Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|Por que não estamos gostando?


Procuro uma resposta simples e tropeço numa sequência de situações que talvez me ajude a compreender

Por Robson Morelli

Tento entender antes que a Copa acabe por que não estamos gostando da seleção brasileira. Procuro uma resposta simples e tropeço numa sequência de situações que talvez me ajude a compreender o momento exato em que paramos de admirar o trabalho de Tite e da equipe para torcer o nariz e achar que não vamos muito longe na Rússia. Os poucos com quem converso pensam o mesmo. A maioria concorda comigo. Não vamos longe. Tomara estejamos todos errados e esse sentimento mude.

+ ADRIANA MOREIRA: Mandinga de torcedor

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+ Melhor de CR7 ainda está por vir

+ Leia outros colunistas de Esportes

Ocorre que em algum momento desta caminhada para a Copa da Rússia, deixamos de aplaudir a seleção resgatada por Tite e que tinha nesses mesmos jogadores uma esperança de sucesso. O Brasil foi o primeiro a se classificar pelas Eliminatórias. Muitos brasileiros compraram ingressos acreditando que o time pudesse, de fato, resgatar sua tradição e minimizar o 7 a 1 quatro anos antes.

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Robson Morelli é editor de Esportes e colunista doEstadão Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Mas a coisa desandou de certa forma que apenas as crianças apostam suas fichas e acreditam na turma de Neymar, conforme reportagem publicada neste jornal pela repórter Renata Cafardo.

É óbvio que Neymar tem tudo a ver com isso, mas não só ele. Nos foi vendido lá atrás pela comissão técnica que o jogador do PSG chegaria à competição “voando”. Ele ficaria em pé no tempo estipulado (e ficou) e passaria por cima da falta de ritmo provocada pelos três meses inativos. Isso não acorreu. Em duas partidas, ele foi comum.

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Tite também nos fez crer (ou quisemos acreditar) que Neymar tinha amadurecido de uma Copa para outra (2014-2018) e que sua transferência para Paris o havia deixado mais firme diante das adversidades, afinal, agora ele era o “cara”, o camisa 10 de uma empreitada gigantesca na Europa. Voava por conta própria e por uma bandeira.

Bastaram algumas críticas, jogadas erradas e broncas dos árbitros para Neymar se transformar. E aí entram os outros problemas do grupo. Não há um capitão (já que todos o são) para chamá-lo de canto ou colocá-lo no canto de um quarto para poucas e boas, explicar o que é uma Copa do Mundo, mais ou menos como Dunga fez com Romário na edição de 1994, nos Estados Unidos. 

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No episódio do choro contra Costa Rica, os jogadores trataram de passar a mão na cabeça do atacante como se ele precisasse desse carinho “por tudo o que sofreu nos últimos meses”. Ora! E os outros jogadores também não vivenciaram momentos duros para chegar à Copa? Fagner não trabalhou dia e noite para atender ao chamado e se recuperar? E Fred, Renato Augusto, que quase foi cortado, Danilo e todos os outros que se cuidaram em seus respectivos clubes? Qual é a diferença desse esforço de todos comparado ao esforço de Neymar? Sofre mais quem ficou para trás, não viu seu nome na lista de Tite mesmo tendo ajudado o Brasil em algum momento antes da Copa. 

Tite e sua comissão também falharam no procedimento com o jogador. Não era para passar a mão na cabeça de Neymar. Não vejo ninguém passando a mão na cabeça de Messi ou Cristiano Ronaldo. Precisavam dar um freio em Neymar e em suas estripulias. Torná-lo mais humano e mais parecido com os outros do mesmo elenco.

É claro que tudo isso não tira (ainda) da seleção a possibilidade de ela se classificar bem diante da Sérvia, recuperar parte do seu bom futebol e avançar para as oitavas de final mais sólida. Há quem diga que quando o time caminha no Mundial a trancos e barrancos, como agora na Rússia, os jogadores sentem mais a necessidade de dar a volta por cima e se fortalecem de modo a se desdobrar para dar tudo até o fim, encarar as partidas como se fossem finais antecipadas. Isso vale, claro. Não tenho dúvidas da força dos brasileiros, nem na qualidade do time. Mas é preciso jogar um pouquinho de bom futebol também. A bem da verdade, perdemos esse bom futebol quando deixamos a Europa, após dois amistosos, para desembarcar na Rússia como um dos favoritos.

