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Opinião|Palmeiras tem de escapar das armadilhas do Boca e superar o racha entre torcida e Leila Pereira


Jogo desta quinta-feira vale vaga na final da Libertadores após empate na Argentina: Abel prepara o time para uma apresentação perfeita: Inter e Fluminense decidem nesta quarta quem vai para a decisão

Por Robson Morelli
Atualização:

Torcedores de Palmeiras e Boca Juniors vão conhecer nesta quarta-feira o primeiro finalista da Libertadores de 2023. Inter e Fluminense jogam no Beira-Rio. Um dia depois, na quinta, o time de Abel Ferreira mede forças com o rival argentino. O Palmeiras tem de escapar de algumas armadilhas para não decepcionar sua torcida e deixar a vaga escapar dentro do Allianz Parque. O Boca, e o futebol argentino de modo geral, é mais preparado para jogos decisivos do que os clubes brasileiros, quase sempre vítimas do emocional e da pressão.

Além de melhorar o Palmeiras, o treinador tem a obrigação de preparar seus atletas para essas artimanhas. Catimbar o jogo é uma delas. Segurar a bola para deixar o tempo passar é outra. Sempre tem aqueles ‘cutucões’ de graça nas jogadas mais ríspidas e bolas divididas. Os brasileiros se incomodam mais com isso. Basta ver como foi o clássico Boca e River no fim de semana para ter a exata noção de como jogam os argentinos. 

Abel Ferreira trabalha na Academia de Futebol do Palmeiras: decisão contra o Boca vale vaga na final da Libertadores Foto: Cesar Greco / Agência Palmeiras
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O Palmeiras tem de ser um time ligado durante os 90 minutos. Não dá para baixar a guarda um só instante diante do Boca. Há ainda de se conversar sobre o péssimo hábito dos jogadores brasileiros de pedir falta e esperar que o juiz marque tudo. Isso não acontece com a arbitragem sul-americana. A concepção de falta e a mania tola dos árbitros brasileiros de picotar o jogo e parar a disputa a qualquer falta ou reclamação não são vistas no futebol sul-americano. 

Em outra armadilha que Abel e seus comandados não podem cair diz respeito à entrega do Boca até o fim da disputa. São 90 minutos de bola rolando e os times argentinos não pensam em decidir a fatura nos primeiros momentos do jogo. Isso só acontece no Brasil, com times mandantes. Há aquele abafa natural. O Boca se vale de todo o tempo da partida para conseguir seu objetivo.

Além das manhãs do rival, é preciso ainda muita atenção a alguns jogadores, como Cavani e Barco, além do reserva  Benedetto, de quem a torcida do Palmeiras tem péssimas recordações. Cavani e Barco trocam de posição o tempo todo. E aparecem em todos os setores do meio para frente. O atacante uruguaio não desiste e é forte nas bolas aéreas. É preciso ter atenção sem deixar de jogar, claro. Ainda tem o pegador de pênaltis Romero. O goleiro tem história nesse fundamento.

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Há também os próprios problemas internos do Palmeiras. Desde que Dudu se machucou, o time não rende o que se espera dele no meio e no ataque. É hora de ter uma apresentação perfeita. O Palmeiras vai ter o apoio da torcida, aquele tradicional ‘mar verde’ conduzindo o ônibus da Academia até o estádio. Isso motiva, mas não ganha jogo. Raphael Veiga precisa fazer mais, assim como Roni e Artur. Zé Rafael não pode levar amarelo logo de cara porque isso compromete sua atuação. Gabriel Menino tem de ser mais ativo. Se o meio de campo estiver congestionado, é preciso atuar pelas laterais, mas isso Abel sabe.

Também é hora de torcida e diretoria pararem com as desavenças e abraçar o time juntos. Nada pode dar errado para o palmeirense nesta quinta-feira em sua casa. Haverá recorde de público. O Boca é um time inferior tecnicamente ao Palmeiras, com menos recursos, mas não deve ser subestimado. Mesmo com todas as provocações que os argentinos têm feito contra os brasileiros, como as agressões racistas, a diretoria do Palmeiras precisa alertar os torcedores de que é preciso ter cabeça fria para não dar o troco e, assim, evitar punições ao clube e ao estádio. A Conmebol não puniu o Boca na La Bombonera, onde aconteceram os atos racistas, mas nunca se sabe a intenção dos dirigentes sul-americanos. 

