Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|Vini Jr.: O que o governo brasileiro pode fazer efetivamente? Quase nada. Nas apostas, pode muito


Indignação é o primeiro sinal para mudanças, mas esses episódios não podem ficar apenas no discurso de repúdio; é preciso ações efetivas para não empurrar nada para debaixo do tapete e deixar o tempo passar

Por Robson Morelli
Atualização:

O governo brasileiro saiu em disparada para cobrar providências e meter a mão na sujeira de dois casos que tomaram o futebol de assalto nas últimas semanas: o caso dos esquemas de apostas e agora, mais recentemente, de racismo contra Vinícius Júnior na Espanha. Houve muita grita e vontade de ajudar. Mas o que o governo efetivamente pode fazer? No caso da Máfia das Apostas, a CBF pediu para que a Polícia Federal instaurasse inquérito sobre o caso. O ministro da Justiça Flávio Dino prometeu em público que faria isso. Passados mais de dez dias de sua promessa, nada aconteceu ainda. A PF informa que está tomando pé da situação.

O caso pede urgência. O próprio presidente Lula se meteu no assunto para cobrar providências. Houve manifestações de indignação de todos os lados, mas pouca coisa na prática tem acontecido. Tudo continua nas mãos do Ministério Público de Goiás e suas novas investigações. A CPI da Manipulação de Resultados deu seus primeiros passos nesta semana.

Vinícius Júnior sofre agressões racistas há duas temporadas na Espanha: brasileiro resolveu dar um basta nisso Foto: Marcelo del Pozo / REUTERS
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Da mesma forma, muitos gritos foram dados em relação às ofensas racistas sofridas pelo atacante Vinícius Júnior na Espanha. Até o Itamaraty entrou na história contra o país europeu, pedindo providências e tentando intervir. Mas o que o Brasil pode, de fato, fazer? Quase nada. Na prática, o governo brasileiro não tem ingerência em nada que diz respeito ao futebol espanhol.

As manifestações de repúdio, aplaudidas por todos nós, é o máximo que Brasília pode fazer, além das cobranças por uma solução, mas isso já tem sido feito pelo próprio jogador brasileiro e também pelo Real Madrid, duas das partes mais interessadas, e nada tem acontecido há duas temporadas. Mesmo se Vini deixar a Espanha, outro negro será alvo dos racistas do país. O problema, portanto, não será resolvido. A revolta precisa existir, mas não pode parar nela mesma.

É claro que é melhor que todas essas manifestações espontâneas aconteçam de gente do futebol e de outros segmentos, inconformados com a perseguição racista contra um negro, brasileiro, vindo das camadas pobres da sociedade, como disse o presidente Lula. Mas mesmo no Brasil o nosso futebol enfrenta inúmeros problemas sem muitas soluções por falta de vontade política e de ações capazes de mostrar caminho melhor. Ou não é isso? Aqui, como na Espanha, também tem racismo.

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Muitas coisas no futebol são empurradas para debaixo do tapete, de modo a deixar o barco navegando até que ele se perca no horizonte e ninguém fale mais no assunto. Estou errado? As boas intenções são sempre bem-vindas, sempre, mas sem efetividade nas ações e nos atos, nada vai mudar.

Da mesma forma, a Fifa, dona do futebol e que fica cantando as vitórias e os sucessos de seus campeonatos de seleções, como a Copa do Mundo, precisa sujar mais suas mãos em lamas como essas para fazer valer a sua chancela no futebol. Cobrar a LaLiga e as autoridades esportivas brasileiras quanto aos casos de atletas envolvidos no esquema fraudulento de apostas, dar prazos para que os problemas sejam solucionados e aplicar punições, não em dinheiro, são atitudes que se espera do presidente Gianni Intantino.

O que quero dizer é que há muita indignação com o futebol, de racismo à xenofobia, passando por brigas em estádios e torcida única, mas nada na prática é feito. Há anos. As vitórias, conquistas e contratações são capazes de virar as páginas dos relatos negativos e nada acontece, como disse o técnico Carlo Ancelotti, do Real Madrid, sobre as ofensas de dois anos e seis cidades diferentes da Espanha a Vini Jr.

