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Opinião|CBF não pode permitir que a seleção se torne ‘invisível’ para o torcedor: precisa achar um técnico


Brasil está atrás de seus concorrentes e ainda sem rumo: interino Ramon vai comandar equipe em mais dois amistosos na Europa, sábado e terça-feira

Por Robson Morelli
Atualização:

No fim de semana, a seleção brasileira entra em campo mais uma vez, para dois amistosos, um sábado e outro na terça-feira, ainda sem comando. Não há treinador no cargo. Ramon faz o trabalho de forma interina e não está nem perto de ser o cara para conduzir o Brasil na Copa do Mundo de 2026. Ele também não quer fazer isso. Entende que não é sua vez nem que esteja preparado. Ocorre que a CBF ainda não tem um nome. Carlo Ancelotti vai ser procurado pela última vez nesses jogos na Espanha e Portugal, mas a entidade já sabe a resposta do treinador italiano. “Não”. Ele fica no Real Madrid por mais uma temporada.

Portanto, a seleção está atrasada seis meses em relação a seus concorrentes na América do Sul e Europa. Faz diferença? Sempre penso que faz. Mas confesso que analisando os últimos trabalhos do time nacional, não seria pensar que ‘tanto faz’. Porque a seleção deixou a desejar nas Copas da Rússia e do Catar, chegando para essas duas competições sem nada preparado. Sua melhor jogada era escalar Neymar.

Ednaldo Rodrigues tem feito um bom trabalho à frente da CBF, mas demora para escolher um treinador para a seleção Foto: Wilton Junior / Estadão
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Não há nenhuma convicção por parte do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, sobre um nome. Ele sente a mesma coisa que 210 milhões de brasileiros: não há técnico para comandar a única seleção pentacampeã do mundo. Os que estão no futebol brasileiro são fracos e estão empregados - o cartola diz que não vai tirar treinador de nenhum clube se o referido clube não acenar com essa possibilidade. O único nome nessa condição é de Abel Ferreira, do Palmeiras. Leila Pereira, presidente do clube, no entanto, diz que espera que Ednaldo nem fale com ela sobre isso. No fim de semana, o próprio Abel disse que está feliz onde está e tem tudo de que precisa no time paulista.

Com o “não” de Ancelotti e o “não” implícito de Abel, não sobra ninguém ao alcance da CBF para assumir a seleção. O pior de tudo é que isso parece não incomodar ninguém. O torcedor faz tempo que dá de ombros para a seleção a não ser quando ela está em campo. Ou seja, o Brasil só é assunto durante 90 minutos. Para mim, isso é mais delicado do que encontrar um treinador competente.

A CBF deveria trabalhar para fazer a seleção mais interessante para os brasileiros. Isso quer dizer, indiretamente, mais interessante também para os patrocinadores. Isso não é assunto novo, mas também não anda. Quando cobria a seleção, seus treinamentos eram disputados a tapa por torcedores. Os estádios onde o time treinava tinha os portões abertos e era uma festa. Também havia multidões nos hotéis do Brasil. Se a CBF não resgatar esse sentimento, o torcedor vai acabar se ‘esquecendo’ do time.

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Essa demora pela escolha de um treinador só contribuiu para isso. Junta-se a ela jogadores que não estão nem aí para o torcedor brasileiro e não são identificados com ele, e se tem uma equipe “invisível”. É assim que se encontra a seleção brasileira neste momento. Um time que ninguém vê.

O Brasil joga sábado contra Guiné e depois na outra terça-feira diante de Senegal. Faz as duas partidas na Europa. Por que a CBF não marca esses jogos amistosos no Brasil? Está na hora de renegociar seus contratos e acordos para resgatar o time nacional. Se ela não entender isso, nada vai mudar. A CBF tem trabalhado bem desde que Ednaldo assumiu o comando, mas precisar fazer mais, fazer diferente, não colocar o dinheiro na frente de tudo, resgatar a equipe primeiramente dentro do País. Há profissionais competentes para isso na entidade, não tenho dúvidas. Mas é preciso colocar os planos em prática.

Entendo que a missão principal gira em torno de um treinador. Está na hora de a CBF decidir por um, mesmo se não tiver convicção absoluta. Um colegiado para sustentá-lo pode ajudar. Se decidir por um treinador no futebol brasileiro, tem de fazer a oferta e ver no que dá. Se optar por um estrangeiro, a mesma coisa. Está mais do que na hora de agitar a seleção brasileira, fazer o torcedor se envolver com ela, se possível para o bem. O Brasil não pode ser indiferente aos seus torcedores.

