Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|Mano vai ter de voltar ao problema com Yuri Alberto para não perder o vestiário corintiano


Tabu de dez anos cai um jogo após treinador ter xingado o atacante de “burro”; time alvinegro não jogou para manter a invencibilidade em Itaquera, claro, sem tirar todos os méritos do São Paulo do raçudo Calleri

Por Robson Morelli
Atualização:

Mano Menezes terá de trabalhar muito para arrumar o Corinthians. E também para recuperar a confiança e o respeito dos jogadores. O elenco não vai correr pelo técnico, como todos viram no primeiro tempo da partida contra o São Paulo em Itaquera. Todas as bolas divididas eram do time visitante que buscava quebrar um tabu de nunca ter vencido na casa do rival. O São Paulo só fez perder ou empatar na Neo Química Arena em 18 partidas. O tabu caiu um jogo depois de Mano ter xingado Yuri Alberto de “burro” e tentado se explicar, o que ninguém entendeu direito. Há coisas que não pertencem mais ao futebol nem à sociedade, como treinador xingar jogador.

Duvido que o vestiário do Corinthians tenha recebido isso numa boa, o xingamento e as desculpas. Pelo que correu contra o São Paulo, acredito que não. Há regras e leis não oficializadas no futebol. O grupo conversa entre si. Foi com Yuri Alberto, mas poderia ter sido com qualquer outro do elenco. É assim que o jogador pensa. Já ouvi isso da boca de muitos deles.

Mano Menezes vai ter de trabalhar muito para melhorar o Corinthians e ter novamente o elenco em suas mãos Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians
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Mano, malandro que é, deveria sacar isso. Ele é rodado. Não é um novato. Tinha de reunir todos e pedir desculpas no primeiro treino da semana. Não vi o Corinthians se matando para manter o tabu em casa. Não na maior parte da disputa. Era importante, como foi na última partida entre ambos. Em alguns momentos do jogo, Mano ficou isolado no banco de reservas.

Depois da expulsão, que custei a ver na transmissão, o jogo ficou muito mais difícil para o Corinthians, de modo que qualquer avaliação depois do vermelho de Caetano já não era mais possível de ser feita. Mesmo assim, o time teve ainda alguns lampejos e chances de gols. Muito menos do que se esperava ou do que foi o time nas outras 18 partidas contra seu rival paulista. O clima só esquentou quando a molecada da Copinha entrou e o garoto Arthur diminuiu a vantagem tricolor para 2 a 1. A partir daí, nos minutos finais, o jogo ficou franco, mas demorou para isso acontecer.

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O Corinthians não jogou para manter a invencibilidade, que era importante para dar confiança ao time em formação neste começo de Paulistão. Para mim, está claro que ficaram arestas para serem aparadas depois de Mano xingar seu atacante. Yuri Alberto não é mau jogador, mas há tempo ele joga isolado no ataque. Desde que chegou ao Corinthians, ele se esforça. Não merecia ser tratado pelo treinador como foi. Suas más apresentações pelos esquemas montados e por causa de alguns erros em campo fazem o torcedor pegar no seu pé. Ele foi vaiado ao deixar o jogo nesta terça. Muitos torcedores deixaram o estádio antes do fim da partida.

Se Mano não voltar ao assunto de Yuri e tentar zerar com o elenco no vestiário, se expondo e baixando a cabeça por causa do que fez, ele vai perder o time. A diretoria deve ter percebido isso. Precisa agir para reatar as partes. É para isso que servem os dirigentes: apaziguar e não deixar que o foco se alastre.

Vi mais problemas no Corinthians do que méritos no São Paulo, embora o gol de Calleri tenha sido de muita categoria e raça. Levou a bola e a marcação no peito para marcar. Uma zaga concentrada e comprometida teria aliviado e evitado o gol. Vi dessa forma. Não sei se o torcedor também enxergou esse problema no Corinthians. Estou longe de querer tirar os méritos do tricolor de Carpini. Foi a primeira vitória em Itaquera para ser lembrada. O tabu caiu depois de dez anos.

Mano Menezes terá de trabalhar muito para arrumar o Corinthians. E também para recuperar a confiança e o respeito dos jogadores. O elenco não vai correr pelo técnico, como todos viram no primeiro tempo da partida contra o São Paulo em Itaquera. Todas as bolas divididas eram do time visitante que buscava quebrar um tabu de nunca ter vencido na casa do rival. O São Paulo só fez perder ou empatar na Neo Química Arena em 18 partidas. O tabu caiu um jogo depois de Mano ter xingado Yuri Alberto de “burro” e tentado se explicar, o que ninguém entendeu direito. Há coisas que não pertencem mais ao futebol nem à sociedade, como treinador xingar jogador.

Duvido que o vestiário do Corinthians tenha recebido isso numa boa, o xingamento e as desculpas. Pelo que correu contra o São Paulo, acredito que não. Há regras e leis não oficializadas no futebol. O grupo conversa entre si. Foi com Yuri Alberto, mas poderia ter sido com qualquer outro do elenco. É assim que o jogador pensa. Já ouvi isso da boca de muitos deles.

Mano Menezes vai ter de trabalhar muito para melhorar o Corinthians e ter novamente o elenco em suas mãos Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians

Mano, malandro que é, deveria sacar isso. Ele é rodado. Não é um novato. Tinha de reunir todos e pedir desculpas no primeiro treino da semana. Não vi o Corinthians se matando para manter o tabu em casa. Não na maior parte da disputa. Era importante, como foi na última partida entre ambos. Em alguns momentos do jogo, Mano ficou isolado no banco de reservas.