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Nesses casos, o tempo ou a perda dele é essencial. Medidas precisam ser adotadas imediatamente, de modo a dar uma resposta ao cidadão comum, aquele que coloca o futebol em xeque nesse momento. No caso das apostas, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul condenou um dos jogadores envolvidos no esquema a dois anos fora do futebol. É disso que estou falando. As ações pertencem a quem pode, de fato, fazer alguma coisa. Não é hora de politicagem. É hora de agir.

O torcedor está fatigado de falsas promessas ou promessas que se sabe de antemão que não serão cumpridas. No caso de Vini, a La Liga tem o poder de mudar essa história. Não me parece que vai fazer algo mais do que tem feito, muito pouco, por sinal. Mas há ainda os patrocinadores do Campeonato Espanhol. Como também há os patrocinadores do futebol brasileiro. São marcas que, bem ou mal, estão associadas a tudo o que acontece dentro e fora de campo nos dois países, de bom e de ruim. Elas, por ora, estão caladas ou entraram nas declarações de repúdio. Ótimo. Mas pouco. Talvez elas ainda não entenderam o poder que têm nas decisões, ou que deveriam ter pela condição financiadora no futebol.

O governo brasileiro saiu em disparada para cobrar providências e meter a mão na sujeira de dois casos que tomaram o futebol de assalto nas últimas semanas: o caso dos esquemas de apostas e agora, mais recentemente, de racismo contra Vinícius Júnior na Espanha. Houve muita grita e vontade de ajudar. Mas o que o governo efetivamente pode fazer? No caso da Máfia das Apostas, a CBF pediu para que a Polícia Federal instaurasse inquérito sobre o caso. O ministro da Justiça Flávio Dino prometeu em público que faria isso. Passados mais de dez dias de sua promessa, nada aconteceu ainda. A PF informa que está tomando pé da situação.

O caso pede urgência. O próprio presidente Lula se meteu no assunto para cobrar providências. Houve manifestações de indignação de todos os lados, mas pouca coisa na prática tem acontecido. Tudo continua nas mãos do Ministério Público de Goiás e suas novas investigações. A CPI da Manipulação de Resultados deu seus primeiros passos nesta semana.

Vinícius Júnior sofre agressões racistas há duas temporadas na Espanha: brasileiro resolveu dar um basta nisso Foto: Marcelo del Pozo / REUTERS

Da mesma forma, muitos gritos foram dados em relação às ofensas racistas sofridas pelo atacante Vinícius Júnior na Espanha. Até o Itamaraty entrou na história contra o país europeu, pedindo providências e tentando intervir. Mas o que o Brasil pode, de fato, fazer? Quase nada. Na prática, o governo brasileiro não tem ingerência em nada que diz respeito ao futebol espanhol.

As manifestações de repúdio, aplaudidas por todos nós, é o máximo que Brasília pode fazer, além das cobranças por uma solução, mas isso já tem sido feito pelo próprio jogador brasileiro e também pelo Real Madrid, duas das partes mais interessadas, e nada tem acontecido há duas temporadas. Mesmo se Vini deixar a Espanha, outro negro será alvo dos racistas do país. O problema, portanto, não será resolvido. A revolta precisa existir, mas não pode parar nela mesma.

É claro que é melhor que todas essas manifestações espontâneas aconteçam de gente do futebol e de outros segmentos, inconformados com a perseguição racista contra um negro, brasileiro, vindo das camadas pobres da sociedade, como disse o presidente Lula. Mas mesmo no Brasil o nosso futebol enfrenta inúmeros problemas sem muitas soluções por falta de vontade política e de ações capazes de mostrar caminho melhor. Ou não é isso? Aqui, como na Espanha, também tem racismo.

Muitas coisas no futebol são empurradas para debaixo do tapete, de modo a deixar o barco navegando até que ele se perca no horizonte e ninguém fale mais no assunto. Estou errado? As boas intenções são sempre bem-vindas, sempre, mas sem efetividade nas ações e nos atos, nada vai mudar.

