Skate brasileiro volta a ter gestão da CBSk a 5 meses da Olimpíada


Decisão do CAS revoga desfiliação da confederação brasileira; em janeiro, modalidade ficou a cargo do COB

Por Felipe Rosa Mendes

Faltando cinco meses para o início da Olimpíada de Paris-2024, a Confederação Brasileira de Skateboarding (CBSk) retomou a gestão do skate nacional nesta terça-feira, dia 27, em decisão da Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês). A administração da modalidade estava a cargo do Comitê Olímpico do Brasil (COB) desde 10 de janeiro, quando a World Skate (WS), organização internacional responsável pela regulação do skate e dos esportes sobre patins, retirou a CBSk do seu quadro de filiados.

A desfiliação gerou forte insatisfação da confederação brasileira, que recorreu à CAS ainda no mês de janeiro. O caso foi analisado pelo tribunal internacional, localizado na Suíça, nesta terça. E o órgão decidiu a favor da entidade brasileira nesta disputa direta com a World Skate.

A decisão da CAS, contudo, é cautelar, para proteger os atletas brasileiros, que poderiam ser prejudicados às vésperas da Olimpíada. O Brasil é considerado uma força na modalidade em nível global. Foram três medalhas conquistadas na estreia do esporte no programa olímpico nos Jogos de Tóquio, em 2021. O tribunal poderá voltar ao assunto nos próximos meses para uma decisão definitiva.

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Gabi Mazetto foi uma das skatistas contra a desfiliação da CBSk. Foto: Pedro Piegas/Prefeitura de Porto Alegre

Em breve comunicado, a CBSk comemorou a decisão. “A entidade segue focada na preparação para a Olimpíada de Paris enquanto aguarda a decisão final do julgamento da Corte Arbitral do Esporte (CAS)”, disse a entidade, nesta terça.

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Também em nota o COB confirmou ter sido notificado sobre a decisão da CAS. “Com isso, o COB deixa a gestão da modalidade de imediato e a CBSk volta a conduzir a preparação dos atletas da modalidade para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. A Confederação não havia sido desfiliada pelo COB e, desta forma, não haverá alteração desse status. O COB manterá todo apoio necessário à CBSK e às necessidades para a preparação dos skatistas brasileiros rumo aos Jogos de Paris”, disse o Comitê.

A decisão desta terça é a segunda vitória seguida da CBSk, que havia comemorado na sexta uma decisão favorável do Conselho Nacional do Esporte. O órgão ligado ao Ministério do Esporte informou que a confederação voltará a receber os repasses provenientes da Lei Agnelo/Piva.

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As duas decisões dão tranquilidade aos atletas brasileiros, como Rayssa Leal, que encamparam a campanha da CBSk nas últimas semanas para ter independência em relação à World Skate. E vinham demonstrando preocupações com a preparação brasileira para a Olimpíada, que começará no fim de julho, na capital francesa.

ENTENDA O CASO

A manifestação da CAS é um novo capítulo do conflito entre a CBSk e a World Skate. Até chegar ao ponto da desfiliação da CBSk, no mês passado, o caminho foi de muitos desentendimentos entre as duas entidades. A World Skate decidiu, em assembleia realizada em 2019, que cada país poderia ter apenas uma entidade filiada ao seu quadro, e o Brasil tinha a CBSk e a Confederação Brasileira de Hóquei e Patins (CBHP). Entre alguns adiamentos, a regra só foi aplicada após 31 de dezembro de 2023. Antes disso, travou-se uma disputa nos bastidores, pois a WS queria a fusão das duas entidades, sugestão refutada pela CBSk, que sentiu sua autonomia ameaçada e adotou o discurso de manter o “skate nas mãos dos skatistas”.

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Em um panorama mais amplo, a CBSk aliou-se a federações de outros países em um movimento que chamaram de “no merge” (do inglês “sem fusão”). Ao fim do prazo para a resolução dos conflitos entre as instituições nacionais, cinco países não tiveram acordos entre suas entidades: Brasil, Estados Unidos, Geórgia, Eslovênia e Turquia. A escolha da representação, então, foi feita pela WS, conforme determinado pelo estatuto da organização.

