Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|O desespero de Daniel Alves à espera da sentença e seu plano fracassado de fugir da Espanha


Jogador brasileiro faz presídio na Espanha acionar protocolo extremo para que ele não cometa nenhum movimento contra a própria vida enquanto espera decisão dos juízes após julgamento de três dias

Por Robson Morelli
Atualização:

Alerta: a reportagem abaixo trata de temas como suicídio e transtornos mentais. Se você está passando por problemas, veja ao final do texto onde buscar ajuda.

Daniel Alves está desesperado. Acusado de estupro e detido por mais de um ano em Barcelona, o jogador que já foi da seleção brasileira terá sua sentença conhecida em breve após três dias de julgamento em que a defesa não viu forças para obter a absolvição do seu cliente. Na Espanha, ninguém duvida que Daniel Alves será condenado e ficará preso até cumprir sua pena. De acordo com relato da jornalista espanhola Silvia Álamo, da Telecinco, o jogador brasileiro tinha um plano de fuga para o Brasil assim que a Justiça da Espanha o liberasse para responder ao processo em liberdade. Por isso que todos os seus pedidos nesse sentido foram negados.

Não se sabe se os advogados de Daniel Alves sabiam de sua intenção. Foi jurado de pés juntos pelos advogados de defesa que o brasileiro permaneceria em Barcelona se ganhasse a liberdade. Agora se sabe que tudo não passava de uma armação para que Daniel tomasse o caminho de volta ao Brasil a fim de ter sua pena, em caso de condenação, ignorada pela Justiça brasileira devido lei de “não extradição”. Brasileiros condenados no exterior não podem ter a pena cumprida no Brasil. É o que acontece com Robinho, acusado, julgado e condenado a nove anos pelo mesmo crime, estupro. Mas como ele já estava em Santos quando foi condenado na Itália, Robinho está livre em sua casa na Baixada.

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Daniel Alves no banco dos réus na Espanha em julgamento por agressão sexual. Foto: David ZORRAKINO / POOL / AFP

Há uma intenção dos magistrados brasileiros de que Robinho pague a pena no País. Mas isso não passa de uma intenção. Daniel faria a mesma coisa. Fugiria da Espanha por algum caminho alternativo, uma vez que teria de entregar seu passaporte, e se livraria da pena se fosse condenado. Esse era o plano desde o começo.

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Também já aconteceu com dirigentes da CBF. Em 2015, Marco Polo del Nero escapou daquela ação nos EUA contra membros da Fifa no caso que ficou conhecido como Fifagate. Del Nero fugiu pelos fundos do hotel onde a família Fifa fazia seu evento anual. Não se sabe como ele fugir e só voltou a dormir no Brasil. Não foi condenado. Desde então, nunca mais deixou o País. José Maria Marin, também da CBF e ex-governador de São Paulo, não teve a mesma sorte. Foi detido, julgado, condenado e preso nos Estados Unidos.

Daniel está preso. É dessa forma que ele espera sua sentença. Pode ser de seis anos, nove anos ou até 12 anos. Poucos acreditam na absolvição. A defesa propôs acordo de um ano e mais indenização à vítima. Foi recusado. Ele já passou 13 meses atrás das grades. Esse tempo será descontado da pena em caso de condenação. Sua mãe e seu irmão são as duas pessoas com quem ele pode contar. A mulher Joana Sanz se separou dele e depois voltou durante o processo. A mãe dos seus filhos chegou a delatar depoimentos controversos combinados com a defesa para tentar ajudar Daniel. Uma dessas “mentiras” era voltar a morar em Barcelona e colocar os filhos na escola para comprovar que Daniel tinha lugar para morar e que não fugiria. Agora, sabe-se que isso não era bem verdade. E que tudo era uma armação.

Os amigos de Daniel Alves do futebol desapareceram. Ele está mais magro. No julgamento, aparentava estar mais fraco e triste. Usava a barba por fazer. Em reportagens da Espanha, tempos atrás, presos do mesmo presídio em que Daniel Alves está desde 20 de janeiro de 2023 disseram que ele sofria perseguições e que não deixava a cela. Viveu dias de depressão.

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A vida de Daniel se transformou em um ano. Em dezembro de 2022, ele estava defendendo o Brasil numa Copa do Mundo. Era homem de confiança de Tite. Um mês depois, estava preso. Teve seu contrato com o Pumas, do México, rompido e nunca mais deixou a prisão desde então.

