Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|A grandeza de Diego


O luto da morte de Maradona deve agora dar lugar ao seu legado no futebol

Por Robson Morelli

Aos que vibram com os jogadores atuais, do Brasil e da Europa, os dois últimos dias foram fundamentais para mostrar a grandeza de Diego Armando Maradona. Nunca houve outro como ele. E não entendam aqui qualquer comparação com Pelé. Eles eram diferentes, no campo e na vida, apesar da genialidade de ambos. Diego era um artista da bola, parecia levar o futebol com mais leveza, com mais paixão e diversão. Assim como a vida. Ele fazia coisas com a bola que encantavam. Aquelas imagens de um aquecimento no Napoli, chuteiras desamarradas, agasalho fechado, estádio cheio, em que seu time se preparava para enfrentar o Bayern de Munique pela Copa da Uefa, é um verdadeiro balé dentro das quatro linhas. Era 1989. A bola era sua amante, companheira, cúmplice. Era Maradona em estado bruto, em sua única natureza. 

Maradona recebe homenagem na fachada do Centro Cultural Kirchner Foto: Juan Mabromata/AFP

Não havia redes sociais, memes ou algo parecido que levassem aquelas imagens para o mundo em instantes. Como em seu velório na Casa Rosada, sede do governo argentino, as pessoas comum queriam só vê-lo de perto.  Pense comigo que jogador é capaz hoje de arrastar uma multidão para vê-lo em campo? Quem você queria ver jogar num estádio? Em sua época, Maradona era esse cara, com todos os seus defeitos e escolhas tortas. Ele não precisava de instruções no vestiário ou de qualquer orientação para atuar. Sabia o que tinha de fazer. Suas funções não estavam em nenhuma prancheta ou pedidos. O camisa 10 só precisava tratar a bola com carinho, como nos tempos em que era garoto e tinha em Rivellino uma de suas referências. O luto, a tristeza com sua morte, as lágrimas e incredulidade depois da notícia devem dar lugar a partir de agora à alegria do seu futebol e tudo o que ele fez para alegrar quem o aplaudia. É disso que os argentinos mais vão sentir falta. Até quarta-feira, havia um deus/homem ou um homem/deus junto com eles. Presente ou ausente, a Argentina sempre teve Maradona. Talvez nem o próprio Diego tivesse a dimensão do que ele significava para sua gente. Queria ser um deles. E não porque não soubesse seu tamanho ou tivesse compreensão de quem foi, mas simplesmente porque nunca se permitiu deixar de ser quem era, um argentino. Talvez isso separe Maradona de Messi, que deixou o país mais cedo para tentar o mesmo sonho do amigo: ser jogador de futebol em Barcelona. No coração dos argentinos, embora tenha lugar para Messi também, Maradona sempre esteve em primeiro lugar. E sempre estará. Poucos viram lendas em vida. Maradona conseguiu isso sendo mais homem do que deus. Ele também esteve à frente do seu tempo ao levantar bandeiras para injustiças, falar em nome dos menos favorecidos, jamais abandonar seu país, voltar para casa sempre que tinha chance. Maradona era um sujeito autêntico, não se preocupava que as pessoas concordassem com ele. Defendia suas opiniões e se abraçava a elas. Em campo, deixa um legado desde muito cedo, com os primeiros gols, as negociações para a Europa, as vitórias e conquistas pela seleção, as diabruras contra seus marcadores. É disso também que o povo argentino sentirá falta, e todos os que viram em ação e os que não viram. Diego deixa a vida para se tornar uma lenda, a maior de todas no futebol mundial. Pelé sempre diz que as homenagens a ele devem ser feitas em vida, para que tenha a chance de agradecer. Maradona recebeu muitas homenagens, mas poderia ter recebido mais. Embora sua morte não tenha pego ninguém de surpresa, é duro saber que não temos mais Diego entre nós.

Aos que vibram com os jogadores atuais, do Brasil e da Europa, os dois últimos dias foram fundamentais para mostrar a grandeza de Diego Armando Maradona. Nunca houve outro como ele. E não entendam aqui qualquer comparação com Pelé. Eles eram diferentes, no campo e na vida, apesar da genialidade de ambos. Diego era um artista da bola, parecia levar o futebol com mais leveza, com mais paixão e diversão. Assim como a vida. Ele fazia coisas com a bola que encantavam. Aquelas imagens de um aquecimento no Napoli, chuteiras desamarradas, agasalho fechado, estádio cheio, em que seu time se preparava para enfrentar o Bayern de Munique pela Copa da Uefa, é um verdadeiro balé dentro das quatro linhas. Era 1989. A bola era sua amante, companheira, cúmplice. Era Maradona em estado bruto, em sua única natureza. 

