Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|Futebol pré-olímpico é o retrato mais novo do fracasso das seleções brasileiras, de Ramon e da CBF


Time de garotos, com Endrick e Kennedy, perde para a Argentina e dá adeus aos Jogos Olímpicos de Paris-2024; entidade que cuida do futebol nacional precisa de uma intervenção

Por Robson Morelli
Atualização:

O futebol brasileiro aumenta sua coleção de vexames. Desta vez, foi a seleção pré-olímpica, que perdeu para a Argentina neste domingo e deixou escapar vaga para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. Isso mesmo! O Brasil está fora da Olimpíada e não terá como defender o ouro conquistado na edição de Tóquio, em 2021, como também aconteceu nos Jogos do Rio, em 2016. Ou seja, o futebol olímpico desceu degraus, mais de um, e está no fundo do poço.

Desta vez, nem conseguiu se classificar para o evento mais importante da categoria. É a primeira vez que um campeão olímpico não vai disputar a edição seguinte. Não poderia ter vexame maior para todos os envolvidos, de jogadores à comissão técnica de Ramon Menezes, passando pela CBF e seus pares.

O Brasil pré-olímpico nunca foi bem no torneio realizado na Venezuela. Foi passando no susto, a trancos e barrancos e sem mostrar nada de especial. É a mesma condição que o torcedor já conhece da seleção principal e que viu também no ano passado no time feminino. Então, todas as seleções do Brasil estão devendo. Isso tem a ver com muitos fatores, mas quero apontar aqui dois deles: a falta de bons treinadores e os desmandos da CBF. O futebol das seleções está largado por anos, com amigos de amigos no comando, sem critérios para escolhas, com falsas promessas e promessas que não se realizam, sem confiança e sem o respeito de quem mais interessa, o torcedor.

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Em jogo na Espanha da seleção principal no ano passado, o técnico Ramon Menezes e o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, cantam o hino nacional Foto: Albert Gea / Reuters

Estamos infinitamente pior do que foi a Copa do Mundo de 2014, quando todos choramos pela eliminação diante da Alemanha naquele fatídico 7 a 1. Nossa seleção principal está em sexto lugar nas Eliminatórias, que voltam somente em setembro. Só falta o Brasil ficar fora da Copa do Mundo de 2026. A Itália, só para os que duvidam disso, não disputou as duas últimas Copas. Agora tem Dorival Junior no comando e ninguém sabe ao certo o que vai virar. O feminino também teve mudanças depois do fracasso no Mundial.

Restavam então os meninos bons de bola que o Brasil tem, como Endrick e Kennedy e outros mais. Mas eles foram mal escalados por Ramon. O treinador não tinha planos nem ideias. Era na base da emoção. Ramon já havia ido muito mal no time principal. Mesmo assim, a CBF insistiu com ele no time menor. Casou com ele.

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Ramon é a cara desse fracasso. Mas a CBF não pode ficar fora e isenta dessa bagunça esportiva, mesmo dando explicações quase sempre esfarrapadas. A entidade faz política desde a entrada de Rogério Caboclo e depois de Ednaldo Rodrigues. A única coisa que importa é a perpetuação no poder de quem está no poder. O futebol, as seleções, o amor do torcedor, nada disso está em jogo ou importa. É uma vergonha, mais uma. A CBF precisa de uma intervenção.

Nada parece dar certo na entidade, embora seus balanços financeiros anuais apontem para o enriquecimento da entidade, mas não do futebol. Será que os patrocinadores estão satisfeitos? Ramon é a cara da vergonha desses jogadores, mas a CBF é a responsável por deixar as seleções chegarem a esse estágio de decomposição.

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Ficar fora de uma Olimpíada não é novidade para o Brasil, já aconteceu antes, mas nem por isso deixa de ser vergonhoso para o país cinco vezes campeão do mundo e duas vezes dono do ouro olímpico. Alguém terá de se explicar. Certamente, uma decisão nos próximos dias vai anunciar a demissão de Ramon Menezes, mas isso não levará o futebol brasileiro para os Jogos de Paris.

O futebol brasileiro aumenta sua coleção de vexames. Desta vez, foi a seleção pré-olímpica, que perdeu para a Argentina neste domingo e deixou escapar vaga para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. Isso mesmo! O Brasil está fora da Olimpíada e não terá como defender o ouro conquistado na edição de Tóquio, em 2021, como também aconteceu nos Jogos do Rio, em 2016. Ou seja, o futebol olímpico desceu degraus, mais de um, e está no fundo do poço.

Desta vez, nem conseguiu se classificar para o evento mais importante da categoria. É a primeira vez que um campeão olímpico não vai disputar a edição seguinte. Não poderia ter vexame maior para todos os envolvidos, de jogadores à comissão técnica de Ramon Menezes, passando pela CBF e seus pares.

