Salvamento de papagaio e porte de arma: atletas do remo descrevem resgates no RS


Alef Fontoura, do Pinheiros, e Daniel Lima, do Grêmio Náutico União, são exemplos de atletas que se dedicam a salvar vidas e animais afetados pela tragédia

Por Guilherme Nannini
Atualização:

Em meio às enchentes que atingem o Rio Grande do Sul, um grupo de remadores da Confederação Brasileira de Remo optou parar suas atividades em prol da solidariedade. Alef Fontoura, remador do Pinheiros, natural do Estado gaúcho e medalhista do Pan de 2019, viu sua mudança para São Paulo, junto à mulher grávida e à filha de 1 ano e 9 meses, ser interrompida pelas enchentes. Com a experiência em lidar com a água, ele se juntou aos esforços de resgate, utilizando suas habilidades para salvar vidas. “Nós, do remo, vamos para a água, resgatamos pessoas e animais”.

Entre os resgates que o marcaram, está o de uma família em um prédio alagado. Com o auxílio de um jet ski, ele ajudou a salvar um menino autista de 3 anos e sua irmã de 7 anos, Juliana. “A garota me abraçou com força. Eles estavam ilhados em meio à enchente no terceiro andar de um prédio. O resgate foi complicado, mas não podíamos deixar ninguém naquela situação”.

Remadores da equipe brasileira se unem para salvar pessoas em enchente no Rio Grande do Sul. Foto: Alef Fontoura/Arquivo Pessoal
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Outro atleta que teve sua vida transformada pelas enchentes é Daniel Lima, do Grêmio Náutico União. Ele perdeu sua casa e seus pertences para a água. “O que me levou a ajudar foi quando percebi o tamanho do estrago que isso tudo estava causando”, afirma Daniel. Ele e seus colegas remadores têm se dedicado incansavelmente aos resgates, utilizando barcos e até colchões para salvar pessoas e animais.

As histórias de resgate se multiplicam. Lima relata o salvamento de idosos e crianças em áreas como Sarandi e São Geraldo, além de animais, como cachorros, gatos e até um papagaio. “Todas as histórias me marcaram, pois são vidas”, declara o remador. Além da perda de vidas e do grande número de desabrigados, a criminalidade também se intensificou em algumas regiões afetadas. “Estamos sempre andando com policiais e proteção, pois há homens armados em vários lugares”, revela Fontoura, destacando a preocupação com a segurança em meio ao caos.

Apesar das adversidades, o espírito de solidariedade e união do povo gaúcho se fortaleceu. De acordo com o atleta do Pinheiros, o povo gaúcho é patriota, o que traz uma sensação de orgulho diante da união demonstrada pelos conterrâneos em meio à adversidade. “Todo mundo se movendo junto, se ajudando, mesmo sendo adversários; a disputa ficou de lado.” A sede do Grêmio Náutico União, onde estão permanecendo neste momento, se transformou em um centro de acolhimento e distribuição de doações, abrigando 300 pessoas desalojadas. “Nosso grupo do remo se uniu e está focado em ser o mais útil possível a aqueles que necessitam de ajuda”, diz Lima.

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Remadores já ajudaram a salvar dezenas de pessoas e animais no Rio Grande do Sul. Foto: Arquivo pessoal/Alef Fontoura

A tragédia no Rio Grande do Sul interrompeu não apenas a rotina da população, mas também a preparação dos atletas. Treinos foram suspensos, equipamentos perdidos e a incerteza paira sobre o futuro. “Penso no meu treinamento diariamente, mas estou focado em ajudar a todos primeiro”, diz Daniel.

A união dos remadores se estende a outros atletas, como Evaldo Becker (Flamengo) e Piedro Tuchtenhagen (Grêmio Náutico União), que, assim como Lima, abriram mão da vaga no Pré-Olímpico para ajudar nas operações de resgate. “Eu e Piedro optamos por não ir para o Pré-Olímpico com nossas famílias e amigos em meio desse caos”. Por causa da desistência, os remadores não têm mais chances de classificação para a Olimpíada de Paris neste ano. A última competição pré-olímpica ocorre de 19 a 21 de maio, em Lucerna, na Suíça, e era a última chance de classificação aos Jogos Olímpicos para os brasileiros, já que a categoria só permite a entrada por meio de competições deste tipo.

