Expressão do ponto de vista pessoal do autor sobre fatos ou temas com argumentos para convencer ou influenciar o leitor.
|Pelé, seu Museu e o tesouro em casa
Quando a saudade apertava, o Rei do Futebol revia suas conquistas para ter certeza de quem foi
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Por Robson Morelli
Atualização:
A história de Pelé nunca se afastou dele, ou pelas suas memórias ou pela proximidade das relíquias que conquistou em 21 anos de carreira. Ele dizia que seu sonho, já na velhice, era passar horas no Museu Pelé, em Santos, vendo os barcos pela janela e sua vida sendo recontada nas inúmeras imagens, camisas, troféus e flâmulas no casarão que ele escolheu para deixar seu legado.
Pelé entrava no Museu pela porta dos fundos, numa rua lateral de paralelepípedo. Parava seu carro ali (ele não dirigia) e batia na porta grande de madeira. Foi lá que escolheu para dar uma de suas últimas entrevistas, em 2019, por conta dos 50 anos do milésimo gol de 1969. Foi nossa última vez frente a frente. Mas não a melhor delas.
O jornalismo me deu tudo o que tenho, inclusive a oportunidade de estar com Pelé algumas vezes. Ele tinha carisma, não deixava seus fãs sem sorriso tampouco se recusava a tirar uma foto ou a dar autógrafos. Pelé sempre entendeu qual era o seu lugar no mundo.
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Em uma dessas vezes com ele, já pelo Estadão, Pelé nos recebeu em sua casa no Guarujá. A mim e aos editores Luiz Antônio Prósperi e Eduardo Nicolau. Passamos horas ao seu lado. Ele se recuperava de uma cirurgia no fêmur. Pelé se mostrou uma pessoa amável e simples. Estava de camiseta e bengala, bastante confortável como anfitrião. Parecia estar diante de amigos, desses que fez com a camisa do Santos e do Brasil.
Pelé em 100 fotos do Estadão
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Lembro que Pelé fez questão de nos mostrar seu ‘cofre’, um lugar bem protegido que guardava a outra parte de suas conquistas, aquelas que não estavam no Museu em Santos.
A cada objetivo que pegava nas mãos para nos mostrar, seus olhos brilhavam. Tive a certeza ali que sua memória, já cansada como a de um senhor de idade, o levava exatamente para aquele instante, como se fosse possível, parado em nossa frente, reviver o exato momento em que ganhou aquela relíquia. Pelé tinha saudade de Pelé, das jogadas, das conquistas, dos abraços e da glória.
Ele tinha tudo bem perto dele, como aquele sombrero mexicano que colocaram em sua cabeça após a conquista do tri em 70. Ou ainda as luvas de Muhammad Ali presenteada pelo pugilista americano em suas andanças pelo mundo. Aquele quarto fazia bem ao Rei. Havia coisas ali que podiam contar sua história, desde sua aparição no futebol até sua consagração como atleta.
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Pelé parecia uma criança nos mostrando e contando cada episódio de sua vida por meio das lembranças que pegava aleatoriamente. Queria dividir suas lembranças como se precisasse fazer isso ou contar sua história como se não a conhecêssemos. Muitas daquelas peças lhe foram presenteadas por reis e rainhas, presidentes e papas, escritores e músicos, como John Lennon, dos Beatles. Estava tudo ali, à mão, pronto para ser revisado quando a saudade apertava e Pelé tinha dúvidas de quem foi em vida.
A história de Pelé nunca se afastou dele, ou pelas suas memórias ou pela proximidade das relíquias que conquistou em 21 anos de carreira. Ele dizia que seu sonho, já na velhice, era passar horas no Museu Pelé, em Santos, vendo os barcos pela janela e sua vida sendo recontada nas inúmeras imagens, camisas, troféus e flâmulas no casarão que ele escolheu para deixar seu legado.