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Nesse momento, não temos nem como avaliar o que o time anda fazendo, dada a quantidade de treinos fechados e trabalhos longe dos holofotes. Tudo é um mistério, nada é transparente. Não há explicações disso ou daquilo. As informações são oficiais e dadas nos canais da própria CBF, onde o mundo é verde e amarelo e seu maior personagem é o divertido Canarinho ‘Pistola’. 

*ROBSON MORELLI É EDITOR DE ESPORTES DO ‘ESTADÃO’

Em imagens, a história da seleção brasileira na Copa do Mundo da Rússia

1 | 81

Final

Foto: Fábio Motta / Estadão Conteúdo
2 | 81

Dor

Foto: Frank Ausgtein / AP
3 | 81

Vencedores

Foto: Robert Ghement / EFE
4 | 81

Há tempo

Foto: Luis Acosta / AFP
5 | 81

Marcado

Foto: Gleb Baranich / Reuters
6 | 81

Esperança

Foto: Manan Vatsayana / AFP
7 | 81

Mortal

Foto: Frank Augstein / AP
8 | 81

Azar

Foto: Saeed Khan / AFP
9 | 81

Reforço na torcida

Foto: Twitter Oficial / CBF
10 | 81

Atenção redobrada

Foto: Matthias Schrader / AP
11 | 81

Volta do Canário

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
12 | 81

Calor da torcida

Foto: Eduardo Nicolau / Estadão
13 | 81

Última vez

Foto: Nelson Almeida / AFP
14 | 81

Volta

Foto: Ronald Wittek / EFE
15 | 81

Bom humor

Foto: Ronald Wittek / EFE
16 | 81

Pra garantir

Foto: Michael Dalder / Reuters
17 | 81

Agressão?

Foto: David Gray / Reuters
18 | 81

Marca do craque

Foto: Fabrice Coffrini / AFP
19 | 81

Muro mexicano

Foto: Benjamin Cremel / AFP
20 | 81

Últimos ajustes

Foto: Eduardo Nicolau/Estadão
21 | 81

Oitavas do PSG

Foto: David Gray/Reuters
22 | 81

Capitão repetido

Foto: Emmanuel Dunand/AFP
23 | 81

A volta de Marcelo

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
24 | 81

Treino fechado

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
25 | 81

Retorno e Ausência

Foto: Hannah McKay / Reuters
26 | 81

Voo da vitória

Foto: Reprodução Twitter CBF
27 | 81

Artilheiros

Foto: Eduardo Nicolau/Estadão
28 | 81

Perdeu!

Foto: Wilton Junior/Estadão
29 | 81

Pelo alto

Foto: Eduardo Nicolau/Estadão
30 | 81

Com estilo

Foto: Eduardo Nicolau/Estadão
31 | 81

Habilidade

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
32 | 81

Visita

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
33 | 81

Sem alterações

Foto: Wilton Júnior / Estadão
34 | 81

Na capital

Foto: Yuri Kadobnov / AFP
35 | 81

Pistola

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
36 | 81

Alterações?

Foto: Wilton Junior/Estadão
37 | 81

Ainda não

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
38 | 81

Velho conhecido

Foto: Kai Pfaffenbach / Reuters
39 | 81

Obrigado

Foto: Wilton Junior/Estadão
40 | 81

Descontração

Foto: Wilton Junior / Estadão
41 | 81

'Gigantes por natureza'

Foto: Wilton Junior/Estadão
42 | 81

Preocupação

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
43 | 81

Regenerativo

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
44 | 81

Sofrimento

Foto: Juan Herrero / EFE
45 | 81

Iluminado

Foto: Lee Smith
46 | 81

Encenação

Foto: Michael Sohn / AP
47 | 81

Novo titular?

Foto: Olga Matseva / AFP
48 | 81

Manutenção

Foto: Dmitri Lovetsky / AP
49 | 81

Nova chance

Foto: Wilton Júnior / Estadão Conteúdo
50 | 81

Calor da torcida

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
51 | 81

Tudo bem

Foto: Twitter Oficial / CBF
52 | 81

Próximo

Foto: Tatyana Makeyeva / Reuters
53 | 81

Susto

Foto: Hannah McKay / Reuters
54 | 81

Treino regenerativo

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
55 | 81

Agora sim?