Maradona recebe homenagem na fachada do Centro Cultural Kirchner Foto: Juan Mabromata/AFP

Não havia redes sociais, memes ou algo parecido que levassem aquelas imagens para o mundo em instantes. Como em seu velório na Casa Rosada, sede do governo argentino, as pessoas comum queriam só vê-lo de perto.  Pense comigo que jogador é capaz hoje de arrastar uma multidão para vê-lo em campo? Quem você queria ver jogar num estádio? Em sua época, Maradona era esse cara, com todos os seus defeitos e escolhas tortas. Ele não precisava de instruções no vestiário ou de qualquer orientação para atuar. Sabia o que tinha de fazer. Suas funções não estavam em nenhuma prancheta ou pedidos. O camisa 10 só precisava tratar a bola com carinho, como nos tempos em que era garoto e tinha em Rivellino uma de suas referências. O luto, a tristeza com sua morte, as lágrimas e incredulidade depois da notícia devem dar lugar a partir de agora à alegria do seu futebol e tudo o que ele fez para alegrar quem o aplaudia. É disso que os argentinos mais vão sentir falta. Até quarta-feira, havia um deus/homem ou um homem/deus junto com eles. Presente ou ausente, a Argentina sempre teve Maradona. Talvez nem o próprio Diego tivesse a dimensão do que ele significava para sua gente. Queria ser um deles. E não porque não soubesse seu tamanho ou tivesse compreensão de quem foi, mas simplesmente porque nunca se permitiu deixar de ser quem era, um argentino. Talvez isso separe Maradona de Messi, que deixou o país mais cedo para tentar o mesmo sonho do amigo: ser jogador de futebol em Barcelona. No coração dos argentinos, embora tenha lugar para Messi também, Maradona sempre esteve em primeiro lugar. E sempre estará. Poucos viram lendas em vida. Maradona conseguiu isso sendo mais homem do que deus. Ele também esteve à frente do seu tempo ao levantar bandeiras para injustiças, falar em nome dos menos favorecidos, jamais abandonar seu país, voltar para casa sempre que tinha chance. Maradona era um sujeito autêntico, não se preocupava que as pessoas concordassem com ele. Defendia suas opiniões e se abraçava a elas. Em campo, deixa um legado desde muito cedo, com os primeiros gols, as negociações para a Europa, as vitórias e conquistas pela seleção, as diabruras contra seus marcadores. É disso também que o povo argentino sentirá falta, e todos os que viram em ação e os que não viram. Diego deixa a vida para se tornar uma lenda, a maior de todas no futebol mundial. Pelé sempre diz que as homenagens a ele devem ser feitas em vida, para que tenha a chance de agradecer. Maradona recebeu muitas homenagens, mas poderia ter recebido mais. Embora sua morte não tenha pego ninguém de surpresa, é duro saber que não temos mais Diego entre nós.

Aos que vibram com os jogadores atuais, do Brasil e da Europa, os dois últimos dias foram fundamentais para mostrar a grandeza de Diego Armando Maradona. Nunca houve outro como ele. E não entendam aqui qualquer comparação com Pelé. Eles eram diferentes, no campo e na vida, apesar da genialidade de ambos. Diego era um artista da bola, parecia levar o futebol com mais leveza, com mais paixão e diversão. Assim como a vida. Ele fazia coisas com a bola que encantavam. Aquelas imagens de um aquecimento no Napoli, chuteiras desamarradas, agasalho fechado, estádio cheio, em que seu time se preparava para enfrentar o Bayern de Munique pela Copa da Uefa, é um verdadeiro balé dentro das quatro linhas. Era 1989. A bola era sua amante, companheira, cúmplice. Era Maradona em estado bruto, em sua única natureza. 

Maradona recebe homenagem na fachada do Centro Cultural Kirchner Foto: Juan Mabromata/AFP

Não havia redes sociais, memes ou algo parecido que levassem aquelas imagens para o mundo em instantes. Como em seu velório na Casa Rosada, sede do governo argentino, as pessoas comum queriam só vê-lo de perto.  Pense comigo que jogador é capaz hoje de arrastar uma multidão para vê-lo em campo? Quem você queria ver jogar num estádio? Em sua época, Maradona era esse cara, com todos os seus defeitos e escolhas tortas. Ele não precisava de instruções no vestiário ou de qualquer orientação para atuar. Sabia o que tinha de fazer. Suas funções não estavam em nenhuma prancheta ou pedidos. O camisa 10 só precisava tratar a bola com carinho, como nos tempos em que era garoto e tinha em Rivellino uma de suas referências. O luto, a tristeza com sua morte, as lágrimas e incredulidade depois da notícia devem dar lugar a partir de agora à alegria do seu futebol e tudo o que ele fez para alegrar quem o aplaudia. É disso que os argentinos mais vão sentir falta. Até quarta-feira, havia um deus/homem ou um homem/deus junto com eles. Presente ou ausente, a Argentina sempre teve Maradona. Talvez nem o próprio Diego tivesse a dimensão do que ele significava para sua gente. Queria ser um deles. E não porque não soubesse seu tamanho ou tivesse compreensão de quem foi, mas simplesmente porque nunca se permitiu deixar de ser quem era, um argentino. Talvez isso separe Maradona de Messi, que deixou o país mais cedo para tentar o mesmo sonho do amigo: ser jogador de futebol em Barcelona. No coração dos argentinos, embora tenha lugar para Messi também, Maradona sempre esteve em primeiro lugar. E sempre estará. Poucos viram lendas em vida. Maradona conseguiu isso sendo mais homem do que deus. Ele também esteve à frente do seu tempo ao levantar bandeiras para injustiças, falar em nome dos menos favorecidos, jamais abandonar seu país, voltar para casa sempre que tinha chance. Maradona era um sujeito autêntico, não se preocupava que as pessoas concordassem com ele. Defendia suas opiniões e se abraçava a elas. Em campo, deixa um legado desde muito cedo, com os primeiros gols, as negociações para a Europa, as vitórias e conquistas pela seleção, as diabruras contra seus marcadores. É disso também que o povo argentino sentirá falta, e todos os que viram em ação e os que não viram. Diego deixa a vida para se tornar uma lenda, a maior de todas no futebol mundial. Pelé sempre diz que as homenagens a ele devem ser feitas em vida, para que tenha a chance de agradecer. Maradona recebeu muitas homenagens, mas poderia ter recebido mais. Embora sua morte não tenha pego ninguém de surpresa, é duro saber que não temos mais Diego entre nós.