O Palmeiras é favorito, joga em sua casa, diante de sua torcida e tem um time melhor. Mas há muitas armadilhas no seu caminho para passar pelo Boca. É preciso pensar em todas elas e não cair em nenhuma.

Torcedores de Palmeiras e Boca Juniors vão conhecer nesta quarta-feira o primeiro finalista da Libertadores de 2023. Inter e Fluminense jogam no Beira-Rio. Um dia depois, na quinta, o time de Abel Ferreira mede forças com o rival argentino. O Palmeiras tem de escapar de algumas armadilhas para não decepcionar sua torcida e deixar a vaga escapar dentro do Allianz Parque. O Boca, e o futebol argentino de modo geral, é mais preparado para jogos decisivos do que os clubes brasileiros, quase sempre vítimas do emocional e da pressão.

Além de melhorar o Palmeiras, o treinador tem a obrigação de preparar seus atletas para essas artimanhas. Catimbar o jogo é uma delas. Segurar a bola para deixar o tempo passar é outra. Sempre tem aqueles ‘cutucões’ de graça nas jogadas mais ríspidas e bolas divididas. Os brasileiros se incomodam mais com isso. Basta ver como foi o clássico Boca e River no fim de semana para ter a exata noção de como jogam os argentinos. 

Abel Ferreira trabalha na Academia de Futebol do Palmeiras: decisão contra o Boca vale vaga na final da Libertadores Foto: Cesar Greco / Agência Palmeiras

O Palmeiras tem de ser um time ligado durante os 90 minutos. Não dá para baixar a guarda um só instante diante do Boca. Há ainda de se conversar sobre o péssimo hábito dos jogadores brasileiros de pedir falta e esperar que o juiz marque tudo. Isso não acontece com a arbitragem sul-americana. A concepção de falta e a mania tola dos árbitros brasileiros de picotar o jogo e parar a disputa a qualquer falta ou reclamação não são vistas no futebol sul-americano. 

Em outra armadilha que Abel e seus comandados não podem cair diz respeito à entrega do Boca até o fim da disputa. São 90 minutos de bola rolando e os times argentinos não pensam em decidir a fatura nos primeiros momentos do jogo. Isso só acontece no Brasil, com times mandantes. Há aquele abafa natural. O Boca se vale de todo o tempo da partida para conseguir seu objetivo.

Além das manhãs do rival, é preciso ainda muita atenção a alguns jogadores, como Cavani e Barco, além do reserva  Benedetto, de quem a torcida do Palmeiras tem péssimas recordações. Cavani e Barco trocam de posição o tempo todo. E aparecem em todos os setores do meio para frente. O atacante uruguaio não desiste e é forte nas bolas aéreas. É preciso ter atenção sem deixar de jogar, claro. Ainda tem o pegador de pênaltis Romero. O goleiro tem história nesse fundamento.

Há também os próprios problemas internos do Palmeiras. Desde que Dudu se machucou, o time não rende o que se espera dele no meio e no ataque. É hora de ter uma apresentação perfeita. O Palmeiras vai ter o apoio da torcida, aquele tradicional ‘mar verde’ conduzindo o ônibus da Academia até o estádio. Isso motiva, mas não ganha jogo. Raphael Veiga precisa fazer mais, assim como Roni e Artur. Zé Rafael não pode levar amarelo logo de cara porque isso compromete sua atuação. Gabriel Menino tem de ser mais ativo. Se o meio de campo estiver congestionado, é preciso atuar pelas laterais, mas isso Abel sabe.

Também é hora de torcida e diretoria pararem com as desavenças e abraçar o time juntos. Nada pode dar errado para o palmeirense nesta quinta-feira em sua casa. Haverá recorde de público. O Boca é um time inferior tecnicamente ao Palmeiras, com menos recursos, mas não deve ser subestimado. Mesmo com todas as provocações que os argentinos têm feito contra os brasileiros, como as agressões racistas, a diretoria do Palmeiras precisa alertar os torcedores de que é preciso ter cabeça fria para não dar o troco e, assim, evitar punições ao clube e ao estádio. A Conmebol não puniu o Boca na La Bombonera, onde aconteceram os atos racistas, mas nunca se sabe a intenção dos dirigentes sul-americanos. 

