Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|Beijo da discórdia em Hermoso, fora de contexto e autoritário na festa espanhola: caso de banimento


Presidente da Real Federação Espanhola de Futebol ‘rouba’ um beijo na boca da jogadora na entrega das medalhas às campeãs mundiais: caso teve repercussões negativas no país apesar do pedido de desculpas

Por Robson Morelli
Atualização:

Uma coisa precisa ser dita logo de cara: o beijo na festa da seleção espanhola campeã do mundo no domingo foi dado por um chefe em uma colaboradora, portanto, totalmente fora de contexto em qualquer lugar do mundo. São amigos, são conhecidos, são parceiros, mas acima de tudo há uma relação profissional de um presidente esportivo, da Real Federação Espanhola de Futebol, com uma jogadora do time nacional. Luis Rubiales é o beijoqueiro sem noção. Jenni Hermoso é a atleta que recebia a medalha de campeã mundial da Copa Feminina na hora do ato.

Qualquer outro cenário diferentemente do descrito acima é retórica. Houve o beijo totalmente fora de contexto, sem pedido e sem consentimento, o que caracteriza abuso, portanto, passível de condenação legal. A Fifa ainda não se manifestou sobre o caso, mas precisa fazer isso urgentemente. Órgãos na Espanha já condenaram a atitude do dirigente da federação esportiva, que, primeiramente, não viu problema algum no ato quando questionado ainda em campo.

Luis Rubiales, presidente da Federação Espanhola de Futebol, abraça jogadora do seu time na entrega das medalhas de campeã Foto: Alessandra Tarantino / AP
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Disse que eram amigos se beijando e que foi um beijo inocente. Ora, não há beijo inocente, nem nas novelas. E foi um beijo filmado e visto por todos. Não foi em quatro paredes, por exemplo, nem num cenário em que se permitia isso com consentimentos. Não teve uma conversa antes. Foi um ato sem aviso-prévio, o que se chamava no passado romântico sem leis de ‘roubo’. Rubiales roubou um beijo de Hermoso. Um beijo de um chefe em uma colaboradora.

Não se espera outra atitude a não ser o pedido de demissão do dirigente. No mínimo, com consequências legais, mesmo se a atleta não quiser levar o caso adiante na Justiça da Espanha. Esportiva e criminal. É preciso dar o exemplo, assim como a Espanha está dando no caso de suposta agressão sexual do brasileiro Daniel Alves em Barcelona. Assim também como a Espanha, depois de tanto apanhar globalmente, tenta, por meio da LaLiga, acabar com os atos racistas contra Vinícius Júnior, um dos melhores jogadores do futebol do país.

Então, o mundo esportivo, e aqui não digo apenas as mulheres do time da Espanha, pede providências. Primeiramente, para que não aconteça mais no futebol. Segundo, para que sirva de exemplo em uma sociedade onde os mais graduados ainda pensam que podem fazer qualquer coisa sem punição. Muitos no futebol ainda se acham acima das leis e das regras da sociedade, se enxergam fora dos contratos sociais que regem o mundo. Pois digo que não estão, que ninguém está. E que todos devem ser responsabilizados por seus atos.

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O beijo não pode, no entanto, estragar a festa do time da Espanha e das pessoas que amam jogar futebol. Nem um pedido de desculpas deve enterrar o assunto. Que elas continuem mostrando ao mundo o que mostraram na Copa Feminina 2023.

Uma coisa precisa ser dita logo de cara: o beijo na festa da seleção espanhola campeã do mundo no domingo foi dado por um chefe em uma colaboradora, portanto, totalmente fora de contexto em qualquer lugar do mundo. São amigos, são conhecidos, são parceiros, mas acima de tudo há uma relação profissional de um presidente esportivo, da Real Federação Espanhola de Futebol, com uma jogadora do time nacional. Luis Rubiales é o beijoqueiro sem noção. Jenni Hermoso é a atleta que recebia a medalha de campeã mundial da Copa Feminina na hora do ato.