Ao comunicar a desfiliação, em janeiro, a WS criticou a CBSk por ter “recusado qualquer diálogo com a CBHP” e realizado uma “campanha difamatória na mídia contra a World Skate e suas regras”. O texto também disse que a proposta apresentada pela CBSk “não estava de acordo com as determinações, uma vez que previa manter duas entidades separadas sem criar uma organização guarda-chuva”.

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A CBHP aceitou se transformar na tal “organização guarda-chuva”, termo utilizado para se referir ao ato de agregar skate, hóquei e patins. Inicialmente, a federação de patins teria até abril para estabelecer uma nova federação chamada “Skate Brasil”. Neste modelo, cada uma das 13 modalidades que seriam representadas pela nova entidade, incluindo os olímpicos skate park e skate street, teria sua própria estrutura dentro do “guarda-chuva”. Os esportes originalmente representados pela CBHP, dentro do universo do patins e do hóquei, não fazem parte do programa da Olimpíada. Essa situação agora está indefinida e seu futuro está reservado a uma decisão

A disputa entre CBSk e CBHP é antiga e se consolidou em 2017, quando, após o skate se tornar esporte olímpico, a Federação Internacional de Esportes sobre Patins se fundiu à Federação Internacional de Skate, culminando na criação da WS. Então, o COB teve de indicar uma entidade para representar os skatistas junto à nova entidade e chegou a escolher a CBHP, mas mudou de ideia e optou pela CBSk, na época presidida por Bob Burnquist, um dos maiores skatistas da história e fundamental nesse processo de convencimento.

Faltando cinco meses para o início da Olimpíada de Paris-2024, a Confederação Brasileira de Skateboarding (CBSk) retomou a gestão do skate nacional nesta terça-feira, dia 27, em decisão da Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês). A administração da modalidade estava a cargo do Comitê Olímpico do Brasil (COB) desde 10 de janeiro, quando a World Skate (WS), organização internacional responsável pela regulação do skate e dos esportes sobre patins, retirou a CBSk do seu quadro de filiados.

A desfiliação gerou forte insatisfação da confederação brasileira, que recorreu à CAS ainda no mês de janeiro. O caso foi analisado pelo tribunal internacional, localizado na Suíça, nesta terça. E o órgão decidiu a favor da entidade brasileira nesta disputa direta com a World Skate.

A decisão da CAS, contudo, é cautelar, para proteger os atletas brasileiros, que poderiam ser prejudicados às vésperas da Olimpíada. O Brasil é considerado uma força na modalidade em nível global. Foram três medalhas conquistadas na estreia do esporte no programa olímpico nos Jogos de Tóquio, em 2021. O tribunal poderá voltar ao assunto nos próximos meses para uma decisão definitiva.

Gabi Mazetto foi uma das skatistas contra a desfiliação da CBSk. Foto: Pedro Piegas/Prefeitura de Porto Alegre

Em breve comunicado, a CBSk comemorou a decisão. “A entidade segue focada na preparação para a Olimpíada de Paris enquanto aguarda a decisão final do julgamento da Corte Arbitral do Esporte (CAS)”, disse a entidade, nesta terça.

Também em nota o COB confirmou ter sido notificado sobre a decisão da CAS. “Com isso, o COB deixa a gestão da modalidade de imediato e a CBSk volta a conduzir a preparação dos atletas da modalidade para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. A Confederação não havia sido desfiliada pelo COB e, desta forma, não haverá alteração desse status. O COB manterá todo apoio necessário à CBSK e às necessidades para a preparação dos skatistas brasileiros rumo aos Jogos de Paris”, disse o Comitê.