Seus depoimentos foram fatais para a opinião público desconfiar de sua história. O jogador disse que não conhecia a mulher que o acusava de estupro. Depois, disse que o ato foi feito com consentimento dela. Depois ainda, disse que estava bêbado. Daniel aguarda pela sentença em sua cela. Há indícios de que ele possa se ferir enquanto espera. No presídio Brians, em Barcelona, há um procedimento dos carcereiros quando um preso pode agir contra sua própria vida. Depois do julgamento há duas semanas, o presídio se valeu desse protocolo para “vigiar” Daniel Alves.

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Onde buscar ajuda?

Se você está passando por sofrimento psíquico ou conhece alguém nessa situação, veja abaixo onde encontrar ajuda:

Centro de Valorização da Vida (CVV)

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Se estiver precisando de ajuda imediata, entre em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV), serviço gratuito de apoio emocional que disponibiliza atendimento 24 horas por dia. O contato pode ser feito por e-mail, pelo chat no site ou pelo telefone 188.

Canal Pode Falar

Iniciativa criada pelo Unicef para oferecer escuta para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. O contato com o Canal Pode Falar pode ser feito pelo WhatsApp, de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h.

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SUS

Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) são unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) voltadas para o atendimento de pacientes com transtornos mentais. Há unidades específicas para crianças e adolescentes. Na cidade de São Paulo, são 33 Caps Infantojuventis e é possível buscar os endereços das unidades nesta página.

Mapa da Saúde Mental

O site Mapa da Saúde Mental traz mapas com unidades de saúde e iniciativas gratuitas de atendimento psicológico presencial e online. Disponibiliza ainda materiais de orientação sobre transtornos mentais.

Alerta: a reportagem abaixo trata de temas como suicídio e transtornos mentais. Se você está passando por problemas, veja ao final do texto onde buscar ajuda.

Daniel Alves está desesperado. Acusado de estupro e detido por mais de um ano em Barcelona, o jogador que já foi da seleção brasileira terá sua sentença conhecida em breve após três dias de julgamento em que a defesa não viu forças para obter a absolvição do seu cliente. Na Espanha, ninguém duvida que Daniel Alves será condenado e ficará preso até cumprir sua pena. De acordo com relato da jornalista espanhola Silvia Álamo, da Telecinco, o jogador brasileiro tinha um plano de fuga para o Brasil assim que a Justiça da Espanha o liberasse para responder ao processo em liberdade. Por isso que todos os seus pedidos nesse sentido foram negados.

Não se sabe se os advogados de Daniel Alves sabiam de sua intenção. Foi jurado de pés juntos pelos advogados de defesa que o brasileiro permaneceria em Barcelona se ganhasse a liberdade. Agora se sabe que tudo não passava de uma armação para que Daniel tomasse o caminho de volta ao Brasil a fim de ter sua pena, em caso de condenação, ignorada pela Justiça brasileira devido lei de “não extradição”. Brasileiros condenados no exterior não podem ter a pena cumprida no Brasil. É o que acontece com Robinho, acusado, julgado e condenado a nove anos pelo mesmo crime, estupro. Mas como ele já estava em Santos quando foi condenado na Itália, Robinho está livre em sua casa na Baixada.

Daniel Alves no banco dos réus na Espanha em julgamento por agressão sexual. Foto: David ZORRAKINO / POOL / AFP

Há uma intenção dos magistrados brasileiros de que Robinho pague a pena no País. Mas isso não passa de uma intenção. Daniel faria a mesma coisa. Fugiria da Espanha por algum caminho alternativo, uma vez que teria de entregar seu passaporte, e se livraria da pena se fosse condenado. Esse era o plano desde o começo.

Também já aconteceu com dirigentes da CBF. Em 2015, Marco Polo del Nero escapou daquela ação nos EUA contra membros da Fifa no caso que ficou conhecido como Fifagate. Del Nero fugiu pelos fundos do hotel onde a família Fifa fazia seu evento anual. Não se sabe como ele fugir e só voltou a dormir no Brasil. Não foi condenado. Desde então, nunca mais deixou o País. José Maria Marin, também da CBF e ex-governador de São Paulo, não teve a mesma sorte. Foi detido, julgado, condenado e preso nos Estados Unidos.

