Campeã em 2018 e uma das grandes favoritas ao título deste ano, a japonesa Naomi Osaka teve bastante trabalho em sua estreia no US Open, Grand Slam disputado em Nova York, na noite de segunda-feira. Cercada de muita expectativa depois de não entrar em quadra para a final do Torneio de Cincinnati no último sábado, a atual número 10 do mundo levou um susto no segundo set, mas derrotou a compatriota Misaki Doi, 81.ª do ranking da WTA, por 2 a 1 - com parciais de 6/2, 5/7 e 6/2, em 2 hora e 3 minutos.
Osaka havia sofrido uma lesão no tendão da coxa esquerda durante o torneio da semana passada. A japonesa, que ficou seis meses sem jogar e não participou de exibições durante a paralisação do circuito por causa da pandemia do novo coronavírus, revelou que começou a sentir o incômodo ainda na estreia de Cincinnati e que as dores se intensificaram na semifinal contra a belga Elise Mertens, na última sexta-feira.
Com muitas desistências na chave feminina do US Open, inclusive da número 1 do mundo, a australiana Ashleigh Barty, da segunda colocada do ranking, a romena Simona Halep, e da atual campeã, a canadense Bianca Andreescu, Osaka é a quarta cabeça de chave em Nova York. Sua próxima adversária é a italiana Camila Giorgi, 74.ª do ranking, que venceu a belga Alison Van Uytvanck por 2 sets a 1 - parciais de 2/6, 6/1 e 7/5.
A tenista japonesa de 22 anos também foi protagonista fora das quadras na última semana ao trazer para o meio do tênis os protestos contra o racismo e a violência policial nos Estados Unidos. As manifestações, que começaram pelos atletas da NBA e chegaram a outras ligas esportivas norte-americanas, tiveram apoio das entidades dirigentes do tênis e o torneio de Cincinnati foi paralisado por um dia em apoio à causa. Nesta segunda, Osaka entrou em quadra usando uma máscara preta com o nome de Breonna Taylor, mulher negra assassinada a tiros por policiais em Louisville, em março passado.