A decisão desta terça é a segunda vitória seguida da CBSk, que havia comemorado na sexta uma decisão favorável do Conselho Nacional do Esporte. O órgão ligado ao Ministério do Esporte informou que a confederação voltará a receber os repasses provenientes da Lei Agnelo/Piva.

As duas decisões dão tranquilidade aos atletas brasileiros, como Rayssa Leal, que encamparam a campanha da CBSk nas últimas semanas para ter independência em relação à World Skate. E vinham demonstrando preocupações com a preparação brasileira para a Olimpíada, que começará no fim de julho, na capital francesa.

ENTENDA O CASO

A manifestação da CAS é um novo capítulo do conflito entre a CBSk e a World Skate. Até chegar ao ponto da desfiliação da CBSk, no mês passado, o caminho foi de muitos desentendimentos entre as duas entidades. A World Skate decidiu, em assembleia realizada em 2019, que cada país poderia ter apenas uma entidade filiada ao seu quadro, e o Brasil tinha a CBSk e a Confederação Brasileira de Hóquei e Patins (CBHP). Entre alguns adiamentos, a regra só foi aplicada após 31 de dezembro de 2023. Antes disso, travou-se uma disputa nos bastidores, pois a WS queria a fusão das duas entidades, sugestão refutada pela CBSk, que sentiu sua autonomia ameaçada e adotou o discurso de manter o “skate nas mãos dos skatistas”.

Em um panorama mais amplo, a CBSk aliou-se a federações de outros países em um movimento que chamaram de “no merge” (do inglês “sem fusão”). Ao fim do prazo para a resolução dos conflitos entre as instituições nacionais, cinco países não tiveram acordos entre suas entidades: Brasil, Estados Unidos, Geórgia, Eslovênia e Turquia. A escolha da representação, então, foi feita pela WS, conforme determinado pelo estatuto da organização.

Ao comunicar a desfiliação, em janeiro, a WS criticou a CBSk por ter “recusado qualquer diálogo com a CBHP” e realizado uma “campanha difamatória na mídia contra a World Skate e suas regras”. O texto também disse que a proposta apresentada pela CBSk “não estava de acordo com as determinações, uma vez que previa manter duas entidades separadas sem criar uma organização guarda-chuva”.

A CBHP aceitou se transformar na tal “organização guarda-chuva”, termo utilizado para se referir ao ato de agregar skate, hóquei e patins. Inicialmente, a federação de patins teria até abril para estabelecer uma nova federação chamada “Skate Brasil”. Neste modelo, cada uma das 13 modalidades que seriam representadas pela nova entidade, incluindo os olímpicos skate park e skate street, teria sua própria estrutura dentro do “guarda-chuva”. Os esportes originalmente representados pela CBHP, dentro do universo do patins e do hóquei, não fazem parte do programa da Olimpíada. Essa situação agora está indefinida e seu futuro está reservado a uma decisão

A disputa entre CBSk e CBHP é antiga e se consolidou em 2017, quando, após o skate se tornar esporte olímpico, a Federação Internacional de Esportes sobre Patins se fundiu à Federação Internacional de Skate, culminando na criação da WS. Então, o COB teve de indicar uma entidade para representar os skatistas junto à nova entidade e chegou a escolher a CBHP, mas mudou de ideia e optou pela CBSk, na época presidida por Bob Burnquist, um dos maiores skatistas da história e fundamental nesse processo de convencimento.

Faltando cinco meses para o início da Olimpíada de Paris-2024, a Confederação Brasileira de Skateboarding (CBSk) retomou a gestão do skate nacional nesta terça-feira, dia 27, em decisão da Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês). A administração da modalidade estava a cargo do Comitê Olímpico do Brasil (COB) desde 10 de janeiro, quando a World Skate (WS), organização internacional responsável pela regulação do skate e dos esportes sobre patins, retirou a CBSk do seu quadro de filiados.

A desfiliação gerou forte insatisfação da confederação brasileira, que recorreu à CAS ainda no mês de janeiro. O caso foi analisado pelo tribunal internacional, localizado na Suíça, nesta terça. E o órgão decidiu a favor da entidade brasileira nesta disputa direta com a World Skate.