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Alef Fontoura, 28, é o remador mais vitorioso do grupo, acumulando 10 títulos nacionais, um sul-americano e a medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos de 2019. Considerado uma promessa do remo, Piedro Tuchtenhagen, 22, é bicampeão sul-americano sub-23 e tetracampeão brasileiro. Daniel Lima, 23, também foi campeão sul-americano sub-23, tendo conquistado o título uma vez. O mais experiente da equipe, Evaldo Becker, 32, conquistou um campeonato brasileiro de remo, além de uma medalha de bronze nos Jogos Sul-americanos.

As enchentes no Estado, segundo dados da Defesa Civil atualizados até esta quinta-feira, 16, afetaram 460 municípios e mais de 2,2 milhões de pessoas. Atualmente, 77.199 cidadãos encontram-se em abrigos temporários, enquanto outras 538.167 tiveram que deixar suas casas. A tragédia também deixou um saldo de 806 feridos, 104 desaparecidos e 151 mortes confirmadas. 76.620 pessoas e 11.932 animais foram resgatados.

Em meio às enchentes que atingem o Rio Grande do Sul, um grupo de remadores da Confederação Brasileira de Remo optou parar suas atividades em prol da solidariedade. Alef Fontoura, remador do Pinheiros, natural do Estado gaúcho e medalhista do Pan de 2019, viu sua mudança para São Paulo, junto à mulher grávida e à filha de 1 ano e 9 meses, ser interrompida pelas enchentes. Com a experiência em lidar com a água, ele se juntou aos esforços de resgate, utilizando suas habilidades para salvar vidas. “Nós, do remo, vamos para a água, resgatamos pessoas e animais”.

Entre os resgates que o marcaram, está o de uma família em um prédio alagado. Com o auxílio de um jet ski, ele ajudou a salvar um menino autista de 3 anos e sua irmã de 7 anos, Juliana. “A garota me abraçou com força. Eles estavam ilhados em meio à enchente no terceiro andar de um prédio. O resgate foi complicado, mas não podíamos deixar ninguém naquela situação”.

Remadores da equipe brasileira se unem para salvar pessoas em enchente no Rio Grande do Sul. Foto: Alef Fontoura/Arquivo Pessoal

Outro atleta que teve sua vida transformada pelas enchentes é Daniel Lima, do Grêmio Náutico União. Ele perdeu sua casa e seus pertences para a água. “O que me levou a ajudar foi quando percebi o tamanho do estrago que isso tudo estava causando”, afirma Daniel. Ele e seus colegas remadores têm se dedicado incansavelmente aos resgates, utilizando barcos e até colchões para salvar pessoas e animais.

As histórias de resgate se multiplicam. Lima relata o salvamento de idosos e crianças em áreas como Sarandi e São Geraldo, além de animais, como cachorros, gatos e até um papagaio. “Todas as histórias me marcaram, pois são vidas”, declara o remador. Além da perda de vidas e do grande número de desabrigados, a criminalidade também se intensificou em algumas regiões afetadas. “Estamos sempre andando com policiais e proteção, pois há homens armados em vários lugares”, revela Fontoura, destacando a preocupação com a segurança em meio ao caos.

Apesar das adversidades, o espírito de solidariedade e união do povo gaúcho se fortaleceu. De acordo com o atleta do Pinheiros, o povo gaúcho é patriota, o que traz uma sensação de orgulho diante da união demonstrada pelos conterrâneos em meio à adversidade. “Todo mundo se movendo junto, se ajudando, mesmo sendo adversários; a disputa ficou de lado.” A sede do Grêmio Náutico União, onde estão permanecendo neste momento, se transformou em um centro de acolhimento e distribuição de doações, abrigando 300 pessoas desalojadas. “Nosso grupo do remo se uniu e está focado em ser o mais útil possível a aqueles que necessitam de ajuda”, diz Lima.

Remadores já ajudaram a salvar dezenas de pessoas e animais no Rio Grande do Sul. Foto: Arquivo pessoal/Alef Fontoura

A tragédia no Rio Grande do Sul interrompeu não apenas a rotina da população, mas também a preparação dos atletas. Treinos foram suspensos, equipamentos perdidos e a incerteza paira sobre o futuro. “Penso no meu treinamento diariamente, mas estou focado em ajudar a todos primeiro”, diz Daniel.