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
56 | 81

Mudança?

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
57 | 81

Caçado

Foto: Wilton Junior/Estadão
58 | 81

Cadê o VAR?

Foto: Wilton Junior/Estadão
59 | 81

Comemoração

Foto: Eduardo Nicolau/Estadão
60 | 81

Nervosismo

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
61 | 81

Novo visual do craque

Foto: Wilton Junior/Estadão
62 | 81

Seleção 100% recuperada

Foto: Felipe Dana/AP
63 | 81

Olho no CR7

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
64 | 81

Volta

Foto: Nelson Almeida / AFP
65 | 81

Definido

Foto: Hassan Anmar / AP
66 | 81

Preparação

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
67 | 81

Enquanto isso...

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
68 | 81

Amado

69 | 81

Ausência

Foto: Nelson Almeida / AFP
70 | 81

Treino

Foto: Nelson Almeida / AFP
71 | 81

Comemorações

Foto: André Penner / AP
72 | 81

Invasão

Foto: Nelson Almeida / AFP
73 | 81

Pequeno susto

Foto: Andre Penner / AP
74 | 81

Recepção

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
75 | 81

Desembarque

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
76 | 81

Segundo amistoso

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
77 | 81

Viena

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
78 | 81

Primeiro amistoso

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
79 | 81

Liverpool

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
80 | 81

Londres

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
81 | 81

Teresópolis

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
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Tento entender antes que a Copa acabe por que não estamos gostando da seleção brasileira. Procuro uma resposta simples e tropeço numa sequência de situações que talvez me ajude a compreender o momento exato em que paramos de admirar o trabalho de Tite e da equipe para torcer o nariz e achar que não vamos muito longe na Rússia. Os poucos com quem converso pensam o mesmo. A maioria concorda comigo. Não vamos longe. Tomara estejamos todos errados e esse sentimento mude.

+ ADRIANA MOREIRA: Mandinga de torcedor

+ Melhor de CR7 ainda está por vir

+ Leia outros colunistas de Esportes

Ocorre que em algum momento desta caminhada para a Copa da Rússia, deixamos de aplaudir a seleção resgatada por Tite e que tinha nesses mesmos jogadores uma esperança de sucesso. O Brasil foi o primeiro a se classificar pelas Eliminatórias. Muitos brasileiros compraram ingressos acreditando que o time pudesse, de fato, resgatar sua tradição e minimizar o 7 a 1 quatro anos antes.

Robson Morelli é editor de Esportes e colunista doEstadão Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Mas a coisa desandou de certa forma que apenas as crianças apostam suas fichas e acreditam na turma de Neymar, conforme reportagem publicada neste jornal pela repórter Renata Cafardo.

É óbvio que Neymar tem tudo a ver com isso, mas não só ele. Nos foi vendido lá atrás pela comissão técnica que o jogador do PSG chegaria à competição “voando”. Ele ficaria em pé no tempo estipulado (e ficou) e passaria por cima da falta de ritmo provocada pelos três meses inativos. Isso não acorreu. Em duas partidas, ele foi comum.

Tite também nos fez crer (ou quisemos acreditar) que Neymar tinha amadurecido de uma Copa para outra (2014-2018) e que sua transferência para Paris o havia deixado mais firme diante das adversidades, afinal, agora ele era o “cara”, o camisa 10 de uma empreitada gigantesca na Europa. Voava por conta própria e por uma bandeira.

Bastaram algumas críticas, jogadas erradas e broncas dos árbitros para Neymar se transformar. E aí entram os outros problemas do grupo. Não há um capitão (já que todos o são) para chamá-lo de canto ou colocá-lo no canto de um quarto para poucas e boas, explicar o que é uma Copa do Mundo, mais ou menos como Dunga fez com Romário na edição de 1994, nos Estados Unidos. 

No episódio do choro contra Costa Rica, os jogadores trataram de passar a mão na cabeça do atacante como se ele precisasse desse carinho “por tudo o que sofreu nos últimos meses”. Ora! E os outros jogadores também não vivenciaram momentos duros para chegar à Copa? Fagner não trabalhou dia e noite para atender ao chamado e se recuperar? E Fred, Renato Augusto, que quase foi cortado, Danilo e todos os outros que se cuidaram em seus respectivos clubes? Qual é a diferença desse esforço de todos comparado ao esforço de Neymar? Sofre mais quem ficou para trás, não viu seu nome na lista de Tite mesmo tendo ajudado o Brasil em algum momento antes da Copa. 