A decisão da CAS, contudo, é cautelar, para proteger os atletas brasileiros, que poderiam ser prejudicados às vésperas da Olimpíada. O Brasil é considerado uma força na modalidade em nível global. Foram três medalhas conquistadas na estreia do esporte no programa olímpico nos Jogos de Tóquio, em 2021. O tribunal poderá voltar ao assunto nos próximos meses para uma decisão definitiva.

Gabi Mazetto foi uma das skatistas contra a desfiliação da CBSk. Foto: Pedro Piegas/Prefeitura de Porto Alegre

Em breve comunicado, a CBSk comemorou a decisão. “A entidade segue focada na preparação para a Olimpíada de Paris enquanto aguarda a decisão final do julgamento da Corte Arbitral do Esporte (CAS)”, disse a entidade, nesta terça.

Também em nota o COB confirmou ter sido notificado sobre a decisão da CAS. “Com isso, o COB deixa a gestão da modalidade de imediato e a CBSk volta a conduzir a preparação dos atletas da modalidade para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. A Confederação não havia sido desfiliada pelo COB e, desta forma, não haverá alteração desse status. O COB manterá todo apoio necessário à CBSK e às necessidades para a preparação dos skatistas brasileiros rumo aos Jogos de Paris”, disse o Comitê.

A decisão desta terça é a segunda vitória seguida da CBSk, que havia comemorado na sexta uma decisão favorável do Conselho Nacional do Esporte. O órgão ligado ao Ministério do Esporte informou que a confederação voltará a receber os repasses provenientes da Lei Agnelo/Piva.

As duas decisões dão tranquilidade aos atletas brasileiros, como Rayssa Leal, que encamparam a campanha da CBSk nas últimas semanas para ter independência em relação à World Skate. E vinham demonstrando preocupações com a preparação brasileira para a Olimpíada, que começará no fim de julho, na capital francesa.

ENTENDA O CASO

A manifestação da CAS é um novo capítulo do conflito entre a CBSk e a World Skate. Até chegar ao ponto da desfiliação da CBSk, no mês passado, o caminho foi de muitos desentendimentos entre as duas entidades. A World Skate decidiu, em assembleia realizada em 2019, que cada país poderia ter apenas uma entidade filiada ao seu quadro, e o Brasil tinha a CBSk e a Confederação Brasileira de Hóquei e Patins (CBHP). Entre alguns adiamentos, a regra só foi aplicada após 31 de dezembro de 2023. Antes disso, travou-se uma disputa nos bastidores, pois a WS queria a fusão das duas entidades, sugestão refutada pela CBSk, que sentiu sua autonomia ameaçada e adotou o discurso de manter o “skate nas mãos dos skatistas”.

Em um panorama mais amplo, a CBSk aliou-se a federações de outros países em um movimento que chamaram de “no merge” (do inglês “sem fusão”). Ao fim do prazo para a resolução dos conflitos entre as instituições nacionais, cinco países não tiveram acordos entre suas entidades: Brasil, Estados Unidos, Geórgia, Eslovênia e Turquia. A escolha da representação, então, foi feita pela WS, conforme determinado pelo estatuto da organização.

Ao comunicar a desfiliação, em janeiro, a WS criticou a CBSk por ter “recusado qualquer diálogo com a CBHP” e realizado uma “campanha difamatória na mídia contra a World Skate e suas regras”. O texto também disse que a proposta apresentada pela CBSk “não estava de acordo com as determinações, uma vez que previa manter duas entidades separadas sem criar uma organização guarda-chuva”.

