Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|James Rodríguez toma a decisão certa para ele e para o São Paulo em permanecer no futebol brasileiro


Colombiano só precisa entender que não vai ganhar espaço no grito nem por causa de sua fama no time, que tem jogadores como Lucas, Luciano, Calleri, Rato, Ferreirinha...

Por Robson Morelli
Atualização:

James Rodríguez fez a coisa certa para ele e para o São Paulo desfazendo as malas e repensando seu pedido de deixar o Brasil. Sua decisão de ir embora tinha duas intenções, ambas pressionando a diretoria tricolor. A primeira era receber o que lhe foi prometido em contrato. O futebol brasileiro tem dessas: o prometido nem sempre é cumprido ou atrasa. A segunda era forçar a nova comissão técnica de que ele merecia jogar.

Não fosse um cara de grupo, pelo menos é isso que os outros jogadores falam do meia colombiano, que ele é boa pessoa, seria engolido pelo elenco. Mas isso não aconteceu. Foi entendido que James estava meio solitário e perdido. Ansioso e impaciente. Então, o que a direção do clube fez foi lhe estender a mão, o que deveria ter feito muito antes.

James pode ajudar muito o São Paulo na temporada, claro, se ele primeiramente começar se ajudando. Tem de entender o funcionamento do clube, do técnico Thiago Carpini e dos companheiros do elenco. O grupo é muito forte do meio para frente, com Lucas, Calleri, Luciano, Ferreirinha, Rato... Todos querem e podem jogar. James tem de saber que ele não é melhor do que seus colegas. Está no mesmo nível, se estiver bem treinado e com vontade.

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Mesmo afastado das partidas, James Rodríguez nunca deixou de treinar no CT da Barra Funda Foto: Rubens Chiri / São Paulofc.net

Seu jeito de jogar, sim, é diferente. O colombiano é jogador da antiga, mais lento e que faz a bola correr. Valoriza o passe e os lançamentos. Gosta do jogo de aproximação e das tabelas.

Sua permanência depois de dizer que queria a rescisão do contrato passou pela aprovação do presidente Julio Casares, do gerente Muricy Ramalho, da comissão técnica e dos líderes do time no vestiário. Então, James é um jogador mais do que aprovado. Ele precisa entender esse ambiente e tirar proveito disso para sua carreira.

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Se o departamento de fisiologia do clube não foi claro o suficiente para explicar para ele que seu corpo precisava de mais treinos e trabalhos específicos, esse processo tem de melhorar no CT. Mas duvido que tenha sido isso. O colombiano queria jogar mesmo sem ter condições ideais. O futebol brasileiro pode ter todos os defeitos do mundo, e tem muitos, mas ele está bem servido de profissionais nas áreas de recuperação e condicionamento de jogadores. Para suportar 70 ou mais partidas no ano, todos os clubes se reforçaram nesses departamentos. É preciso confiar.

James aprendeu isso da pior maneira possível. Sua partida nesta quarta-feira contra a Inter de Limeira, pelo Paulistão, foi suficiente para os aplausos do torcedor. Ele deu passes e fez gols. Mostrou, como disse, que pode ajudar o São Paulo na temporada. Só precisa ter um ambiente que o acolha. A diretoria tem de fazer sua parte também.

James Rodríguez fez a coisa certa para ele e para o São Paulo desfazendo as malas e repensando seu pedido de deixar o Brasil. Sua decisão de ir embora tinha duas intenções, ambas pressionando a diretoria tricolor. A primeira era receber o que lhe foi prometido em contrato. O futebol brasileiro tem dessas: o prometido nem sempre é cumprido ou atrasa. A segunda era forçar a nova comissão técnica de que ele merecia jogar.

Não fosse um cara de grupo, pelo menos é isso que os outros jogadores falam do meia colombiano, que ele é boa pessoa, seria engolido pelo elenco. Mas isso não aconteceu. Foi entendido que James estava meio solitário e perdido. Ansioso e impaciente. Então, o que a direção do clube fez foi lhe estender a mão, o que deveria ter feito muito antes.

James pode ajudar muito o São Paulo na temporada, claro, se ele primeiramente começar se ajudando. Tem de entender o funcionamento do clube, do técnico Thiago Carpini e dos companheiros do elenco. O grupo é muito forte do meio para frente, com Lucas, Calleri, Luciano, Ferreirinha, Rato... Todos querem e podem jogar. James tem de saber que ele não é melhor do que seus colegas. Está no mesmo nível, se estiver bem treinado e com vontade.