No fim de semana, a seleção brasileira entra em campo mais uma vez, para dois amistosos, um sábado e outro na terça-feira, ainda sem comando. Não há treinador no cargo. Ramon faz o trabalho de forma interina e não está nem perto de ser o cara para conduzir o Brasil na Copa do Mundo de 2026. Ele também não quer fazer isso. Entende que não é sua vez nem que esteja preparado. Ocorre que a CBF ainda não tem um nome. Carlo Ancelotti vai ser procurado pela última vez nesses jogos na Espanha e Portugal, mas a entidade já sabe a resposta do treinador italiano. “Não”. Ele fica no Real Madrid por mais uma temporada.

Portanto, a seleção está atrasada seis meses em relação a seus concorrentes na América do Sul e Europa. Faz diferença? Sempre penso que faz. Mas confesso que analisando os últimos trabalhos do time nacional, não seria pensar que ‘tanto faz’. Porque a seleção deixou a desejar nas Copas da Rússia e do Catar, chegando para essas duas competições sem nada preparado. Sua melhor jogada era escalar Neymar.

Ednaldo Rodrigues tem feito um bom trabalho à frente da CBF, mas demora para escolher um treinador para a seleção Foto: Wilton Junior / Estadão

Não há nenhuma convicção por parte do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, sobre um nome. Ele sente a mesma coisa que 210 milhões de brasileiros: não há técnico para comandar a única seleção pentacampeã do mundo. Os que estão no futebol brasileiro são fracos e estão empregados - o cartola diz que não vai tirar treinador de nenhum clube se o referido clube não acenar com essa possibilidade. O único nome nessa condição é de Abel Ferreira, do Palmeiras. Leila Pereira, presidente do clube, no entanto, diz que espera que Ednaldo nem fale com ela sobre isso. No fim de semana, o próprio Abel disse que está feliz onde está e tem tudo de que precisa no time paulista.

Com o “não” de Ancelotti e o “não” implícito de Abel, não sobra ninguém ao alcance da CBF para assumir a seleção. O pior de tudo é que isso parece não incomodar ninguém. O torcedor faz tempo que dá de ombros para a seleção a não ser quando ela está em campo. Ou seja, o Brasil só é assunto durante 90 minutos. Para mim, isso é mais delicado do que encontrar um treinador competente.

A CBF deveria trabalhar para fazer a seleção mais interessante para os brasileiros. Isso quer dizer, indiretamente, mais interessante também para os patrocinadores. Isso não é assunto novo, mas também não anda. Quando cobria a seleção, seus treinamentos eram disputados a tapa por torcedores. Os estádios onde o time treinava tinha os portões abertos e era uma festa. Também havia multidões nos hotéis do Brasil. Se a CBF não resgatar esse sentimento, o torcedor vai acabar se ‘esquecendo’ do time.

Essa demora pela escolha de um treinador só contribuiu para isso. Junta-se a ela jogadores que não estão nem aí para o torcedor brasileiro e não são identificados com ele, e se tem uma equipe “invisível”. É assim que se encontra a seleção brasileira neste momento. Um time que ninguém vê.

O Brasil joga sábado contra Guiné e depois na outra terça-feira diante de Senegal. Faz as duas partidas na Europa. Por que a CBF não marca esses jogos amistosos no Brasil? Está na hora de renegociar seus contratos e acordos para resgatar o time nacional. Se ela não entender isso, nada vai mudar. A CBF tem trabalhado bem desde que Ednaldo assumiu o comando, mas precisar fazer mais, fazer diferente, não colocar o dinheiro na frente de tudo, resgatar a equipe primeiramente dentro do País. Há profissionais competentes para isso na entidade, não tenho dúvidas. Mas é preciso colocar os planos em prática.

Entendo que a missão principal gira em torno de um treinador. Está na hora de a CBF decidir por um, mesmo se não tiver convicção absoluta. Um colegiado para sustentá-lo pode ajudar. Se decidir por um treinador no futebol brasileiro, tem de fazer a oferta e ver no que dá. Se optar por um estrangeiro, a mesma coisa. Está mais do que na hora de agitar a seleção brasileira, fazer o torcedor se envolver com ela, se possível para o bem. O Brasil não pode ser indiferente aos seus torcedores.