A união dos remadores se estende a outros atletas, como Evaldo Becker (Flamengo) e Piedro Tuchtenhagen (Grêmio Náutico União), que, assim como Lima, abriram mão da vaga no Pré-Olímpico para ajudar nas operações de resgate. “Eu e Piedro optamos por não ir para o Pré-Olímpico com nossas famílias e amigos em meio desse caos”. Por causa da desistência, os remadores não têm mais chances de classificação para a Olimpíada de Paris neste ano. A última competição pré-olímpica ocorre de 19 a 21 de maio, em Lucerna, na Suíça, e era a última chance de classificação aos Jogos Olímpicos para os brasileiros, já que a categoria só permite a entrada por meio de competições deste tipo.

Alef Fontoura, 28, é o remador mais vitorioso do grupo, acumulando 10 títulos nacionais, um sul-americano e a medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos de 2019. Considerado uma promessa do remo, Piedro Tuchtenhagen, 22, é bicampeão sul-americano sub-23 e tetracampeão brasileiro. Daniel Lima, 23, também foi campeão sul-americano sub-23, tendo conquistado o título uma vez. O mais experiente da equipe, Evaldo Becker, 32, conquistou um campeonato brasileiro de remo, além de uma medalha de bronze nos Jogos Sul-americanos.

As enchentes no Estado, segundo dados da Defesa Civil atualizados até esta quinta-feira, 16, afetaram 460 municípios e mais de 2,2 milhões de pessoas. Atualmente, 77.199 cidadãos encontram-se em abrigos temporários, enquanto outras 538.167 tiveram que deixar suas casas. A tragédia também deixou um saldo de 806 feridos, 104 desaparecidos e 151 mortes confirmadas. 76.620 pessoas e 11.932 animais foram resgatados.

Em meio às enchentes que atingem o Rio Grande do Sul, um grupo de remadores da Confederação Brasileira de Remo optou parar suas atividades em prol da solidariedade. Alef Fontoura, remador do Pinheiros, natural do Estado gaúcho e medalhista do Pan de 2019, viu sua mudança para São Paulo, junto à mulher grávida e à filha de 1 ano e 9 meses, ser interrompida pelas enchentes. Com a experiência em lidar com a água, ele se juntou aos esforços de resgate, utilizando suas habilidades para salvar vidas. “Nós, do remo, vamos para a água, resgatamos pessoas e animais”.

Entre os resgates que o marcaram, está o de uma família em um prédio alagado. Com o auxílio de um jet ski, ele ajudou a salvar um menino autista de 3 anos e sua irmã de 7 anos, Juliana. “A garota me abraçou com força. Eles estavam ilhados em meio à enchente no terceiro andar de um prédio. O resgate foi complicado, mas não podíamos deixar ninguém naquela situação”.

Remadores da equipe brasileira se unem para salvar pessoas em enchente no Rio Grande do Sul. Foto: Alef Fontoura/Arquivo Pessoal

Outro atleta que teve sua vida transformada pelas enchentes é Daniel Lima, do Grêmio Náutico União. Ele perdeu sua casa e seus pertences para a água. “O que me levou a ajudar foi quando percebi o tamanho do estrago que isso tudo estava causando”, afirma Daniel. Ele e seus colegas remadores têm se dedicado incansavelmente aos resgates, utilizando barcos e até colchões para salvar pessoas e animais.

As histórias de resgate se multiplicam. Lima relata o salvamento de idosos e crianças em áreas como Sarandi e São Geraldo, além de animais, como cachorros, gatos e até um papagaio. “Todas as histórias me marcaram, pois são vidas”, declara o remador. Além da perda de vidas e do grande número de desabrigados, a criminalidade também se intensificou em algumas regiões afetadas. “Estamos sempre andando com policiais e proteção, pois há homens armados em vários lugares”, revela Fontoura, destacando a preocupação com a segurança em meio ao caos.

