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Opinião|Copinha começa a chamar a atenção dos europeus para comprar na base: veja todos os campeões


Torneio começa dia 2 de janeiro e vai até 25, aniversário de São Paulo: disputa coloca mais de 500 garotos na vitrine

Por Robson Morelli

A Copa São Paulo de Futebol de Juniores começa a chamar a atenção dos clubes da Europa. Depois das revelações de jogadores antes dos 18 anos no futebol brasileiro, como Endrick e Vítor Roque, os clubes mais ricos do planeta começaram a mandar representantes para o Brasil a fim de acompanhar os jogos do torneio da garotada, sempre atrás de um garoto bom de bola que seja vendido antes de estourar.

Esse trabalho de garimpagem era feito apenas pelos clubes brasileiros, que apostavam no menino para usar no time principal e, depois de algumas temporadas, se desse tudo certo, negociá-lo com clubes da Europa.

Esse processo encurtou. Agora são os próprios agentes e representantes dos times da Europa a observar os garotos da base na Copinha. Não há mais aquela espera para ver se o jogador vai vingar. Os times endinheirados estão dispostos a arriscar, e comprar atletas do Brasil ainda no ‘berço’. Basta o jogador mostrar um pouco de habilidade e categoria. O restante da formação desses garotos é feita na própria Europa.

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Leila Pereira, presidente do Palmeiras, festeja conquista da Copinha de 2022 ao lado do pequeno Endrick, vendido ao Real Madrid por R$ 408 milhões Foto: Jhony Inácio / Estadão

Vítor Roque foi apresentado no Barcelona e Endrick viveu dias de astro em sua breve passagem pela Espanha, onde atuará a partir de julho, com a camisa do Real Madrid. São dois exemplos do quanto os atletas brasileiros partem cada vez mais cedo. Como o dinheiro de fora seduz e se faz necessário para as gestões esportivas no País, eles são vendidos sem pensar duas vezes. Quando um garoto desse entra na mira de um time europeu, a pressão para a realização do negócio é muito grande, e ela vem de todas as partes, do empresário do garoto aos seus pais. É difícil segurar.

Desse ponto de vista, a Copinha 2024 passa a ser tão importante para os clubes brasileiros quanto para o mercado fora do País. É fácil para os agentes monitorarem os grandes times do eixo Rio-São Paulo, mas o torneio de juniores abre esse leque, de modo a colocar na vitrine mais de 500 moleques para serem observados.

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Quando começa a Copinha

A tradicional competição de base terá 24 dias de disputas, entre 2 e 25 de janeiro, aniversário de São Paulo. A final, por ora, está marcada para o Pacaembu, em obras, mas com a informação de que vai receber 10 mil torcedores.

Regulamento

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O sistema de disputa continua o mesmo de anos anteriores, com os dois melhores de cada chave avançando à fase mata-mata, com confrontos sempre decididos em apenas uma partida e sem vantagem do empate. Igualdade leva a decisão da vaga aos pênaltis.

Todos os campeões da Copinha

Corinthians - 10 títulos (1969, 1970, 1995, 1999, 2004, 2005, 2009, 2012, 2015 e 2017)

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Fluminense - 5 títulos (1971, 1973, 1977, 1986 e 1989)

Internacional - 5 títulos (1974, 1978, 1980, 1998 e 2020)

Flamengo - 4 títulos (1990, 2011, 2016 e 2018)

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São Paulo - 4 títulos (1993, 2000, 2010 e 2019)

Atlético-MG - 3 títulos (1975, 1976 e 1983)

Santos - 3 títulos (1984, 2013 e 2014)

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Palmeiras - 2 título (2022 e 2023)

Nacional - 2 títulos (1972 e 1988)

Ponte Preta - 2 títulos (1981 e 1982)

Portuguesa - 2 títulos (1991 e 2002)

América-SP - 1 título (2006)

América-MG - 1 título (1996)

Cruzeiro - 1 título (2007)

Figueirense - 1 título (2008)

Guarani - 1 título - (1994)

Juventus - 1 títulos (1985)

Marília - 1 título (1979)

Paulista de Jundiaí - 1 título (1997)

Roma Barueri - 1 título (2001)

Santo André - 1 título (2003)

Vasco - 1 título (1992)

A Copa São Paulo de Futebol de Juniores começa a chamar a atenção dos clubes da Europa. Depois das revelações de jogadores antes dos 18 anos no futebol brasileiro, como Endrick e Vítor Roque, os clubes mais ricos do planeta começaram a mandar representantes para o Brasil a fim de acompanhar os jogos do torneio da garotada, sempre atrás de um garoto bom de bola que seja vendido antes de estourar.

