Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|Se o plano era jogar bonito e ganhar com facilidade, o Brasil não fez nem uma coisa nem outra


A vitória diante do Peru, em Lima, foi com sofrimento, magra (1 a 0) e sem repetir a boa atuação da estreia das Eliminatórias diante da Bolívia: ninguém jogou bem e Diniz viveu na seleção seu primeiro dia de Fluminense

Por Robson Morelli
Atualização:

Se o plano era jogar bonito e ganhar a partida com facilidade, o Brasil não fez nem uma coisa nem outra diante do Peru, em Lima, em sua segunda apresentação nas Eliminatórias. A vitória foi sofrida e com gol apenas aos 44 minutos do segundo tempo, de uma bola parada de escanteio e uma bobeada de marcação no primeiro pau.

Fernando Diniz repetiu a escalação que socou a Bolívia sem dó na estreia da competição sul-americana em Belém, mas também isso não foi suficiente para se impor no bonito e acalorado estádio nacional da capital peruano. Antes do jogo, um grupo de xamãs peruanos ‘amarrou as pernas’ de Neymar para que elas não funcionassem. Não é que deu certo! É claro que não acredito nisso, embora não duvide. Mas o fato é que toda aquela alegria, e euforia, da estreia não se viu nessa partida. A seleção brasileira foi um time amarrado, em alguns momentos até pior do que o Peru. O gol de Marquinhos caiu dos céus, portanto.

Neymar jogou 'amarrado' e sem o mesmo brilho da apresentação diante da Bolívia Foto: Sebastian Castaneda / Reuters
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Talvez Fernando Diniz e os próprios jogadores não esperavam um rival sem medo. O Peru não deixou o Brasil tomar conta do jogo em nenhum setor do gramado. Nem mesmo na sua própria defesa porque foi pressionado do começo ao fim, perdendo um pouco o fôlego na etapa final. Para mim, a seleção teve aqueles dias de Fluminense, quando nada do que pensou Diniz deu certo. Isso também é o ‘dinizismo’. Daí a necessidade de o torcedor não aplaudir demais nem vaiar sem necessidade. É preciso dar tempo ao tempo, como manda a lição primeira de qualquer cartilha de time de futebol.

Desta vez, diferentemente da outra, a defesa trabalhou muito. Vale ressaltar que ela não perdeu o foco nem a concentração. Assustou várias vezes com toques dentro da área e na saída de bola. É sempre um risco e o time mostrou que ainda precisa trabalhar o fundamento. Os dois volantes brasileiros, Casemiro e Bruno Guimarães, ficaram com a bola, principalmente no primeiro tempo, conforme prometeu o treinador. Eles também precisam melhorar o passe, mais Casemiro do que Bruno. A bola dos times de Diniz passa obrigatoriamente pelos pés dos volantes.

Neymar, quando precisou, voltou para começar a jogada. Ele, mais uma vez, foi solidário, com toques de primeira e jogadas rápidas. Gostei do seu cumprimento ao gandula que o deixou pegar a bola. Neymar não andou com ela nos pés, evitando assim muitas das faltas que recebia antes. Mas também não foi o cara.

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Richarlison fez um gol que não valeu e o jogo ficou parado pelo VAR um tempão (7 minutos). Raphinha foi o mais perigoso no ataque. E Rodrygo deixou a desejar. Não foi nem de longe o raio da estreia. Mas tudo isso é normal num começo de trabalho. Não dá para esperar uma seleção brasileira voando com os mesmos jogadores do fracasso recente na Copa do Mundo do Catar ou apenas com a chegada de um treinador. O Brasil não foi bem, apesar da vitória magra e da primeira colocação na tabela, mas isso também pouco importa. Já aprendemos esta lição.

Se o plano era jogar bonito e ganhar a partida com facilidade, o Brasil não fez nem uma coisa nem outra diante do Peru, em Lima, em sua segunda apresentação nas Eliminatórias. A vitória foi sofrida e com gol apenas aos 44 minutos do segundo tempo, de uma bola parada de escanteio e uma bobeada de marcação no primeiro pau.

Fernando Diniz repetiu a escalação que socou a Bolívia sem dó na estreia da competição sul-americana em Belém, mas também isso não foi suficiente para se impor no bonito e acalorado estádio nacional da capital peruano. Antes do jogo, um grupo de xamãs peruanos ‘amarrou as pernas’ de Neymar para que elas não funcionassem. Não é que deu certo! É claro que não acredito nisso, embora não duvide. Mas o fato é que toda aquela alegria, e euforia, da estreia não se viu nessa partida. A seleção brasileira foi um time amarrado, em alguns momentos até pior do que o Peru. O gol de Marquinhos caiu dos céus, portanto.

Neymar jogou 'amarrado' e sem o mesmo brilho da apresentação diante da Bolívia Foto: Sebastian Castaneda / Reuters

Talvez Fernando Diniz e os próprios jogadores não esperavam um rival sem medo. O Peru não deixou o Brasil tomar conta do jogo em nenhum setor do gramado. Nem mesmo na sua própria defesa porque foi pressionado do começo ao fim, perdendo um pouco o fôlego na etapa final. Para mim, a seleção teve aqueles dias de Fluminense, quando nada do que pensou Diniz deu certo. Isso também é o ‘dinizismo’. Daí a necessidade de o torcedor não aplaudir demais nem vaiar sem necessidade. É preciso dar tempo ao tempo, como manda a lição primeira de qualquer cartilha de time de futebol.