A CBHP aceitou se transformar na tal “organização guarda-chuva”, termo utilizado para se referir ao ato de agregar skate, hóquei e patins. Inicialmente, a federação de patins teria até abril para estabelecer uma nova federação chamada “Skate Brasil”. Neste modelo, cada uma das 13 modalidades que seriam representadas pela nova entidade, incluindo os olímpicos skate park e skate street, teria sua própria estrutura dentro do “guarda-chuva”. Os esportes originalmente representados pela CBHP, dentro do universo do patins e do hóquei, não fazem parte do programa da Olimpíada. Essa situação agora está indefinida e seu futuro está reservado a uma decisão

A disputa entre CBSk e CBHP é antiga e se consolidou em 2017, quando, após o skate se tornar esporte olímpico, a Federação Internacional de Esportes sobre Patins se fundiu à Federação Internacional de Skate, culminando na criação da WS. Então, o COB teve de indicar uma entidade para representar os skatistas junto à nova entidade e chegou a escolher a CBHP, mas mudou de ideia e optou pela CBSk, na época presidida por Bob Burnquist, um dos maiores skatistas da história e fundamental nesse processo de convencimento.

Faltando cinco meses para o início da Olimpíada de Paris-2024, a Confederação Brasileira de Skateboarding (CBSk) retomou a gestão do skate nacional nesta terça-feira, dia 27, em decisão da Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês). A administração da modalidade estava a cargo do Comitê Olímpico do Brasil (COB) desde 10 de janeiro, quando a World Skate (WS), organização internacional responsável pela regulação do skate e dos esportes sobre patins, retirou a CBSk do seu quadro de filiados.

A desfiliação gerou forte insatisfação da confederação brasileira, que recorreu à CAS ainda no mês de janeiro. O caso foi analisado pelo tribunal internacional, localizado na Suíça, nesta terça. E o órgão decidiu a favor da entidade brasileira nesta disputa direta com a World Skate.

A decisão da CAS, contudo, é cautelar, para proteger os atletas brasileiros, que poderiam ser prejudicados às vésperas da Olimpíada. O Brasil é considerado uma força na modalidade em nível global. Foram três medalhas conquistadas na estreia do esporte no programa olímpico nos Jogos de Tóquio, em 2021. O tribunal poderá voltar ao assunto nos próximos meses para uma decisão definitiva.

Gabi Mazetto foi uma das skatistas contra a desfiliação da CBSk. Foto: Pedro Piegas/Prefeitura de Porto Alegre

Em breve comunicado, a CBSk comemorou a decisão. “A entidade segue focada na preparação para a Olimpíada de Paris enquanto aguarda a decisão final do julgamento da Corte Arbitral do Esporte (CAS)”, disse a entidade, nesta terça.

Também em nota o COB confirmou ter sido notificado sobre a decisão da CAS. “Com isso, o COB deixa a gestão da modalidade de imediato e a CBSk volta a conduzir a preparação dos atletas da modalidade para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. A Confederação não havia sido desfiliada pelo COB e, desta forma, não haverá alteração desse status. O COB manterá todo apoio necessário à CBSK e às necessidades para a preparação dos skatistas brasileiros rumo aos Jogos de Paris”, disse o Comitê.

A decisão desta terça é a segunda vitória seguida da CBSk, que havia comemorado na sexta uma decisão favorável do Conselho Nacional do Esporte. O órgão ligado ao Ministério do Esporte informou que a confederação voltará a receber os repasses provenientes da Lei Agnelo/Piva.

As duas decisões dão tranquilidade aos atletas brasileiros, como Rayssa Leal, que encamparam a campanha da CBSk nas últimas semanas para ter independência em relação à World Skate. E vinham demonstrando preocupações com a preparação brasileira para a Olimpíada, que começará no fim de julho, na capital francesa.