Esse trabalho de garimpagem era feito apenas pelos clubes brasileiros, que apostavam no menino para usar no time principal e, depois de algumas temporadas, se desse tudo certo, negociá-lo com clubes da Europa.

Esse processo encurtou. Agora são os próprios agentes e representantes dos times da Europa a observar os garotos da base na Copinha. Não há mais aquela espera para ver se o jogador vai vingar. Os times endinheirados estão dispostos a arriscar, e comprar atletas do Brasil ainda no ‘berço’. Basta o jogador mostrar um pouco de habilidade e categoria. O restante da formação desses garotos é feita na própria Europa.

Leila Pereira, presidente do Palmeiras, festeja conquista da Copinha de 2022 ao lado do pequeno Endrick, vendido ao Real Madrid por R$ 408 milhões Foto: Jhony Inácio / Estadão

Vítor Roque foi apresentado no Barcelona e Endrick viveu dias de astro em sua breve passagem pela Espanha, onde atuará a partir de julho, com a camisa do Real Madrid. São dois exemplos do quanto os atletas brasileiros partem cada vez mais cedo. Como o dinheiro de fora seduz e se faz necessário para as gestões esportivas no País, eles são vendidos sem pensar duas vezes. Quando um garoto desse entra na mira de um time europeu, a pressão para a realização do negócio é muito grande, e ela vem de todas as partes, do empresário do garoto aos seus pais. É difícil segurar.

Desse ponto de vista, a Copinha 2024 passa a ser tão importante para os clubes brasileiros quanto para o mercado fora do País. É fácil para os agentes monitorarem os grandes times do eixo Rio-São Paulo, mas o torneio de juniores abre esse leque, de modo a colocar na vitrine mais de 500 moleques para serem observados.

Quando começa a Copinha

A tradicional competição de base terá 24 dias de disputas, entre 2 e 25 de janeiro, aniversário de São Paulo. A final, por ora, está marcada para o Pacaembu, em obras, mas com a informação de que vai receber 10 mil torcedores.

Regulamento

O sistema de disputa continua o mesmo de anos anteriores, com os dois melhores de cada chave avançando à fase mata-mata, com confrontos sempre decididos em apenas uma partida e sem vantagem do empate. Igualdade leva a decisão da vaga aos pênaltis.

Todos os campeões da Copinha

Corinthians - 10 títulos (1969, 1970, 1995, 1999, 2004, 2005, 2009, 2012, 2015 e 2017)

Fluminense - 5 títulos (1971, 1973, 1977, 1986 e 1989)

Internacional - 5 títulos (1974, 1978, 1980, 1998 e 2020)

Flamengo - 4 títulos (1990, 2011, 2016 e 2018)

São Paulo - 4 títulos (1993, 2000, 2010 e 2019)

Atlético-MG - 3 títulos (1975, 1976 e 1983)

Santos - 3 títulos (1984, 2013 e 2014)

Palmeiras - 2 título (2022 e 2023)

Nacional - 2 títulos (1972 e 1988)

Ponte Preta - 2 títulos (1981 e 1982)

Portuguesa - 2 títulos (1991 e 2002)

América-SP - 1 título (2006)

América-MG - 1 título (1996)

Cruzeiro - 1 título (2007)

Figueirense - 1 título (2008)

Guarani - 1 título - (1994)

Juventus - 1 títulos (1985)

Marília - 1 título (1979)

Paulista de Jundiaí - 1 título (1997)

Roma Barueri - 1 título (2001)

Santo André - 1 título (2003)

Vasco - 1 título (1992)

A Copa São Paulo de Futebol de Juniores começa a chamar a atenção dos clubes da Europa. Depois das revelações de jogadores antes dos 18 anos no futebol brasileiro, como Endrick e Vítor Roque, os clubes mais ricos do planeta começaram a mandar representantes para o Brasil a fim de acompanhar os jogos do torneio da garotada, sempre atrás de um garoto bom de bola que seja vendido antes de estourar.