O Brasil pré-olímpico nunca foi bem no torneio realizado na Venezuela. Foi passando no susto, a trancos e barrancos e sem mostrar nada de especial. É a mesma condição que o torcedor já conhece da seleção principal e que viu também no ano passado no time feminino. Então, todas as seleções do Brasil estão devendo. Isso tem a ver com muitos fatores, mas quero apontar aqui dois deles: a falta de bons treinadores e os desmandos da CBF. O futebol das seleções está largado por anos, com amigos de amigos no comando, sem critérios para escolhas, com falsas promessas e promessas que não se realizam, sem confiança e sem o respeito de quem mais interessa, o torcedor.

Em jogo na Espanha da seleção principal no ano passado, o técnico Ramon Menezes e o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, cantam o hino nacional Foto: Albert Gea / Reuters

Estamos infinitamente pior do que foi a Copa do Mundo de 2014, quando todos choramos pela eliminação diante da Alemanha naquele fatídico 7 a 1. Nossa seleção principal está em sexto lugar nas Eliminatórias, que voltam somente em setembro. Só falta o Brasil ficar fora da Copa do Mundo de 2026. A Itália, só para os que duvidam disso, não disputou as duas últimas Copas. Agora tem Dorival Junior no comando e ninguém sabe ao certo o que vai virar. O feminino também teve mudanças depois do fracasso no Mundial.

Restavam então os meninos bons de bola que o Brasil tem, como Endrick e Kennedy e outros mais. Mas eles foram mal escalados por Ramon. O treinador não tinha planos nem ideias. Era na base da emoção. Ramon já havia ido muito mal no time principal. Mesmo assim, a CBF insistiu com ele no time menor. Casou com ele.

Ramon é a cara desse fracasso. Mas a CBF não pode ficar fora e isenta dessa bagunça esportiva, mesmo dando explicações quase sempre esfarrapadas. A entidade faz política desde a entrada de Rogério Caboclo e depois de Ednaldo Rodrigues. A única coisa que importa é a perpetuação no poder de quem está no poder. O futebol, as seleções, o amor do torcedor, nada disso está em jogo ou importa. É uma vergonha, mais uma. A CBF precisa de uma intervenção.

Nada parece dar certo na entidade, embora seus balanços financeiros anuais apontem para o enriquecimento da entidade, mas não do futebol. Será que os patrocinadores estão satisfeitos? Ramon é a cara da vergonha desses jogadores, mas a CBF é a responsável por deixar as seleções chegarem a esse estágio de decomposição.

Ficar fora de uma Olimpíada não é novidade para o Brasil, já aconteceu antes, mas nem por isso deixa de ser vergonhoso para o país cinco vezes campeão do mundo e duas vezes dono do ouro olímpico. Alguém terá de se explicar. Certamente, uma decisão nos próximos dias vai anunciar a demissão de Ramon Menezes, mas isso não levará o futebol brasileiro para os Jogos de Paris.

O futebol brasileiro aumenta sua coleção de vexames. Desta vez, foi a seleção pré-olímpica, que perdeu para a Argentina neste domingo e deixou escapar vaga para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. Isso mesmo! O Brasil está fora da Olimpíada e não terá como defender o ouro conquistado na edição de Tóquio, em 2021, como também aconteceu nos Jogos do Rio, em 2016. Ou seja, o futebol olímpico desceu degraus, mais de um, e está no fundo do poço.

Desta vez, nem conseguiu se classificar para o evento mais importante da categoria. É a primeira vez que um campeão olímpico não vai disputar a edição seguinte. Não poderia ter vexame maior para todos os envolvidos, de jogadores à comissão técnica de Ramon Menezes, passando pela CBF e seus pares.

O Brasil pré-olímpico nunca foi bem no torneio realizado na Venezuela. Foi passando no susto, a trancos e barrancos e sem mostrar nada de especial. É a mesma condição que o torcedor já conhece da seleção principal e que viu também no ano passado no time feminino. Então, todas as seleções do Brasil estão devendo. Isso tem a ver com muitos fatores, mas quero apontar aqui dois deles: a falta de bons treinadores e os desmandos da CBF. O futebol das seleções está largado por anos, com amigos de amigos no comando, sem critérios para escolhas, com falsas promessas e promessas que não se realizam, sem confiança e sem o respeito de quem mais interessa, o torcedor.

Em jogo na Espanha da seleção principal no ano passado, o técnico Ramon Menezes e o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, cantam o hino nacional Foto: Albert Gea / Reuters

Estamos infinitamente pior do que foi a Copa do Mundo de 2014, quando todos choramos pela eliminação diante da Alemanha naquele fatídico 7 a 1. Nossa seleção principal está em sexto lugar nas Eliminatórias, que voltam somente em setembro. Só falta o Brasil ficar fora da Copa do Mundo de 2026. A Itália, só para os que duvidam disso, não disputou as duas últimas Copas. Agora tem Dorival Junior no comando e ninguém sabe ao certo o que vai virar. O feminino também teve mudanças depois do fracasso no Mundial.

Restavam então os meninos bons de bola que o Brasil tem, como Endrick e Kennedy e outros mais. Mas eles foram mal escalados por Ramon. O treinador não tinha planos nem ideias. Era na base da emoção. Ramon já havia ido muito mal no time principal. Mesmo assim, a CBF insistiu com ele no time menor. Casou com ele.