Qualquer outro cenário diferentemente do descrito acima é retórica. Houve o beijo totalmente fora de contexto, sem pedido e sem consentimento, o que caracteriza abuso, portanto, passível de condenação legal. A Fifa ainda não se manifestou sobre o caso, mas precisa fazer isso urgentemente. Órgãos na Espanha já condenaram a atitude do dirigente da federação esportiva, que, primeiramente, não viu problema algum no ato quando questionado ainda em campo.

Luis Rubiales, presidente da Federação Espanhola de Futebol, abraça jogadora do seu time na entrega das medalhas de campeã Foto: Alessandra Tarantino / AP

Disse que eram amigos se beijando e que foi um beijo inocente. Ora, não há beijo inocente, nem nas novelas. E foi um beijo filmado e visto por todos. Não foi em quatro paredes, por exemplo, nem num cenário em que se permitia isso com consentimentos. Não teve uma conversa antes. Foi um ato sem aviso-prévio, o que se chamava no passado romântico sem leis de ‘roubo’. Rubiales roubou um beijo de Hermoso. Um beijo de um chefe em uma colaboradora.

Não se espera outra atitude a não ser o pedido de demissão do dirigente. No mínimo, com consequências legais, mesmo se a atleta não quiser levar o caso adiante na Justiça da Espanha. Esportiva e criminal. É preciso dar o exemplo, assim como a Espanha está dando no caso de suposta agressão sexual do brasileiro Daniel Alves em Barcelona. Assim também como a Espanha, depois de tanto apanhar globalmente, tenta, por meio da LaLiga, acabar com os atos racistas contra Vinícius Júnior, um dos melhores jogadores do futebol do país.

Então, o mundo esportivo, e aqui não digo apenas as mulheres do time da Espanha, pede providências. Primeiramente, para que não aconteça mais no futebol. Segundo, para que sirva de exemplo em uma sociedade onde os mais graduados ainda pensam que podem fazer qualquer coisa sem punição. Muitos no futebol ainda se acham acima das leis e das regras da sociedade, se enxergam fora dos contratos sociais que regem o mundo. Pois digo que não estão, que ninguém está. E que todos devem ser responsabilizados por seus atos.

O beijo não pode, no entanto, estragar a festa do time da Espanha e das pessoas que amam jogar futebol. Nem um pedido de desculpas deve enterrar o assunto. Que elas continuem mostrando ao mundo o que mostraram na Copa Feminina 2023.

Uma coisa precisa ser dita logo de cara: o beijo na festa da seleção espanhola campeã do mundo no domingo foi dado por um chefe em uma colaboradora, portanto, totalmente fora de contexto em qualquer lugar do mundo. São amigos, são conhecidos, são parceiros, mas acima de tudo há uma relação profissional de um presidente esportivo, da Real Federação Espanhola de Futebol, com uma jogadora do time nacional. Luis Rubiales é o beijoqueiro sem noção. Jenni Hermoso é a atleta que recebia a medalha de campeã mundial da Copa Feminina na hora do ato.

Qualquer outro cenário diferentemente do descrito acima é retórica. Houve o beijo totalmente fora de contexto, sem pedido e sem consentimento, o que caracteriza abuso, portanto, passível de condenação legal. A Fifa ainda não se manifestou sobre o caso, mas precisa fazer isso urgentemente. Órgãos na Espanha já condenaram a atitude do dirigente da federação esportiva, que, primeiramente, não viu problema algum no ato quando questionado ainda em campo.

Luis Rubiales, presidente da Federação Espanhola de Futebol, abraça jogadora do seu time na entrega das medalhas de campeã Foto: Alessandra Tarantino / AP

Disse que eram amigos se beijando e que foi um beijo inocente. Ora, não há beijo inocente, nem nas novelas. E foi um beijo filmado e visto por todos. Não foi em quatro paredes, por exemplo, nem num cenário em que se permitia isso com consentimentos. Não teve uma conversa antes. Foi um ato sem aviso-prévio, o que se chamava no passado romântico sem leis de ‘roubo’. Rubiales roubou um beijo de Hermoso. Um beijo de um chefe em uma colaboradora.

