Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|Pode isso, Arnaldo? Novas regras do futebol buscam mais justiça no jogo, mais gols e mais tempo


Zagueiro ‘grosso’ terá problema com impedimento, treinador pode ganhar vermelho sem falar com o árbitro e goleiro não pode tirar a concentração do batedor de pênalti

Por Robson Morelli
Atualização:

As novas regras do futebol já estão valendo. Algumas prometem deixar o jogo mais atraente, outras nem tanto. Tem treinador que vai reclamar do uso do cartão vermelho pelos árbitros e da ‘conversa de botequim’ que novos membros da arbitragem podem ter para analisar um lance. Zagueiros que engrossarem também serão ‘punidos’ com o gol do rival. O futebol brasileiro já antecipou algumas dessas novas regras, como o aumento do tempo de jogo. Tudo isso para tentar agradar ainda mais o torcedor.

Começo pelo cartão vermelho que o treinador poderá levar a partir de agora caso algum membro da comissão técnica que esteja no banco de reservas faça qualquer provocação ao árbitro e não seja identificado. Nesse caso, após ouvir a bronca ou a reclamação, o juiz de campo, sem saber quem falou, vai expulsar o técnico. É justo? Não me parece, mas é assim que vai ser. Para evitar que o chefe receba o vermelho, o membro da comissão ou um próprio jogador deverá se apresentar: “fu eu, senhor”.

Edna Alves Batista é uma das árbitras de primeira linha do futebol brasileiro: novas regras já são estudadas pela arbitragem Foto: Denny Cesare / Estadão
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Zagueiro estabanado também terá problemas. Se ele tiver a bola dominada e sob total controle e fizer uma lambança, como uma passe, por exemplo, para um adversário na ‘banheira’, em posição irregular, o jogo não será parado e o árbitro não marcará impedimento. Se tiver gol, ele será validado. Mas isso só ocorrerá se o defensor tiver, de fato, domínio da situação e errar a jogada. O mesmo não ocorre com o goleiro, que pode chutar uma bola e entregá-la nos pés de um jogador em impedimento. Neste caso, o jogador será paralisado.

Goleiros dançarinos na hora de um pênalti também estão proibidos. A alegação é que tira a concentração do batedor. Ele ainda terá de manter um dos pés fixo na linha do gol. Essa regra visa facilitar a vida do batedor para a festa do gol e da torcida. Não vejo como problema o goleiro se valer de artifícios desde que não se adiante na cobrança. Azar do cobrador se ele perder a concentração. Aliás, de anos para cá, os goleiros têm se especializado em defender penalidades. Eles melhoraram muito mais do que os batedores. As gracinhas dos cobradores ainda estão valendo. Mas a do goleiro, não.

Os acréscimos ao tempo final de cada partida, principalmente no segundo tempo, já viraram uma rotina e todos já se acostumaram com isso. O relógio não para nos 45 minutos. O que não pode é o árbitro viciar seu marcador e sempre oferecer aqueles ‘seis minutinhos’ de praxe. A arbitragem está liberada para seguir com o jogo até quando entender que todo o tempo perdido com paralisação e comemoração de gol está ‘pago’.

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Tem sido, em média, de 8 minutos a mais de bola rolando. Algumas partidas já tiveram mais de dez minutos. Não adianta os jogadores do time que está ganhando ficar pedindo o fim da disputa, gesticulando com os braços. Nem o banco de reservas. A regra é clara, como diria o ex-árbitro e comentarista Arnaldo Cezar Coelho.

Há ainda a possibilidade de aumentar os membros da arbitragem, não a do VAR, a de campo mesmo. Seriam os árbitros reservas. Uma confraria que poderia ajudar o juiz principal a tomar suas decisões. Eles poderiam se reunir e debater o lance, ali mesmo, na beira do gramado. “Foi. Não foi. Foi sim. Não foi não”.... Torcida e jogadores esperariam pela fumacinha branca. Chato isso, né? Mas pode agora. Isso implica ainda nos custos da arbitragem. Vai aumentar com mais gente trabalhando.

