Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|Vini Jr. deveria deixar a Espanha diante dos ataques mais vergonhosos já vistos no futebol


Brasileiro do Real Madrid é vítima de ofensas racistas e LaLiga não toma providências

Por Robson Morelli

A onda injustificável de provocações, injúrias raciais e maus-tratos sofrida por Vini Jr. na Espanha é um dos atos mais vergonhosos e imorais já vistos no futebol. A Espanha está colocando o brasileiro do Real Madrid para fora, da forma mais cruel que um ser humano poderia suportar.

É inadmissível o que esses espanhóis estão fazendo com o garoto que deixou o Rio para realizar seu sonho na Europa. Vini paga seus impostos e segue as regras do jogo. É humilhante para ele e para todos os brasileiros, pretos ou não, que atuam ao seu lado. Como as humilhações são racista, atinge aos pretos do país.

Medidas urgentes precisam ser tomadas. Já passou do tempo de órgãos competentes da LaLiga, que organiza o Campeonato Espanhol, tomarem providenciais. De as entidades esportivas colocarem um basta nisso. De as polícias prenderem os espanhóis racistas.

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Vinícius Júnior tem sofrido ataques sequenciais por parte de torcedores, atletas e jornalistas. Foto: Cesar Manso/ AFP

Se nada disso der certo, o que infelizmente entendo não dará, Vini tem de deixar o país. Não por sua vontade, mas por sua honra. Estará condenando publicamente o futebol espanhol e suas entidades, e não somente esses cegos e desumanos que se recusam a entender e enxergar o novo mundo. Porque continuam calados diante da atrocidade contra uma pessoa estrangeira, preta e feliz.

Vini tem contrato, é um promissor, têm condições técnicas de ocupar lugar de destaque na história do futebol espanhol como tantos outros brasileiros já fizeram, de Romário a Ronaldo, passando por Evaristo de Macedo e Ronaldinho Gaúcho até chegar em Kaká, Neymar e Casemiro. Pretos ou não, todos eles e outros deram o seu máximo e foram aplaudidos em algum momento.

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Custo a acreditar na desculpa esfarrapada das dancinhas provocativas de Vini como o estopim para tamanha e imoral perseguição. Simbolicamente, ele já foi até enforcado.

Onde está o rei Felipe VI que não ensina seus súditos? Onde estão os órgãos competentes para coibir as manifestações? Onde estão os companheiros esportivos do jogador brasileiro para abraçá-lo e se juntar a ele numa causa maior?

Não podemos aceitar os comentários rasos de Carlo Ancelotti, técnico do Madrid e que a CBF quer trazer para a seleção, sobre sua idolatria ao jovem e seu entendimento de que não há nada a se fazer. Vini só não morreu, mas estão pisando em seu pescoço como fizeram com George Floyd. As minorias racistas devem ser combatidas desde a raiz para que não se proliferem. A Espanha está indiferente ao caso de Vini.

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Ele seria maior do que os que o condenam se abandonasse a Espanha por causa do silêncio de suas instituições. Com seu futebol, poderia escolher onde jogar. Uefa e Fifa certamente estariam solidárias a ele. O Brasil o receberia de braços abertos. A luta de Vini não é mais dele, é de todos nós, pretos e brancos que acreditam num mundo melhor.

A onda injustificável de provocações, injúrias raciais e maus-tratos sofrida por Vini Jr. na Espanha é um dos atos mais vergonhosos e imorais já vistos no futebol. A Espanha está colocando o brasileiro do Real Madrid para fora, da forma mais cruel que um ser humano poderia suportar.

É inadmissível o que esses espanhóis estão fazendo com o garoto que deixou o Rio para realizar seu sonho na Europa. Vini paga seus impostos e segue as regras do jogo. É humilhante para ele e para todos os brasileiros, pretos ou não, que atuam ao seu lado. Como as humilhações são racista, atinge aos pretos do país.

Medidas urgentes precisam ser tomadas. Já passou do tempo de órgãos competentes da LaLiga, que organiza o Campeonato Espanhol, tomarem providenciais. De as entidades esportivas colocarem um basta nisso. De as polícias prenderem os espanhóis racistas.

Vinícius Júnior tem sofrido ataques sequenciais por parte de torcedores, atletas e jornalistas. Foto: Cesar Manso/ AFP

Se nada disso der certo, o que infelizmente entendo não dará, Vini tem de deixar o país. Não por sua vontade, mas por sua honra. Estará condenando publicamente o futebol espanhol e suas entidades, e não somente esses cegos e desumanos que se recusam a entender e enxergar o novo mundo. Porque continuam calados diante da atrocidade contra uma pessoa estrangeira, preta e feliz.