Tite e sua comissão também falharam no procedimento com o jogador. Não era para passar a mão na cabeça de Neymar. Não vejo ninguém passando a mão na cabeça de Messi ou Cristiano Ronaldo. Precisavam dar um freio em Neymar e em suas estripulias. Torná-lo mais humano e mais parecido com os outros do mesmo elenco.

É claro que tudo isso não tira (ainda) da seleção a possibilidade de ela se classificar bem diante da Sérvia, recuperar parte do seu bom futebol e avançar para as oitavas de final mais sólida. Há quem diga que quando o time caminha no Mundial a trancos e barrancos, como agora na Rússia, os jogadores sentem mais a necessidade de dar a volta por cima e se fortalecem de modo a se desdobrar para dar tudo até o fim, encarar as partidas como se fossem finais antecipadas. Isso vale, claro. Não tenho dúvidas da força dos brasileiros, nem na qualidade do time. Mas é preciso jogar um pouquinho de bom futebol também. A bem da verdade, perdemos esse bom futebol quando deixamos a Europa, após dois amistosos, para desembarcar na Rússia como um dos favoritos.

Nesse momento, não temos nem como avaliar o que o time anda fazendo, dada a quantidade de treinos fechados e trabalhos longe dos holofotes. Tudo é um mistério, nada é transparente. Não há explicações disso ou daquilo. As informações são oficiais e dadas nos canais da própria CBF, onde o mundo é verde e amarelo e seu maior personagem é o divertido Canarinho ‘Pistola’. 

*ROBSON MORELLI É EDITOR DE ESPORTES DO ‘ESTADÃO’

Em imagens, a história da seleção brasileira na Copa do Mundo da Rússia

1 | 81

Final

Foto: Fábio Motta / Estadão Conteúdo
2 | 81

Dor

Foto: Frank Ausgtein / AP
3 | 81

Vencedores

Foto: Robert Ghement / EFE
4 | 81

Há tempo

Foto: Luis Acosta / AFP
5 | 81

Marcado

Foto: Gleb Baranich / Reuters
6 | 81

Esperança

Foto: Manan Vatsayana / AFP
7 | 81

Mortal

Foto: Frank Augstein / AP
8 | 81

Azar

Foto: Saeed Khan / AFP
9 | 81

Reforço na torcida

Foto: Twitter Oficial / CBF
10 | 81

Atenção redobrada

Foto: Matthias Schrader / AP
11 | 81

Volta do Canário

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
12 | 81

Calor da torcida

Foto: Eduardo Nicolau / Estadão
13 | 81

Última vez

Foto: Nelson Almeida / AFP
14 | 81

Volta

Foto: Ronald Wittek / EFE
15 | 81

Bom humor

Foto: Ronald Wittek / EFE
16 | 81

Pra garantir

Foto: Michael Dalder / Reuters
17 | 81

Agressão?

Foto: David Gray / Reuters
18 | 81

Marca do craque

Foto: Fabrice Coffrini / AFP
19 | 81

Muro mexicano

Foto: Benjamin Cremel / AFP
20 | 81

Últimos ajustes

Foto: Eduardo Nicolau/Estadão
21 | 81

Oitavas do PSG

Foto: David Gray/Reuters
22 | 81

Capitão repetido

Foto: Emmanuel Dunand/AFP
23 | 81

A volta de Marcelo

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
24 | 81

Treino fechado

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
25 | 81

Retorno e Ausência

Foto: Hannah McKay / Reuters
26 | 81

Voo da vitória

Foto: Reprodução Twitter CBF
27 | 81

Artilheiros

Foto: Eduardo Nicolau/Estadão
28 | 81

Perdeu!

Foto: Wilton Junior/Estadão
29 | 81

Pelo alto

Foto: Eduardo Nicolau/Estadão
30 | 81

Com estilo

Foto: Eduardo Nicolau/Estadão
31 | 81

Habilidade

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
32 | 81

Visita

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
33 | 81

Sem alterações

Foto: Wilton Júnior / Estadão
34 | 81

Na capital

Foto: Yuri Kadobnov / AFP
35 | 81

Pistola

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
36 | 81

Alterações?

