Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|Dirigentes do futebol brasileiro são reprovados na temporada 2023


Cartolas falharam mais do que acertaram, abusaram do direito de demitir treinadores e ‘tiraram’ seus respectivos times do caminho das conquistas e do equilíbrio das contas: foram os grandes fracassados do ano

Por Robson Morelli
Atualização:

É preciso apontar também as falhas do futebol brasileiro após mais uma temporada intensa, com muitas disputas e problemas manjados do torcedor. Se há alguém a fim de melhorar nosso glorioso futebol (não tenho muita certeza de que haja), é sempre bom ajudar. De que forma? Identificando o que deu errado e mostrando caminhos. O futebol tem três etapas: fazer receita, planejar o ano esportivo e executar o que foi planejado. Isso se aplica a todas as partes envolvidas no jogo: entidades, clubes e times.

A temporada 2023 pecou pela gestão de seus dirigentes. Se tivesse de apontar a maior decepção do ano, diria que foi a forma com que presidentes administraram seus clubes. Boa parte deles foi trocada em novas eleições neste mês. Santos, Corinthians e Flamengo deixaram muito a desejar no quesito. Tiveram notas baixíssimas.

Foi uma bagunça sem tamanho o que se viu na Vila Belmiro, no Parque São Jorge e na Gávea. Seus dirigentes se perderam na falta de experiência e de tomar a frente em decisões importantes de vestiário. Abusaram da troca de treinadores. Os paulistas foram péssimos ainda no setor financeiro.

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Andres Rueda teve gestão decepcionante e Santos acabou 2023 rebaixado para a segunda divisão. Foto: Divulgação/Santos FC

Nenhum deles tinha planejamento para o futebol, tampouco planos B e C para o caso de um deles dar errado. Por isso que digo que eleição em clube é coisa séria. É preciso saber escolher e não eleger paraquedistas. Os associados, tomara, tenham aprendido a lição. O presidente precisa ainda ter conhecimento de todos os setores do clube, principalmente do futebol. Tem de saber formar elenco competitivo, movimentar o grupo, não perder oportunidades, vender e comprar atletas na hora certa, gerir a receita de forma responsável (atenção!), de modo a pagar suas dívidas mês a mês, sem atrasar, além de fazer caixa e olhar para o futuro.

Participei de painéis no Estadão sobre ‘combate à corrupção’, mediando uma discussão sobre a Lei Geral do Esporte, que dá mais peso às más administrações esportivas. É preciso cobrar mais dos nossos dirigentes. Não dá para eles abrirem crateras nas finanças e depois passar o bastão para o sucessor pagar as contas e recuperar o clube das lambanças.

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Então, o cartola foi o grande fracassado do futebol brasileiro em 2023. Nem todos, mas a maioria. O dirigente precisa de ajudar, mas também tem de ter humildade, postura, algum talento, mais inteligência e mais responsabilidade, deveres e obrigações no seu trabalho, que para ele nunca parece um trabalho de verdade.

O futebol brasileiro também precisa melhorar o seu calendário, respeitando férias dos jogadores e mais tempo entre um jogo e outro. Não dá para jogar tantas partidas no ano. A Copa do Brasil tem de ser menor, com menos datas, assim como os Estaduais. É preciso acabar com a fase de pré-Libertadores. Os times têm de treinar mais e jogar menos. A CBF e as federações ainda precisam trabalhar nos regulamentos das competições as reclamações excessivas de jogadores e treinadores com a arbitragem. É preciso deixar claro para os profissionais que isso tem de mudar. Ensinar e cobrar. Se não mudar, punir.

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É preciso apontar também as falhas do futebol brasileiro após mais uma temporada intensa, com muitas disputas e problemas manjados do torcedor. Se há alguém a fim de melhorar nosso glorioso futebol (não tenho muita certeza de que haja), é sempre bom ajudar. De que forma? Identificando o que deu errado e mostrando caminhos. O futebol tem três etapas: fazer receita, planejar o ano esportivo e executar o que foi planejado. Isso se aplica a todas as partes envolvidas no jogo: entidades, clubes e times.

A temporada 2023 pecou pela gestão de seus dirigentes. Se tivesse de apontar a maior decepção do ano, diria que foi a forma com que presidentes administraram seus clubes. Boa parte deles foi trocada em novas eleições neste mês. Santos, Corinthians e Flamengo deixaram muito a desejar no quesito. Tiveram notas baixíssimas.