Da mesma forma, a Fifa, dona do futebol e que fica cantando as vitórias e os sucessos de seus campeonatos de seleções, como a Copa do Mundo, precisa sujar mais suas mãos em lamas como essas para fazer valer a sua chancela no futebol. Cobrar a LaLiga e as autoridades esportivas brasileiras quanto aos casos de atletas envolvidos no esquema fraudulento de apostas, dar prazos para que os problemas sejam solucionados e aplicar punições, não em dinheiro, são atitudes que se espera do presidente Gianni Intantino.

O que quero dizer é que há muita indignação com o futebol, de racismo à xenofobia, passando por brigas em estádios e torcida única, mas nada na prática é feito. Há anos. As vitórias, conquistas e contratações são capazes de virar as páginas dos relatos negativos e nada acontece, como disse o técnico Carlo Ancelotti, do Real Madrid, sobre as ofensas de dois anos e seis cidades diferentes da Espanha a Vini Jr.

Nesses casos, o tempo ou a perda dele é essencial. Medidas precisam ser adotadas imediatamente, de modo a dar uma resposta ao cidadão comum, aquele que coloca o futebol em xeque nesse momento. No caso das apostas, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul condenou um dos jogadores envolvidos no esquema a dois anos fora do futebol. É disso que estou falando. As ações pertencem a quem pode, de fato, fazer alguma coisa. Não é hora de politicagem. É hora de agir.

O torcedor está fatigado de falsas promessas ou promessas que se sabe de antemão que não serão cumpridas. No caso de Vini, a La Liga tem o poder de mudar essa história. Não me parece que vai fazer algo mais do que tem feito, muito pouco, por sinal. Mas há ainda os patrocinadores do Campeonato Espanhol. Como também há os patrocinadores do futebol brasileiro. São marcas que, bem ou mal, estão associadas a tudo o que acontece dentro e fora de campo nos dois países, de bom e de ruim. Elas, por ora, estão caladas ou entraram nas declarações de repúdio. Ótimo. Mas pouco. Talvez elas ainda não entenderam o poder que têm nas decisões, ou que deveriam ter pela condição financiadora no futebol.

O governo brasileiro saiu em disparada para cobrar providências e meter a mão na sujeira de dois casos que tomaram o futebol de assalto nas últimas semanas: o caso dos esquemas de apostas e agora, mais recentemente, de racismo contra Vinícius Júnior na Espanha. Houve muita grita e vontade de ajudar. Mas o que o governo efetivamente pode fazer? No caso da Máfia das Apostas, a CBF pediu para que a Polícia Federal instaurasse inquérito sobre o caso. O ministro da Justiça Flávio Dino prometeu em público que faria isso. Passados mais de dez dias de sua promessa, nada aconteceu ainda. A PF informa que está tomando pé da situação.

O caso pede urgência. O próprio presidente Lula se meteu no assunto para cobrar providências. Houve manifestações de indignação de todos os lados, mas pouca coisa na prática tem acontecido. Tudo continua nas mãos do Ministério Público de Goiás e suas novas investigações. A CPI da Manipulação de Resultados deu seus primeiros passos nesta semana.

Vinícius Júnior sofre agressões racistas há duas temporadas na Espanha: brasileiro resolveu dar um basta nisso Foto: Marcelo del Pozo / REUTERS

Da mesma forma, muitos gritos foram dados em relação às ofensas racistas sofridas pelo atacante Vinícius Júnior na Espanha. Até o Itamaraty entrou na história contra o país europeu, pedindo providências e tentando intervir. Mas o que o Brasil pode, de fato, fazer? Quase nada. Na prática, o governo brasileiro não tem ingerência em nada que diz respeito ao futebol espanhol.

As manifestações de repúdio, aplaudidas por todos nós, é o máximo que Brasília pode fazer, além das cobranças por uma solução, mas isso já tem sido feito pelo próprio jogador brasileiro e também pelo Real Madrid, duas das partes mais interessadas, e nada tem acontecido há duas temporadas. Mesmo se Vini deixar a Espanha, outro negro será alvo dos racistas do país. O problema, portanto, não será resolvido. A revolta precisa existir, mas não pode parar nela mesma.