A Fifa tenta minimizar o tempo perdido, tornar o jogo de futebol mais justo e trabalhar em prol do gol. De tempos para cá, as regras têm sido revisitadas de modo a acompanhar a necessidade e tendência do torcedor.

As novas regras do futebol já estão valendo. Algumas prometem deixar o jogo mais atraente, outras nem tanto. Tem treinador que vai reclamar do uso do cartão vermelho pelos árbitros e da ‘conversa de botequim’ que novos membros da arbitragem podem ter para analisar um lance. Zagueiros que engrossarem também serão ‘punidos’ com o gol do rival. O futebol brasileiro já antecipou algumas dessas novas regras, como o aumento do tempo de jogo. Tudo isso para tentar agradar ainda mais o torcedor.

Começo pelo cartão vermelho que o treinador poderá levar a partir de agora caso algum membro da comissão técnica que esteja no banco de reservas faça qualquer provocação ao árbitro e não seja identificado. Nesse caso, após ouvir a bronca ou a reclamação, o juiz de campo, sem saber quem falou, vai expulsar o técnico. É justo? Não me parece, mas é assim que vai ser. Para evitar que o chefe receba o vermelho, o membro da comissão ou um próprio jogador deverá se apresentar: “fu eu, senhor”.

Edna Alves Batista é uma das árbitras de primeira linha do futebol brasileiro: novas regras já são estudadas pela arbitragem Foto: Denny Cesare / Estadão

Zagueiro estabanado também terá problemas. Se ele tiver a bola dominada e sob total controle e fizer uma lambança, como uma passe, por exemplo, para um adversário na ‘banheira’, em posição irregular, o jogo não será parado e o árbitro não marcará impedimento. Se tiver gol, ele será validado. Mas isso só ocorrerá se o defensor tiver, de fato, domínio da situação e errar a jogada. O mesmo não ocorre com o goleiro, que pode chutar uma bola e entregá-la nos pés de um jogador em impedimento. Neste caso, o jogador será paralisado.

Goleiros dançarinos na hora de um pênalti também estão proibidos. A alegação é que tira a concentração do batedor. Ele ainda terá de manter um dos pés fixo na linha do gol. Essa regra visa facilitar a vida do batedor para a festa do gol e da torcida. Não vejo como problema o goleiro se valer de artifícios desde que não se adiante na cobrança. Azar do cobrador se ele perder a concentração. Aliás, de anos para cá, os goleiros têm se especializado em defender penalidades. Eles melhoraram muito mais do que os batedores. As gracinhas dos cobradores ainda estão valendo. Mas a do goleiro, não.

Os acréscimos ao tempo final de cada partida, principalmente no segundo tempo, já viraram uma rotina e todos já se acostumaram com isso. O relógio não para nos 45 minutos. O que não pode é o árbitro viciar seu marcador e sempre oferecer aqueles ‘seis minutinhos’ de praxe. A arbitragem está liberada para seguir com o jogo até quando entender que todo o tempo perdido com paralisação e comemoração de gol está ‘pago’.

Tem sido, em média, de 8 minutos a mais de bola rolando. Algumas partidas já tiveram mais de dez minutos. Não adianta os jogadores do time que está ganhando ficar pedindo o fim da disputa, gesticulando com os braços. Nem o banco de reservas. A regra é clara, como diria o ex-árbitro e comentarista Arnaldo Cezar Coelho.

Há ainda a possibilidade de aumentar os membros da arbitragem, não a do VAR, a de campo mesmo. Seriam os árbitros reservas. Uma confraria que poderia ajudar o juiz principal a tomar suas decisões. Eles poderiam se reunir e debater o lance, ali mesmo, na beira do gramado. “Foi. Não foi. Foi sim. Não foi não”.... Torcida e jogadores esperariam pela fumacinha branca. Chato isso, né? Mas pode agora. Isso implica ainda nos custos da arbitragem. Vai aumentar com mais gente trabalhando.