O Palmeiras é favorito, joga em sua casa, diante de sua torcida e tem um time melhor. Mas há muitas armadilhas no seu caminho para passar pelo Boca. É preciso pensar em todas elas e não cair em nenhuma.

Torcedores de Palmeiras e Boca Juniors vão conhecer nesta quarta-feira o primeiro finalista da Libertadores de 2023. Inter e Fluminense jogam no Beira-Rio. Um dia depois, na quinta, o time de Abel Ferreira mede forças com o rival argentino. O Palmeiras tem de escapar de algumas armadilhas para não decepcionar sua torcida e deixar a vaga escapar dentro do Allianz Parque. O Boca, e o futebol argentino de modo geral, é mais preparado para jogos decisivos do que os clubes brasileiros, quase sempre vítimas do emocional e da pressão.

Além de melhorar o Palmeiras, o treinador tem a obrigação de preparar seus atletas para essas artimanhas. Catimbar o jogo é uma delas. Segurar a bola para deixar o tempo passar é outra. Sempre tem aqueles ‘cutucões’ de graça nas jogadas mais ríspidas e bolas divididas. Os brasileiros se incomodam mais com isso. Basta ver como foi o clássico Boca e River no fim de semana para ter a exata noção de como jogam os argentinos. 

Abel Ferreira trabalha na Academia de Futebol do Palmeiras: decisão contra o Boca vale vaga na final da Libertadores Foto: Cesar Greco / Agência Palmeiras

O Palmeiras tem de ser um time ligado durante os 90 minutos. Não dá para baixar a guarda um só instante diante do Boca. Há ainda de se conversar sobre o péssimo hábito dos jogadores brasileiros de pedir falta e esperar que o juiz marque tudo. Isso não acontece com a arbitragem sul-americana. A concepção de falta e a mania tola dos árbitros brasileiros de picotar o jogo e parar a disputa a qualquer falta ou reclamação não são vistas no futebol sul-americano. 

Em outra armadilha que Abel e seus comandados não podem cair diz respeito à entrega do Boca até o fim da disputa. São 90 minutos de bola rolando e os times argentinos não pensam em decidir a fatura nos primeiros momentos do jogo. Isso só acontece no Brasil, com times mandantes. Há aquele abafa natural. O Boca se vale de todo o tempo da partida para conseguir seu objetivo.

Além das manhãs do rival, é preciso ainda muita atenção a alguns jogadores, como Cavani e Barco, além do reserva  Benedetto, de quem a torcida do Palmeiras tem péssimas recordações. Cavani e Barco trocam de posição o tempo todo. E aparecem em todos os setores do meio para frente. O atacante uruguaio não desiste e é forte nas bolas aéreas. É preciso ter atenção sem deixar de jogar, claro. Ainda tem o pegador de pênaltis Romero. O goleiro tem história nesse fundamento.

Há também os próprios problemas internos do Palmeiras. Desde que Dudu se machucou, o time não rende o que se espera dele no meio e no ataque. É hora de ter uma apresentação perfeita. O Palmeiras vai ter o apoio da torcida, aquele tradicional ‘mar verde’ conduzindo o ônibus da Academia até o estádio. Isso motiva, mas não ganha jogo. Raphael Veiga precisa fazer mais, assim como Roni e Artur. Zé Rafael não pode levar amarelo logo de cara porque isso compromete sua atuação. Gabriel Menino tem de ser mais ativo. Se o meio de campo estiver congestionado, é preciso atuar pelas laterais, mas isso Abel sabe.

Também é hora de torcida e diretoria pararem com as desavenças e abraçar o time juntos. Nada pode dar errado para o palmeirense nesta quinta-feira em sua casa. Haverá recorde de público. O Boca é um time inferior tecnicamente ao Palmeiras, com menos recursos, mas não deve ser subestimado. Mesmo com todas as provocações que os argentinos têm feito contra os brasileiros, como as agressões racistas, a diretoria do Palmeiras precisa alertar os torcedores de que é preciso ter cabeça fria para não dar o troco e, assim, evitar punições ao clube e ao estádio. A Conmebol não puniu o Boca na La Bombonera, onde aconteceram os atos racistas, mas nunca se sabe a intenção dos dirigentes sul-americanos. 