É claro que é melhor que todas essas manifestações espontâneas aconteçam de gente do futebol e de outros segmentos, inconformados com a perseguição racista contra um negro, brasileiro, vindo das camadas pobres da sociedade, como disse o presidente Lula. Mas mesmo no Brasil o nosso futebol enfrenta inúmeros problemas sem muitas soluções por falta de vontade política e de ações capazes de mostrar caminho melhor. Ou não é isso? Aqui, como na Espanha, também tem racismo.

Muitas coisas no futebol são empurradas para debaixo do tapete, de modo a deixar o barco navegando até que ele se perca no horizonte e ninguém fale mais no assunto. Estou errado? As boas intenções são sempre bem-vindas, sempre, mas sem efetividade nas ações e nos atos, nada vai mudar.

Da mesma forma, a Fifa, dona do futebol e que fica cantando as vitórias e os sucessos de seus campeonatos de seleções, como a Copa do Mundo, precisa sujar mais suas mãos em lamas como essas para fazer valer a sua chancela no futebol. Cobrar a LaLiga e as autoridades esportivas brasileiras quanto aos casos de atletas envolvidos no esquema fraudulento de apostas, dar prazos para que os problemas sejam solucionados e aplicar punições, não em dinheiro, são atitudes que se espera do presidente Gianni Intantino.

O que quero dizer é que há muita indignação com o futebol, de racismo à xenofobia, passando por brigas em estádios e torcida única, mas nada na prática é feito. Há anos. As vitórias, conquistas e contratações são capazes de virar as páginas dos relatos negativos e nada acontece, como disse o técnico Carlo Ancelotti, do Real Madrid, sobre as ofensas de dois anos e seis cidades diferentes da Espanha a Vini Jr.

Nesses casos, o tempo ou a perda dele é essencial. Medidas precisam ser adotadas imediatamente, de modo a dar uma resposta ao cidadão comum, aquele que coloca o futebol em xeque nesse momento. No caso das apostas, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul condenou um dos jogadores envolvidos no esquema a dois anos fora do futebol. É disso que estou falando. As ações pertencem a quem pode, de fato, fazer alguma coisa. Não é hora de politicagem. É hora de agir.

O torcedor está fatigado de falsas promessas ou promessas que se sabe de antemão que não serão cumpridas. No caso de Vini, a La Liga tem o poder de mudar essa história. Não me parece que vai fazer algo mais do que tem feito, muito pouco, por sinal. Mas há ainda os patrocinadores do Campeonato Espanhol. Como também há os patrocinadores do futebol brasileiro. São marcas que, bem ou mal, estão associadas a tudo o que acontece dentro e fora de campo nos dois países, de bom e de ruim. Elas, por ora, estão caladas ou entraram nas declarações de repúdio. Ótimo. Mas pouco. Talvez elas ainda não entenderam o poder que têm nas decisões, ou que deveriam ter pela condição financiadora no futebol.

O governo brasileiro saiu em disparada para cobrar providências e meter a mão na sujeira de dois casos que tomaram o futebol de assalto nas últimas semanas: o caso dos esquemas de apostas e agora, mais recentemente, de racismo contra Vinícius Júnior na Espanha. Houve muita grita e vontade de ajudar. Mas o que o governo efetivamente pode fazer? No caso da Máfia das Apostas, a CBF pediu para que a Polícia Federal instaurasse inquérito sobre o caso. O ministro da Justiça Flávio Dino prometeu em público que faria isso. Passados mais de dez dias de sua promessa, nada aconteceu ainda. A PF informa que está tomando pé da situação.

O caso pede urgência. O próprio presidente Lula se meteu no assunto para cobrar providências. Houve manifestações de indignação de todos os lados, mas pouca coisa na prática tem acontecido. Tudo continua nas mãos do Ministério Público de Goiás e suas novas investigações. A CPI da Manipulação de Resultados deu seus primeiros passos nesta semana.