Aos que vibram com os jogadores atuais, do Brasil e da Europa, os dois últimos dias foram fundamentais para mostrar a grandeza de Diego Armando Maradona. Nunca houve outro como ele. E não entendam aqui qualquer comparação com Pelé. Eles eram diferentes, no campo e na vida, apesar da genialidade de ambos. Diego era um artista da bola, parecia levar o futebol com mais leveza, com mais paixão e diversão. Assim como a vida. Ele fazia coisas com a bola que encantavam. Aquelas imagens de um aquecimento no Napoli, chuteiras desamarradas, agasalho fechado, estádio cheio, em que seu time se preparava para enfrentar o Bayern de Munique pela Copa da Uefa, é um verdadeiro balé dentro das quatro linhas. Era 1989. A bola era sua amante, companheira, cúmplice. Era Maradona em estado bruto, em sua única natureza. 

Maradona recebe homenagem na fachada do Centro Cultural Kirchner Foto: Juan Mabromata/AFP

Não havia redes sociais, memes ou algo parecido que levassem aquelas imagens para o mundo em instantes. Como em seu velório na Casa Rosada, sede do governo argentino, as pessoas comum queriam só vê-lo de perto.  Pense comigo que jogador é capaz hoje de arrastar uma multidão para vê-lo em campo? Quem você queria ver jogar num estádio? Em sua época, Maradona era esse cara, com todos os seus defeitos e escolhas tortas. Ele não precisava de instruções no vestiário ou de qualquer orientação para atuar. Sabia o que tinha de fazer. Suas funções não estavam em nenhuma prancheta ou pedidos. O camisa 10 só precisava tratar a bola com carinho, como nos tempos em que era garoto e tinha em Rivellino uma de suas referências. O luto, a tristeza com sua morte, as lágrimas e incredulidade depois da notícia devem dar lugar a partir de agora à alegria do seu futebol e tudo o que ele fez para alegrar quem o aplaudia. É disso que os argentinos mais vão sentir falta. Até quarta-feira, havia um deus/homem ou um homem/deus junto com eles. Presente ou ausente, a Argentina sempre teve Maradona. Talvez nem o próprio Diego tivesse a dimensão do que ele significava para sua gente. Queria ser um deles. E não porque não soubesse seu tamanho ou tivesse compreensão de quem foi, mas simplesmente porque nunca se permitiu deixar de ser quem era, um argentino. Talvez isso separe Maradona de Messi, que deixou o país mais cedo para tentar o mesmo sonho do amigo: ser jogador de futebol em Barcelona. No coração dos argentinos, embora tenha lugar para Messi também, Maradona sempre esteve em primeiro lugar. E sempre estará. Poucos viram lendas em vida. Maradona conseguiu isso sendo mais homem do que deus. Ele também esteve à frente do seu tempo ao levantar bandeiras para injustiças, falar em nome dos menos favorecidos, jamais abandonar seu país, voltar para casa sempre que tinha chance. Maradona era um sujeito autêntico, não se preocupava que as pessoas concordassem com ele. Defendia suas opiniões e se abraçava a elas. Em campo, deixa um legado desde muito cedo, com os primeiros gols, as negociações para a Europa, as vitórias e conquistas pela seleção, as diabruras contra seus marcadores. É disso também que o povo argentino sentirá falta, e todos os que viram em ação e os que não viram. Diego deixa a vida para se tornar uma lenda, a maior de todas no futebol mundial. Pelé sempre diz que as homenagens a ele devem ser feitas em vida, para que tenha a chance de agradecer. Maradona recebeu muitas homenagens, mas poderia ter recebido mais. Embora sua morte não tenha pego ninguém de surpresa, é duro saber que não temos mais Diego entre nós.

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Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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