Foi uma bagunça sem tamanho o que se viu na Vila Belmiro, no Parque São Jorge e na Gávea. Seus dirigentes se perderam na falta de experiência e de tomar a frente em decisões importantes de vestiário. Abusaram da troca de treinadores. Os paulistas foram péssimos ainda no setor financeiro.

Andres Rueda teve gestão decepcionante e Santos acabou 2023 rebaixado para a segunda divisão. Foto: Divulgação/Santos FC

Nenhum deles tinha planejamento para o futebol, tampouco planos B e C para o caso de um deles dar errado. Por isso que digo que eleição em clube é coisa séria. É preciso saber escolher e não eleger paraquedistas. Os associados, tomara, tenham aprendido a lição. O presidente precisa ainda ter conhecimento de todos os setores do clube, principalmente do futebol. Tem de saber formar elenco competitivo, movimentar o grupo, não perder oportunidades, vender e comprar atletas na hora certa, gerir a receita de forma responsável (atenção!), de modo a pagar suas dívidas mês a mês, sem atrasar, além de fazer caixa e olhar para o futuro.

Participei de painéis no Estadão sobre ‘combate à corrupção’, mediando uma discussão sobre a Lei Geral do Esporte, que dá mais peso às más administrações esportivas. É preciso cobrar mais dos nossos dirigentes. Não dá para eles abrirem crateras nas finanças e depois passar o bastão para o sucessor pagar as contas e recuperar o clube das lambanças.

Então, o cartola foi o grande fracassado do futebol brasileiro em 2023. Nem todos, mas a maioria. O dirigente precisa de ajudar, mas também tem de ter humildade, postura, algum talento, mais inteligência e mais responsabilidade, deveres e obrigações no seu trabalho, que para ele nunca parece um trabalho de verdade.

O futebol brasileiro também precisa melhorar o seu calendário, respeitando férias dos jogadores e mais tempo entre um jogo e outro. Não dá para jogar tantas partidas no ano. A Copa do Brasil tem de ser menor, com menos datas, assim como os Estaduais. É preciso acabar com a fase de pré-Libertadores. Os times têm de treinar mais e jogar menos. A CBF e as federações ainda precisam trabalhar nos regulamentos das competições as reclamações excessivas de jogadores e treinadores com a arbitragem. É preciso deixar claro para os profissionais que isso tem de mudar. Ensinar e cobrar. Se não mudar, punir.

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É preciso apontar também as falhas do futebol brasileiro após mais uma temporada intensa, com muitas disputas e problemas manjados do torcedor. Se há alguém a fim de melhorar nosso glorioso futebol (não tenho muita certeza de que haja), é sempre bom ajudar. De que forma? Identificando o que deu errado e mostrando caminhos. O futebol tem três etapas: fazer receita, planejar o ano esportivo e executar o que foi planejado. Isso se aplica a todas as partes envolvidas no jogo: entidades, clubes e times.

A temporada 2023 pecou pela gestão de seus dirigentes. Se tivesse de apontar a maior decepção do ano, diria que foi a forma com que presidentes administraram seus clubes. Boa parte deles foi trocada em novas eleições neste mês. Santos, Corinthians e Flamengo deixaram muito a desejar no quesito. Tiveram notas baixíssimas.

Foi uma bagunça sem tamanho o que se viu na Vila Belmiro, no Parque São Jorge e na Gávea. Seus dirigentes se perderam na falta de experiência e de tomar a frente em decisões importantes de vestiário. Abusaram da troca de treinadores. Os paulistas foram péssimos ainda no setor financeiro.

Andres Rueda teve gestão decepcionante e Santos acabou 2023 rebaixado para a segunda divisão. Foto: Divulgação/Santos FC

Nenhum deles tinha planejamento para o futebol, tampouco planos B e C para o caso de um deles dar errado. Por isso que digo que eleição em clube é coisa séria. É preciso saber escolher e não eleger paraquedistas. Os associados, tomara, tenham aprendido a lição. O presidente precisa ainda ter conhecimento de todos os setores do clube, principalmente do futebol. Tem de saber formar elenco competitivo, movimentar o grupo, não perder oportunidades, vender e comprar atletas na hora certa, gerir a receita de forma responsável (atenção!), de modo a pagar suas dívidas mês a mês, sem atrasar, além de fazer caixa e olhar para o futuro.