Foto: Wilton Junior/Estadão
37 | 81

Ainda não

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
38 | 81

Velho conhecido

Foto: Kai Pfaffenbach / Reuters
39 | 81

Obrigado

Foto: Wilton Junior/Estadão
40 | 81

Descontração

Foto: Wilton Junior / Estadão
41 | 81

'Gigantes por natureza'

Foto: Wilton Junior/Estadão
42 | 81

Preocupação

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
43 | 81

Regenerativo

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
44 | 81

Sofrimento

Foto: Juan Herrero / EFE
45 | 81

Iluminado

Foto: Lee Smith
46 | 81

Encenação

Foto: Michael Sohn / AP
47 | 81

Novo titular?

Foto: Olga Matseva / AFP
48 | 81

Manutenção

Foto: Dmitri Lovetsky / AP
49 | 81

Nova chance

Foto: Wilton Júnior / Estadão Conteúdo
50 | 81

Calor da torcida

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
51 | 81

Tudo bem

Foto: Twitter Oficial / CBF
52 | 81

Próximo

Foto: Tatyana Makeyeva / Reuters
53 | 81

Susto

Foto: Hannah McKay / Reuters
54 | 81

Treino regenerativo

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
55 | 81

Agora sim?

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
56 | 81

Mudança?

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
57 | 81

Caçado

Foto: Wilton Junior/Estadão
58 | 81

Cadê o VAR?

Foto: Wilton Junior/Estadão
59 | 81

Comemoração

Foto: Eduardo Nicolau/Estadão
60 | 81

Nervosismo

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
61 | 81

Novo visual do craque

Foto: Wilton Junior/Estadão
62 | 81

Seleção 100% recuperada

Foto: Felipe Dana/AP
63 | 81

Olho no CR7

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
64 | 81

Volta

Foto: Nelson Almeida / AFP
65 | 81

Definido

Foto: Hassan Anmar / AP
66 | 81

Preparação

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
67 | 81

Enquanto isso...

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
68 | 81

Amado

69 | 81

Ausência

Foto: Nelson Almeida / AFP
70 | 81

Treino

Foto: Nelson Almeida / AFP
71 | 81

Comemorações

Foto: André Penner / AP
72 | 81

Invasão

Foto: Nelson Almeida / AFP
73 | 81

Pequeno susto

Foto: Andre Penner / AP
74 | 81

Recepção

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
75 | 81

Desembarque

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
76 | 81

Segundo amistoso

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
77 | 81

Viena

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
78 | 81

Primeiro amistoso

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
79 | 81

Liverpool

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
80 | 81

Londres

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
81 | 81

Teresópolis

Foto: Lucas Figueiredo / CBF

Tento entender antes que a Copa acabe por que não estamos gostando da seleção brasileira. Procuro uma resposta simples e tropeço numa sequência de situações que talvez me ajude a compreender o momento exato em que paramos de admirar o trabalho de Tite e da equipe para torcer o nariz e achar que não vamos muito longe na Rússia. Os poucos com quem converso pensam o mesmo. A maioria concorda comigo. Não vamos longe. Tomara estejamos todos errados e esse sentimento mude.

+ ADRIANA MOREIRA: Mandinga de torcedor

+ Melhor de CR7 ainda está por vir

+ Leia outros colunistas de Esportes

Ocorre que em algum momento desta caminhada para a Copa da Rússia, deixamos de aplaudir a seleção resgatada por Tite e que tinha nesses mesmos jogadores uma esperança de sucesso. O Brasil foi o primeiro a se classificar pelas Eliminatórias. Muitos brasileiros compraram ingressos acreditando que o time pudesse, de fato, resgatar sua tradição e minimizar o 7 a 1 quatro anos antes.

Robson Morelli é editor de Esportes e colunista doEstadão Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Mas a coisa desandou de certa forma que apenas as crianças apostam suas fichas e acreditam na turma de Neymar, conforme reportagem publicada neste jornal pela repórter Renata Cafardo.