A Fifa tenta minimizar o tempo perdido, tornar o jogo de futebol mais justo e trabalhar em prol do gol. De tempos para cá, as regras têm sido revisitadas de modo a acompanhar a necessidade e tendência do torcedor.

As novas regras do futebol já estão valendo. Algumas prometem deixar o jogo mais atraente, outras nem tanto. Tem treinador que vai reclamar do uso do cartão vermelho pelos árbitros e da ‘conversa de botequim’ que novos membros da arbitragem podem ter para analisar um lance. Zagueiros que engrossarem também serão ‘punidos’ com o gol do rival. O futebol brasileiro já antecipou algumas dessas novas regras, como o aumento do tempo de jogo. Tudo isso para tentar agradar ainda mais o torcedor.

Começo pelo cartão vermelho que o treinador poderá levar a partir de agora caso algum membro da comissão técnica que esteja no banco de reservas faça qualquer provocação ao árbitro e não seja identificado. Nesse caso, após ouvir a bronca ou a reclamação, o juiz de campo, sem saber quem falou, vai expulsar o técnico. É justo? Não me parece, mas é assim que vai ser. Para evitar que o chefe receba o vermelho, o membro da comissão ou um próprio jogador deverá se apresentar: “fu eu, senhor”.

Edna Alves Batista é uma das árbitras de primeira linha do futebol brasileiro: novas regras já são estudadas pela arbitragem Foto: Denny Cesare / Estadão

Zagueiro estabanado também terá problemas. Se ele tiver a bola dominada e sob total controle e fizer uma lambança, como uma passe, por exemplo, para um adversário na ‘banheira’, em posição irregular, o jogo não será parado e o árbitro não marcará impedimento. Se tiver gol, ele será validado. Mas isso só ocorrerá se o defensor tiver, de fato, domínio da situação e errar a jogada. O mesmo não ocorre com o goleiro, que pode chutar uma bola e entregá-la nos pés de um jogador em impedimento. Neste caso, o jogador será paralisado.

Goleiros dançarinos na hora de um pênalti também estão proibidos. A alegação é que tira a concentração do batedor. Ele ainda terá de manter um dos pés fixo na linha do gol. Essa regra visa facilitar a vida do batedor para a festa do gol e da torcida. Não vejo como problema o goleiro se valer de artifícios desde que não se adiante na cobrança. Azar do cobrador se ele perder a concentração. Aliás, de anos para cá, os goleiros têm se especializado em defender penalidades. Eles melhoraram muito mais do que os batedores. As gracinhas dos cobradores ainda estão valendo. Mas a do goleiro, não.

Os acréscimos ao tempo final de cada partida, principalmente no segundo tempo, já viraram uma rotina e todos já se acostumaram com isso. O relógio não para nos 45 minutos. O que não pode é o árbitro viciar seu marcador e sempre oferecer aqueles ‘seis minutinhos’ de praxe. A arbitragem está liberada para seguir com o jogo até quando entender que todo o tempo perdido com paralisação e comemoração de gol está ‘pago’.

Tem sido, em média, de 8 minutos a mais de bola rolando. Algumas partidas já tiveram mais de dez minutos. Não adianta os jogadores do time que está ganhando ficar pedindo o fim da disputa, gesticulando com os braços. Nem o banco de reservas. A regra é clara, como diria o ex-árbitro e comentarista Arnaldo Cezar Coelho.

Há ainda a possibilidade de aumentar os membros da arbitragem, não a do VAR, a de campo mesmo. Seriam os árbitros reservas. Uma confraria que poderia ajudar o juiz principal a tomar suas decisões. Eles poderiam se reunir e debater o lance, ali mesmo, na beira do gramado. “Foi. Não foi. Foi sim. Não foi não”.... Torcida e jogadores esperariam pela fumacinha branca. Chato isso, né? Mas pode agora. Isso implica ainda nos custos da arbitragem. Vai aumentar com mais gente trabalhando.

A Fifa tenta minimizar o tempo perdido, tornar o jogo de futebol mais justo e trabalhar em prol do gol. De tempos para cá, as regras têm sido revisitadas de modo a acompanhar a necessidade e tendência do torcedor.

