileira também cantou no palco atendendo ao pedido de uma fã. A música escolhida foi “If I ain’t got you”, da cantora americana Alicia Keys. “Você canta, cozinha e compete”, elogiou Nadia.

Maior medalhista olímpica do País, Rebeca Andrade se encontrou com Nadia Comaneci, uma das maiores ginastas de todos os tempos. Durante a Expo COB, em São Paulo, a brasileira e a romena trocaram elogios e deferências e falaram sobre as diferenças e semelhanças entre elas, lendas da ginástica de diferentes gerações.

Num encontro descontraído, Rebeca cantou um trecho de “If I ain’t got you”, música de Alicia Keys, ouviu aplausos e realçou que precisa descansar seu corpo e sua mente depois de meses desgastantes.

Nadia conheceu Rebeca quando a brasileira tinha 10 anos e foi competir em um campeonato organizado pela romena em Oklahoma, nos Estados Unidos, onde mora.

Rebeca Andrade e Nadia Comaneci juntas de evento do COB em São Paulo. Foto: Leo Barrilari/COB

“Eu vi a pequena Rebeca, muito determinada, técnica e forte. Hoje, 15 anos depois, estamos aqui. Ela não vai parar. Vamos vê-la em Los Angeles”, afirmou Nadia, sobre Rebeca. A romena é dona de nove medalhas olímpicas, cinco delas de ouro, e foi a primeira ginasta a da história a tirar nota 10. Ela alcançou o feito nos Jogos Olímpicos de Montreal 1976, quando tinha 14 anos. Quatro anos depois, em Moscou 1980, ganhou mais quatro medalhas - duas de ouro e duas de prata.

Ela é teatral, sabe como performar, tem movimentos difíceis. Nosso esporte é chamado de ginástica artística e ela é os dois. Isso é muito raro

Nadia Comaneci, sobre Rebeca Andrade

A atleta brasileira mais condecorada da história devolveu os elogios da lenda do esporte. “Tenho uma ginástica diferente, mas o carisma acho que é o mesmo. Ela foi brilhante, e ainda é, por isso continua inspirando tantas gerações”, afirmou.

Rebeca só conquistou as quatro medalhas em Paris porque competiu com “leveza e alegria”, ela enfatizou. A paulista de Guarulhos voltou a falar sobre como trabalhou a mente para não sentir a pressão e ignorar as altas expectativas sobre si.

Sentimos que podemos fazer acontecer. Enfatizei as questões de entender que eu era capaz de conseguir aquilo sem me sentir pressionada, sem prestar atenção no que os outros esperavam de mim. Tinha o entendimento de que não era obrigada a voltar com um milhão de medalhas. Quando você chega na competição com leveza, com alegria e respeito às pessoas ao seu redor, é muito melhor. Foi isso que eu fiz.

Rebeca Andrade, maior medalhista olímpica do Brasil

As duas dividiram o palco por mais de uma hora e discutiram temas relacionados à ginástica e ao esporte de alto rendimento. Redes sociais e a atenção à saúde mental foram dois assuntos debatidos com detalhes, apontando as muitas diferenças em relação à época em que Nadia competia, nos anos 1970 e à geração atual da ginástica, liderada por Rebeca e Biles.

“Eu competi nos anos 1970. Quando eu errava, o que eu escutava era: isso não é pra você, não faça mais isso, desista”, lembrou Nadia, que começou na ginástica aos 6 anos. ”Você pode tentar, você pode ser bem-sucedida mesmo se errar, se falhar”.

Rebeca Andrade foi elogiada por Nadia Comaneci durante o painel "O Encontro das Rainhas da Ginástica", na Expo COB. Foto: Leo Barrilari/COB

A estrela romena foi simpática e atenciosa com centenas de fãs. Ela respondeu a cada uma das dezenas de perguntas e, ao final do evento, reservou alguns minutos para fotos em grupos. Deu conselhos a duas pequenas ginastas, de 6 e 9 anos, que estavam na plateia, distribuiu sorrisos e entregou o seu discurso a uma fã, que fez o pedido insólito.

“O esporte abre um mundo para cada menina que quer ser o próximo ícone, oferece oportunidades e também ensinamentos”, enfatizou a ex-ginasta, que ostenta sete notas 10 durante os Jogos de Montreal.

‘Estou me sentindo muito cansada’

Ao desgaste de competições de alto rendimento, incluindo a mais importante delas, os Jogos Olímpicos, somam-se os muitos compromissos comerciais e entrevistas que tem dado Rebeca Andrade. Depois das apresentações de brilho em Paris, ela disse ainda não ter tido tempo suficiente para descansar.

Por isso, terminado o Campeonato Brasileiro de Ginástica, disputado no fim de semana passado em João Pessoa, na Paraíba, Rebeca reforçou que vai tirar em breve um período para descansar a mente e o corpo, que tanto lhe deu.

“Estou me sentindo muito cansada. Ainda não parei depois de Paris, mas estou muito feliz. Preciso muito das minhas férias para me sentir renovada e entregar o melhor que tenho”, declarou.

Os dias têm sido tão atribulados que ela revelou que não conseguiu cozinhar, algo que lhe faz bem, ainda. “Só fiz um cookie, que ficou muito bom. Espero ter mais tempo para fazer minhas receitas”, disse, aos risos,

Ela confirmou que estará na Olimpíada de Los Angeles, em 2028, mas vai competir em menos aparelhos, repetindo o que havia dito, e seu ciclo será bem menos exaustivo.

Prioridade é minha saúde física e mental. Sinto que meu corpo pede todo dia para eu cuidar dele. Ele me deu muito. Tenho essa possibilidade e por que não aproveitá-la? Já conversei com o (técnico) Chico (Porath), vou ter um ano de 2025 bem mais tranquilo

Rebeca Andrade, maior medalhista olímpica do Brasil

A brasileira também cantou no palco atendendo ao pedido de uma fã. A música escolhida foi “If I ain’t got you”, da cantora americana Alicia Keys. “Você canta, cozinha e compete”, elogiou Nadia.

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