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Opinião|Fazia tempo que o Palmeiras não jogava com tanta intensidade: foi 5 a 0 e poderia ter sido mais


São Paulo não vê a cor da bola, entra sem pegada e amarga uma das suas piores derrotas no Brasileirão nesta temporada, mantendo a sina de não ganhar fora de casa

Por Robson Morelli
Atualização:

Se o São Paulo queria a bola, o Palmeiras escolheu os gols. Foi assim no primeiro tempo no Allianz Parque. E também no segundo. Os donos da casa precisaram de 45 minutos, ou até menos que isso, para esfolar o tricolor e abrir três gols de vantagem. A goleada acabou nos 5 a 0. A noite foi de Breno Lopes, o perdoado, e de Richard Ríos, o desprezado, além de Piquerez, autor do gol mais bonito. Os três jogaram o fino na bola. Ríos ainda teve um gol anulado porque estava em impedimento. O VAR salvou o árbitro e aliviou para o goleiro Rafael após falha.

Gostaria de ter ouvido a palestra de Abel Ferreira. Porque o time entrou ligado no 220. Queria macetar o São Paulo. E macetou. Lucas Moura disse que o Tricolor foi atropelado. Foi mesmo. O Palmeiras estava com sede. Talvez pelas últimas partidas. Talvez pela eliminação na Copa do Brasil. Talvez apenas pela rivalidade. O fato foi que a equipe não deu a menor chance de o rival gostar do jogo e de se arrumar em campo. A pressão foi absurda. O Palmeiras até deixava o São Paulo tocar a bola de lado e para trás. Antes de se machucar sozinho na coxa, Lucas driblou alguma vezes na contramão, encurralado que estava.

Piquerez marca duas vezes contra o São Paulo na vitória do Palmeiras por 5 a 0 pelo Brasileirão Foto: Amanda Perobelli / Reuters
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Mas quando o time de Abel roubava a bola, com três ou quatro toques estava dentro da área adversária para marcar. Breno Lopes fez dois gols. Piquerez, de pênalti, marcou o terceiro no primeiro tempo. O Palmeiras mordeu o tempo todo e chegou com muita facilidade ao gol rival, com garra e sangue nos olhos. Não havia bola sem disputa. O campo parecia menor do que em outras partidas. Havia jogador palmeirense em todos os lugares, mas eles eram 11, assim como o São Paulo. No primeiro tempo, digo. Porque aos 15 do segundo, Rafinha foi expulso após entrada em Breno Lopes. Ele já tinha amarelo.

Dorival Júnior também já tinha tentado de tudo para esconder sua fragilidade. Nada deu certo. Derrota por 5 a 0 é pesada. Vai ter bronca na quinta. Com um a menos, ficou muito pior. Depois de rodadas de terror, o Palmeiras emplacou a segunda vitória seguida e volta a animar seu torcedor.

Mais até do que a vitória e os gols, o time jogou bem, correu nos espaços vazios, teve uma intensidade muito acima do que vinha mostrando, mesmo que para isso o treinador tivesse de tirar alguns atletas na metade do segundo tempo, como fez. Deu tudo certo para o lado verde e tudo errado para o tricolor.

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Os três pontos e o placar elástico fazem o palmeirense pegar de volta a toalha no chão e recomeçar a fazer as contas para o título. O futebol é assim. Mas o primeiro objetivo da equipe é se garantir para a Libertadores de 2024. A propósito, as brigas internas no clube, por ora, não respingam no rendimento dos jogadores. Isso é muito bom para Abel.

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Se o São Paulo queria a bola, o Palmeiras escolheu os gols. Foi assim no primeiro tempo no Allianz Parque. E também no segundo. Os donos da casa precisaram de 45 minutos, ou até menos que isso, para esfolar o tricolor e abrir três gols de vantagem. A goleada acabou nos 5 a 0. A noite foi de Breno Lopes, o perdoado, e de Richard Ríos, o desprezado, além de Piquerez, autor do gol mais bonito. Os três jogaram o fino na bola. Ríos ainda teve um gol anulado porque estava em impedimento. O VAR salvou o árbitro e aliviou para o goleiro Rafael após falha.

Gostaria de ter ouvido a palestra de Abel Ferreira. Porque o time entrou ligado no 220. Queria macetar o São Paulo. E macetou. Lucas Moura disse que o Tricolor foi atropelado. Foi mesmo. O Palmeiras estava com sede. Talvez pelas últimas partidas. Talvez pela eliminação na Copa do Brasil. Talvez apenas pela rivalidade. O fato foi que a equipe não deu a menor chance de o rival gostar do jogo e de se arrumar em campo. A pressão foi absurda. O Palmeiras até deixava o São Paulo tocar a bola de lado e para trás. Antes de se machucar sozinho na coxa, Lucas driblou alguma vezes na contramão, encurralado que estava.