Daniel está preso. É dessa forma que ele espera sua sentença. Pode ser de seis anos, nove anos ou até 12 anos. Poucos acreditam na absolvição. A defesa propôs acordo de um ano e mais indenização à vítima. Foi recusado. Ele já passou 13 meses atrás das grades. Esse tempo será descontado da pena em caso de condenação. Sua mãe e seu irmão são as duas pessoas com quem ele pode contar. A mulher Joana Sanz se separou dele e depois voltou durante o processo. A mãe dos seus filhos chegou a delatar depoimentos controversos combinados com a defesa para tentar ajudar Daniel. Uma dessas “mentiras” era voltar a morar em Barcelona e colocar os filhos na escola para comprovar que Daniel tinha lugar para morar e que não fugiria. Agora, sabe-se que isso não era bem verdade. E que tudo era uma armação.

Os amigos de Daniel Alves do futebol desapareceram. Ele está mais magro. No julgamento, aparentava estar mais fraco e triste. Usava a barba por fazer. Em reportagens da Espanha, tempos atrás, presos do mesmo presídio em que Daniel Alves está desde 20 de janeiro de 2023 disseram que ele sofria perseguições e que não deixava a cela. Viveu dias de depressão.

A vida de Daniel se transformou em um ano. Em dezembro de 2022, ele estava defendendo o Brasil numa Copa do Mundo. Era homem de confiança de Tite. Um mês depois, estava preso. Teve seu contrato com o Pumas, do México, rompido e nunca mais deixou a prisão desde então.

Seus depoimentos foram fatais para a opinião público desconfiar de sua história. O jogador disse que não conhecia a mulher que o acusava de estupro. Depois, disse que o ato foi feito com consentimento dela. Depois ainda, disse que estava bêbado. Daniel aguarda pela sentença em sua cela. Há indícios de que ele possa se ferir enquanto espera. No presídio Brians, em Barcelona, há um procedimento dos carcereiros quando um preso pode agir contra sua própria vida. Depois do julgamento há duas semanas, o presídio se valeu desse protocolo para “vigiar” Daniel Alves.

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Canal Pode Falar

Iniciativa criada pelo Unicef para oferecer escuta para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. O contato com o Canal Pode Falar pode ser feito pelo WhatsApp, de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h.

SUS

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Mapa da Saúde Mental

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Alerta: a reportagem abaixo trata de temas como suicídio e transtornos mentais. Se você está passando por problemas, veja ao final do texto onde buscar ajuda.

Daniel Alves está desesperado. Acusado de estupro e detido por mais de um ano em Barcelona, o jogador que já foi da seleção brasileira terá sua sentença conhecida em breve após três dias de julgamento em que a defesa não viu forças para obter a absolvição do seu cliente. Na Espanha, ninguém duvida que Daniel Alves será condenado e ficará preso até cumprir sua pena. De acordo com relato da jornalista espanhola Silvia Álamo, da Telecinco, o jogador brasileiro tinha um plano de fuga para o Brasil assim que a Justiça da Espanha o liberasse para responder ao processo em liberdade. Por isso que todos os seus pedidos nesse sentido foram negados.

Não se sabe se os advogados de Daniel Alves sabiam de sua intenção. Foi jurado de pés juntos pelos advogados de defesa que o brasileiro permaneceria em Barcelona se ganhasse a liberdade. Agora se sabe que tudo não passava de uma armação para que Daniel tomasse o caminho de volta ao Brasil a fim de ter sua pena, em caso de condenação, ignorada pela Justiça brasileira devido lei de “não extradição”. Brasileiros condenados no exterior não podem ter a pena cumprida no Brasil. É o que acontece com Robinho, acusado, julgado e condenado a nove anos pelo mesmo crime, estupro. Mas como ele já estava em Santos quando foi condenado na Itália, Robinho está livre em sua casa na Baixada.

Daniel Alves no banco dos réus na Espanha em julgamento por agressão sexual. Foto: David ZORRAKINO / POOL / AFP

Há uma intenção dos magistrados brasileiros de que Robinho pague a pena no País. Mas isso não passa de uma intenção. Daniel faria a mesma coisa. Fugiria da Espanha por algum caminho alternativo, uma vez que teria de entregar seu passaporte, e se livraria da pena se fosse condenado. Esse era o plano desde o começo.

Também já aconteceu com dirigentes da CBF. Em 2015, Marco Polo del Nero escapou daquela ação nos EUA contra membros da Fifa no caso que ficou conhecido como Fifagate. Del Nero fugiu pelos fundos do hotel onde a família Fifa fazia seu evento anual. Não se sabe como ele fugir e só voltou a dormir no Brasil. Não foi condenado. Desde então, nunca mais deixou o País. José Maria Marin, também da CBF e ex-governador de São Paulo, não teve a mesma sorte. Foi detido, julgado, condenado e preso nos Estados Unidos.