Não se espera outra atitude a não ser o pedido de demissão do dirigente. No mínimo, com consequências legais, mesmo se a atleta não quiser levar o caso adiante na Justiça da Espanha. Esportiva e criminal. É preciso dar o exemplo, assim como a Espanha está dando no caso de suposta agressão sexual do brasileiro Daniel Alves em Barcelona. Assim também como a Espanha, depois de tanto apanhar globalmente, tenta, por meio da LaLiga, acabar com os atos racistas contra Vinícius Júnior, um dos melhores jogadores do futebol do país.

Então, o mundo esportivo, e aqui não digo apenas as mulheres do time da Espanha, pede providências. Primeiramente, para que não aconteça mais no futebol. Segundo, para que sirva de exemplo em uma sociedade onde os mais graduados ainda pensam que podem fazer qualquer coisa sem punição. Muitos no futebol ainda se acham acima das leis e das regras da sociedade, se enxergam fora dos contratos sociais que regem o mundo. Pois digo que não estão, que ninguém está. E que todos devem ser responsabilizados por seus atos.

O beijo não pode, no entanto, estragar a festa do time da Espanha e das pessoas que amam jogar futebol. Nem um pedido de desculpas deve enterrar o assunto. Que elas continuem mostrando ao mundo o que mostraram na Copa Feminina 2023.

Uma coisa precisa ser dita logo de cara: o beijo na festa da seleção espanhola campeã do mundo no domingo foi dado por um chefe em uma colaboradora, portanto, totalmente fora de contexto em qualquer lugar do mundo. São amigos, são conhecidos, são parceiros, mas acima de tudo há uma relação profissional de um presidente esportivo, da Real Federação Espanhola de Futebol, com uma jogadora do time nacional. Luis Rubiales é o beijoqueiro sem noção. Jenni Hermoso é a atleta que recebia a medalha de campeã mundial da Copa Feminina na hora do ato.

Qualquer outro cenário diferentemente do descrito acima é retórica. Houve o beijo totalmente fora de contexto, sem pedido e sem consentimento, o que caracteriza abuso, portanto, passível de condenação legal. A Fifa ainda não se manifestou sobre o caso, mas precisa fazer isso urgentemente. Órgãos na Espanha já condenaram a atitude do dirigente da federação esportiva, que, primeiramente, não viu problema algum no ato quando questionado ainda em campo.

Luis Rubiales, presidente da Federação Espanhola de Futebol, abraça jogadora do seu time na entrega das medalhas de campeã Foto: Alessandra Tarantino / AP

Disse que eram amigos se beijando e que foi um beijo inocente. Ora, não há beijo inocente, nem nas novelas. E foi um beijo filmado e visto por todos. Não foi em quatro paredes, por exemplo, nem num cenário em que se permitia isso com consentimentos. Não teve uma conversa antes. Foi um ato sem aviso-prévio, o que se chamava no passado romântico sem leis de ‘roubo’. Rubiales roubou um beijo de Hermoso. Um beijo de um chefe em uma colaboradora.

Não se espera outra atitude a não ser o pedido de demissão do dirigente. No mínimo, com consequências legais, mesmo se a atleta não quiser levar o caso adiante na Justiça da Espanha. Esportiva e criminal. É preciso dar o exemplo, assim como a Espanha está dando no caso de suposta agressão sexual do brasileiro Daniel Alves em Barcelona. Assim também como a Espanha, depois de tanto apanhar globalmente, tenta, por meio da LaLiga, acabar com os atos racistas contra Vinícius Júnior, um dos melhores jogadores do futebol do país.

Então, o mundo esportivo, e aqui não digo apenas as mulheres do time da Espanha, pede providências. Primeiramente, para que não aconteça mais no futebol. Segundo, para que sirva de exemplo em uma sociedade onde os mais graduados ainda pensam que podem fazer qualquer coisa sem punição. Muitos no futebol ainda se acham acima das leis e das regras da sociedade, se enxergam fora dos contratos sociais que regem o mundo. Pois digo que não estão, que ninguém está. E que todos devem ser responsabilizados por seus atos.

O beijo não pode, no entanto, estragar a festa do time da Espanha e das pessoas que amam jogar futebol. Nem um pedido de desculpas deve enterrar o assunto. Que elas continuem mostrando ao mundo o que mostraram na Copa Feminina 2023.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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