Ramon é a cara desse fracasso. Mas a CBF não pode ficar fora e isenta dessa bagunça esportiva, mesmo dando explicações quase sempre esfarrapadas. A entidade faz política desde a entrada de Rogério Caboclo e depois de Ednaldo Rodrigues. A única coisa que importa é a perpetuação no poder de quem está no poder. O futebol, as seleções, o amor do torcedor, nada disso está em jogo ou importa. É uma vergonha, mais uma. A CBF precisa de uma intervenção.

Nada parece dar certo na entidade, embora seus balanços financeiros anuais apontem para o enriquecimento da entidade, mas não do futebol. Será que os patrocinadores estão satisfeitos? Ramon é a cara da vergonha desses jogadores, mas a CBF é a responsável por deixar as seleções chegarem a esse estágio de decomposição.

Ficar fora de uma Olimpíada não é novidade para o Brasil, já aconteceu antes, mas nem por isso deixa de ser vergonhoso para o país cinco vezes campeão do mundo e duas vezes dono do ouro olímpico. Alguém terá de se explicar. Certamente, uma decisão nos próximos dias vai anunciar a demissão de Ramon Menezes, mas isso não levará o futebol brasileiro para os Jogos de Paris.

O futebol brasileiro aumenta sua coleção de vexames. Desta vez, foi a seleção pré-olímpica, que perdeu para a Argentina neste domingo e deixou escapar vaga para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. Isso mesmo! O Brasil está fora da Olimpíada e não terá como defender o ouro conquistado na edição de Tóquio, em 2021, como também aconteceu nos Jogos do Rio, em 2016. Ou seja, o futebol olímpico desceu degraus, mais de um, e está no fundo do poço.

Desta vez, nem conseguiu se classificar para o evento mais importante da categoria. É a primeira vez que um campeão olímpico não vai disputar a edição seguinte. Não poderia ter vexame maior para todos os envolvidos, de jogadores à comissão técnica de Ramon Menezes, passando pela CBF e seus pares.

O Brasil pré-olímpico nunca foi bem no torneio realizado na Venezuela. Foi passando no susto, a trancos e barrancos e sem mostrar nada de especial. É a mesma condição que o torcedor já conhece da seleção principal e que viu também no ano passado no time feminino. Então, todas as seleções do Brasil estão devendo. Isso tem a ver com muitos fatores, mas quero apontar aqui dois deles: a falta de bons treinadores e os desmandos da CBF. O futebol das seleções está largado por anos, com amigos de amigos no comando, sem critérios para escolhas, com falsas promessas e promessas que não se realizam, sem confiança e sem o respeito de quem mais interessa, o torcedor.

Em jogo na Espanha da seleção principal no ano passado, o técnico Ramon Menezes e o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, cantam o hino nacional Foto: Albert Gea / Reuters

Estamos infinitamente pior do que foi a Copa do Mundo de 2014, quando todos choramos pela eliminação diante da Alemanha naquele fatídico 7 a 1. Nossa seleção principal está em sexto lugar nas Eliminatórias, que voltam somente em setembro. Só falta o Brasil ficar fora da Copa do Mundo de 2026. A Itália, só para os que duvidam disso, não disputou as duas últimas Copas. Agora tem Dorival Junior no comando e ninguém sabe ao certo o que vai virar. O feminino também teve mudanças depois do fracasso no Mundial.

Restavam então os meninos bons de bola que o Brasil tem, como Endrick e Kennedy e outros mais. Mas eles foram mal escalados por Ramon. O treinador não tinha planos nem ideias. Era na base da emoção. Ramon já havia ido muito mal no time principal. Mesmo assim, a CBF insistiu com ele no time menor. Casou com ele.

Ramon é a cara desse fracasso. Mas a CBF não pode ficar fora e isenta dessa bagunça esportiva, mesmo dando explicações quase sempre esfarrapadas. A entidade faz política desde a entrada de Rogério Caboclo e depois de Ednaldo Rodrigues. A única coisa que importa é a perpetuação no poder de quem está no poder. O futebol, as seleções, o amor do torcedor, nada disso está em jogo ou importa. É uma vergonha, mais uma. A CBF precisa de uma intervenção.

Nada parece dar certo na entidade, embora seus balanços financeiros anuais apontem para o enriquecimento da entidade, mas não do futebol. Será que os patrocinadores estão satisfeitos? Ramon é a cara da vergonha desses jogadores, mas a CBF é a responsável por deixar as seleções chegarem a esse estágio de decomposição.

Ficar fora de uma Olimpíada não é novidade para o Brasil, já aconteceu antes, mas nem por isso deixa de ser vergonhoso para o país cinco vezes campeão do mundo e duas vezes dono do ouro olímpico. Alguém terá de se explicar. Certamente, uma decisão nos próximos dias vai anunciar a demissão de Ramon Menezes, mas isso não levará o futebol brasileiro para os Jogos de Paris.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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