Vini tem contrato, é um promissor, têm condições técnicas de ocupar lugar de destaque na história do futebol espanhol como tantos outros brasileiros já fizeram, de Romário a Ronaldo, passando por Evaristo de Macedo e Ronaldinho Gaúcho até chegar em Kaká, Neymar e Casemiro. Pretos ou não, todos eles e outros deram o seu máximo e foram aplaudidos em algum momento.

Custo a acreditar na desculpa esfarrapada das dancinhas provocativas de Vini como o estopim para tamanha e imoral perseguição. Simbolicamente, ele já foi até enforcado.

Onde está o rei Felipe VI que não ensina seus súditos? Onde estão os órgãos competentes para coibir as manifestações? Onde estão os companheiros esportivos do jogador brasileiro para abraçá-lo e se juntar a ele numa causa maior?

Não podemos aceitar os comentários rasos de Carlo Ancelotti, técnico do Madrid e que a CBF quer trazer para a seleção, sobre sua idolatria ao jovem e seu entendimento de que não há nada a se fazer. Vini só não morreu, mas estão pisando em seu pescoço como fizeram com George Floyd. As minorias racistas devem ser combatidas desde a raiz para que não se proliferem. A Espanha está indiferente ao caso de Vini.

Ele seria maior do que os que o condenam se abandonasse a Espanha por causa do silêncio de suas instituições. Com seu futebol, poderia escolher onde jogar. Uefa e Fifa certamente estariam solidárias a ele. O Brasil o receberia de braços abertos. A luta de Vini não é mais dele, é de todos nós, pretos e brancos que acreditam num mundo melhor.

A onda injustificável de provocações, injúrias raciais e maus-tratos sofrida por Vini Jr. na Espanha é um dos atos mais vergonhosos e imorais já vistos no futebol. A Espanha está colocando o brasileiro do Real Madrid para fora, da forma mais cruel que um ser humano poderia suportar.

É inadmissível o que esses espanhóis estão fazendo com o garoto que deixou o Rio para realizar seu sonho na Europa. Vini paga seus impostos e segue as regras do jogo. É humilhante para ele e para todos os brasileiros, pretos ou não, que atuam ao seu lado. Como as humilhações são racista, atinge aos pretos do país.

Medidas urgentes precisam ser tomadas. Já passou do tempo de órgãos competentes da LaLiga, que organiza o Campeonato Espanhol, tomarem providenciais. De as entidades esportivas colocarem um basta nisso. De as polícias prenderem os espanhóis racistas.

Vinícius Júnior tem sofrido ataques sequenciais por parte de torcedores, atletas e jornalistas. Foto: Cesar Manso/ AFP

Se nada disso der certo, o que infelizmente entendo não dará, Vini tem de deixar o país. Não por sua vontade, mas por sua honra. Estará condenando publicamente o futebol espanhol e suas entidades, e não somente esses cegos e desumanos que se recusam a entender e enxergar o novo mundo. Porque continuam calados diante da atrocidade contra uma pessoa estrangeira, preta e feliz.

Vini tem contrato, é um promissor, têm condições técnicas de ocupar lugar de destaque na história do futebol espanhol como tantos outros brasileiros já fizeram, de Romário a Ronaldo, passando por Evaristo de Macedo e Ronaldinho Gaúcho até chegar em Kaká, Neymar e Casemiro. Pretos ou não, todos eles e outros deram o seu máximo e foram aplaudidos em algum momento.

Custo a acreditar na desculpa esfarrapada das dancinhas provocativas de Vini como o estopim para tamanha e imoral perseguição. Simbolicamente, ele já foi até enforcado.

Onde está o rei Felipe VI que não ensina seus súditos? Onde estão os órgãos competentes para coibir as manifestações? Onde estão os companheiros esportivos do jogador brasileiro para abraçá-lo e se juntar a ele numa causa maior?

Não podemos aceitar os comentários rasos de Carlo Ancelotti, técnico do Madrid e que a CBF quer trazer para a seleção, sobre sua idolatria ao jovem e seu entendimento de que não há nada a se fazer. Vini só não morreu, mas estão pisando em seu pescoço como fizeram com George Floyd. As minorias racistas devem ser combatidas desde a raiz para que não se proliferem. A Espanha está indiferente ao caso de Vini.

Ele seria maior do que os que o condenam se abandonasse a Espanha por causa do silêncio de suas instituições. Com seu futebol, poderia escolher onde jogar. Uefa e Fifa certamente estariam solidárias a ele. O Brasil o receberia de braços abertos. A luta de Vini não é mais dele, é de todos nós, pretos e brancos que acreditam num mundo melhor.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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