Depois da expulsão, que custei a ver na transmissão, o jogo ficou muito mais difícil para o Corinthians, de modo que qualquer avaliação depois do vermelho de Caetano já não era mais possível de ser feita. Mesmo assim, o time teve ainda alguns lampejos e chances de gols. Muito menos do que se esperava ou do que foi o time nas outras 18 partidas contra seu rival paulista. O clima só esquentou quando a molecada da Copinha entrou e o garoto Arthur diminuiu a vantagem tricolor para 2 a 1. A partir daí, nos minutos finais, o jogo ficou franco, mas demorou para isso acontecer.

O Corinthians não jogou para manter a invencibilidade, que era importante para dar confiança ao time em formação neste começo de Paulistão. Para mim, está claro que ficaram arestas para serem aparadas depois de Mano xingar seu atacante. Yuri Alberto não é mau jogador, mas há tempo ele joga isolado no ataque. Desde que chegou ao Corinthians, ele se esforça. Não merecia ser tratado pelo treinador como foi. Suas más apresentações pelos esquemas montados e por causa de alguns erros em campo fazem o torcedor pegar no seu pé. Ele foi vaiado ao deixar o jogo nesta terça. Muitos torcedores deixaram o estádio antes do fim da partida.

Se Mano não voltar ao assunto de Yuri e tentar zerar com o elenco no vestiário, se expondo e baixando a cabeça por causa do que fez, ele vai perder o time. A diretoria deve ter percebido isso. Precisa agir para reatar as partes. É para isso que servem os dirigentes: apaziguar e não deixar que o foco se alastre.

Vi mais problemas no Corinthians do que méritos no São Paulo, embora o gol de Calleri tenha sido de muita categoria e raça. Levou a bola e a marcação no peito para marcar. Uma zaga concentrada e comprometida teria aliviado e evitado o gol. Vi dessa forma. Não sei se o torcedor também enxergou esse problema no Corinthians. Estou longe de querer tirar os méritos do tricolor de Carpini. Foi a primeira vitória em Itaquera para ser lembrada. O tabu caiu depois de dez anos.

Mano Menezes terá de trabalhar muito para arrumar o Corinthians. E também para recuperar a confiança e o respeito dos jogadores. O elenco não vai correr pelo técnico, como todos viram no primeiro tempo da partida contra o São Paulo em Itaquera. Todas as bolas divididas eram do time visitante que buscava quebrar um tabu de nunca ter vencido na casa do rival. O São Paulo só fez perder ou empatar na Neo Química Arena em 18 partidas. O tabu caiu um jogo depois de Mano ter xingado Yuri Alberto de “burro” e tentado se explicar, o que ninguém entendeu direito. Há coisas que não pertencem mais ao futebol nem à sociedade, como treinador xingar jogador.

Duvido que o vestiário do Corinthians tenha recebido isso numa boa, o xingamento e as desculpas. Pelo que correu contra o São Paulo, acredito que não. Há regras e leis não oficializadas no futebol. O grupo conversa entre si. Foi com Yuri Alberto, mas poderia ter sido com qualquer outro do elenco. É assim que o jogador pensa. Já ouvi isso da boca de muitos deles.

Mano Menezes vai ter de trabalhar muito para melhorar o Corinthians e ter novamente o elenco em suas mãos Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians

Mano, malandro que é, deveria sacar isso. Ele é rodado. Não é um novato. Tinha de reunir todos e pedir desculpas no primeiro treino da semana. Não vi o Corinthians se matando para manter o tabu em casa. Não na maior parte da disputa. Era importante, como foi na última partida entre ambos. Em alguns momentos do jogo, Mano ficou isolado no banco de reservas.

Depois da expulsão, que custei a ver na transmissão, o jogo ficou muito mais difícil para o Corinthians, de modo que qualquer avaliação depois do vermelho de Caetano já não era mais possível de ser feita. Mesmo assim, o time teve ainda alguns lampejos e chances de gols. Muito menos do que se esperava ou do que foi o time nas outras 18 partidas contra seu rival paulista. O clima só esquentou quando a molecada da Copinha entrou e o garoto Arthur diminuiu a vantagem tricolor para 2 a 1. A partir daí, nos minutos finais, o jogo ficou franco, mas demorou para isso acontecer.

O Corinthians não jogou para manter a invencibilidade, que era importante para dar confiança ao time em formação neste começo de Paulistão. Para mim, está claro que ficaram arestas para serem aparadas depois de Mano xingar seu atacante. Yuri Alberto não é mau jogador, mas há tempo ele joga isolado no ataque. Desde que chegou ao Corinthians, ele se esforça. Não merecia ser tratado pelo treinador como foi. Suas más apresentações pelos esquemas montados e por causa de alguns erros em campo fazem o torcedor pegar no seu pé. Ele foi vaiado ao deixar o jogo nesta terça. Muitos torcedores deixaram o estádio antes do fim da partida.

Se Mano não voltar ao assunto de Yuri e tentar zerar com o elenco no vestiário, se expondo e baixando a cabeça por causa do que fez, ele vai perder o time. A diretoria deve ter percebido isso. Precisa agir para reatar as partes. É para isso que servem os dirigentes: apaziguar e não deixar que o foco se alastre.

Vi mais problemas no Corinthians do que méritos no São Paulo, embora o gol de Calleri tenha sido de muita categoria e raça. Levou a bola e a marcação no peito para marcar. Uma zaga concentrada e comprometida teria aliviado e evitado o gol. Vi dessa forma. Não sei se o torcedor também enxergou esse problema no Corinthians. Estou longe de querer tirar os méritos do tricolor de Carpini. Foi a primeira vitória em Itaquera para ser lembrada. O tabu caiu depois de dez anos.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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