Pelé entrava no Museu pela porta dos fundos, numa rua lateral de paralelepípedo. Parava seu carro ali (ele não dirigia) e batia na porta grande de madeira. Foi lá que escolheu para dar uma de suas últimas entrevistas, em 2019, por conta dos 50 anos do milésimo gol de 1969. Foi nossa última vez frente a frente. Mas não a melhor delas.
O jornalismo me deu tudo o que tenho, inclusive a oportunidade de estar com Pelé algumas vezes. Ele tinha carisma, não deixava seus fãs sem sorriso tampouco se recusava a tirar uma foto ou a dar autógrafos. Pelé sempre entendeu qual era o seu lugar no mundo.
Em uma dessas vezes com ele, já pelo Estadão, Pelé nos recebeu em sua casa no Guarujá. A mim e aos editores Luiz Antônio Prósperi e Eduardo Nicolau. Passamos horas ao seu lado. Ele se recuperava de uma cirurgia no fêmur. Pelé se mostrou uma pessoa amável e simples. Estava de camiseta e bengala, bastante confortável como anfitrião. Parecia estar diante de amigos, desses que fez com a camisa do Santos e do Brasil.
Pelé em 100 fotos do Estadão
Lembro que Pelé fez questão de nos mostrar seu ‘cofre’, um lugar bem protegido que guardava a outra parte de suas conquistas, aquelas que não estavam no Museu em Santos.
A cada objetivo que pegava nas mãos para nos mostrar, seus olhos brilhavam. Tive a certeza ali que sua memória, já cansada como a de um senhor de idade, o levava exatamente para aquele instante, como se fosse possível, parado em nossa frente, reviver o exato momento em que ganhou aquela relíquia. Pelé tinha saudade de Pelé, das jogadas, das conquistas, dos abraços e da glória.
Ele tinha tudo bem perto dele, como aquele sombrero mexicano que colocaram em sua cabeça após a conquista do tri em 70. Ou ainda as luvas de Muhammad Ali presenteada pelo pugilista americano em suas andanças pelo mundo. Aquele quarto fazia bem ao Rei. Havia coisas ali que podiam contar sua história, desde sua aparição no futebol até sua consagração como atleta.
Pelé parecia uma criança nos mostrando e contando cada episódio de sua vida por meio das lembranças que pegava aleatoriamente. Queria dividir suas lembranças como se precisasse fazer isso ou contar sua história como se não a conhecêssemos. Muitas daquelas peças lhe foram presenteadas por reis e rainhas, presidentes e papas, escritores e músicos, como John Lennon, dos Beatles. Estava tudo ali, à mão, pronto para ser revisado quando a saudade apertava e Pelé tinha dúvidas de quem foi em vida.
A história de Pelé nunca se afastou dele, ou pelas suas memórias ou pela proximidade das relíquias que conquistou em 21 anos de carreira. Ele dizia que seu sonho, já na velhice, era passar horas no Museu Pelé, em Santos, vendo os barcos pela janela e sua vida sendo recontada nas inúmeras imagens, camisas, troféus e flâmulas no casarão que ele escolheu para deixar seu legado.
Pelé entrava no Museu pela porta dos fundos, numa rua lateral de paralelepípedo. Parava seu carro ali (ele não dirigia) e batia na porta grande de madeira. Foi lá que escolheu para dar uma de suas últimas entrevistas, em 2019, por conta dos 50 anos do milésimo gol de 1969. Foi nossa última vez frente a frente. Mas não a melhor delas.
O jornalismo me deu tudo o que tenho, inclusive a oportunidade de estar com Pelé algumas vezes. Ele tinha carisma, não deixava seus fãs sem sorriso tampouco se recusava a tirar uma foto ou a dar autógrafos. Pelé sempre entendeu qual era o seu lugar no mundo.
Em uma dessas vezes com ele, já pelo Estadão, Pelé nos recebeu em sua casa no Guarujá. A mim e aos editores Luiz Antônio Prósperi e Eduardo Nicolau. Passamos horas ao seu lado. Ele se recuperava de uma cirurgia no fêmur. Pelé se mostrou uma pessoa amável e simples. Estava de camiseta e bengala, bastante confortável como anfitrião. Parecia estar diante de amigos, desses que fez com a camisa do Santos e do Brasil.