Daniel está preso. É dessa forma que ele espera sua sentença. Pode ser de seis anos, nove anos ou até 12 anos. Poucos acreditam na absolvição. A defesa propôs acordo de um ano e mais indenização à vítima. Foi recusado. Ele já passou 13 meses atrás das grades. Esse tempo será descontado da pena em caso de condenação. Sua mãe e seu irmão são as duas pessoas com quem ele pode contar. A mulher Joana Sanz se separou dele e depois voltou durante o processo. A mãe dos seus filhos chegou a delatar depoimentos controversos combinados com a defesa para tentar ajudar Daniel. Uma dessas “mentiras” era voltar a morar em Barcelona e colocar os filhos na escola para comprovar que Daniel tinha lugar para morar e que não fugiria. Agora, sabe-se que isso não era bem verdade. E que tudo era uma armação.

Os amigos de Daniel Alves do futebol desapareceram. Ele está mais magro. No julgamento, aparentava estar mais fraco e triste. Usava a barba por fazer. Em reportagens da Espanha, tempos atrás, presos do mesmo presídio em que Daniel Alves está desde 20 de janeiro de 2023 disseram que ele sofria perseguições e que não deixava a cela. Viveu dias de depressão.

A vida de Daniel se transformou em um ano. Em dezembro de 2022, ele estava defendendo o Brasil numa Copa do Mundo. Era homem de confiança de Tite. Um mês depois, estava preso. Teve seu contrato com o Pumas, do México, rompido e nunca mais deixou a prisão desde então.

Seus depoimentos foram fatais para a opinião público desconfiar de sua história. O jogador disse que não conhecia a mulher que o acusava de estupro. Depois, disse que o ato foi feito com consentimento dela. Depois ainda, disse que estava bêbado. Daniel aguarda pela sentença em sua cela. Há indícios de que ele possa se ferir enquanto espera. No presídio Brians, em Barcelona, há um procedimento dos carcereiros quando um preso pode agir contra sua própria vida. Depois do julgamento há duas semanas, o presídio se valeu desse protocolo para “vigiar” Daniel Alves.

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Alerta: a reportagem abaixo trata de temas como suicídio e transtornos mentais. Se você está passando por problemas, veja ao final do texto onde buscar ajuda.

Daniel Alves está desesperado. Acusado de estupro e detido por mais de um ano em Barcelona, o jogador que já foi da seleção brasileira terá sua sentença conhecida em breve após três dias de julgamento em que a defesa não viu forças para obter a absolvição do seu cliente. Na Espanha, ninguém duvida que Daniel Alves será condenado e ficará preso até cumprir sua pena. De acordo com relato da jornalista espanhola Silvia Álamo, da Telecinco, o jogador brasileiro tinha um plano de fuga para o Brasil assim que a Justiça da Espanha o liberasse para responder ao processo em liberdade. Por isso que todos os seus pedidos nesse sentido foram negados.

Não se sabe se os advogados de Daniel Alves sabiam de sua intenção. Foi jurado de pés juntos pelos advogados de defesa que o brasileiro permaneceria em Barcelona se ganhasse a liberdade. Agora se sabe que tudo não passava de uma armação para que Daniel tomasse o caminho de volta ao Brasil a fim de ter sua pena, em caso de condenação, ignorada pela Justiça brasileira devido lei de “não extradição”. Brasileiros condenados no exterior não podem ter a pena cumprida no Brasil. É o que acontece com Robinho, acusado, julgado e condenado a nove anos pelo mesmo crime, estupro. Mas como ele já estava em Santos quando foi condenado na Itália, Robinho está livre em sua casa na Baixada.

Daniel Alves no banco dos réus na Espanha em julgamento por agressão sexual. Foto: David ZORRAKINO / POOL / AFP

Há uma intenção dos magistrados brasileiros de que Robinho pague a pena no País. Mas isso não passa de uma intenção. Daniel faria a mesma coisa. Fugiria da Espanha por algum caminho alternativo, uma vez que teria de entregar seu passaporte, e se livraria da pena se fosse condenado. Esse era o plano desde o começo.

