O suíço Roger Federer confirmou nesta segunda-feira que pretende disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio, no próximo ano. O tenista, um dos melhores da história, vai precisar de um convite para entrar em sua última Olimpíada da carreira, quando estará perto de completar 39 anos.
"Eu estive conversando com a minha equipe por algumas semanas sobre o que eu faria no próximo versão, depois de Wimbledon, e, no fim do dia, meu coração decidiu que eu adoraria jogar a Olimpíada novamente", declarou o tenista, em Tóquio, durante evento de exibição dos seus patrocinadores.
Até então, o calendário de Federer para 2020 "parava" em Wimbledon, em julho. Isso gerou rumores de que ele poderia anunciar sua aposentadoria ao fim de sua participação no Grand Slam britânico. Estes boatos, contudo, vieram por terra nesta segunda. O atleta disse que também pretende disputar o US Open do próximo ano, após a Olimpíada.
Para tanto, Federer vai precisar receber um dos convites da Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês). Isso porque, para entrar diretamente na disputa olímpica, o suíço precisa estar entre os 56 primeiros do ranking da ATP e estar defendendo o seu país na Copa Davis.
Federer, atual número três do mundo, atende facilmente o primeiro pré-requisito para entrar na chave de 64 jogadores em Tóquio-2020. Mas não disputa a Davis desde 2015. E precisaria estar na competição em ao menos dois confrontos neste ciclo olímpico, o que não poderá mais acontecer porque a Suíça não disputará as finais da nova Copa Davis, no próximo mês.
Assim, o suíço se torna o mais forte candidato a receber o convite especial da ITF reservado para campeões olímpicos ou de Grand Slams - ele é o recordista de títulos destes maiores eventos do tênis mundial, com 20 conquistas. Há apenas um convite disponível para esta cota em cada gênero.
Se receber o convite, o que é provável em razão da alta popularidade do atleta, Federer vai disputar uma Olimpíada pela quinta vez em sua carreira. Das últimas, só não esteve no Rio-2016 por conta de lesão.
Ao longo de suas participações nos Jogos, ele foi medalhista de ouro nas duplas em Pequim-2008, ao lado do compatriota Stan Wawrinka, e também faturou uma prata na competição de simples em Londres-2012, onde caiu na final diante do britânico Andy Murray.