Pelé em 100 fotos do Estadão
Lembro que Pelé fez questão de nos mostrar seu ‘cofre’, um lugar bem protegido que guardava a outra parte de suas conquistas, aquelas que não estavam no Museu em Santos.
A cada objetivo que pegava nas mãos para nos mostrar, seus olhos brilhavam. Tive a certeza ali que sua memória, já cansada como a de um senhor de idade, o levava exatamente para aquele instante, como se fosse possível, parado em nossa frente, reviver o exato momento em que ganhou aquela relíquia. Pelé tinha saudade de Pelé, das jogadas, das conquistas, dos abraços e da glória.
Ele tinha tudo bem perto dele, como aquele sombrero mexicano que colocaram em sua cabeça após a conquista do tri em 70. Ou ainda as luvas de Muhammad Ali presenteada pelo pugilista americano em suas andanças pelo mundo. Aquele quarto fazia bem ao Rei. Havia coisas ali que podiam contar sua história, desde sua aparição no futebol até sua consagração como atleta.
Pelé parecia uma criança nos mostrando e contando cada episódio de sua vida por meio das lembranças que pegava aleatoriamente. Queria dividir suas lembranças como se precisasse fazer isso ou contar sua história como se não a conhecêssemos. Muitas daquelas peças lhe foram presenteadas por reis e rainhas, presidentes e papas, escritores e músicos, como John Lennon, dos Beatles. Estava tudo ali, à mão, pronto para ser revisado quando a saudade apertava e Pelé tinha dúvidas de quem foi em vida.
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A história de Pelé nunca se afastou dele, ou pelas suas memórias ou pela proximidade das relíquias que conquistou em 21 anos de carreira. Ele dizia que seu sonho, já na velhice, era passar horas no Museu Pelé, em Santos, vendo os barcos pela janela e sua vida sendo recontada nas inúmeras imagens, camisas, troféus e flâmulas no casarão que ele escolheu para deixar seu legado.
Pelé entrava no Museu pela porta dos fundos, numa rua lateral de paralelepípedo. Parava seu carro ali (ele não dirigia) e batia na porta grande de madeira. Foi lá que escolheu para dar uma de suas últimas entrevistas, em 2019, por conta dos 50 anos do milésimo gol de 1969. Foi nossa última vez frente a frente. Mas não a melhor delas.
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Em uma dessas vezes com ele, já pelo Estadão, Pelé nos recebeu em sua casa no Guarujá. A mim e aos editores Luiz Antônio Prósperi e Eduardo Nicolau. Passamos horas ao seu lado. Ele se recuperava de uma cirurgia no fêmur. Pelé se mostrou uma pessoa amável e simples. Estava de camiseta e bengala, bastante confortável como anfitrião. Parecia estar diante de amigos, desses que fez com a camisa do Santos e do Brasil.
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Lembro que Pelé fez questão de nos mostrar seu ‘cofre’, um lugar bem protegido que guardava a outra parte de suas conquistas, aquelas que não estavam no Museu em Santos.
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Ele tinha tudo bem perto dele, como aquele sombrero mexicano que colocaram em sua cabeça após a conquista do tri em 70. Ou ainda as luvas de Muhammad Ali presenteada pelo pugilista americano em suas andanças pelo mundo. Aquele quarto fazia bem ao Rei. Havia coisas ali que podiam contar sua história, desde sua aparição no futebol até sua consagração como atleta.
Pelé parecia uma criança nos mostrando e contando cada episódio de sua vida por meio das lembranças que pegava aleatoriamente. Queria dividir suas lembranças como se precisasse fazer isso ou contar sua história como se não a conhecêssemos. Muitas daquelas peças lhe foram presenteadas por reis e rainhas, presidentes e papas, escritores e músicos, como John Lennon, dos Beatles. Estava tudo ali, à mão, pronto para ser revisado quando a saudade apertava e Pelé tinha dúvidas de quem foi em vida.
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