O Palmeiras é favorito, joga em sua casa, diante de sua torcida e tem um time melhor. Mas há muitas armadilhas no seu caminho para passar pelo Boca. É preciso pensar em todas elas e não cair em nenhuma.

Torcedores de Palmeiras e Boca Juniors vão conhecer nesta quarta-feira o primeiro finalista da Libertadores de 2023. Inter e Fluminense jogam no Beira-Rio. Um dia depois, na quinta, o time de Abel Ferreira mede forças com o rival argentino. O Palmeiras tem de escapar de algumas armadilhas para não decepcionar sua torcida e deixar a vaga escapar dentro do Allianz Parque. O Boca, e o futebol argentino de modo geral, é mais preparado para jogos decisivos do que os clubes brasileiros, quase sempre vítimas do emocional e da pressão.

Além de melhorar o Palmeiras, o treinador tem a obrigação de preparar seus atletas para essas artimanhas. Catimbar o jogo é uma delas. Segurar a bola para deixar o tempo passar é outra. Sempre tem aqueles ‘cutucões’ de graça nas jogadas mais ríspidas e bolas divididas. Os brasileiros se incomodam mais com isso. Basta ver como foi o clássico Boca e River no fim de semana para ter a exata noção de como jogam os argentinos. 

Abel Ferreira trabalha na Academia de Futebol do Palmeiras: decisão contra o Boca vale vaga na final da Libertadores Foto: Cesar Greco / Agência Palmeiras

O Palmeiras tem de ser um time ligado durante os 90 minutos. Não dá para baixar a guarda um só instante diante do Boca. Há ainda de se conversar sobre o péssimo hábito dos jogadores brasileiros de pedir falta e esperar que o juiz marque tudo. Isso não acontece com a arbitragem sul-americana. A concepção de falta e a mania tola dos árbitros brasileiros de picotar o jogo e parar a disputa a qualquer falta ou reclamação não são vistas no futebol sul-americano. 

Em outra armadilha que Abel e seus comandados não podem cair diz respeito à entrega do Boca até o fim da disputa. São 90 minutos de bola rolando e os times argentinos não pensam em decidir a fatura nos primeiros momentos do jogo. Isso só acontece no Brasil, com times mandantes. Há aquele abafa natural. O Boca se vale de todo o tempo da partida para conseguir seu objetivo.

Além das manhãs do rival, é preciso ainda muita atenção a alguns jogadores, como Cavani e Barco, além do reserva  Benedetto, de quem a torcida do Palmeiras tem péssimas recordações. Cavani e Barco trocam de posição o tempo todo. E aparecem em todos os setores do meio para frente. O atacante uruguaio não desiste e é forte nas bolas aéreas. É preciso ter atenção sem deixar de jogar, claro. Ainda tem o pegador de pênaltis Romero. O goleiro tem história nesse fundamento.

Há também os próprios problemas internos do Palmeiras. Desde que Dudu se machucou, o time não rende o que se espera dele no meio e no ataque. É hora de ter uma apresentação perfeita. O Palmeiras vai ter o apoio da torcida, aquele tradicional ‘mar verde’ conduzindo o ônibus da Academia até o estádio. Isso motiva, mas não ganha jogo. Raphael Veiga precisa fazer mais, assim como Roni e Artur. Zé Rafael não pode levar amarelo logo de cara porque isso compromete sua atuação. Gabriel Menino tem de ser mais ativo. Se o meio de campo estiver congestionado, é preciso atuar pelas laterais, mas isso Abel sabe.

Também é hora de torcida e diretoria pararem com as desavenças e abraçar o time juntos. Nada pode dar errado para o palmeirense nesta quinta-feira em sua casa. Haverá recorde de público. O Boca é um time inferior tecnicamente ao Palmeiras, com menos recursos, mas não deve ser subestimado. Mesmo com todas as provocações que os argentinos têm feito contra os brasileiros, como as agressões racistas, a diretoria do Palmeiras precisa alertar os torcedores de que é preciso ter cabeça fria para não dar o troco e, assim, evitar punições ao clube e ao estádio. A Conmebol não puniu o Boca na La Bombonera, onde aconteceram os atos racistas, mas nunca se sabe a intenção dos dirigentes sul-americanos. 

O Palmeiras é favorito, joga em sua casa, diante de sua torcida e tem um time melhor. Mas há muitas armadilhas no seu caminho para passar pelo Boca. É preciso pensar em todas elas e não cair em nenhuma.