Apesar das adversidades, o espírito de solidariedade e união do povo gaúcho se fortaleceu. De acordo com o atleta do Pinheiros, o povo gaúcho é patriota, o que traz uma sensação de orgulho diante da união demonstrada pelos conterrâneos em meio à adversidade. “Todo mundo se movendo junto, se ajudando, mesmo sendo adversários; a disputa ficou de lado.” A sede do Grêmio Náutico União, onde estão permanecendo neste momento, se transformou em um centro de acolhimento e distribuição de doações, abrigando 300 pessoas desalojadas. “Nosso grupo do remo se uniu e está focado em ser o mais útil possível a aqueles que necessitam de ajuda”, diz Lima.

Remadores já ajudaram a salvar dezenas de pessoas e animais no Rio Grande do Sul. Foto: Arquivo pessoal/Alef Fontoura

A tragédia no Rio Grande do Sul interrompeu não apenas a rotina da população, mas também a preparação dos atletas. Treinos foram suspensos, equipamentos perdidos e a incerteza paira sobre o futuro. “Penso no meu treinamento diariamente, mas estou focado em ajudar a todos primeiro”, diz Daniel.

A união dos remadores se estende a outros atletas, como Evaldo Becker (Flamengo) e Piedro Tuchtenhagen (Grêmio Náutico União), que, assim como Lima, abriram mão da vaga no Pré-Olímpico para ajudar nas operações de resgate. “Eu e Piedro optamos por não ir para o Pré-Olímpico com nossas famílias e amigos em meio desse caos”. Por causa da desistência, os remadores não têm mais chances de classificação para a Olimpíada de Paris neste ano. A última competição pré-olímpica ocorre de 19 a 21 de maio, em Lucerna, na Suíça, e era a última chance de classificação aos Jogos Olímpicos para os brasileiros, já que a categoria só permite a entrada por meio de competições deste tipo.

Alef Fontoura, 28, é o remador mais vitorioso do grupo, acumulando 10 títulos nacionais, um sul-americano e a medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos de 2019. Considerado uma promessa do remo, Piedro Tuchtenhagen, 22, é bicampeão sul-americano sub-23 e tetracampeão brasileiro. Daniel Lima, 23, também foi campeão sul-americano sub-23, tendo conquistado o título uma vez. O mais experiente da equipe, Evaldo Becker, 32, conquistou um campeonato brasileiro de remo, além de uma medalha de bronze nos Jogos Sul-americanos.

As enchentes no Estado, segundo dados da Defesa Civil atualizados até esta quinta-feira, 16, afetaram 460 municípios e mais de 2,2 milhões de pessoas. Atualmente, 77.199 cidadãos encontram-se em abrigos temporários, enquanto outras 538.167 tiveram que deixar suas casas. A tragédia também deixou um saldo de 806 feridos, 104 desaparecidos e 151 mortes confirmadas. 76.620 pessoas e 11.932 animais foram resgatados.

Em meio às enchentes que atingem o Rio Grande do Sul, um grupo de remadores da Confederação Brasileira de Remo optou parar suas atividades em prol da solidariedade. Alef Fontoura, remador do Pinheiros, natural do Estado gaúcho e medalhista do Pan de 2019, viu sua mudança para São Paulo, junto à mulher grávida e à filha de 1 ano e 9 meses, ser interrompida pelas enchentes. Com a experiência em lidar com a água, ele se juntou aos esforços de resgate, utilizando suas habilidades para salvar vidas. “Nós, do remo, vamos para a água, resgatamos pessoas e animais”.

Entre os resgates que o marcaram, está o de uma família em um prédio alagado. Com o auxílio de um jet ski, ele ajudou a salvar um menino autista de 3 anos e sua irmã de 7 anos, Juliana. “A garota me abraçou com força. Eles estavam ilhados em meio à enchente no terceiro andar de um prédio. O resgate foi complicado, mas não podíamos deixar ninguém naquela situação”.

Remadores da equipe brasileira se unem para salvar pessoas em enchente no Rio Grande do Sul. Foto: Alef Fontoura/Arquivo Pessoal

Outro atleta que teve sua vida transformada pelas enchentes é Daniel Lima, do Grêmio Náutico União. Ele perdeu sua casa e seus pertences para a água. “O que me levou a ajudar foi quando percebi o tamanho do estrago que isso tudo estava causando”, afirma Daniel. Ele e seus colegas remadores têm se dedicado incansavelmente aos resgates, utilizando barcos e até colchões para salvar pessoas e animais.