As novas regras do futebol já estão valendo. Algumas prometem deixar o jogo mais atraente, outras nem tanto. Tem treinador que vai reclamar do uso do cartão vermelho pelos árbitros e da ‘conversa de botequim’ que novos membros da arbitragem podem ter para analisar um lance. Zagueiros que engrossarem também serão ‘punidos’ com o gol do rival. O futebol brasileiro já antecipou algumas dessas novas regras, como o aumento do tempo de jogo. Tudo isso para tentar agradar ainda mais o torcedor.

Começo pelo cartão vermelho que o treinador poderá levar a partir de agora caso algum membro da comissão técnica que esteja no banco de reservas faça qualquer provocação ao árbitro e não seja identificado. Nesse caso, após ouvir a bronca ou a reclamação, o juiz de campo, sem saber quem falou, vai expulsar o técnico. É justo? Não me parece, mas é assim que vai ser. Para evitar que o chefe receba o vermelho, o membro da comissão ou um próprio jogador deverá se apresentar: “fu eu, senhor”.

Edna Alves Batista é uma das árbitras de primeira linha do futebol brasileiro: novas regras já são estudadas pela arbitragem Foto: Denny Cesare / Estadão

Zagueiro estabanado também terá problemas. Se ele tiver a bola dominada e sob total controle e fizer uma lambança, como uma passe, por exemplo, para um adversário na ‘banheira’, em posição irregular, o jogo não será parado e o árbitro não marcará impedimento. Se tiver gol, ele será validado. Mas isso só ocorrerá se o defensor tiver, de fato, domínio da situação e errar a jogada. O mesmo não ocorre com o goleiro, que pode chutar uma bola e entregá-la nos pés de um jogador em impedimento. Neste caso, o jogador será paralisado.

Goleiros dançarinos na hora de um pênalti também estão proibidos. A alegação é que tira a concentração do batedor. Ele ainda terá de manter um dos pés fixo na linha do gol. Essa regra visa facilitar a vida do batedor para a festa do gol e da torcida. Não vejo como problema o goleiro se valer de artifícios desde que não se adiante na cobrança. Azar do cobrador se ele perder a concentração. Aliás, de anos para cá, os goleiros têm se especializado em defender penalidades. Eles melhoraram muito mais do que os batedores. As gracinhas dos cobradores ainda estão valendo. Mas a do goleiro, não.

Os acréscimos ao tempo final de cada partida, principalmente no segundo tempo, já viraram uma rotina e todos já se acostumaram com isso. O relógio não para nos 45 minutos. O que não pode é o árbitro viciar seu marcador e sempre oferecer aqueles ‘seis minutinhos’ de praxe. A arbitragem está liberada para seguir com o jogo até quando entender que todo o tempo perdido com paralisação e comemoração de gol está ‘pago’.

Tem sido, em média, de 8 minutos a mais de bola rolando. Algumas partidas já tiveram mais de dez minutos. Não adianta os jogadores do time que está ganhando ficar pedindo o fim da disputa, gesticulando com os braços. Nem o banco de reservas. A regra é clara, como diria o ex-árbitro e comentarista Arnaldo Cezar Coelho.

Há ainda a possibilidade de aumentar os membros da arbitragem, não a do VAR, a de campo mesmo. Seriam os árbitros reservas. Uma confraria que poderia ajudar o juiz principal a tomar suas decisões. Eles poderiam se reunir e debater o lance, ali mesmo, na beira do gramado. “Foi. Não foi. Foi sim. Não foi não”.... Torcida e jogadores esperariam pela fumacinha branca. Chato isso, né? Mas pode agora. Isso implica ainda nos custos da arbitragem. Vai aumentar com mais gente trabalhando.

A Fifa tenta minimizar o tempo perdido, tornar o jogo de futebol mais justo e trabalhar em prol do gol. De tempos para cá, as regras têm sido revisitadas de modo a acompanhar a necessidade e tendência do torcedor.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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