É óbvio que Neymar tem tudo a ver com isso, mas não só ele. Nos foi vendido lá atrás pela comissão técnica que o jogador do PSG chegaria à competição “voando”. Ele ficaria em pé no tempo estipulado (e ficou) e passaria por cima da falta de ritmo provocada pelos três meses inativos. Isso não acorreu. Em duas partidas, ele foi comum.

Tite também nos fez crer (ou quisemos acreditar) que Neymar tinha amadurecido de uma Copa para outra (2014-2018) e que sua transferência para Paris o havia deixado mais firme diante das adversidades, afinal, agora ele era o “cara”, o camisa 10 de uma empreitada gigantesca na Europa. Voava por conta própria e por uma bandeira.

Bastaram algumas críticas, jogadas erradas e broncas dos árbitros para Neymar se transformar. E aí entram os outros problemas do grupo. Não há um capitão (já que todos o são) para chamá-lo de canto ou colocá-lo no canto de um quarto para poucas e boas, explicar o que é uma Copa do Mundo, mais ou menos como Dunga fez com Romário na edição de 1994, nos Estados Unidos. 

No episódio do choro contra Costa Rica, os jogadores trataram de passar a mão na cabeça do atacante como se ele precisasse desse carinho “por tudo o que sofreu nos últimos meses”. Ora! E os outros jogadores também não vivenciaram momentos duros para chegar à Copa? Fagner não trabalhou dia e noite para atender ao chamado e se recuperar? E Fred, Renato Augusto, que quase foi cortado, Danilo e todos os outros que se cuidaram em seus respectivos clubes? Qual é a diferença desse esforço de todos comparado ao esforço de Neymar? Sofre mais quem ficou para trás, não viu seu nome na lista de Tite mesmo tendo ajudado o Brasil em algum momento antes da Copa. 

Tite e sua comissão também falharam no procedimento com o jogador. Não era para passar a mão na cabeça de Neymar. Não vejo ninguém passando a mão na cabeça de Messi ou Cristiano Ronaldo. Precisavam dar um freio em Neymar e em suas estripulias. Torná-lo mais humano e mais parecido com os outros do mesmo elenco.

É claro que tudo isso não tira (ainda) da seleção a possibilidade de ela se classificar bem diante da Sérvia, recuperar parte do seu bom futebol e avançar para as oitavas de final mais sólida. Há quem diga que quando o time caminha no Mundial a trancos e barrancos, como agora na Rússia, os jogadores sentem mais a necessidade de dar a volta por cima e se fortalecem de modo a se desdobrar para dar tudo até o fim, encarar as partidas como se fossem finais antecipadas. Isso vale, claro. Não tenho dúvidas da força dos brasileiros, nem na qualidade do time. Mas é preciso jogar um pouquinho de bom futebol também. A bem da verdade, perdemos esse bom futebol quando deixamos a Europa, após dois amistosos, para desembarcar na Rússia como um dos favoritos.

Nesse momento, não temos nem como avaliar o que o time anda fazendo, dada a quantidade de treinos fechados e trabalhos longe dos holofotes. Tudo é um mistério, nada é transparente. Não há explicações disso ou daquilo. As informações são oficiais e dadas nos canais da própria CBF, onde o mundo é verde e amarelo e seu maior personagem é o divertido Canarinho ‘Pistola’. 

*ROBSON MORELLI É EDITOR DE ESPORTES DO ‘ESTADÃO’

Em imagens, a história da seleção brasileira na Copa do Mundo da Rússia

1 | 81

Final

Foto: Fábio Motta / Estadão Conteúdo
2 | 81

Dor

Foto: Frank Ausgtein / AP
3 | 81

Vencedores

Foto: Robert Ghement / EFE
4 | 81

Há tempo

Foto: Luis Acosta / AFP
5 | 81

Marcado

Foto: Gleb Baranich / Reuters
6 | 81

Esperança

Foto: Manan Vatsayana / AFP
7 | 81

Mortal

Foto: Frank Augstein / AP
8 | 81

Azar

Foto: Saeed Khan / AFP
9 | 81

Reforço na torcida

Foto: Twitter Oficial / CBF
10 | 81

Atenção redobrada

Foto: Matthias Schrader / AP
11 | 81

Volta do Canário

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
12 | 81

Calor da torcida

Foto: Eduardo Nicolau / Estadão
13 | 81

Última vez

Foto: Nelson Almeida / AFP
14 | 81

Volta

Foto: Ronald Wittek / EFE
15 | 81

Bom humor

Foto: Ronald Wittek / EFE
16 | 81

Pra garantir

Foto: Michael Dalder / Reuters
17 | 81

Agressão?