As histórias de resgate se multiplicam. Lima relata o salvamento de idosos e crianças em áreas como Sarandi e São Geraldo, além de animais, como cachorros, gatos e até um papagaio. “Todas as histórias me marcaram, pois são vidas”, declara o remador. Além da perda de vidas e do grande número de desabrigados, a criminalidade também se intensificou em algumas regiões afetadas. “Estamos sempre andando com policiais e proteção, pois há homens armados em vários lugares”, revela Fontoura, destacando a preocupação com a segurança em meio ao caos.

Apesar das adversidades, o espírito de solidariedade e união do povo gaúcho se fortaleceu. De acordo com o atleta do Pinheiros, o povo gaúcho é patriota, o que traz uma sensação de orgulho diante da união demonstrada pelos conterrâneos em meio à adversidade. “Todo mundo se movendo junto, se ajudando, mesmo sendo adversários; a disputa ficou de lado.” A sede do Grêmio Náutico União, onde estão permanecendo neste momento, se transformou em um centro de acolhimento e distribuição de doações, abrigando 300 pessoas desalojadas. “Nosso grupo do remo se uniu e está focado em ser o mais útil possível a aqueles que necessitam de ajuda”, diz Lima.

Remadores já ajudaram a salvar dezenas de pessoas e animais no Rio Grande do Sul. Foto: Arquivo pessoal/Alef Fontoura

A tragédia no Rio Grande do Sul interrompeu não apenas a rotina da população, mas também a preparação dos atletas. Treinos foram suspensos, equipamentos perdidos e a incerteza paira sobre o futuro. “Penso no meu treinamento diariamente, mas estou focado em ajudar a todos primeiro”, diz Daniel.

A união dos remadores se estende a outros atletas, como Evaldo Becker (Flamengo) e Piedro Tuchtenhagen (Grêmio Náutico União), que, assim como Lima, abriram mão da vaga no Pré-Olímpico para ajudar nas operações de resgate. “Eu e Piedro optamos por não ir para o Pré-Olímpico com nossas famílias e amigos em meio desse caos”. Por causa da desistência, os remadores não têm mais chances de classificação para a Olimpíada de Paris neste ano. A última competição pré-olímpica ocorre de 19 a 21 de maio, em Lucerna, na Suíça, e era a última chance de classificação aos Jogos Olímpicos para os brasileiros, já que a categoria só permite a entrada por meio de competições deste tipo.

Alef Fontoura, 28, é o remador mais vitorioso do grupo, acumulando 10 títulos nacionais, um sul-americano e a medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos de 2019. Considerado uma promessa do remo, Piedro Tuchtenhagen, 22, é bicampeão sul-americano sub-23 e tetracampeão brasileiro. Daniel Lima, 23, também foi campeão sul-americano sub-23, tendo conquistado o título uma vez. O mais experiente da equipe, Evaldo Becker, 32, conquistou um campeonato brasileiro de remo, além de uma medalha de bronze nos Jogos Sul-americanos.

As enchentes no Estado, segundo dados da Defesa Civil atualizados até esta quinta-feira, 16, afetaram 460 municípios e mais de 2,2 milhões de pessoas. Atualmente, 77.199 cidadãos encontram-se em abrigos temporários, enquanto outras 538.167 tiveram que deixar suas casas. A tragédia também deixou um saldo de 806 feridos, 104 desaparecidos e 151 mortes confirmadas. 76.620 pessoas e 11.932 animais foram resgatados.

Em meio às enchentes que atingem o Rio Grande do Sul, um grupo de remadores da Confederação Brasileira de Remo optou parar suas atividades em prol da solidariedade. Alef Fontoura, remador do Pinheiros, natural do Estado gaúcho e medalhista do Pan de 2019, viu sua mudança para São Paulo, junto à mulher grávida e à filha de 1 ano e 9 meses, ser interrompida pelas enchentes. Com a experiência em lidar com a água, ele se juntou aos esforços de resgate, utilizando suas habilidades para salvar vidas. “Nós, do remo, vamos para a água, resgatamos pessoas e animais”.