No fim de semana, a seleção brasileira entra em campo mais uma vez, para dois amistosos, um sábado e outro na terça-feira, ainda sem comando. Não há treinador no cargo. Ramon faz o trabalho de forma interina e não está nem perto de ser o cara para conduzir o Brasil na Copa do Mundo de 2026. Ele também não quer fazer isso. Entende que não é sua vez nem que esteja preparado. Ocorre que a CBF ainda não tem um nome. Carlo Ancelotti vai ser procurado pela última vez nesses jogos na Espanha e Portugal, mas a entidade já sabe a resposta do treinador italiano. “Não”. Ele fica no Real Madrid por mais uma temporada.

Portanto, a seleção está atrasada seis meses em relação a seus concorrentes na América do Sul e Europa. Faz diferença? Sempre penso que faz. Mas confesso que analisando os últimos trabalhos do time nacional, não seria pensar que ‘tanto faz’. Porque a seleção deixou a desejar nas Copas da Rússia e do Catar, chegando para essas duas competições sem nada preparado. Sua melhor jogada era escalar Neymar.

Ednaldo Rodrigues tem feito um bom trabalho à frente da CBF, mas demora para escolher um treinador para a seleção Foto: Wilton Junior / Estadão

Não há nenhuma convicção por parte do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, sobre um nome. Ele sente a mesma coisa que 210 milhões de brasileiros: não há técnico para comandar a única seleção pentacampeã do mundo. Os que estão no futebol brasileiro são fracos e estão empregados - o cartola diz que não vai tirar treinador de nenhum clube se o referido clube não acenar com essa possibilidade. O único nome nessa condição é de Abel Ferreira, do Palmeiras. Leila Pereira, presidente do clube, no entanto, diz que espera que Ednaldo nem fale com ela sobre isso. No fim de semana, o próprio Abel disse que está feliz onde está e tem tudo de que precisa no time paulista.

Com o “não” de Ancelotti e o “não” implícito de Abel, não sobra ninguém ao alcance da CBF para assumir a seleção. O pior de tudo é que isso parece não incomodar ninguém. O torcedor faz tempo que dá de ombros para a seleção a não ser quando ela está em campo. Ou seja, o Brasil só é assunto durante 90 minutos. Para mim, isso é mais delicado do que encontrar um treinador competente.

A CBF deveria trabalhar para fazer a seleção mais interessante para os brasileiros. Isso quer dizer, indiretamente, mais interessante também para os patrocinadores. Isso não é assunto novo, mas também não anda. Quando cobria a seleção, seus treinamentos eram disputados a tapa por torcedores. Os estádios onde o time treinava tinha os portões abertos e era uma festa. Também havia multidões nos hotéis do Brasil. Se a CBF não resgatar esse sentimento, o torcedor vai acabar se ‘esquecendo’ do time.

Essa demora pela escolha de um treinador só contribuiu para isso. Junta-se a ela jogadores que não estão nem aí para o torcedor brasileiro e não são identificados com ele, e se tem uma equipe “invisível”. É assim que se encontra a seleção brasileira neste momento. Um time que ninguém vê.

O Brasil joga sábado contra Guiné e depois na outra terça-feira diante de Senegal. Faz as duas partidas na Europa. Por que a CBF não marca esses jogos amistosos no Brasil? Está na hora de renegociar seus contratos e acordos para resgatar o time nacional. Se ela não entender isso, nada vai mudar. A CBF tem trabalhado bem desde que Ednaldo assumiu o comando, mas precisar fazer mais, fazer diferente, não colocar o dinheiro na frente de tudo, resgatar a equipe primeiramente dentro do País. Há profissionais competentes para isso na entidade, não tenho dúvidas. Mas é preciso colocar os planos em prática.

Entendo que a missão principal gira em torno de um treinador. Está na hora de a CBF decidir por um, mesmo se não tiver convicção absoluta. Um colegiado para sustentá-lo pode ajudar. Se decidir por um treinador no futebol brasileiro, tem de fazer a oferta e ver no que dá. Se optar por um estrangeiro, a mesma coisa. Está mais do que na hora de agitar a seleção brasileira, fazer o torcedor se envolver com ela, se possível para o bem. O Brasil não pode ser indiferente aos seus torcedores.