Também já aconteceu com dirigentes da CBF. Em 2015, Marco Polo del Nero escapou daquela ação nos EUA contra membros da Fifa no caso que ficou conhecido como Fifagate. Del Nero fugiu pelos fundos do hotel onde a família Fifa fazia seu evento anual. Não se sabe como ele fugir e só voltou a dormir no Brasil. Não foi condenado. Desde então, nunca mais deixou o País. José Maria Marin, também da CBF e ex-governador de São Paulo, não teve a mesma sorte. Foi detido, julgado, condenado e preso nos Estados Unidos.

Daniel está preso. É dessa forma que ele espera sua sentença. Pode ser de seis anos, nove anos ou até 12 anos. Poucos acreditam na absolvição. A defesa propôs acordo de um ano e mais indenização à vítima. Foi recusado. Ele já passou 13 meses atrás das grades. Esse tempo será descontado da pena em caso de condenação. Sua mãe e seu irmão são as duas pessoas com quem ele pode contar. A mulher Joana Sanz se separou dele e depois voltou durante o processo. A mãe dos seus filhos chegou a delatar depoimentos controversos combinados com a defesa para tentar ajudar Daniel. Uma dessas “mentiras” era voltar a morar em Barcelona e colocar os filhos na escola para comprovar que Daniel tinha lugar para morar e que não fugiria. Agora, sabe-se que isso não era bem verdade. E que tudo era uma armação.

Os amigos de Daniel Alves do futebol desapareceram. Ele está mais magro. No julgamento, aparentava estar mais fraco e triste. Usava a barba por fazer. Em reportagens da Espanha, tempos atrás, presos do mesmo presídio em que Daniel Alves está desde 20 de janeiro de 2023 disseram que ele sofria perseguições e que não deixava a cela. Viveu dias de depressão.

A vida de Daniel se transformou em um ano. Em dezembro de 2022, ele estava defendendo o Brasil numa Copa do Mundo. Era homem de confiança de Tite. Um mês depois, estava preso. Teve seu contrato com o Pumas, do México, rompido e nunca mais deixou a prisão desde então.

Seus depoimentos foram fatais para a opinião público desconfiar de sua história. O jogador disse que não conhecia a mulher que o acusava de estupro. Depois, disse que o ato foi feito com consentimento dela. Depois ainda, disse que estava bêbado. Daniel aguarda pela sentença em sua cela. Há indícios de que ele possa se ferir enquanto espera. No presídio Brians, em Barcelona, há um procedimento dos carcereiros quando um preso pode agir contra sua própria vida. Depois do julgamento há duas semanas, o presídio se valeu desse protocolo para “vigiar” Daniel Alves.

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Mapa da Saúde Mental

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Daniel Alves no banco dos réus na Espanha em julgamento por agressão sexual. Foto: David ZORRAKINO / POOL / AFP

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Daniel está preso. É dessa forma que ele espera sua sentença. Pode ser de seis anos, nove anos ou até 12 anos. Poucos acreditam na absolvição. A defesa propôs acordo de um ano e mais indenização à vítima. Foi recusado. Ele já passou 13 meses atrás das grades. Esse tempo será descontado da pena em caso de condenação. Sua mãe e seu irmão são as duas pessoas com quem ele pode contar. A mulher Joana Sanz se separou dele e depois voltou durante o processo. A mãe dos seus filhos chegou a delatar depoimentos controversos combinados com a defesa para tentar ajudar Daniel. Uma dessas “mentiras” era voltar a morar em Barcelona e colocar os filhos na escola para comprovar que Daniel tinha lugar para morar e que não fugiria. Agora, sabe-se que isso não era bem verdade. E que tudo era uma armação.

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A vida de Daniel se transformou em um ano. Em dezembro de 2022, ele estava defendendo o Brasil numa Copa do Mundo. Era homem de confiança de Tite. Um mês depois, estava preso. Teve seu contrato com o Pumas, do México, rompido e nunca mais deixou a prisão desde então.

Seus depoimentos foram fatais para a opinião público desconfiar de sua história. O jogador disse que não conhecia a mulher que o acusava de estupro. Depois, disse que o ato foi feito com consentimento dela. Depois ainda, disse que estava bêbado. Daniel aguarda pela sentença em sua cela. Há indícios de que ele possa se ferir enquanto espera. No presídio Brians, em Barcelona, há um procedimento dos carcereiros quando um preso pode agir contra sua própria vida. Depois do julgamento há duas semanas, o presídio se valeu desse protocolo para “vigiar” Daniel Alves.

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Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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