Entre os resgates que o marcaram, está o de uma família em um prédio alagado. Com o auxílio de um jet ski, ele ajudou a salvar um menino autista de 3 anos e sua irmã de 7 anos, Juliana. “A garota me abraçou com força. Eles estavam ilhados em meio à enchente no terceiro andar de um prédio. O resgate foi complicado, mas não podíamos deixar ninguém naquela situação”.

Remadores da equipe brasileira se unem para salvar pessoas em enchente no Rio Grande do Sul. Foto: Alef Fontoura/Arquivo Pessoal

Outro atleta que teve sua vida transformada pelas enchentes é Daniel Lima, do Grêmio Náutico União. Ele perdeu sua casa e seus pertences para a água. “O que me levou a ajudar foi quando percebi o tamanho do estrago que isso tudo estava causando”, afirma Daniel. Ele e seus colegas remadores têm se dedicado incansavelmente aos resgates, utilizando barcos e até colchões para salvar pessoas e animais.

As histórias de resgate se multiplicam. Lima relata o salvamento de idosos e crianças em áreas como Sarandi e São Geraldo, além de animais, como cachorros, gatos e até um papagaio. “Todas as histórias me marcaram, pois são vidas”, declara o remador. Além da perda de vidas e do grande número de desabrigados, a criminalidade também se intensificou em algumas regiões afetadas. “Estamos sempre andando com policiais e proteção, pois há homens armados em vários lugares”, revela Fontoura, destacando a preocupação com a segurança em meio ao caos.

Apesar das adversidades, o espírito de solidariedade e união do povo gaúcho se fortaleceu. De acordo com o atleta do Pinheiros, o povo gaúcho é patriota, o que traz uma sensação de orgulho diante da união demonstrada pelos conterrâneos em meio à adversidade. “Todo mundo se movendo junto, se ajudando, mesmo sendo adversários; a disputa ficou de lado.” A sede do Grêmio Náutico União, onde estão permanecendo neste momento, se transformou em um centro de acolhimento e distribuição de doações, abrigando 300 pessoas desalojadas. “Nosso grupo do remo se uniu e está focado em ser o mais útil possível a aqueles que necessitam de ajuda”, diz Lima.

Remadores já ajudaram a salvar dezenas de pessoas e animais no Rio Grande do Sul. Foto: Arquivo pessoal/Alef Fontoura

A tragédia no Rio Grande do Sul interrompeu não apenas a rotina da população, mas também a preparação dos atletas. Treinos foram suspensos, equipamentos perdidos e a incerteza paira sobre o futuro. “Penso no meu treinamento diariamente, mas estou focado em ajudar a todos primeiro”, diz Daniel.

A união dos remadores se estende a outros atletas, como Evaldo Becker (Flamengo) e Piedro Tuchtenhagen (Grêmio Náutico União), que, assim como Lima, abriram mão da vaga no Pré-Olímpico para ajudar nas operações de resgate. “Eu e Piedro optamos por não ir para o Pré-Olímpico com nossas famílias e amigos em meio desse caos”. Por causa da desistência, os remadores não têm mais chances de classificação para a Olimpíada de Paris neste ano. A última competição pré-olímpica ocorre de 19 a 21 de maio, em Lucerna, na Suíça, e era a última chance de classificação aos Jogos Olímpicos para os brasileiros, já que a categoria só permite a entrada por meio de competições deste tipo.

Alef Fontoura, 28, é o remador mais vitorioso do grupo, acumulando 10 títulos nacionais, um sul-americano e a medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos de 2019. Considerado uma promessa do remo, Piedro Tuchtenhagen, 22, é bicampeão sul-americano sub-23 e tetracampeão brasileiro. Daniel Lima, 23, também foi campeão sul-americano sub-23, tendo conquistado o título uma vez. O mais experiente da equipe, Evaldo Becker, 32, conquistou um campeonato brasileiro de remo, além de uma medalha de bronze nos Jogos Sul-americanos.

As enchentes no Estado, segundo dados da Defesa Civil atualizados até esta quinta-feira, 16, afetaram 460 municípios e mais de 2,2 milhões de pessoas. Atualmente, 77.199 cidadãos encontram-se em abrigos temporários, enquanto outras 538.167 tiveram que deixar suas casas. A tragédia também deixou um saldo de 806 feridos, 104 desaparecidos e 151 mortes confirmadas. 76.620 pessoas e 11.932 animais foram resgatados.

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