Mesmo afastado das partidas, James Rodríguez nunca deixou de treinar no CT da Barra Funda Foto: Rubens Chiri / São Paulofc.net

Seu jeito de jogar, sim, é diferente. O colombiano é jogador da antiga, mais lento e que faz a bola correr. Valoriza o passe e os lançamentos. Gosta do jogo de aproximação e das tabelas.

Sua permanência depois de dizer que queria a rescisão do contrato passou pela aprovação do presidente Julio Casares, do gerente Muricy Ramalho, da comissão técnica e dos líderes do time no vestiário. Então, James é um jogador mais do que aprovado. Ele precisa entender esse ambiente e tirar proveito disso para sua carreira.

Se o departamento de fisiologia do clube não foi claro o suficiente para explicar para ele que seu corpo precisava de mais treinos e trabalhos específicos, esse processo tem de melhorar no CT. Mas duvido que tenha sido isso. O colombiano queria jogar mesmo sem ter condições ideais. O futebol brasileiro pode ter todos os defeitos do mundo, e tem muitos, mas ele está bem servido de profissionais nas áreas de recuperação e condicionamento de jogadores. Para suportar 70 ou mais partidas no ano, todos os clubes se reforçaram nesses departamentos. É preciso confiar.

James aprendeu isso da pior maneira possível. Sua partida nesta quarta-feira contra a Inter de Limeira, pelo Paulistão, foi suficiente para os aplausos do torcedor. Ele deu passes e fez gols. Mostrou, como disse, que pode ajudar o São Paulo na temporada. Só precisa ter um ambiente que o acolha. A diretoria tem de fazer sua parte também.

James Rodríguez fez a coisa certa para ele e para o São Paulo desfazendo as malas e repensando seu pedido de deixar o Brasil. Sua decisão de ir embora tinha duas intenções, ambas pressionando a diretoria tricolor. A primeira era receber o que lhe foi prometido em contrato. O futebol brasileiro tem dessas: o prometido nem sempre é cumprido ou atrasa. A segunda era forçar a nova comissão técnica de que ele merecia jogar.

Não fosse um cara de grupo, pelo menos é isso que os outros jogadores falam do meia colombiano, que ele é boa pessoa, seria engolido pelo elenco. Mas isso não aconteceu. Foi entendido que James estava meio solitário e perdido. Ansioso e impaciente. Então, o que a direção do clube fez foi lhe estender a mão, o que deveria ter feito muito antes.

James pode ajudar muito o São Paulo na temporada, claro, se ele primeiramente começar se ajudando. Tem de entender o funcionamento do clube, do técnico Thiago Carpini e dos companheiros do elenco. O grupo é muito forte do meio para frente, com Lucas, Calleri, Luciano, Ferreirinha, Rato... Todos querem e podem jogar. James tem de saber que ele não é melhor do que seus colegas. Está no mesmo nível, se estiver bem treinado e com vontade.

Mesmo afastado das partidas, James Rodríguez nunca deixou de treinar no CT da Barra Funda Foto: Rubens Chiri / São Paulofc.net

Seu jeito de jogar, sim, é diferente. O colombiano é jogador da antiga, mais lento e que faz a bola correr. Valoriza o passe e os lançamentos. Gosta do jogo de aproximação e das tabelas.

Sua permanência depois de dizer que queria a rescisão do contrato passou pela aprovação do presidente Julio Casares, do gerente Muricy Ramalho, da comissão técnica e dos líderes do time no vestiário. Então, James é um jogador mais do que aprovado. Ele precisa entender esse ambiente e tirar proveito disso para sua carreira.

Se o departamento de fisiologia do clube não foi claro o suficiente para explicar para ele que seu corpo precisava de mais treinos e trabalhos específicos, esse processo tem de melhorar no CT. Mas duvido que tenha sido isso. O colombiano queria jogar mesmo sem ter condições ideais. O futebol brasileiro pode ter todos os defeitos do mundo, e tem muitos, mas ele está bem servido de profissionais nas áreas de recuperação e condicionamento de jogadores. Para suportar 70 ou mais partidas no ano, todos os clubes se reforçaram nesses departamentos. É preciso confiar.

James aprendeu isso da pior maneira possível. Sua partida nesta quarta-feira contra a Inter de Limeira, pelo Paulistão, foi suficiente para os aplausos do torcedor. Ele deu passes e fez gols. Mostrou, como disse, que pode ajudar o São Paulo na temporada. Só precisa ter um ambiente que o acolha. A diretoria tem de fazer sua parte também.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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