Desta vez, diferentemente da outra, a defesa trabalhou muito. Vale ressaltar que ela não perdeu o foco nem a concentração. Assustou várias vezes com toques dentro da área e na saída de bola. É sempre um risco e o time mostrou que ainda precisa trabalhar o fundamento. Os dois volantes brasileiros, Casemiro e Bruno Guimarães, ficaram com a bola, principalmente no primeiro tempo, conforme prometeu o treinador. Eles também precisam melhorar o passe, mais Casemiro do que Bruno. A bola dos times de Diniz passa obrigatoriamente pelos pés dos volantes.

Neymar, quando precisou, voltou para começar a jogada. Ele, mais uma vez, foi solidário, com toques de primeira e jogadas rápidas. Gostei do seu cumprimento ao gandula que o deixou pegar a bola. Neymar não andou com ela nos pés, evitando assim muitas das faltas que recebia antes. Mas também não foi o cara.

Richarlison fez um gol que não valeu e o jogo ficou parado pelo VAR um tempão (7 minutos). Raphinha foi o mais perigoso no ataque. E Rodrygo deixou a desejar. Não foi nem de longe o raio da estreia. Mas tudo isso é normal num começo de trabalho. Não dá para esperar uma seleção brasileira voando com os mesmos jogadores do fracasso recente na Copa do Mundo do Catar ou apenas com a chegada de um treinador. O Brasil não foi bem, apesar da vitória magra e da primeira colocação na tabela, mas isso também pouco importa. Já aprendemos esta lição.

Se o plano era jogar bonito e ganhar a partida com facilidade, o Brasil não fez nem uma coisa nem outra diante do Peru, em Lima, em sua segunda apresentação nas Eliminatórias. A vitória foi sofrida e com gol apenas aos 44 minutos do segundo tempo, de uma bola parada de escanteio e uma bobeada de marcação no primeiro pau.

Fernando Diniz repetiu a escalação que socou a Bolívia sem dó na estreia da competição sul-americana em Belém, mas também isso não foi suficiente para se impor no bonito e acalorado estádio nacional da capital peruano. Antes do jogo, um grupo de xamãs peruanos ‘amarrou as pernas’ de Neymar para que elas não funcionassem. Não é que deu certo! É claro que não acredito nisso, embora não duvide. Mas o fato é que toda aquela alegria, e euforia, da estreia não se viu nessa partida. A seleção brasileira foi um time amarrado, em alguns momentos até pior do que o Peru. O gol de Marquinhos caiu dos céus, portanto.

Neymar jogou 'amarrado' e sem o mesmo brilho da apresentação diante da Bolívia Foto: Sebastian Castaneda / Reuters

Talvez Fernando Diniz e os próprios jogadores não esperavam um rival sem medo. O Peru não deixou o Brasil tomar conta do jogo em nenhum setor do gramado. Nem mesmo na sua própria defesa porque foi pressionado do começo ao fim, perdendo um pouco o fôlego na etapa final. Para mim, a seleção teve aqueles dias de Fluminense, quando nada do que pensou Diniz deu certo. Isso também é o ‘dinizismo’. Daí a necessidade de o torcedor não aplaudir demais nem vaiar sem necessidade. É preciso dar tempo ao tempo, como manda a lição primeira de qualquer cartilha de time de futebol.

Desta vez, diferentemente da outra, a defesa trabalhou muito. Vale ressaltar que ela não perdeu o foco nem a concentração. Assustou várias vezes com toques dentro da área e na saída de bola. É sempre um risco e o time mostrou que ainda precisa trabalhar o fundamento. Os dois volantes brasileiros, Casemiro e Bruno Guimarães, ficaram com a bola, principalmente no primeiro tempo, conforme prometeu o treinador. Eles também precisam melhorar o passe, mais Casemiro do que Bruno. A bola dos times de Diniz passa obrigatoriamente pelos pés dos volantes.

Neymar, quando precisou, voltou para começar a jogada. Ele, mais uma vez, foi solidário, com toques de primeira e jogadas rápidas. Gostei do seu cumprimento ao gandula que o deixou pegar a bola. Neymar não andou com ela nos pés, evitando assim muitas das faltas que recebia antes. Mas também não foi o cara.

Richarlison fez um gol que não valeu e o jogo ficou parado pelo VAR um tempão (7 minutos). Raphinha foi o mais perigoso no ataque. E Rodrygo deixou a desejar. Não foi nem de longe o raio da estreia. Mas tudo isso é normal num começo de trabalho. Não dá para esperar uma seleção brasileira voando com os mesmos jogadores do fracasso recente na Copa do Mundo do Catar ou apenas com a chegada de um treinador. O Brasil não foi bem, apesar da vitória magra e da primeira colocação na tabela, mas isso também pouco importa. Já aprendemos esta lição.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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