Torcedores de Palmeiras e Boca Juniors vão conhecer nesta quarta-feira o primeiro finalista da Libertadores de 2023. Inter e Fluminense jogam no Beira-Rio. Um dia depois, na quinta, o time de Abel Ferreira mede forças com o rival argentino. O Palmeiras tem de escapar de algumas armadilhas para não decepcionar sua torcida e deixar a vaga escapar dentro do Allianz Parque. O Boca, e o futebol argentino de modo geral, é mais preparado para jogos decisivos do que os clubes brasileiros, quase sempre vítimas do emocional e da pressão.

Além de melhorar o Palmeiras, o treinador tem a obrigação de preparar seus atletas para essas artimanhas. Catimbar o jogo é uma delas. Segurar a bola para deixar o tempo passar é outra. Sempre tem aqueles ‘cutucões’ de graça nas jogadas mais ríspidas e bolas divididas. Os brasileiros se incomodam mais com isso. Basta ver como foi o clássico Boca e River no fim de semana para ter a exata noção de como jogam os argentinos. 

Abel Ferreira trabalha na Academia de Futebol do Palmeiras: decisão contra o Boca vale vaga na final da Libertadores Foto: Cesar Greco / Agência Palmeiras

O Palmeiras tem de ser um time ligado durante os 90 minutos. Não dá para baixar a guarda um só instante diante do Boca. Há ainda de se conversar sobre o péssimo hábito dos jogadores brasileiros de pedir falta e esperar que o juiz marque tudo. Isso não acontece com a arbitragem sul-americana. A concepção de falta e a mania tola dos árbitros brasileiros de picotar o jogo e parar a disputa a qualquer falta ou reclamação não são vistas no futebol sul-americano. 

Em outra armadilha que Abel e seus comandados não podem cair diz respeito à entrega do Boca até o fim da disputa. São 90 minutos de bola rolando e os times argentinos não pensam em decidir a fatura nos primeiros momentos do jogo. Isso só acontece no Brasil, com times mandantes. Há aquele abafa natural. O Boca se vale de todo o tempo da partida para conseguir seu objetivo.

Além das manhãs do rival, é preciso ainda muita atenção a alguns jogadores, como Cavani e Barco, além do reserva  Benedetto, de quem a torcida do Palmeiras tem péssimas recordações. Cavani e Barco trocam de posição o tempo todo. E aparecem em todos os setores do meio para frente. O atacante uruguaio não desiste e é forte nas bolas aéreas. É preciso ter atenção sem deixar de jogar, claro. Ainda tem o pegador de pênaltis Romero. O goleiro tem história nesse fundamento.

Há também os próprios problemas internos do Palmeiras. Desde que Dudu se machucou, o time não rende o que se espera dele no meio e no ataque. É hora de ter uma apresentação perfeita. O Palmeiras vai ter o apoio da torcida, aquele tradicional ‘mar verde’ conduzindo o ônibus da Academia até o estádio. Isso motiva, mas não ganha jogo. Raphael Veiga precisa fazer mais, assim como Roni e Artur. Zé Rafael não pode levar amarelo logo de cara porque isso compromete sua atuação. Gabriel Menino tem de ser mais ativo. Se o meio de campo estiver congestionado, é preciso atuar pelas laterais, mas isso Abel sabe.

Também é hora de torcida e diretoria pararem com as desavenças e abraçar o time juntos. Nada pode dar errado para o palmeirense nesta quinta-feira em sua casa. Haverá recorde de público. O Boca é um time inferior tecnicamente ao Palmeiras, com menos recursos, mas não deve ser subestimado. Mesmo com todas as provocações que os argentinos têm feito contra os brasileiros, como as agressões racistas, a diretoria do Palmeiras precisa alertar os torcedores de que é preciso ter cabeça fria para não dar o troco e, assim, evitar punições ao clube e ao estádio. A Conmebol não puniu o Boca na La Bombonera, onde aconteceram os atos racistas, mas nunca se sabe a intenção dos dirigentes sul-americanos. 

O Palmeiras é favorito, joga em sua casa, diante de sua torcida e tem um time melhor. Mas há muitas armadilhas no seu caminho para passar pelo Boca. É preciso pensar em todas elas e não cair em nenhuma.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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