Foto: David Gray / Reuters
18 | 81

Marca do craque

Foto: Fabrice Coffrini / AFP
19 | 81

Muro mexicano

Foto: Benjamin Cremel / AFP
20 | 81

Últimos ajustes

Foto: Eduardo Nicolau/Estadão
21 | 81

Oitavas do PSG

Foto: David Gray/Reuters
22 | 81

Capitão repetido

Foto: Emmanuel Dunand/AFP
23 | 81

A volta de Marcelo

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
24 | 81

Treino fechado

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
25 | 81

Retorno e Ausência

Foto: Hannah McKay / Reuters
26 | 81

Voo da vitória

Foto: Reprodução Twitter CBF
27 | 81

Artilheiros

Foto: Eduardo Nicolau/Estadão
28 | 81

Perdeu!

Foto: Wilton Junior/Estadão
29 | 81

Pelo alto

Foto: Eduardo Nicolau/Estadão
30 | 81

Com estilo

Foto: Eduardo Nicolau/Estadão
31 | 81

Habilidade

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
32 | 81

Visita

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
33 | 81

Sem alterações

Foto: Wilton Júnior / Estadão
34 | 81

Na capital

Foto: Yuri Kadobnov / AFP
35 | 81

Pistola

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
36 | 81

Alterações?

Foto: Wilton Junior/Estadão
37 | 81

Ainda não

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
38 | 81

Velho conhecido

Foto: Kai Pfaffenbach / Reuters
39 | 81

Obrigado

Foto: Wilton Junior/Estadão
40 | 81

Descontração

Foto: Wilton Junior / Estadão
41 | 81

'Gigantes por natureza'

Foto: Wilton Junior/Estadão
42 | 81

Preocupação

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
43 | 81

Regenerativo

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
44 | 81

Sofrimento

Foto: Juan Herrero / EFE
45 | 81

Iluminado

Foto: Lee Smith
46 | 81

Encenação

Foto: Michael Sohn / AP
47 | 81

Novo titular?

Foto: Olga Matseva / AFP
48 | 81

Manutenção

Foto: Dmitri Lovetsky / AP
49 | 81

Nova chance

Foto: Wilton Júnior / Estadão Conteúdo
50 | 81

Calor da torcida

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
51 | 81

Tudo bem

Foto: Twitter Oficial / CBF
52 | 81

Próximo

Foto: Tatyana Makeyeva / Reuters
53 | 81

Susto

Foto: Hannah McKay / Reuters
54 | 81

Treino regenerativo

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
55 | 81

Agora sim?

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
56 | 81

Mudança?

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
57 | 81

Caçado

Foto: Wilton Junior/Estadão
58 | 81

Cadê o VAR?

Foto: Wilton Junior/Estadão
59 | 81

Comemoração

Foto: Eduardo Nicolau/Estadão
60 | 81

Nervosismo

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
61 | 81

Novo visual do craque

Foto: Wilton Junior/Estadão
62 | 81

Seleção 100% recuperada

Foto: Felipe Dana/AP
63 | 81

Olho no CR7

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
64 | 81

Volta

Foto: Nelson Almeida / AFP
65 | 81

Definido

Foto: Hassan Anmar / AP
66 | 81

Preparação

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
67 | 81

Enquanto isso...

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
68 | 81

Amado

69 | 81

Ausência

Foto: Nelson Almeida / AFP
70 | 81

Treino

Foto: Nelson Almeida / AFP
71 | 81

Comemorações

Foto: André Penner / AP
72 | 81

Invasão

Foto: Nelson Almeida / AFP
73 | 81

Pequeno susto

Foto: Andre Penner / AP
74 | 81

Recepção

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
75 | 81

Desembarque

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
76 | 81

Segundo amistoso

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
77 | 81

Viena

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
78 | 81

Primeiro amistoso

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
79 | 81

Liverpool

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
80 | 81

Londres

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
81 | 81

Teresópolis

Foto: Lucas Figueiredo / CBF

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