ENTENDA O CASO

A manifestação da CAS é um novo capítulo do conflito entre a CBSk e a World Skate. Até chegar ao ponto da desfiliação da CBSk, no mês passado, o caminho foi de muitos desentendimentos entre as duas entidades. A World Skate decidiu, em assembleia realizada em 2019, que cada país poderia ter apenas uma entidade filiada ao seu quadro, e o Brasil tinha a CBSk e a Confederação Brasileira de Hóquei e Patins (CBHP). Entre alguns adiamentos, a regra só foi aplicada após 31 de dezembro de 2023. Antes disso, travou-se uma disputa nos bastidores, pois a WS queria a fusão das duas entidades, sugestão refutada pela CBSk, que sentiu sua autonomia ameaçada e adotou o discurso de manter o “skate nas mãos dos skatistas”.

Em um panorama mais amplo, a CBSk aliou-se a federações de outros países em um movimento que chamaram de “no merge” (do inglês “sem fusão”). Ao fim do prazo para a resolução dos conflitos entre as instituições nacionais, cinco países não tiveram acordos entre suas entidades: Brasil, Estados Unidos, Geórgia, Eslovênia e Turquia. A escolha da representação, então, foi feita pela WS, conforme determinado pelo estatuto da organização.

Ao comunicar a desfiliação, em janeiro, a WS criticou a CBSk por ter “recusado qualquer diálogo com a CBHP” e realizado uma “campanha difamatória na mídia contra a World Skate e suas regras”. O texto também disse que a proposta apresentada pela CBSk “não estava de acordo com as determinações, uma vez que previa manter duas entidades separadas sem criar uma organização guarda-chuva”.

A CBHP aceitou se transformar na tal “organização guarda-chuva”, termo utilizado para se referir ao ato de agregar skate, hóquei e patins. Inicialmente, a federação de patins teria até abril para estabelecer uma nova federação chamada “Skate Brasil”. Neste modelo, cada uma das 13 modalidades que seriam representadas pela nova entidade, incluindo os olímpicos skate park e skate street, teria sua própria estrutura dentro do “guarda-chuva”. Os esportes originalmente representados pela CBHP, dentro do universo do patins e do hóquei, não fazem parte do programa da Olimpíada. Essa situação agora está indefinida e seu futuro está reservado a uma decisão

A disputa entre CBSk e CBHP é antiga e se consolidou em 2017, quando, após o skate se tornar esporte olímpico, a Federação Internacional de Esportes sobre Patins se fundiu à Federação Internacional de Skate, culminando na criação da WS. Então, o COB teve de indicar uma entidade para representar os skatistas junto à nova entidade e chegou a escolher a CBHP, mas mudou de ideia e optou pela CBSk, na época presidida por Bob Burnquist, um dos maiores skatistas da história e fundamental nesse processo de convencimento.

Faltando cinco meses para o início da Olimpíada de Paris-2024, a Confederação Brasileira de Skateboarding (CBSk) retomou a gestão do skate nacional nesta terça-feira, dia 27, em decisão da Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês). A administração da modalidade estava a cargo do Comitê Olímpico do Brasil (COB) desde 10 de janeiro, quando a World Skate (WS), organização internacional responsável pela regulação do skate e dos esportes sobre patins, retirou a CBSk do seu quadro de filiados.

A desfiliação gerou forte insatisfação da confederação brasileira, que recorreu à CAS ainda no mês de janeiro. O caso foi analisado pelo tribunal internacional, localizado na Suíça, nesta terça. E o órgão decidiu a favor da entidade brasileira nesta disputa direta com a World Skate.

A decisão da CAS, contudo, é cautelar, para proteger os atletas brasileiros, que poderiam ser prejudicados às vésperas da Olimpíada. O Brasil é considerado uma força na modalidade em nível global. Foram três medalhas conquistadas na estreia do esporte no programa olímpico nos Jogos de Tóquio, em 2021. O tribunal poderá voltar ao assunto nos próximos meses para uma decisão definitiva.

Gabi Mazetto foi uma das skatistas contra a desfiliação da CBSk. Foto: Pedro Piegas/Prefeitura de Porto Alegre

Em breve comunicado, a CBSk comemorou a decisão. “A entidade segue focada na preparação para a Olimpíada de Paris enquanto aguarda a decisão final do julgamento da Corte Arbitral do Esporte (CAS)”, disse a entidade, nesta terça.