Vinícius Júnior sofre agressões racistas há duas temporadas na Espanha: brasileiro resolveu dar um basta nisso Foto: Marcelo del Pozo / REUTERS

Da mesma forma, muitos gritos foram dados em relação às ofensas racistas sofridas pelo atacante Vinícius Júnior na Espanha. Até o Itamaraty entrou na história contra o país europeu, pedindo providências e tentando intervir. Mas o que o Brasil pode, de fato, fazer? Quase nada. Na prática, o governo brasileiro não tem ingerência em nada que diz respeito ao futebol espanhol.

As manifestações de repúdio, aplaudidas por todos nós, é o máximo que Brasília pode fazer, além das cobranças por uma solução, mas isso já tem sido feito pelo próprio jogador brasileiro e também pelo Real Madrid, duas das partes mais interessadas, e nada tem acontecido há duas temporadas. Mesmo se Vini deixar a Espanha, outro negro será alvo dos racistas do país. O problema, portanto, não será resolvido. A revolta precisa existir, mas não pode parar nela mesma.

É claro que é melhor que todas essas manifestações espontâneas aconteçam de gente do futebol e de outros segmentos, inconformados com a perseguição racista contra um negro, brasileiro, vindo das camadas pobres da sociedade, como disse o presidente Lula. Mas mesmo no Brasil o nosso futebol enfrenta inúmeros problemas sem muitas soluções por falta de vontade política e de ações capazes de mostrar caminho melhor. Ou não é isso? Aqui, como na Espanha, também tem racismo.

Muitas coisas no futebol são empurradas para debaixo do tapete, de modo a deixar o barco navegando até que ele se perca no horizonte e ninguém fale mais no assunto. Estou errado? As boas intenções são sempre bem-vindas, sempre, mas sem efetividade nas ações e nos atos, nada vai mudar.

Da mesma forma, a Fifa, dona do futebol e que fica cantando as vitórias e os sucessos de seus campeonatos de seleções, como a Copa do Mundo, precisa sujar mais suas mãos em lamas como essas para fazer valer a sua chancela no futebol. Cobrar a LaLiga e as autoridades esportivas brasileiras quanto aos casos de atletas envolvidos no esquema fraudulento de apostas, dar prazos para que os problemas sejam solucionados e aplicar punições, não em dinheiro, são atitudes que se espera do presidente Gianni Intantino.

O que quero dizer é que há muita indignação com o futebol, de racismo à xenofobia, passando por brigas em estádios e torcida única, mas nada na prática é feito. Há anos. As vitórias, conquistas e contratações são capazes de virar as páginas dos relatos negativos e nada acontece, como disse o técnico Carlo Ancelotti, do Real Madrid, sobre as ofensas de dois anos e seis cidades diferentes da Espanha a Vini Jr.

Nesses casos, o tempo ou a perda dele é essencial. Medidas precisam ser adotadas imediatamente, de modo a dar uma resposta ao cidadão comum, aquele que coloca o futebol em xeque nesse momento. No caso das apostas, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul condenou um dos jogadores envolvidos no esquema a dois anos fora do futebol. É disso que estou falando. As ações pertencem a quem pode, de fato, fazer alguma coisa. Não é hora de politicagem. É hora de agir.

O torcedor está fatigado de falsas promessas ou promessas que se sabe de antemão que não serão cumpridas. No caso de Vini, a La Liga tem o poder de mudar essa história. Não me parece que vai fazer algo mais do que tem feito, muito pouco, por sinal. Mas há ainda os patrocinadores do Campeonato Espanhol. Como também há os patrocinadores do futebol brasileiro. São marcas que, bem ou mal, estão associadas a tudo o que acontece dentro e fora de campo nos dois países, de bom e de ruim. Elas, por ora, estão caladas ou entraram nas declarações de repúdio. Ótimo. Mas pouco. Talvez elas ainda não entenderam o poder que têm nas decisões, ou que deveriam ter pela condição financiadora no futebol.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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