Participei de painéis no Estadão sobre ‘combate à corrupção’, mediando uma discussão sobre a Lei Geral do Esporte, que dá mais peso às más administrações esportivas. É preciso cobrar mais dos nossos dirigentes. Não dá para eles abrirem crateras nas finanças e depois passar o bastão para o sucessor pagar as contas e recuperar o clube das lambanças.

Então, o cartola foi o grande fracassado do futebol brasileiro em 2023. Nem todos, mas a maioria. O dirigente precisa de ajudar, mas também tem de ter humildade, postura, algum talento, mais inteligência e mais responsabilidade, deveres e obrigações no seu trabalho, que para ele nunca parece um trabalho de verdade.

O futebol brasileiro também precisa melhorar o seu calendário, respeitando férias dos jogadores e mais tempo entre um jogo e outro. Não dá para jogar tantas partidas no ano. A Copa do Brasil tem de ser menor, com menos datas, assim como os Estaduais. É preciso acabar com a fase de pré-Libertadores. Os times têm de treinar mais e jogar menos. A CBF e as federações ainda precisam trabalhar nos regulamentos das competições as reclamações excessivas de jogadores e treinadores com a arbitragem. É preciso deixar claro para os profissionais que isso tem de mudar. Ensinar e cobrar. Se não mudar, punir.

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É preciso apontar também as falhas do futebol brasileiro após mais uma temporada intensa, com muitas disputas e problemas manjados do torcedor. Se há alguém a fim de melhorar nosso glorioso futebol (não tenho muita certeza de que haja), é sempre bom ajudar. De que forma? Identificando o que deu errado e mostrando caminhos. O futebol tem três etapas: fazer receita, planejar o ano esportivo e executar o que foi planejado. Isso se aplica a todas as partes envolvidas no jogo: entidades, clubes e times.

A temporada 2023 pecou pela gestão de seus dirigentes. Se tivesse de apontar a maior decepção do ano, diria que foi a forma com que presidentes administraram seus clubes. Boa parte deles foi trocada em novas eleições neste mês. Santos, Corinthians e Flamengo deixaram muito a desejar no quesito. Tiveram notas baixíssimas.

Foi uma bagunça sem tamanho o que se viu na Vila Belmiro, no Parque São Jorge e na Gávea. Seus dirigentes se perderam na falta de experiência e de tomar a frente em decisões importantes de vestiário. Abusaram da troca de treinadores. Os paulistas foram péssimos ainda no setor financeiro.

Andres Rueda teve gestão decepcionante e Santos acabou 2023 rebaixado para a segunda divisão. Foto: Divulgação/Santos FC

Nenhum deles tinha planejamento para o futebol, tampouco planos B e C para o caso de um deles dar errado. Por isso que digo que eleição em clube é coisa séria. É preciso saber escolher e não eleger paraquedistas. Os associados, tomara, tenham aprendido a lição. O presidente precisa ainda ter conhecimento de todos os setores do clube, principalmente do futebol. Tem de saber formar elenco competitivo, movimentar o grupo, não perder oportunidades, vender e comprar atletas na hora certa, gerir a receita de forma responsável (atenção!), de modo a pagar suas dívidas mês a mês, sem atrasar, além de fazer caixa e olhar para o futuro.

Participei de painéis no Estadão sobre ‘combate à corrupção’, mediando uma discussão sobre a Lei Geral do Esporte, que dá mais peso às más administrações esportivas. É preciso cobrar mais dos nossos dirigentes. Não dá para eles abrirem crateras nas finanças e depois passar o bastão para o sucessor pagar as contas e recuperar o clube das lambanças.

Então, o cartola foi o grande fracassado do futebol brasileiro em 2023. Nem todos, mas a maioria. O dirigente precisa de ajudar, mas também tem de ter humildade, postura, algum talento, mais inteligência e mais responsabilidade, deveres e obrigações no seu trabalho, que para ele nunca parece um trabalho de verdade.

O futebol brasileiro também precisa melhorar o seu calendário, respeitando férias dos jogadores e mais tempo entre um jogo e outro. Não dá para jogar tantas partidas no ano. A Copa do Brasil tem de ser menor, com menos datas, assim como os Estaduais. É preciso acabar com a fase de pré-Libertadores. Os times têm de treinar mais e jogar menos. A CBF e as federações ainda precisam trabalhar nos regulamentos das competições as reclamações excessivas de jogadores e treinadores com a arbitragem. É preciso deixar claro para os profissionais que isso tem de mudar. Ensinar e cobrar. Se não mudar, punir.

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Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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