Também em nota o COB confirmou ter sido notificado sobre a decisão da CAS. “Com isso, o COB deixa a gestão da modalidade de imediato e a CBSk volta a conduzir a preparação dos atletas da modalidade para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. A Confederação não havia sido desfiliada pelo COB e, desta forma, não haverá alteração desse status. O COB manterá todo apoio necessário à CBSK e às necessidades para a preparação dos skatistas brasileiros rumo aos Jogos de Paris”, disse o Comitê.

A decisão desta terça é a segunda vitória seguida da CBSk, que havia comemorado na sexta uma decisão favorável do Conselho Nacional do Esporte. O órgão ligado ao Ministério do Esporte informou que a confederação voltará a receber os repasses provenientes da Lei Agnelo/Piva.

As duas decisões dão tranquilidade aos atletas brasileiros, como Rayssa Leal, que encamparam a campanha da CBSk nas últimas semanas para ter independência em relação à World Skate. E vinham demonstrando preocupações com a preparação brasileira para a Olimpíada, que começará no fim de julho, na capital francesa.

ENTENDA O CASO

A manifestação da CAS é um novo capítulo do conflito entre a CBSk e a World Skate. Até chegar ao ponto da desfiliação da CBSk, no mês passado, o caminho foi de muitos desentendimentos entre as duas entidades. A World Skate decidiu, em assembleia realizada em 2019, que cada país poderia ter apenas uma entidade filiada ao seu quadro, e o Brasil tinha a CBSk e a Confederação Brasileira de Hóquei e Patins (CBHP). Entre alguns adiamentos, a regra só foi aplicada após 31 de dezembro de 2023. Antes disso, travou-se uma disputa nos bastidores, pois a WS queria a fusão das duas entidades, sugestão refutada pela CBSk, que sentiu sua autonomia ameaçada e adotou o discurso de manter o “skate nas mãos dos skatistas”.

Em um panorama mais amplo, a CBSk aliou-se a federações de outros países em um movimento que chamaram de “no merge” (do inglês “sem fusão”). Ao fim do prazo para a resolução dos conflitos entre as instituições nacionais, cinco países não tiveram acordos entre suas entidades: Brasil, Estados Unidos, Geórgia, Eslovênia e Turquia. A escolha da representação, então, foi feita pela WS, conforme determinado pelo estatuto da organização.

Ao comunicar a desfiliação, em janeiro, a WS criticou a CBSk por ter “recusado qualquer diálogo com a CBHP” e realizado uma “campanha difamatória na mídia contra a World Skate e suas regras”. O texto também disse que a proposta apresentada pela CBSk “não estava de acordo com as determinações, uma vez que previa manter duas entidades separadas sem criar uma organização guarda-chuva”.

A CBHP aceitou se transformar na tal “organização guarda-chuva”, termo utilizado para se referir ao ato de agregar skate, hóquei e patins. Inicialmente, a federação de patins teria até abril para estabelecer uma nova federação chamada “Skate Brasil”. Neste modelo, cada uma das 13 modalidades que seriam representadas pela nova entidade, incluindo os olímpicos skate park e skate street, teria sua própria estrutura dentro do “guarda-chuva”. Os esportes originalmente representados pela CBHP, dentro do universo do patins e do hóquei, não fazem parte do programa da Olimpíada. Essa situação agora está indefinida e seu futuro está reservado a uma decisão

A disputa entre CBSk e CBHP é antiga e se consolidou em 2017, quando, após o skate se tornar esporte olímpico, a Federação Internacional de Esportes sobre Patins se fundiu à Federação Internacional de Skate, culminando na criação da WS. Então, o COB teve de indicar uma entidade para representar os skatistas junto à nova entidade e chegou a escolher a CBHP, mas mudou de ideia e optou pela CBSk, na época presidida por Bob Burnquist, um dos maiores skatistas da história e fundamental nesse processo de convencimento.

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