Piquerez marca duas vezes contra o São Paulo na vitória do Palmeiras por 5 a 0 pelo Brasileirão Foto: Amanda Perobelli / Reuters

Mas quando o time de Abel roubava a bola, com três ou quatro toques estava dentro da área adversária para marcar. Breno Lopes fez dois gols. Piquerez, de pênalti, marcou o terceiro no primeiro tempo. O Palmeiras mordeu o tempo todo e chegou com muita facilidade ao gol rival, com garra e sangue nos olhos. Não havia bola sem disputa. O campo parecia menor do que em outras partidas. Havia jogador palmeirense em todos os lugares, mas eles eram 11, assim como o São Paulo. No primeiro tempo, digo. Porque aos 15 do segundo, Rafinha foi expulso após entrada em Breno Lopes. Ele já tinha amarelo.

Dorival Júnior também já tinha tentado de tudo para esconder sua fragilidade. Nada deu certo. Derrota por 5 a 0 é pesada. Vai ter bronca na quinta. Com um a menos, ficou muito pior. Depois de rodadas de terror, o Palmeiras emplacou a segunda vitória seguida e volta a animar seu torcedor.

Mais até do que a vitória e os gols, o time jogou bem, correu nos espaços vazios, teve uma intensidade muito acima do que vinha mostrando, mesmo que para isso o treinador tivesse de tirar alguns atletas na metade do segundo tempo, como fez. Deu tudo certo para o lado verde e tudo errado para o tricolor.

Os três pontos e o placar elástico fazem o palmeirense pegar de volta a toalha no chão e recomeçar a fazer as contas para o título. O futebol é assim. Mas o primeiro objetivo da equipe é se garantir para a Libertadores de 2024. A propósito, as brigas internas no clube, por ora, não respingam no rendimento dos jogadores. Isso é muito bom para Abel.

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Se o São Paulo queria a bola, o Palmeiras escolheu os gols. Foi assim no primeiro tempo no Allianz Parque. E também no segundo. Os donos da casa precisaram de 45 minutos, ou até menos que isso, para esfolar o tricolor e abrir três gols de vantagem. A goleada acabou nos 5 a 0. A noite foi de Breno Lopes, o perdoado, e de Richard Ríos, o desprezado, além de Piquerez, autor do gol mais bonito. Os três jogaram o fino na bola. Ríos ainda teve um gol anulado porque estava em impedimento. O VAR salvou o árbitro e aliviou para o goleiro Rafael após falha.

Gostaria de ter ouvido a palestra de Abel Ferreira. Porque o time entrou ligado no 220. Queria macetar o São Paulo. E macetou. Lucas Moura disse que o Tricolor foi atropelado. Foi mesmo. O Palmeiras estava com sede. Talvez pelas últimas partidas. Talvez pela eliminação na Copa do Brasil. Talvez apenas pela rivalidade. O fato foi que a equipe não deu a menor chance de o rival gostar do jogo e de se arrumar em campo. A pressão foi absurda. O Palmeiras até deixava o São Paulo tocar a bola de lado e para trás. Antes de se machucar sozinho na coxa, Lucas driblou alguma vezes na contramão, encurralado que estava.

Piquerez marca duas vezes contra o São Paulo na vitória do Palmeiras por 5 a 0 pelo Brasileirão Foto: Amanda Perobelli / Reuters

Mas quando o time de Abel roubava a bola, com três ou quatro toques estava dentro da área adversária para marcar. Breno Lopes fez dois gols. Piquerez, de pênalti, marcou o terceiro no primeiro tempo. O Palmeiras mordeu o tempo todo e chegou com muita facilidade ao gol rival, com garra e sangue nos olhos. Não havia bola sem disputa. O campo parecia menor do que em outras partidas. Havia jogador palmeirense em todos os lugares, mas eles eram 11, assim como o São Paulo. No primeiro tempo, digo. Porque aos 15 do segundo, Rafinha foi expulso após entrada em Breno Lopes. Ele já tinha amarelo.

Dorival Júnior também já tinha tentado de tudo para esconder sua fragilidade. Nada deu certo. Derrota por 5 a 0 é pesada. Vai ter bronca na quinta. Com um a menos, ficou muito pior. Depois de rodadas de terror, o Palmeiras emplacou a segunda vitória seguida e volta a animar seu torcedor.

Mais até do que a vitória e os gols, o time jogou bem, correu nos espaços vazios, teve uma intensidade muito acima do que vinha mostrando, mesmo que para isso o treinador tivesse de tirar alguns atletas na metade do segundo tempo, como fez. Deu tudo certo para o lado verde e tudo errado para o tricolor.

Os três pontos e o placar elástico fazem o palmeirense pegar de volta a toalha no chão e recomeçar a fazer as contas para o título. O futebol é assim. Mas o primeiro objetivo da equipe é se garantir para a Libertadores de 2024. A propósito, as brigas internas no clube, por ora, não respingam no rendimento dos jogadores. Isso é muito bom para Abel.

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Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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