Esse trabalho de garimpagem era feito apenas pelos clubes brasileiros, que apostavam no menino para usar no time principal e, depois de algumas temporadas, se desse tudo certo, negociá-lo com clubes da Europa.

Esse processo encurtou. Agora são os próprios agentes e representantes dos times da Europa a observar os garotos da base na Copinha. Não há mais aquela espera para ver se o jogador vai vingar. Os times endinheirados estão dispostos a arriscar, e comprar atletas do Brasil ainda no ‘berço’. Basta o jogador mostrar um pouco de habilidade e categoria. O restante da formação desses garotos é feita na própria Europa.

Leila Pereira, presidente do Palmeiras, festeja conquista da Copinha de 2022 ao lado do pequeno Endrick, vendido ao Real Madrid por R$ 408 milhões Foto: Jhony Inácio / Estadão

Vítor Roque foi apresentado no Barcelona e Endrick viveu dias de astro em sua breve passagem pela Espanha, onde atuará a partir de julho, com a camisa do Real Madrid. São dois exemplos do quanto os atletas brasileiros partem cada vez mais cedo. Como o dinheiro de fora seduz e se faz necessário para as gestões esportivas no País, eles são vendidos sem pensar duas vezes. Quando um garoto desse entra na mira de um time europeu, a pressão para a realização do negócio é muito grande, e ela vem de todas as partes, do empresário do garoto aos seus pais. É difícil segurar.

Desse ponto de vista, a Copinha 2024 passa a ser tão importante para os clubes brasileiros quanto para o mercado fora do País. É fácil para os agentes monitorarem os grandes times do eixo Rio-São Paulo, mas o torneio de juniores abre esse leque, de modo a colocar na vitrine mais de 500 moleques para serem observados.

Quando começa a Copinha

A tradicional competição de base terá 24 dias de disputas, entre 2 e 25 de janeiro, aniversário de São Paulo. A final, por ora, está marcada para o Pacaembu, em obras, mas com a informação de que vai receber 10 mil torcedores.

Regulamento

O sistema de disputa continua o mesmo de anos anteriores, com os dois melhores de cada chave avançando à fase mata-mata, com confrontos sempre decididos em apenas uma partida e sem vantagem do empate. Igualdade leva a decisão da vaga aos pênaltis.

Todos os campeões da Copinha

Corinthians - 10 títulos (1969, 1970, 1995, 1999, 2004, 2005, 2009, 2012, 2015 e 2017)

Fluminense - 5 títulos (1971, 1973, 1977, 1986 e 1989)

Internacional - 5 títulos (1974, 1978, 1980, 1998 e 2020)

Flamengo - 4 títulos (1990, 2011, 2016 e 2018)

São Paulo - 4 títulos (1993, 2000, 2010 e 2019)

Atlético-MG - 3 títulos (1975, 1976 e 1983)

Santos - 3 títulos (1984, 2013 e 2014)

Palmeiras - 2 título (2022 e 2023)

Nacional - 2 títulos (1972 e 1988)

Ponte Preta - 2 títulos (1981 e 1982)

Portuguesa - 2 títulos (1991 e 2002)

América-SP - 1 título (2006)

América-MG - 1 título (1996)

Cruzeiro - 1 título (2007)

Figueirense - 1 título (2008)

Guarani - 1 título - (1994)

Juventus - 1 títulos (1985)

Marília - 1 título (1979)

Paulista de Jundiaí - 1 título (1997)

Roma Barueri - 1 título (2001)

Santo André - 1 título (2003)

Vasco - 1 título (1992)

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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