No fim de semana, a seleção brasileira entra em campo mais uma vez, para dois amistosos, um sábado e outro na terça-feira, ainda sem comando. Não há treinador no cargo. Ramon faz o trabalho de forma interina e não está nem perto de ser o cara para conduzir o Brasil na Copa do Mundo de 2026. Ele também não quer fazer isso. Entende que não é sua vez nem que esteja preparado. Ocorre que a CBF ainda não tem um nome. Carlo Ancelotti vai ser procurado pela última vez nesses jogos na Espanha e Portugal, mas a entidade já sabe a resposta do treinador italiano. “Não”. Ele fica no Real Madrid por mais uma temporada.

Portanto, a seleção está atrasada seis meses em relação a seus concorrentes na América do Sul e Europa. Faz diferença? Sempre penso que faz. Mas confesso que analisando os últimos trabalhos do time nacional, não seria pensar que ‘tanto faz’. Porque a seleção deixou a desejar nas Copas da Rússia e do Catar, chegando para essas duas competições sem nada preparado. Sua melhor jogada era escalar Neymar.

Ednaldo Rodrigues tem feito um bom trabalho à frente da CBF, mas demora para escolher um treinador para a seleção Foto: Wilton Junior / Estadão

Não há nenhuma convicção por parte do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, sobre um nome. Ele sente a mesma coisa que 210 milhões de brasileiros: não há técnico para comandar a única seleção pentacampeã do mundo. Os que estão no futebol brasileiro são fracos e estão empregados - o cartola diz que não vai tirar treinador de nenhum clube se o referido clube não acenar com essa possibilidade. O único nome nessa condição é de Abel Ferreira, do Palmeiras. Leila Pereira, presidente do clube, no entanto, diz que espera que Ednaldo nem fale com ela sobre isso. No fim de semana, o próprio Abel disse que está feliz onde está e tem tudo de que precisa no time paulista.

Com o “não” de Ancelotti e o “não” implícito de Abel, não sobra ninguém ao alcance da CBF para assumir a seleção. O pior de tudo é que isso parece não incomodar ninguém. O torcedor faz tempo que dá de ombros para a seleção a não ser quando ela está em campo. Ou seja, o Brasil só é assunto durante 90 minutos. Para mim, isso é mais delicado do que encontrar um treinador competente.

A CBF deveria trabalhar para fazer a seleção mais interessante para os brasileiros. Isso quer dizer, indiretamente, mais interessante também para os patrocinadores. Isso não é assunto novo, mas também não anda. Quando cobria a seleção, seus treinamentos eram disputados a tapa por torcedores. Os estádios onde o time treinava tinha os portões abertos e era uma festa. Também havia multidões nos hotéis do Brasil. Se a CBF não resgatar esse sentimento, o torcedor vai acabar se ‘esquecendo’ do time.

Essa demora pela escolha de um treinador só contribuiu para isso. Junta-se a ela jogadores que não estão nem aí para o torcedor brasileiro e não são identificados com ele, e se tem uma equipe “invisível”. É assim que se encontra a seleção brasileira neste momento. Um time que ninguém vê.

O Brasil joga sábado contra Guiné e depois na outra terça-feira diante de Senegal. Faz as duas partidas na Europa. Por que a CBF não marca esses jogos amistosos no Brasil? Está na hora de renegociar seus contratos e acordos para resgatar o time nacional. Se ela não entender isso, nada vai mudar. A CBF tem trabalhado bem desde que Ednaldo assumiu o comando, mas precisar fazer mais, fazer diferente, não colocar o dinheiro na frente de tudo, resgatar a equipe primeiramente dentro do País. Há profissionais competentes para isso na entidade, não tenho dúvidas. Mas é preciso colocar os planos em prática.

Entendo que a missão principal gira em torno de um treinador. Está na hora de a CBF decidir por um, mesmo se não tiver convicção absoluta. Um colegiado para sustentá-lo pode ajudar. Se decidir por um treinador no futebol brasileiro, tem de fazer a oferta e ver no que dá. Se optar por um estrangeiro, a mesma coisa. Está mais do que na hora de agitar a seleção brasileira, fazer o torcedor se envolver com ela, se possível para o bem. O Brasil não pode ser indiferente aos seus torcedores.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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