Daniel Alves apelou recentemente para a Justiça espanhola que seja julgado o quanto antes em Barcelona. Ele está preso desde 20 de janeiro, sob acusação de estupro. Tentou três vezes responder o caso em liberdade, mas teve todos os pedidos negados. Em função das derrotas no processo, ele resolveu abandonar todos os seus aliados, sua ex-mulher e mãe de seus filhos, Dinorah, que também era ou ainda é sócia dele em alguns negócios, não quer mais ver os filhos adolescentes pelo vidro e telefone da prisão onde está detido e demitiu os advogados que estavam com ele desde o começo da ação.
Daniel Alves voltou também com sua atual mulher, Joana Sanz, que disse no passado que romperia o casamento, mas voltou atrás nesse momento. Eles são casados há oito anos. Ela fez alguns trabalhos de desfile e agora teria uma procuração do atleta paras cuidar de seus negócios e dinheiro. Vale lembrar que Daniel Alves não tem contrato de trabalho com nenhum time. Antes de ser preso, estava no Pumas, do México, mas teve o acordo rompido após a acusação de estupro em uma boate na cidade de Barcelona, onde tem casa. Joana também estaria morando em sua casa.
Antes de deixar o São Paulo, ele fez um acerto da dívida do clube com ele no valor aproximado de R$ 400 mil por mês, totalizando na época R$ 12 milhões.
Dinorah, sua primeira mulher, chegou a se mudar com os filhos para a Espanha a fim de ajudar no processo. Fez isso, segundo ela, a pedido do próprio jogador e dos advogados. Matriculou os filhos em escola na cidade. Mas se arrependeu e voltou com os adolescentes para o Brasil. Todos foram cortados do convício do jogador. Daniel não quer mais ver ninguém. Está mais magro.
Ele contratou uma advogada mulher, Inés Guardiola, entendendo que poderia se dar melhor se uma mulher o defendesse. Ela também teria mais experiência com crimes sexuais. Quem cuida de todas as suas movimentações fora da prisão é Joana. Os amigos desapareceram. Nenhum jogador com quem esteve na seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, no ano passado, se manifestou a favor do atleta. Nem da comissão técnica de Tite. O silêncio impera sobre o caso no mundo esportivo. Daniel não dá entrevistas. O pedido do Estadão não foi aceito.
Antes de demitir seus advogados, o jogador já ‘aceitava’ a pena de seis anos, dos 12 que ele poderia pegar. Como já está preso há quase um ano, teria de cumprir mais cinco, dependendo das reduções de pena por bom comportamento. Ele tem 40 anos e deixaria a prisão com 45. A condenação de seis anos era apontada por seus defensores como a mais provável em seu julgamento, que ainda não foi marcado. Pode entrar na pauta na próxima semana, ainda em outubro. Se condenado, ele deve ser transferido para outra prisão.
A defesa do jogador se valeu de uma brecha jurídica prevista na legislação penal para reduzir a pena. Pagou 150 mil euros (R$ 800 mil) à Justiça da Espanha como indenização por “atenuante de reparação de dano causado”. Fez isso já sabendo que tem poucas chances de ser absolvido.
O caso
O caso teve sua primeira repercussão na imprensa espanhola ainda no ano passado. No dia 31 de dezembro, o diário ABC revelou que Daniel Alves teria violentado sexualmente uma jovem na boate Sutton no dia anterior. A mulher esteve acompanhada por amigas a todo o instante e a equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã, que colheu o depoimento da vítima. Ele se apresentou à polícia e foi preso. Negou inicialmente, mas depois assumiu ter feito sexo com a mulher.